segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Pedalada para a morte...


07/10/2012-05h30

Zona leste tem maior número de mortes de ciclistas em SP


COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
DE SÃO PAULO

Um aviso para quem anda de bicicleta por São Paulo: a zona leste é a região mais perigosa da cidade para os ciclistas. Foram 55 casos de acidentes fatais entre 2009 e 2011, o índice mais alto da cidade. Ao todo, 159 ciclistas morreram na capital nesse período.
A pior situação foi registrada no bairro Jardim Helena, onde os acidentes já levaram à morte sete ciclistas.
Na sequência do ranking, aparecem as zonas sul e norte. O menor índice está na zona oeste e no centro.
Para o consultor de mobilidade urbana André Pasqualini, 38, a concentração de acidentes em regiões periféricas não chega a surpreender.
"São locais pontuais que não são preparados para bicicletas, mas concentram um número grande de ciclistas."
Para Pasqualini, a redução de acidentes passaria por usar os dados de onde eles ocorrem e precisar suas causas. "Deveria existir um plano viário concreto, baseado em educação, fiscalização e infraestrutura. Só assim os ciclistas poderiam se sentir mais seguros."
Joel Silva - 3.mar.2011/Folhapress
Ciclista anda pela movimentada avenida 23 de maio em maio, próximo ao Parque do Ibirapuera, em Sao Paulo
Ciclista anda pela movimentada avenida 23 de Maio, próximo ao Parque do Ibirapuera, em Sao Paulo
Entre as vias mais perigosas estão a rodovia Fernão Dias e a avenida Raimundo Pereira de Magalhães (zona oeste), com três mortes cada uma, e a avenida Professor Luiz Ignácio de Anhaia Mello, na zona leste, com duas mortes.
SEGURANÇA
Considerando o total de acidentes com ciclistas, foram 1.727 entre 2009 e 2011, a maioria com carros ou ônibus.
O ciclista Daniel Freitas, 26, conta que se envolveu em um acidente leve na avenida Eliseu de Almeida (zona oeste) após discutir com o motorista de um ônibus por causa de uma "fina" que o veículo teria tirado da bicicleta.
"Parei na frente do ônibus para filmar a placa e ele me empurrou até derrubar a bicicleta", diz.
Para Freitas, a situação seria mais segura para os ciclistas se houvesse mais ciclovias na cidade -atualmente, são 60,4 km. Como comparação, Amsterdã, na Holanda, tem 400 km de ciclovias. (THIAGO AZANHA E VANESSA CORREA)
Editoria de Arte/Folhapress

'Não quero ser rotulado pelo símbolo da reciclagem'


02/09/2012-03h00

'Não quero ser rotulado pelo símbolo da reciclagem', diz designer





GARY ANDERSON
DEPOIMENTO PARA O "FINANCIAL TIMES"


Estudei engenharia na Universidade do Sul da Califórnia em um período nos EUA em que treinar jovens engenheiros era uma prioridade.
Foi nos anos que se seguiram ao Sputnik, e a filosofia era a de que o país corria risco de ficar para trás da Rússia na arena técnica. Isso posto, acabei trocando de curso e fui estudar arquitetura, que era mais tangível. Formei-me em 1971, e entrei no mestrado.
Foi mais ou menos nessa época que vi um cartaz divulgando um concurso para criar um símbolo que representasse o papel reciclado. Um dos meus cursos havia sido de design gráfico, por isso achei que podia arriscar.
Divulgação
Gary Anderson, à direita, com o símbolo que criou nos anos 1970
Gary Anderson, à direita, com o famoso triângulo de três setas, símbolo criado pelo arquiteto nos anos 1970
Não demorei muito a criar meu design --um dia ou dois. Odeio admitir, mas já tinha feito uma apresentação sobre papel reciclado e criado um gráfico do fluxo da água, por isso já tinha em mente as setas, arcos e ângulos.
O problema com meu design inicial era que ele parecia chato, bidimensional. Quando decidi me inscrever no concurso, lembrei de uma visita que tinha feito com a escola à gráfica de um jornal, onde vimos o papel acomodado àqueles grandes rolos de impressão.
Aquela imagem me inspirou --as três setas de meu esboço final pareciam tiras de papel. Eu as desenhei a lápis, depois tracei os contornos com tinta preta. Hoje, com os softwares gráficos, é raro um design seco como aquele.
Se me entusiasmei? Bem, sim --mas não muito. Acho que, àquela altura da vida, eu me achava importante demais. Parecia-me evidente que ganharia o concurso!
Quando concluí meus estudos, que queria trabalhar com planejamento urbano e me mudei para Los Angeles.
Realmente minimizava minha vitória naquele concurso. Tinha medo de que ela me fizesse parecer mais um designer que um planejador urbano. Nem a mencionava em meu currículo.
O símbolo tampouco ganhou força na hora. Lembro de tê-lo visto na fatura de um banco, mas depois ele desapareceu. Anos depois, em certo verão, viajei a Amsterdã de férias, e jamais vou me esquecer: ao desembarcar do avião, vi o meu símbolo, em um grande receptáculo para reciclagem em formato de iglu.
E o desenho era enorme! Fiquei realmente impressionado: tinha tirado aquele símbolo da memória por anos, e lá estava ele, na minha cara. Isso aconteceu há muito tempo. Depois, fiz meu doutorado e trabalhei para algumas empresas.
No momento, comando a filial de Baltimore de uma pequena companhia que trabalha para o Departamento de Defesa, o que é estranho, porque, quando jovem, eu não gostava dos militares.
Com relação ao movimento ambiental, tenho de admitir que minha carreira em geral esteve mais concentrada em pagar as contas.
No meu trabalho é ocasionalmente frustrante esbarrar em regulamentações ambientais. Não me entenda mal: é bom que elas existam. Mas excesso de regulamentação pode sufocar a inovação.
Hoje, me sinto mais próximo ao símbolo da reciclagem do que no passado. Talvez ele seja parte maior do que eu imaginava de minha contribuição ao mundo, mas ainda assim não gosto de imaginar que toda a minha vida de trabalho será definida por ele.
Fiz mais do que criar o símbolo da reciclagem.

