domingo, 30 de dezembro de 2012

Biodiversidade ajuda a evitar pobreza, diz estudo




Análise de dados do Banco Mundial relativos a 139 países mostra que doenças tropicais são um 'fardo econômico'


28 de dezembro de 2012 | 2h 03

LOS ANGELES - O Estado de S.Paulo
Um novo estudo, com base na análise de dados do Banco Mundial relativos a 139 nações, diz que certas doenças infecciosas e parasíticas exercem influência significativa no desenvolvimento econômico e respondem por discrepâncias na renda per capita entre as populações de países tropicais e temperados. Os pesquisadores, em artigo na revista Public Library of Science (PLoS) Biology, também sugerem que ecossistemas saudáveis, com grande diversidade de plantas e animais, podem diminuir a transmissão dessas doenças.

Embora economistas reconheçam que doenças como a malária e o amarelão possam frear o desenvolvimento econômico, "permanece um intenso debate sobre a importância relativa do peso das doenças em geral nos padrões globais de riqueza e pobreza", diz o artigo, assinado pela equipe liderada pelo economista e ecologista Matthew Bonds, do departamento de saúde global e medicina social da faculdade de Medicina da Universidade Harvard, nos Estados Unidos.
O estudo, além de considerar como as diferenças na latitude se relacionam com doenças e pobreza, analisou outros quesitos que influenciam a economia, como o bom funcionamento das instituições governamentais, legais e econômicas. Para isso, usaram de estatística para avaliar a importância relativa de vários fatores e concluíram que "doenças parasíticas e transmitidas por vetores afetaram sistematicamente o desenvolvimento econômico". "Também mostramos que o fardo trazido por essas doenças é determinado por condições ecológicas", escreveram.
Segundo os especialistas, o estrago causado por essas doenças aumenta com a perda de biodiversidade. Isso porque moléstias como malária e doença de Lyme necessitam de hospedeiros, que aumentam de número com a queda na população de predadores ou competidores - por exemplos, populações de roedores crescem muito quando não há corujas para comê-los.
"Nosso estudo também mostra que a biodiversidade impulsiona o bem-estar econômico ao impedir surtos mais graves de doenças", afirmou Andrew Dobson, coautor do trabalho e médico infectologista da Universidade de Princeton. / LOS ANGELES TIMES

Carona solidária


30/12/2012 - 06h00

Redes sociais já reúnem 30 mil caronistas no Estado de SP

LEANDRO MARTINS
DE RIBEIRÃO PRETO


 É fim de tarde quando quatro jovens partem em viagem de carro entre Ribeirão Preto e São Paulo. Seria apenas rotina, não fosse o fato de que nunca haviam se visto. Eles se conheceram nos dias anteriores pelo Facebook, em um grupo da rede criado para compartilhar caronas.
Se antes a prática era restrita ao boca a boca entre conhecidos, com as redes sociais a carona se disseminou, e envolve agora pessoas cujo único vínculo é a internet.
No Facebook, ao menos 25 grupos de caronas só no Estado de São Paulo reúnem cerca de 30 mil usuários.
Os maiores são os de trajetos entre cidades-sede de regiões --como São Carlos, Bauru, Campinas e Ribeirão-- e a capital. Juntos, os caroneiros dividem os custos. Há ainda sites especializados.

