quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

'RISCO DE RACIONAMENTO DE ÁGUA É REAL'


'RISCO DE RACIONAMENTO DE ÁGUA É REAL'

Ex-diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), Braga diz que em dez anos a questão hídrica no País pode repetir os problemas do setor energético

16 de janeiro de 2013 | 2h 11

http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,risco-de-racionamento-de-agua-e-real-,984899,0.htm

O Estado de S.Paulo
Eleito presidente do Conselho Mundial de Água em dezembro, o brasileiro Benedito Braga inicia sua gestão em 2013, escolhido pela ONU como o Ano Internacional da Cooperação pela Água. Professor da Escola Politécnica da USP e ex-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Braga critica a lentidão nas políticas públicas de gestão hídrica no País e prevê crise semelhante à enfrentada pelo setor elétrico, caso o quadro atual seja mantido.
A ONU elegeu a água como tema em 2013. O que significa?
Há 271 bacias hidrográficas com rios compartilhados por mais de um país no mundo. Em algumas situações esse tema incita até questões de segurança política, como no caso do Rio Nilo, que é compartilhado por nove países. A ONU pretende com esse tema incentivar o lado bom disso, que é a cooperação. A ideia é trazer à baila essas oportunidades que aparecem quando se compartilham as águas e não os conflitos.
Como atua o conselho?
Temos como membros o Ministério de Recursos Hídricos da China, o Ministério de Relação Exteriores da Finlândia, ONGs como a WWF, prefeituras, estados e agências estaduais de diversos países. O conselho vai além do nível das Nações Unidas, em que a discussão se dá nos níveis de governos nacionais e de chefes de Estado. Com múltiplos atores, tem grande legitimidade porque vai a diferentes níveis da sociedade e com isso ganhou ao longo do tempo a confiança dos governos. Recentemente, o Ministério de Recursos Hídricos do Egito considerou chamar o conselho para uma discussão sobre a gestão das águas do Rio Nilo, por exemplo.
Como a gestão hídrica deve ser feita frente a mudanças no clima?
Quando estamos preocupados com as mudanças do clima, estamos preocupados com a água: com as enchentes que serão mais frequentes, com secas mais longas e severas. Hoje, apenas com a variabilidade atual do clima, já temos situação gravíssima. Fazemos grande esforço contra as futuras mudanças climáticas para que as economias mudem, para não emitir gás carbono, mas estamos falando em algo que tem um horizonte de impacto de séculos. Então, é preciso mudar o foco para buscar mecanismos de adaptação atuais, com mais financiamento e infraestrutura hidráulica em países pobres. Políticos não pensam cem anos à frente.
A quem cabe a decisão sobre a melhor forma de gerir os
recursos hídricos locais?
A longo prazo, tem de envolver a sociedade neste processo, para que todos sejam cumplices. As decisões são técnicas e políticas. Para tomar uma decisão politica, é preciso ter alternativas técnicas. A água corre para baixo, então não adianta investir milhões para fazê-la subir. Antigamente era mais fácil, escolhia-se a melhor relação entre benefício e retorno econômico. Hoje não existe mais isso, o processo é muito mais complexo e possui varias nuances. Na Agências Nacional das Águas (ANA), propusemos ao Ministério de Minas e Energia fazer o licenciamento de bacias hidrográficas com estudos mais abrangentes. Um reservatório está ligado no outro, então tem que ver a bacia no seu conjunto. Não só para eletricidade, como para a navegação, irrigação e o abastecimento doméstico, por exemplo. Atualmente, no entanto, cada obra é uma obra e exige um estudo específico.
