terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Prefeitura de São Paulo propõe plano urbanístico para a cidade nos próximos 30 anos



segunda-feira, dezembro 03, 2012

http://olapisverde.blogspot.com.br/


Entre as propostas, está o enterramento de 10 km de linhas de trens e a derrubada do Elevado Costa e Silva

Na última semana, a Prefeitura de São Paulo apresentou o "Plano SP 2040: A Cidade que Queremos", programa que pode orientar a transformação e expansão da cidade ao longo das próximas décadas. O evento contou com a participação do prefeito Gilberto Kassab, do presidente da Câmara Municipal de São Paulo, José Police Neto, e do próximo secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Fernando de Mello Franco.








Na cerimônia, o coordenador do capítulo "Desenvolvimento Urbano" do Plano SP 2040, o arquiteto e urbanista Pedro Taddei, apresentou um dos projetos contidos no plano, que envolve o enterramento de linhas de trens numa extensão de 10 quilômetros, desde o Parque da Lapa até o Parque da Mooca.




Com isso, além de integrar territórios divididos pelos trilhos, diversos viadutos como Rudge, Antártica e Lapa não serão mais necessários, pois possuem a finalidade de fazer fluir o tráfego sobre as linhas de trem das regiões. O projeto ainda prevê a derrubada do Elevado Costa e Silva, conhecido como Minhocão.





O arquiteto doutor pela FAU-USP propôs ainda o Projeto Bairros, que reforça o conceito de cidade policêntrica e determina a criação de centros dentro da cada um dos 120 bairros da cidade.


Vale ressaltar que o projeto é conceitual e ainda não tem previsão para ser implantado.



Fonte: Gustavo Jazra - PiniWeb




CLIQUE AQUI PARA ACESSAR O PLANO NA ÍNTEGRA









Dados mostram que Antártida e Groenlândia passam por degelo acelerado


29/11/2012 - 20h34

Dados mostram que Antártida e Groenlândia passam por degelo acelerado


RAFAEL GARCIA
EM WASHINGTON


Os mantos de gelo da Antártida e da Groenlândia estão em derretimento acelerado e perderam 4 trilhões de toneladas nas últimas duas décadas. O valor representa 20% da água que causou um aumento de 55 mm no nível dos mares nesse período.
Os números vêm de um mutirão científico que produziu um número de consenso, ao reunir dados que antes pareciam discordantes.
Ian Joughin/Divulgação/Science
Canal formado por derretimento de gelo na Groenlândia
Canal formado por derretimento de gelo na Groenlândia
Num estudo descrevendo o trabalho na revista "Science", os autores afirmam que o resultado é compatível com o cenário de aquecimento global e que o problema deve se agravar nas próximas décadas, apesar de ainda não ser possível dizer o quanto.
"Nossa estimativa é duas vezes mais precisa do que a apresentada pelo IPCC [Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática] em seu ultimo relatório, graças a inclusão de mais dados de satélite", disse Andrew Shepherd, climatólogo da Universidade de Leeds (Reino Unido) que liderou o estudo.
O trabalho todo reuniu 47 cientistas de 26 laboratórios e cruzou informações coletadas por dez satélites, usando quatro técnicas diferentes.
A situação mais preocupante, segundo o estudo, é na Groenlândia, onde a redução do manto de gelo é dois terços do total global. Na Antártida, a porção oriental do continente teve um tênue aumento em seu manto, mas as perdas ocorridas no lado ocidental foram muito maiores, fazendo o saldo ficar negativo.
A perda de massas continentais de gelo ainda é um componente menor dentro dos fenômenos que contribuem para o aumento no nível do mar. O fator que mais influencia a subida da linha d'água é a expansão térmica: quando a água se aquece, ocupa maior volume. Mas isso pode, e deve, mudar.
"A Groenlândia perde massa cinco vezes mais rápido hoje do que no início dos anos 1990", diz o geocientista Erik Ivins, da Nasa, co-líder do estudo.
"A Antártida parecia estar mais ou menos constante, mas na última década aparentemente sofreu uma aceleração de 50% na taxa de perda de gelo."
Ian Joughin/Divulgação/Science
Rachaduras no gelo da Antártida, ao longo da costa Amundsen
Rachaduras no gelo da Antártida, ao longo da costa Amundsen
Em entrevista coletiva anteontem, porém, os autores do estudo se disseram incapazes de prever quão rápido isso deve acontecer.
INCERTEZAS
Simulações de computador que tentam prever o aumento total do nível do mar até 2100 em razão do aquecimento global variam radicalmente. O último relatório do IPCC trabalha com uma variação entre 20 cm e 60 cm, mas previsões recentes mais sofisticadas indicam que o nível do mar pode subir de 75 cm a 1,85 metro neste século.
Os dados publicados hoje na "Science" vão permitir a criação de modelos com menos incerteza.
Mesmo que a taxa de degelo na Antártida e na Groenlândia siga sem acelerar, há razão para preocupação.
"Com 11 mm de aumento no nível de um oceano inteiro, a massa adicional de água que pode atingir um litoral durante uma tempestade aumenta muito", diz Ivens.
"E, quando há mais massa numa onda no mar, a capacidade dessa onda de transportar energia muda. O processo é bem mais complicado."
Alex Argozino/Editoria de Arte/Folhapress