Edson Silva/Folhapress
Caronistas se encontram na rodovia Anhaguera, próximo a Ribeirao Preto; grupo se conheceu pelo Facebook
Caronistas se encontram na rodovia Anhaguera, próximo a Ribeirao Preto; grupo se conheceu pelo Facebook
O grupo que faz o trajeto São Paulo e São Carlos --o maior de todos-- tem pouco mais de 4.000 usuários.
A publicitária Milena Leonel, 26, mora em São Paulo e criou um dos grupos no começo deste ano para economizar nas viagens entre Ribeirão e a capital. Seu grupo tem hoje 1.400 participantes.
Nesse trajeto, o valor convencionado é de R$ 40 por pessoa --de ônibus, os usuários pagariam cerca de R$ 65.
Além da economia, eles falam em conforto e facilidade: encurtam o tempo da viagem e ainda combinam o embarque e o desembarque em pontos como estações de metrô.
Especialistas veem outros benefícios, como a redução no número de carros em circulação e até uma conscientização maior sobre trânsito.
Para o mestre em transportes Creso de Franco Peixoto, da FEI (Fundação Educacional Inaciana), ao se unirem para ações desse tipo, que independem do governo, grupos de caronas ainda dão um recado: "Mostram que há a necessidade de buscar outras soluções [para o trânsito]".
Além de universitários, há gente que busca caronas ocasionais, como para prestar vestibular, visitar parentes ou viajar a lazer para a capital.
Na última quinta, o analista de sistemas Leonardo Augusto Neves Monteiro, 27, abriu espaço em seu carro para outras três pessoas que iam de Ribeirão para São Paulo.
"Às vezes, vou com meu carro e ofereço carona, outras, pego carona. É mais barato e rápido que ônibus", diz ele, que trabalha e mora em Ribeirão, mas vai a São Paulo para ver a namorada. No carro dele, gente que viajava para aproveitar as festas de fim de ano e uma passageira que ia prestar concurso.
FICHA LIMPA
Para evitar riscos, os caroneiros têm uma espécie de manual de conduta: atrasos devem ser evitados e, por segurança, é recomendado buscar algum dado, ainda que pela internet, sobre as pessoas que vão juntas no carro.
"Mas a própria comunidade se encarrega de divulgar algo que venha a acontecer de errado ou suspeito", diz o analista de sistemas Guilherme Mourão Sansoni, 33, que oferece caronas em grupos entre São Carlos, Bebedouro e Franca, no interior.
O comando da Polícia Rodoviária em Ribeirão não recomenda carona entre desconhecidos, mas diz que não há registros de ocorrências.
A dica da corporação é compartilhar as viagens com colegas e parentes. A polícia orienta ainda que os caroneiros evitem fornecer dados pessoais --como endereços-- a desconhecidos. 

Haddad aponta o combate à pobreza como o maior desafio de SP


30/12/2012 - 07h00

LUIZA BANDEIRA
DE SÃO PAULO

 Em setembro, quando fazia campanha na favela Peri Alto, na zona norte da capital paulista, o então candidato Fernando Haddad (PT) foi levado por Pedro dos Santos, 10, até um campinho de futebol. O menino pedia gramado e uma arquibancada.


No caminho até o campo, Haddad e Pedro passaram por montanhas de lixo e atravessaram um rio de esgoto a céu aberto. Avistaram palafitas de madeira, onde moradores vivem sem água e rede de energia elétrica. Cruzaram com ratos, moscas e baratas.
Passada a eleição, Haddad reconheceu a assessores que a favela do menino Pedro foi o pior lugar da cidade que visitou durante a campanha.
Lalo de Almeida/Folhapress
Corrego funciona como esgoto dos barracos de madeira do Jardim Peri Alto, na zona norte de Sao Paulo
Corrego funciona como esgoto dos barracos de madeira do Jardim Peri Alto, na zona norte de Sao Paulo
E essa favela representa um dos maiores desafios que o futuro prefeito terá que enfrentar: o combate à pobreza na maior metrópole do país.
Em discurso após a vitória, ele afirmou que seu objetivo central era "derrubar o muro da vergonha que separa a cidade rica e a cidade pobre".
Dados do Censo 2010, do IBGE, mostram que 14,5% dos paulistanos --cerca de 1,5 milhão de habitantes-- são pobres (renda de até R$ 225 mensais per capita).
Mais de 245 mil residências não têm abastecimento de esgoto totalmente adequado e 283 mil pessoas com mais de 15 anos não sabem escrever.
As áreas periféricas da cidade, mais pobres, são as que tradicionalmente dão mais votos ao PT. Neste ano, não fugiram à regra. A zona onde fica o Peri Alto foi uma das que deram vitória a Haddad.
Segundo os dados mais recentes da prefeitura, havia 1.500 imóveis na favela em 2008. Apenas 20% contavam com água e rede elétrica.
Também não havia esgotamento sanitário e só 10% do território tinha iluminação pública e coleta de lixo.
A maior parte das casas é de madeira, e a iluminação vem por meio de ligações clandestinas. A falta de água é contornada com baldes.
"Aqui é o pior lugar que existe. Só pela misericórdia de Deus", disse Robson Bezerra, 23, desempregado, que tenta vender seu barraco por R$ 5.000 para sair dali.
Diariamente, ele vai à rua principal para encher cerca de 15 baldes de água, que usa para tomar banho e cozinhar.
As enchentes são outro problema. As casas que mais sofrem são as palafitas, construções com alicerces de madeira feitas sobre o córrego do Bispo.
"Todas as minhas coisas caíram no rio. Estou morando em meia casa", disse Valdemir Silva, 55, cujo barraco desmoronou pela metade riacho adentro em uma cheia no início deste mês.
Haddad já disse que sua prioridade na tentativa de reduzir a desigualdade social será a melhoria da qualidade dos serviços da prefeitura, principalmente saúde, transporte, educação e habitação.