Como o País cuida da água?
Apesar dos problemas nas políticas de gestão hídrica, o Brasil tem um arcabouço legal e institucional muito benfeito. Os comitês de bacia permitem à sociedade e aos usuários tomarem parte nas decisões. Temos exemplos muitos bons como na bacia do Rio Piracicaba, em Extrema (MG). A cobrança pelo uso da água, erroneamente, foi vista por alguns como mais um imposto, o que não tem nada a ver. Esse dinheiro paga fazendeiros que usam técnicas de conservação do solo. Então, é um sistema em que todos ganham: os usuários pagam, mas ganham em qualidade, porque financiam aqueles que estão promovendo o serviço ambiental. E o melhor é que o dinheiro não vai para o governo. Passa por ele, mas com a garantia de que o recurso será destinado.
No Rio Guandu (RJ), por exemplo, são pagos até R$ 60 por hectare/ano. O valor oferecido por serviços ambientais é suficiente?
Claro que não. Foi inventado um determinado valor quando este sistema foi implantado na bacia do Rio Paraíba do Sul, que foi a primeira a fazer a cobrança, e todo mudo seguiu. Mas isso já faz mais de dez anos e ninguém parou para rever. Mas é uma quantia absurdamente irrisória.
É possível usar o modelo em grandes cidades, seguindo exemplos como o de Nova York?
Este modelo tem de ser visto com o devido cuidado, pois não é solução barata. Em Nova York, a área que compraram para proteger à beira das nascentes é muito cara, por exemplo. As nascentes do Guandu, que abastecem o Rio de Janeiro, eram maravilhosas quando a Light construiu o reservatório, mas veja como está aquilo hoje: totalmente ocupado, uma situação insustentável. Não tem como reverter, pois é um problema social. Então, para transportar o modelo para cá é preciso pensar bastante, pois tem todo o preço de desapropriar e manter a área para evitar invasões. Cada caso é um caso, talvez pelo interior do País pode ser mais conveniente. Mas é preciso haver recursos suficientes. Sem dúvida, porém, é um modelo muito mais interessante do que sujar a água e depois ter de limpá-la na parte baixa do rio.
Você tem alertado para a possibilidade de que, em dez anos, cidades brasileiras tenham problemas de abastecimento. O que tem travado ações de prevenção?Vou me atrever a dizer que é questão cultural. A gente trabalha muito com processos reativos. Hoje, por exemplo, temos situação complicada no setor elétrico. O que está ocorrendo com a água, eu acho, é a mesma coisa. Estão esperando uma ameaça de rodízio de água. Só em situação complicada vamos fazer tudo a toque de caixa, e aí não tem relatório de impacto ambiental ou outros obstáculos, vira problema de segurança nacional. Só com a sociedade toda motivada é que vamos fazer. Na questão das inundações ocorre a mesma coisa. Quando há deslizamento de terra e as pessoas morrem há aquela comoção nacional, mas um mês depois acabou o assunto e ninguém mais fala disso.
Quais as metas para os três anos que ficará à frente do conselho?
A segurança hídrica será o nosso principal mote neste período. Em outubro, vou participar de um encontro na Hungria que o governo local e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, estão organizando para falar sobre o tema e os conceitos. É uma preparação para o 7.º Fórum Mundial da Água, que será realizado em 2015 na Coreia do Sul, em que pretendemos trazer ministros, prefeitos e parlamentares de todo o mundo para discutir a importância da boa gestão da água e dos investimentos em infraestrutura, seja para a universalização do acesso, seja para o uso na produção de alimentos. Além disso, pretendo dar visibilidade ao conselho para atingir o público em geral. / BRUNO DEIRO