Fazer esporte em meio à poluição é melhor que ficar parado, diz estudo


02/12/2012 - 03h00

Fazer esporte em meio à poluição é melhor que ficar parado, diz estudo

RODOLFO LUCENA
DE SÃO PAULO

http://www1.folha.uol.com.br/saopaulo/1193678-fazer-esporte-em-meio-a-poluicao-e-melhor-que-ficar-parado-diz-estudo.shtml



Quem vive em São Paulo respira fumaça de carros, ônibus e caminhões o dia todo. Sofre, aos poucos, os efeitos maléficos da poluição -ela está relacionada a problemas como hipertensão, infarto e derrame cerebral, além de alguns tipos de câncer e doenças pulmonares graves, segundo o cardiologista Nabil Ghorayeb, especialista em medicina do esporte.
Se para a população em geral os alertas à saúde já não são dos melhores, para aqueles que se exercitam ao ar livre e colocam os pulmões para funcionar com maior força as perspectivas são piores. Correto?
Não necessariamente. O raciocínio tem sua lógica e é bastante corrente entre especialistas e esportistas. Mas um grupo de pesquisadores ligados à USP, à Uninove e ao Instituto Oswaldo Cruz foi atrás de saber o que exatamente acontece com o pulmão da pessoa que pratica atividade física ao ar livre e em um ambiente poluído.
O estudo, feito em São Paulo por esse grupo e publicado na edição de julho da revista "Medicine in Science and Sports Exercise", do Colégio Americano de Medicina do Esporte, que fica em Indianápolis (EUA), detectou justamente o contrário: quem se exercita continuará tendo pulmões mais saudáveis que aqueles que ficam parados, mesmo respirando fundo um ar carregado como o de São Paulo.
"Acreditávamos que a atividade física potencializaria os efeitos nocivos, já que o atleta, enquanto corre, tem respiração mais profunda e frequente", diz o médico Rodolfo Vieira, coordenador da pesquisa. "Mas o estudo mostrou que o exercício tem um efeito protetor para os pulmões. Inibiu parcialmente a inflamação e as alterações induzidas pela poluição."
Ilustrações Estudio Polyester
Os pesquisadores acompanharam 80 camundongos, ao longo de cinco semanas, divididos em quatro grupos: um grupo de controle, sedentário, um grupo que fez exercício em condições normais, um grupo sedentário exposto à poluição e outro que fez exercício também sob poluição.
A poluição era a paulistana mesmo --extrato da fumaça expelida pelos ônibus que circulam na cidade, captado diretamente dos escapamentos pela equipe e inserido nas narinas dos animais no laboratório.
Resultado: a turma que praticou exercício exposta à poluição apresentou níveis de inflamação pulmonar bem mais baixos que os verificados nos sedentários sob a mesma poluição, e bastante próximos daqueles que trabalharam em ar limpo.
Isso não quer dizer, no entanto, que liberou geral e você pode sair por aí correndo ou pedalando nas marginais e corredores fumacentos da cidade. "Correr aumenta o sistema de defesa do corpo contra a inflamação das vias aéreas. Mas isso não é ilimitado. Quanto mais poluído o ar, mais difícil fica se defender", adverte Mauro Vaisberg, especialista em medicina do esporte e imunologia.
Para não abusar dos pulmões nem precisar abrir mão da insubstituível atividade ao ar livre, há uma série de cuidados que podem e devem ser tomados. Vão desde ações simples, como balanceamento das refeições, até outras mais mirabolantes e diretas, como o uso de máscaras.
"Há uma máscara para ciclistas, com filtro. É meio estranha, o sujeito fica parecendo o Darth Vader, mas é o mais seguro", diz Vaisberg. "Mesmo a máscara cirúrgica, de hospital, já diminui um pouco a quantidade de material particulado inalado."
Ilustrações Estudio Polyester
O presidente da Associação dos Treinadores de Corrida de São Paulo, Nélson Evêncio, recomenda que os praticantes devem procurar correr nas primeiras horas do dia. "É quando a quantidade de poluentes no ar está mais reduzida." Também deve se evitar avenidas de muito trânsito e fugir de caminhões e ônibus, diz.
Outra forma é proteger a saúde de modo geral, segundo o treinador Miguel Sarkis: "Alimentar-se bem, descansar bastante e cuidar da hidratação deixam a pessoa mais resistente contra doenças".
OZÔNIO: O VILÃO DO VERÃO
Poeira, monóxido de carbono, dióxido de enxofre e outros elementos exalados pelos escapamentos de veículos são os principais vilões de uma metrópole como São Paulo.
No verão, porém, quando mais chuva e uma maior circulação de ar ajudam a amenizar a concentração de fumaça, outro agente rouba a atenção: o ozônio. É ele que passa a ser o principal responsável pelos dias em que a qualidade do ar paulistano fica inadequada.
"O ozônio não é emitido por nenhuma fonte. Se forma na atmosfera, principalmente a partir dos gases que saem dos veículos. E, para se formar, precisa ter luz solar, dias quentes. Por isso, seus períodos de maior concentração são a primavera e o verão", explica Maria Helena Martins, gerente da divisão de qualidade do ar da Cetesb, a agência ambiental paulista.
Por essas características, o pico do ozônio é das 11h às 17h, enquanto os outros poluentes tendem a coincidir com o trânsito. Além disso, é justamente nas áreas mais arborizadas -e com menos gases, portanto- que o ozônio se concentra. Isso acontece pois, ao mesmo tempo em que se forma a partir dos gases dos veículos, ele também reage e se destrói com eles, o que reduz sua presença no entorno.
Editoria de Arte/Folhapress
Fontes: "Anti-inflammatory Effects of Aerobic Exercise in Mice Exposed to Air Pollution" (efeitos anti-inflamatórios do exercício aeróbico em camundongos expostos a poluição do ar), em "Medicine & Science in Sports & Exercise", de julho de 2012; Cetesb; FMUSP
"Isso não quer dizer que as pessoas não possam fazer exercício nos parques", aponta Martins. "Os níveis de todos os outros poluentes são menores nesses locais." E é melhor do que correr em vias de grande movimento, respirando a fumaça do óleo diesel.
"Fazer esporte regularmente é um anti-inflamatório natural", diz Paulo Saldiva, chefe do laboratório de poluição atmosférica da Faculdade de Medicina da USP. "A poluição, nos níveis de São Paulo, tira cerca de três meses de vida, enquanto o esporte dá mais de dois anos. Os benefícios que traz superam de longe os prejuízos."
*
EXISTE ESPORTE EM SP
Alguns cuidados ajudam a se proteger da poluição
  • Evite sempre as vias de maior tráfego
  • No verão e em dias de calor, evite o horário da tarde, quando a concentração de ozônio está maior
  • Na dúvida entre a avenida, onde há muita poeira, e o parque, onde há muito ozônio,fique com o parque
  • melhor horário é no início do dia, até as 10h, quando a poeira ainda foi pouco agitada pelos movimentos dos veículos e do ar
  • Cuidar da saúde em geral, com descanso, muita hidratação e boa alimentação
  • Se quiser, utilize máscaras; elas são a forma mais eficaz de proteção