Texto de Katie Engelhart, tradução de Paulo Migliacci.

Conheça as ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas de São Paulo


06/10/2012-14h55

Conheça as ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas de São Paulo


COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Os 11 milhões de habitantes de São Paulo contam com 60,4 km de ciclovias. São 203,7 km de infraestrutura cicloviária, incluindo ciclofaixas, em que uma faixa da rua é exclusiva para ciclistas, e ciclorrotas, que não são exclusivas para bikes.
A ciclorrotas é um percurso já consagrado pelos ciclistas, onde a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) implanta sinalização vertical com placas de regulamentação e advertência e pintura de solo, indicando aos ciclistas e motoristas que a via é uma rota para bicicletas na qual a atenção deve ser redobrada e a velocidade reduzida.
Quanto às ciclofaixas, existem 3,3 km que são definitivas, com funcionamento 24h todos os dias, no bairro de Moema e 67 km que são operacionais, com funcionamento aos domingos e feriados nacionais, das 7 às 16h.
Editoria de arte/Folhapress

Meta de proteção chega a US$ 600 bi


'Meta de proteção chega a US$ 600 bi'

Conferência da Biodiversidade começa hoje, na Índia, com objetivo de aprovar compromissos financeiros

08 de outubro de 2012 | 8h 43


GIOVANA GIRARDI - O Estado de S.Paulo
Começa hoje em Hyderabad, na Índia, a 11.ª conferência das partes da Convenção da Diversidade Biológica (CDB) com o desafio de aprovar compromissos financeiros dos países para financiar metas de proteção da biodiversidade. Na reunião anterior, há dois anos, em Nagoya, no Japão, os 192 países-membros mais a União Europeia concordaram com as chamadas metas de Aichi (mais informações nesta página). São 20 compromissos, a serem atingidos até 2020, que têm como objetivo conter a perda de biodiversidade.
Cálculos feitos pela CDB, que serão apresentados durante a conferência, consideram que, em um pior cenário, os custos podem chegar a algumas centenas de bilhões de dólares. A mais cara das metas - a que prevê que 17% das áreas terrestres e 10% das marinhas e costeiras sejam protegidas (hoje o mundo tem cerca de 12,7% e 4%, respectivamente) - poderia chegar a US$ 600 bilhões. Isso se não houver políticas públicas que incentivem o desenvolvimento sustentável, explica Braulio Dias, secretário executivo da convenção.
Na entrevista a seguir, o brasileiro, que assumiu o cargo neste ano, explica como esses valores podem ser reduzidos.
Há dois anos, a conferência da biodiversidade terminou com o festejado protocolo de Nagoya, que definiu regras básicas para o acesso aos recursos genéticos da natureza e a repartição de benefícios provenientes de sua exploração. Na época, esperava-se que hoje ele já tivesse sido ratificado por 50 países para entrar em vigor. Mas, até agora, só o foi por 6. Isso é um mau sinal?
Acho que é natural. A ratificação de qualquer convenção ou protocolo internacional leva alguns anos, porque é preciso fazer consultas internas dentro do país aos vários setores que serão afetados, tem de fazer avaliações do marco legal nacional para ver a necessidade de fazer ajustes. Os países estão avançando internamente nessas discussões e a gente espera que até o final do ano mais uma dúzia de países tenha ratificado, atingindo um terço da quantidade necessária. A minha expectativa é de que, se continuarmos nesse ritmo, até a próxima conferência, em 2014, talvez consigamos alcançar as 50 e o protocolo entrará em vigor.
E como estão caminhando as metas de Aichi?
A implementação também não é uma tarefa fácil. O primeiro compromisso que os países assumiram foi de revisar as estratégias de planos nacionais de biodiversidade para alinhá-los com o novo plano estratégico da convenção e adotar metas nacionais de biodiversidade para 2020. Mas poucos países conseguiram concluir essa revisão. Paralelo a isso, iniciamos uma discussão sobre mobilização de recursos financeiros, porque se os recursos não forem dispostos vai ser muito difícil implementar essa agenda. Desde a COP-9 (em Bonn), em 2008, a gente vem conseguindo avançar. Na ocasião, aprovamos uma estratégia para mobilizar recursos, mas não incluía metas nem indicadores. Em Nagoya foi possível negociar indicadores, mas não metas financeiras.