Filtros, Inspeção veicular ajudam...


Foto: BBC

Queima de carvão tem impacto maior do que imaginava


Fuligem impacta aquecimento 'o dobro do imaginado'

Partículas liberadas por motores a diesel e queima de madeira e carvão são segundo maior causa de mudança climática.

16 de janeiro de 2013 | 13h 03



Carbono negro, ou fuligem, contribui muito mais para o aquecimento global do que anteriormente reconhecido, segundo pesquisa.
Os cientistas dizem que as partículas liberadas por motores a diesel e queima de madeira podem estar tendo um efeito que é o dobro do imaginado em estimativas anteriores.
Eles dizem que a fuligem perde apenas para o dióxido de carbono como o mais importante agente causador de aquecimento no planeta.
A pesquisa foi publicada no Journal of Geophysical Research-Atmospheres.
Durante muitos anos, micropartículas de carbono negro suspensas no ar sempre foram considerados importante fator de aquecimento da atmosfera, por absorverem luz solar. A substância também acelera o derretimento do gelo e da neve.
Este novo estudo conclui que essas partículas escuras têm efeito de aquecimento equivalente a dois terços do provocado pelo dióxido de carbono, e maior do que o metano.
"A conclusão é de que o carbono negro está causando mais impacto na atmosfera", disse a autora do estudo, Sarah Doherty, à BBC.
"O valor na atmosfera observado no quarto relatório de avaliação, de 2007, era metade do que o que estamos apresentando neste relatório - o que é um pouco chocante".
Meio grau
Os pesquisadores dizem que as emissões de carbono negro na Europa e América do Norte têm diminuído devido a restrições às emissões de motores a diesel. Mas elas crescem constantemente no mundo em desenvolvimento.
Os especialistas acreditam que reduzir seu número teria um impacto imediato sobre as temperaturas, mas não necessariamente de longo prazo.
"Reduzir as emissões de motores a diesel e queima de madeira e carvão obviamente traz benefícios para o clima e para a saúde", disse o professor Piers Forster, da Universidade de Leeds.
"Se tivéssemos feito tudo o que está ao alcance para reduzir essas emissões, poderíamos reduzir em até meio grau o aquecimento, ou ter um par de décadas de trégua", acrescentou.
O relatório adverte entretanto, que o papel da fumaça negra é complexo e pode também ter efeitos de resfriamento.
"'Mitigação' (conjunto de medidas para combater o aquecimento) é uma questão complexa, porque a fuligem é normalmente emitida com outras partículas e gases que provavelmente esfriam o clima", pondera o professor Forster.
Resfriamento
"Por exemplo, a matéria orgânica na atmosfera produzida pela queima de vegetação provavelmente tem um efeito de resfriamento. Portanto, no final das contas, eliminar essa fonte pode não nos dar o resfriamento desejado", acrescentou.
O carbono negro é tido como uma fonte significativa de rápido aquecimento no norte dos Estados Unidos, Canadá, Europa do Norte e norte da Ásia. As partículas também teriam impacto sobre os padrões de chuva na monção asiática.
No ano passado, uma coalizão de seis países deu início a um esforço conjunto para reduzir o impacto de curto prazo de agentes como o carbono preto.
Os autores dizem que, embora cortar fuligem seja importante, cortar as emissões de dióxido de carbono são a melhor maneira de enfrentar a mudança climática a longo prazo. 

Pacote contempla serviços de canalização de córregos com histórico de enchentes e construção de marginais


Após 20 anos, Prefeitura lança pacote bilionário de obras viárias na zona sul

Pacote contempla serviços de canalização de córregos com histórico de enchentes e construção de marginais

17 de janeiro de 2013 | 0h 15


Adriana Ferraz e Diego Zanchetta - O Estado de S. Paulo
Com duas décadas de atraso, a Prefeitura de São Paulo vai tirar do papel parte das obras de um novo plano viário para a zona sul, orçado em R$ 1,8 bilhão. Dividido em duas fases, o pacote inicial, que inclui a duplicação de algumas das mais congestionadas vias da capital, como M'Boi Mirim e Carlos Caldeira Filho, deve custar R$ 1 bilhão.
Veja também:

O edital da licitação será publicado em fevereiro e representará a primeira ação do prefeito Fernando Haddad (PT) para cumprir sua principal promessa: o Arco do Futuro, uma lista de obras que promete redesenhar o desenvolvimento da cidade.
O processo de pré-qualificação das empresas interessadas teve início no dia 29 de dezembro, ainda na gestão Gilberto Kassab (PSD). Prometido pelas últimas cinco administrações, o plano virou prioridade para Haddad, que ordenou rapidez na contratação das obras durante a transição dos governos.
O resultado dessa primeira triagem sai no dia 5 de fevereiro. Em seguida, será publicado o edital. A expectativa é de que os contratos sejam assinados no primeiro semestre - desde que assegurados os recursos.
Além da duplicação de vias, o pacote contempla serviços de canalização de córregos com histórico de enchentes e construção de marginais, além de um anel viário no entorno da Represa do Guarapiranga.
Na segunda fase, o prolongamento da Marginal do Pinheiros, sentido Santo Amaro, poderá ser incluído no pacote, assim como ampliações das Estradas de Itapecerica e do Alvarenga. A Prefeitura não informou a data da segunda licitação.
Espera
Com histórico diário de lentidão, a Estrada do M’Boi Mirim é um dos maiores gargalos de trânsito da cidade. De carro ou ônibus, cruzar a via é um transtorno para moradores, que não raramente preferem fazer o trajeto a pé nos horários de pico. A situação é a mesma ao longo da Avenida Dona Belmira Marin, no Grajaú, onde passageiros esperam até 2 horas por vaga em lotação. A avenida corta 12 bairros, onde moram cerca de 723 mil pessoas. As vias ganharão juntas 6,3 quilômetros extras.
Quem mora no Morumbi também será beneficiado pela extensão da Avenida Carlos Caldeira Filho, que termina na Giovanni Gronchi. Apesar de pleiteado pelos moradores, o pacote deve encontrar resistência pela lista de desapropriações, ainda não divulgada. 