São Paulo ganha mais 25 táxis para deficientes


03/12/2012 - 17h15

São Paulo ganha mais 25 táxis para deficientes


A frota de táxis adaptados para transportar deficientes na cidade de São Paulo ganhou mais 25 carros nesta segunda-feira. O total agora chega a 93 veículos.



A apresentação dos novos veículos foi feita pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD), que lançou o serviço em fevereiro de 2009. Segundo a prefeitura, desde então já foram realizadas 60 mil corridas.
A maior parte dos veículos é da Adetax (associação dos táxis de frota), que agora tem 74 veículos adaptados e estima realizar 1.600 corridas por mês.
Os carros são adaptados conforme as normas do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) e da Secretaria Municipal de Transportes: têm plataforma elevatória com sustentação de até 250 kg e sistema de fixação para cadeira de rodas.
Além de deficientes físicos, também são atendidos cegos, surdos, idosos, gestantes e outras pessoas com mobilidade reduzida.
A tarifa é a mesma dos táxis comuns --bandeira inicial de R$ 4,50, mais R$ 2,50 por km rodado--, mas os veículos têm pontos livres em locais com grande procura, como o aeroporto de Congonhas, o terminal rodoviário do Tietê e hospitais. Também atendem por chamada, pois todos estão vinculados a cooperativas de rádio-táxi.
Quando o programa foi lançado, a prefeitura disponibilizou 80 alvarás e mais 40 suplentes, mas a procura foi baixa por parte dos taxistas.
Eles dizem que precisam bancar sozinhos a adaptação, que custa mais de R$ 30 mil, o que eleva o custo do táxi adaptado para cerca de R$ 100 mil. Por este motivo poucos autônomos se interessaram, e o resultado foi menos opções aos usuários.
Atualmente, a frota de táxis da cidade é de 33,7 mil --o número de veículos adaptados representa cerca de 0,3% do total. (ANDRÉ MONTEIRO)

...e economicamente viável...