No dia em que fez campanha no Peri Alto, o foco ficou nessa última área. Ele prometeu beneficiar 55 mil famílias com novas moradias e 70 mil com urbanização de favelas.
A assessoria de Haddad disse que as ações específicas para o Peri Alto serão desenvolvidas na nova gestão.

A gestão atual disse que intervenções na área estão previstas no Plano Municipal de Habitação para o período entre 2016 e 2020. Informou ainda que os córregos da área recebem limpeza a cada 45 dias. 

GT para sacolas plásticas




MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

GABINETE DA MINISTRA

PORTARIA No- 404, DE 12 DE NOVEMBRO DE 2012

http://www.icmbio.gov.br/intranet/download/arquivos/cdoc/biblioteca/resenha/2012/novembro/Res2012-11-13DOUICMBio.pdf



Institui Grupo de Trabalho para discutir a sustentabilidade do uso de sacolas plásticas

descartáveis.



A MINISTRA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE,



no uso de suas atribuições previstas



no art. 87, parágrafo único, incisos I e II, da Constituição Federal, e tendo em vista o

disposto na Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, na Lei no 12.305, de 2 de agosto de

2010, e no Decreto no 7.404, de 23 de dezembro de 2010, resolve:



Art. 1o



Instituir Grupo de Trabalho-GT com o objetivo de estudar o consumo sustentável de



sacolas plásticas e propor o disciplinamento normativo da matéria.



Art. 2o



São atribuições do GT Sacolas Plásticas:



I - identificar as tecnologias disponíveis no Brasil e avaliar os seus reais impactos no meio

ambiente, natural e urbano, levando em conta os diferentes cenários de uso das sacolas

plásticas;

II - analisar a possibilidade de criação de certificações para os diferentes tipos de sacolas

plásticas descartáveis e reutilizáveis, com o intuito de orientar o consumidor;

III - selecionar tópicos e conteúdos a serem abordados em campanhas de conscientização

sobre os problemas advindos do uso e descarte inadequados de sacolas plásticas;

IV - discutir os padrões de consumo sustentável de sacolas plásticas descartáveis e o papel

das sacolas reutilizáveis na política de redução preconizada pelo Plano de Ação para

Produção e Consumo Sustentáveis; e

V - identificar e avaliar instrumentos normativos, bem como propostas em tramitação, no

Brasil e no mundo, com a finalidade de obter subsídios para o disciplinamento normativo

objeto do GT Sacolas Plásticas.



Art. 3o



O GT Sacolas Plásticas será constituído por integrantes, titular e suplente, das



seguintes Secretarias do Ministério do Meio Ambiente:

I - Secretaria-Executiva;

II - Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental;

III - Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano; e

IV - Secretaria de Qualidade Ambiental e Mudanças Climáticas.



§ 1o



O Ministério do Meio Ambiente convidará para também compor o GT Sacolas



Plásticas:

I - a Secretaria Nacional do Consumidor-SENACON, do Ministério da Justiça;

II - o Instituto Nacional de Metrologia-INMETRO; e

III - instituições de defesa do consumidor da sociedade civil;

IV - entidades sem fins lucrativos do terceiro setor que atuem no campo do consumo

sustentável e da sustentabilidade;

V - instituições representativas do setor supermercadista;

VI - instituições representativas do setor da reciclagem;

VII - instituições representativas do setor de embalagens plásticas;

VIII - instituições representativas do setor de fornecedores de resina para a produção de

sacolas plásticas; e

IX - instituições representativas do setor acadêmico que atuem no desenvolvimento

tecnológico ou em laudos científicos na cadeia dos plásticos.



§ 2o



Os representantes dos órgãos e das entidades elencadas neste artigo serão indicados



formalmente por seus respectivos dirigentes e designados por ato da Ministra de Estado do

Meio Ambiente.



Art. 4o



Caberá à Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio



Ambiente a Coordenação das atividades do GT Sacolas Plásticas.



Art. 5o



Caberá à Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do



Ministério do Meio Ambiente a Secretaria- Executiva do GT Sacolas Plásticas.



Art. 6o



A atuação do GT Sacolas Plásticas consistirá em:



I - reuniões de trabalho para a promoção do diálogo entre as partes interessadas;

II - convite a instituições ou pessoas com atuação relevante no tema objeto da competência

do GT Sacolas Plásticas; e

III - discussão e aprovação de propostas de ato normativo sobre a matéria.



Parágrafo único



. As reuniões a que se refere o inciso I constarão de calendário de



atividades aprovado pelo próprio GT Sacolas Plásticas.