São os fios que atrapalham as árvores!


14/01/2013 15:33

Árvores comprometem fios na Vila Anastácio

Moradores se revoltam com a constante falta de energia na região, apesar de várias reclamaçõesCLARISSE OLIVEIRA / ESPECIAL PARA O DIÁRIO
Mauricio Rummens/Diário SPFiação de poste fica comprometida por causa de galhos de árvoresFiação de poste fica comprometida por causa de galhos de árvores
Moradores da Rua Camacam, na Vila Anastácio, Zona Oeste da capital, estão com medo das descargas elétricas que as fortes chuvas têm ocasionado na região devido à grande quantidade de galhos de árvores entrelaçados na fiação dos postes. Eles já solicitaram  junto à Prefeitura que sejam feitas podas, mas as reivindicações não foram atendidas. A população afirma que as árvores são perigosas e precisam de manutenção urgente.  
A aposentada Luci Ferreira da Silva, de 64 anos, conta que sofre com a constante falta de energia desde 2010. “São três  anos de solicitações para tentar resolver o problema e até agora nada”, reclama.  Segundo ela, uma árvore de  raiz grande foi podada há dois meses, mas o serviço foi feito porque a associação de moradores fez o pedido para um  vereador do bairro. “Eu acredito que a associação conseguiu a poda porque era ano de eleição. Estamos sem manutenção há anos. Os fios soltos pelo chão são o que mais me preocupa”, comenta.
“Em 2007,  eu reclamei para a subprefeitura do bairro e depois de dois anos a Eletropaulo apareceu para cortar os galhos que atrapalhavam a energia. O serviço foi feito porque os fios despencaram na calçada após uma forte chuva atingir a região”, relata o aposentado Amos Lunardi, 77, morador do bairro há mais de 12 anos.
“A falta de limpeza  é outro problema. As calçadas viraram abrigo para lixos de diversos tipos e tamanhos”, desabafa a dona de casa Luci Ferreira.
Outro Lado/ A Subprefeitura da Lapa diz que árvores da Rua Camacam foram cadastradas no Sistema de Gerenciamento de Árvores Urbanas e oito serviços de jardinagem foram realizados. A limpeza também foi intensificada. Já a AES Eletropaulo recebeu ofício para realizar poda, mas o serviço só é feito nos galhos que estiverem em contato com a rede elétrica. A visita está prevista para dia 27.

E adianta? Precisa de educação ambiental!


16/01/2013 - 09h26

Poluição sonora lidera reclamação entre usuários de trens em SP

DE SÃO PAULO




A maior parte das reclamações feitas por usuários dos trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) em 2012 foram devido às pessoas que ouvem músicas com volume muito alto em seus celulares.
Segundo balanço da companhia, esse tipo de reclamação corresponde a 21,6% das mais de 21 mil reclamações feitas pelo serviço SMS-Denúncia no ano passado.
Outras duas práticas que geraram grande número de reclamações são a venda de produtos por ambulantes (15,1%) e comportamento inadequado --sentar no chão do trem, por os pés nos bancos, não dar preferência a mulheres e idosos, entre outros-- (14,9%).
Apesar de ainda ser o maior motivo de reclamações, a poluição sonora teve uma queda de 5,5% no total de denúncias em relação ao ano anterior, enquanto o comportamento inadequado teve queda de 2%. Já as reclamações de vendedores ambulantes, teve um aumento de 2,2% em comparação ao ano de 2011.
Rubens Cavallari - 16.abr.10/Folhapress
Usuários usam de torpedos para reclamar de irregularidade ou problema; poluição sonora lidera reclamações
Usuários usam de torpedos para reclamar de irregularidade ou problema; poluição sonora lidera reclamações