02/12/2012 - 05h15

Blogs ganham até R$ 80 mil por elogios


JULIANA CUNHA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Ganhar brindes de marcas, ser convidado para participar de eventos e receber entre R$ 500 e R$ 15 mil por uma opinião favorável a um produto estão entre as regalias de ser um blogueiro famoso.




Segundo levantamento feito pela Folha com 12 agências de publicidade que trabalham com marketing digital, um blogueiro cujo site tenha a partir de 40 mil acessos diários ganha entre R$ 15 mil e R$ 80 mil por mês fazendo publieditoriais.

Também conhecidos como publiposts, post pagos e jabás, são textos financiados por marcas e veiculados em blogs. A maioria aparece com uma discreta identificação de que se trata de publicidade -apenas uma "tag" no pé do texto, com a palavra "publipost". Outros nem isso mostram. É comum que esses avisos apareçam só no fim do texto, em tamanho pequeno.
Publipost é todo material pago veiculado em blogs como se fosse um post normal. De certo modo, corresponde aos chamados "informes publicitários", textos com aparência jornalística feitos por empresas e publicados em jornais e revistas com identificação para que o leitor não o confunda com reportagem.
Por causa do post pago, é possível ver blogueiros elogiando marcas de absorvente, roupas, celulares, restaurantes e até dermatologistas.
A propaganda, que não tem cara de publicidade, nem sempre aparece identificada como tal. Escrita em primeira pessoa, assemelha-se a uma dica de amigo.
"O grande problema é a falta de regulamentação. Cada blogueiro identifica as propagandas como quer. Alguns com uma 'tag' minúscula no fim do post, outros com selos", diz o blogueiro e publicitário Alexandre Inagaki.
Para Inagaki, o correto seria identificar como propaganda logo no título.
Neste ano, o Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) investigouum caso de propaganda disfarçada em blogs pela primeira vez: três blogueiras publicaram textos idênticos elogiando produtos da loja de maquiagens Sephora.
Ao final, o conselho recomendou que elas evitassem gerar desconfianças nos consumidores.
Segundo as agências de publicidade, os melhores blogs para anunciar são os de humor e os de moda, que já ganharam até uma rede para organizar os publiposts, chamada F.Hits.
A plataforma criada pela empresária Alice Ferraz reúne 24 blogs de moda e chegou a receber o título de oitava companhia mais inovadora do Brasil no ranking da americana Fast Company.
Um dos blogs de humor mais rentáveis é o "Não Salvo", feito por Maurício Cid. Ele afirma identificar suas publicidades por meio de 'tags'.

"O que o blogueiro tem de mais importante é a sua credibilidade. Além disso, meus leitores acham justo que eu ganhe dinheiro com o blog."
Zé Carlos Barretta/Folhapress
Maurício Cid, criador do blog de humor "Não Salvo", tido como um dos mais rentáveis no uso de posts patrocinados
Maurício Cid, criador do blog de humor "Não Salvo", tido como um dos mais rentáveis no uso de posts patrocinados

AGÊNCIAS
O procedimento padrão do publipost é feito por uma agência de publicidade ou setor de marketing de uma empresa. A agência entra em contato com blogueiros cujos sites tenham a ver com o produto. São acertados valores e a exposição do texto.
Há quem peça, por exemplo, que o texto fique na página principal do blog por um número determinado de dias.
O blogueiro costuma escrever o texto para que o material não seja muito diferente dos textos normais do site.
Há, porém, redatores publicitários especializados em imitar o estilo dos blogueiros. A marca aprova o material antes de ele ser publicado.
Outras ações publicitárias como vídeos, mudança do "layout" do blog e participação dos blogueiros em eventos costumam ser mais caras.
Para Daniel Oliveira, do blog "Não Intendo", não há como blogs grandes se sustentarem sem publicidade. Ele a identifica com uma tag.
"Publico uma média de 25 textos toda semana, apenas 2 ou 3 são publicidade. Um site com muitos acessos como o meu precisa de um servidor elástico, o que pode custar US$ 2.000 por mês."
Entre seus clientes, Oliveira já teve marcas de bebida, carros e lojas de roupa.
Para Ian Black, da agência New Vegas, o mercado está inflacionado: "A demanda de marcas que se interessam por esses serviços cresceu e surgiram agenciadores que sabem cobrar como agência".
Editoria de Arte/Editoria de Arte/Folhapress