Art. 7o



O GT terá duração de 6 (seis) meses contados a partir de sua primeira reunião



formal, a ser convocada por sua Coordenação, podendo ser prorrogado uma única vez por

igual período.



Art. 8o



A participação no GT Sacolas Plásticas será considerada ato de serviço público



relevante, não remunerado.



Art. 9o



Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

IZABELLA TEIXEIRA


http://www.ultimoinstante.com.br/pt/noticias_20121116/setores_sustentabilidade/146425/Di%C3%A1rio-Oficial-publica-diretrizes-de-GT-para-sacolas-pl%C3%A1sticas.htm/?tpl=325#axzz2GUkOTxal

Publicado em 16/11/2012 às 12:26 na categoria Sustentabilidade por Raíza Dias

Diário Oficial publica diretrizes de GT para sacolas plásticas


As regras trazem princípios de fabricação e uso das sacolas de maneira sustentável.



 

As diretrizes para o funcionamento do Grupo de Trabalho (GT) que trata a sustentabilidade do uso de sacolas plásticas descartáveis foram publicadas pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) na portaria do Diário Oficial da União.
As regras fazem parte da iniciativa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) para definir princípios de fabricação e uso das sacolas, a fim de reduzir a insegurança jurídica e tecnológica do setor.
O GT terá a participação de outros oito ministérios, além de representantes dos setores, supermercadistas, indústria do plástico, recicladores e representantes da sociedade civil.
 
 
................................
 
10/11/2012 - 06:27

Abras irá participar de GT do Ministério do Meio Ambiente para criar Instrução Normativa para sacolas plásticas

Encontrar caminhos para resolver a insegurança jurídica e tecnológica é o objetivo central do grupo.
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) vai criar um Grupo de Trabalho (GT) sobre sustentabilidade do uso de sacolas plásticas descartáveis. O anúncio foi feito no dia 08 de novembro (quinta-feira), pela secretária de articulação institucional e cidadania do MMA, Samyra Crespo, durante o jantar promovido pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), em São Paulo. A iniciativa atende a uma demanda da Abras, apresentada em agosto deste ano, com o objetivo de estabelecer regras claras com relação à fabricação e ao uso de sacolas plásticas e, com isso, reduzir a insegurança jurídica e tecnológica que ameaça o setor.
Segundo a secretária, a portaria ministerial cria o GT Sacolas no âmbito do Ministério do Meio Ambiente, com a participação de outros oito ministérios e mais representantes de todos os setores, das partes interessadas, ou seja, supermercadistas, indústria do plástico, recicladores e representantes da sociedade civil. A portaria será publicada no Diário Oficial na segunda-feira [12/11], e trará as diretrizes para o funcionamento do Grupo de Trabalho. “Há uma lacuna jurídica nessa relação de uso das sacolas plásticas que precisa ser preenchida e é fundamental que todos os setores envolvidos façam parte dessa discussão. Este grupo de trabalho terá seis meses para trabalhar em uma instrução normativa para construir um marco regulatório que tire o setor supermercadista da insegurança jurídica que vive hoje e para que os supermercadistas não desanimem das iniciativas que hoje já estão consolidadas, como em Minas Gerais, Espírito Santo e outros Estados. O setor tem sido grande parceiro do Ministério e não vamos faltar nessa hora. Estaremos juntos para ajudar a resolver este problema”, afirmou Samyra.
Em comunicado divulgado pela Abras, em agosto deste ano, a instituição declarou a importância de se criar um novo fórum de debates para examinar as tecnologias disponíveis e combater a falsificação que coloca a segurança do mercado e dos consumidores em risco, justificando o pleito junto ao MMA. A entidade assume o compromisso em contribuir com o governo, mas sobretudo dar resposta ao desafio socioambiental de reduzir o uso de sacolas plásticas descartáveis, para com isso manter o atendimento ao consumidor com excelência e dentro de parâmetros éticos.
Desde 2007, a Abras vem atuando ao lado do MMA, quando assumiu o compromisso de contribuir para a redução do consumo de sacolas plásticas no setor. Ao mesmo tempo, no âmbito do setor privado, estabeleceu parceria com entidades da indústria de plásticos para a melhoria da qualidade das sacolas tradicionais em 2008/2009. Em 2010 assinou um acordo em que assumiu a meta de reduzir em 40% a distribuição de sacolas plásticas descartáveis (período 2011/2015). Em junho deste ano, durante a Rio+20, a ABRAS apresentou ao Ministério o 1º Relatório de Redução do Consumo de Sacolas Plásticas, que apontou queda de consumo de 6,4% (2010/2011), ou seja, menos 953 milhões de sacolas plásticas, apenas neste período de um ano.