Para denunciar infrações ou fazer reclamações nos trens e estações da CPTM, o usuário deve enviar uma mensagem para o número 0/xx/11/9-7150-4949, não é necessário nenhum tipo de identificação. A companhia também disponibiliza o telefone 0800/055/0121, do Serviço de Atendimento ao Usuário, 24 horas por dia.
A CPTM recomenda que o denunciante coloque na mensagem o maior número de informações possível, como o tipo de infração, as características do autor, a linha onde está viajando, o número do carro, o sentido da composição e a próxima estação.

E a educação ambiental?


17/01/2013 - 07h00

Prefeitura de SP não controla limpeza de bocas de lobo



A prefeitura não sabe quais nem quantas bocas de lobo foram limpas em todo o ano passado. O serviço não é fiscalizado. As duas empresas responsáveis não precisam apresentar relatórios sobre os serviços.
A única obrigação é que, quando a prefeitura requisitar, elas têm prazo para limpar aquela boca de lobo específica --24 horas no período de chuvas, de novembro a abril, e 48 horas nos outros meses.
Esse contrato tem validade por três anos --termina em dezembro de 2014. O prefeito Fernando Haddad (PT) determinou mudanças no sistema de fiscalização, que ainda está em estudo.
No total, as duas empresas vão receber R$ 2,25 bilhões no período para fazer, além da limpeza de bueiros e bocas de lobo, varrição de ruas e praças, lavagem de ruas após feiras, coleta de entulhos e outros serviços de limpeza --menos coleta de lixo.
Em todos os casos, não há fiscalização ou controle do serviço. O que está previsto são descontos no valor pago quando as empresas não cumprem os prazos.
No ano passado, só uma delas, a Soma, teve um desconto de R$ 1,3 milhão em agosto --no total, recebeu R$ 354 milhões. A Inova recebeu R$ 343 milhões.

2012 confirma tendência global de aquecimento, aponta estudo da Nasa


16/01/2013 - 02h30

2012 confirma tendência global de aquecimento, aponta estudo da Nasa

DE SÃO PAULO

http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/1215541-nasa-indica-que-2012-foi-o-nono-ano-mais-quente-desde-1880.shtml


Um novo estudo da Nasa confirmou o que outros dados já indicavam: a temperatura na Terra mantém uma tendência firme de alta, com 2012 sendo o nono ano mais quente desde 1880, quando os registros começaram.
As conclusões são dos últimos dados divulgados pelo Giss (Instituto Goddard para Estudos Espaciais), que monitorou a temperatura de 2012 e a comparou com a de todos os anos anteriores.
A análise mostrou que a Terra experimenta um aquecimento mais acelerado do que em décadas anteriores.
A média de temperatura em 2012 foi de 14,6º C, cerca de 0,6º C mais quente do que em meados do século 20. Segundo a nova análise, a temperatura média mundial já subiu 0,8º C desde 1880.
Ano a ano, tem havido uma tendência expressiva de alta. Excluindo-se 1988, os nove anos mais quentes dentre os 132 avaliados aconteceram desde o ano 2000, com 2010 e 2005 encabeçando a lista de recordes de calor.
"Os números de mais um ano, por si mesmo, não significam nada", diz o climatologista do Giss Gavin Schmidt.
"O que importa é que esta década está mais quente do que a última, que por sua vez já foi mais quente do que sua anterior. O planeta está esquentando, e a razão para isso é que nós estamos jogando quantidades crescentes de dióxido de carbono na atmosfera", completou o cientista, em nota divulgada pela agência espacial americana.
As informações usadas pelo Centro Goddard foram recolhidas em mais de mil estações meteorológicas em todo o mundo, além de observações de satélite e centros de pesquisa.
O documento destaca ainda as temperaturas extremas nos Estados Unidos.
Em 2012, a parte continental do país registrou as temperaturas mais elevadas de toda sua história.