Há uma estimativa de quanto custaria implementar todas as 20 metas?
Nós contratamos um estudo para tentar identificar quais seriam as necessidades de implementação das metas de Aichi que demandariam apoio do GEF, que é o fundo mundial para o meio ambiente e o mecanismo financeiro da convenção. Esse relatório vai ser apresentado agora para ser apreciado pelos países. Ele fala em algumas centenas de bilhões de dólares. O estudo olha meta por meta, tentando identificar quanto cada uma custaria para ser implementada, levando em conta diferentes cenários, dos mais aos menos otimistas. Porque esses custos dependem das condições políticas e econômicas de cada lugar. Só para ter uma ideia, para implementar a meta 11, que é a de áreas protegidas, a estimativa é que serão precisos até US$ 600 bilhões. Esse é o limite superior para a meta mais cara de implementação, considerando o cenário de business as usual, sem ajuda de políticas públicas voltada para um desenvolvimento sustentável. Entendendo que essa meta não é só expandir a representatividade dos sistemas nacionais de áreas protegidas, mas dar efetividade a todas as unidades de conservação. No entanto, se os países avançarem em promover reformas para que as políticas públicas cada vez mais promovam um desenvolvimento verdadeiramente sustentável, o custo da implementação das metas de Aichi vai cair muito. Entre os esforços estão, por exemplo, a implementação de critérios de sustentabilidade nas contas públicas na compra de produtos da biodiversidade e a reforma de instrumentos econômicos que dão incentivos na área de pesca, de agricultura, de mineração. Mas, se não houver esse esforço, o custo será muito alto.
Até porque os países não estão muito dispostos a dar dinheiro para essas questões. Esse será o maior desafio da COP?
Certamente vai. Um dos resultados esperados da COP-11 é ter metas financeiras. Só que, infelizmente, isso está coincidindo com a crise econômico-financeira que ainda persiste. Então vai ser um grande desafio, vamos precisar de muita criatividade e boa vontade dos países para chegar num acordo.
O senhor falou que vai precisar de criatividade.
Acho que boa parte da solução para a mobilização dos recursos financeiros vai depender do nosso sucesso em dar mais centralidade e também transversalidade à questão. Fazer com que a biodiversidade receba uma atenção adequada nos outros setores. Não pode ser apenas a área ambiental que vai cuidar disso. Os setores que usam ou impactam a biodiversidade têm de assumir sua parcela de responsabilidade e, com seus recursos, ajudar a reduzir esses impactos. Estou falando de setor agrícola, de pesca, de floresta, de produção de energia, setor de mineração, petróleo e gás, transporte. Se tiver sucesso nisso, aí a gente divide os custos e passa a ser mais viável implementar essa agenda.
Como o senhor avalia a posição do Brasil nesse contexto?
Acho que o Brasil vem mostrando que é possível avançar, mas é preciso compromisso político dos governantes, participação e cobrança da sociedade civil e cada vez mais contar com a participação do setor privado.
Braulio Dias é biólogo.
Antes de assumir a CBD,
em janeiro, foi secretário de Biodiversidade e Florestas
do Ministério
do Meio
Ambiente.

Verifique quem apresentou um projeto de lei (PL) para tornar a cidade de São Paulo mais sustentável! Vereadores eleitos:

Escolha seu vereador


VEREADORES ELEITOS: CONFIRA


http://placar.eleicoes.uol.com.br/2012/1turno/sp/sao-paulo

http://noticias.r7.com/eleicoes-2012/noticias/coligacao-de-serra-elege-21-vereadores-partidos-que-apoiam-haddad-levam-15-cadeiras/

Veja abaixo os vereadores eleitos em São Paulo:
PT (11)
Donato
Juliana Cardoso
Senival Moura
Nabil Bonduki
Alfredinho
José Americo
Arselino Tatto
Jair Tatto
Vava dos Transportes
Reis
Paulo Fiorilo
PSDB (9)
Andrea Matarazzo
Coronel Telhada
Mario Covas Neto
Floriano Pesaro
Claudinho
Patrícia Bezerra
Gilson Barreto
Aurélio Nomura
Eduardo Tuma
PSD (7)
Goulart
Marco Aurélio Cunha
Souza Santos
Edir Sales
Marta Costa
David Soares
Police Neto
PTB (4)
Celso Jatene
Adilson Amadeu
Conte Lopes
Paulo Frange
PV (4)
Tripoli
Dalton Silvano
Ricardo Teixeira
Gilberto Natalini
PMDB (4)
Ricardo Nunes
George Hato
Dr. Calvo
Nelo Rodolfo
PR (3)
Antonio Carlos Rodrigues
Toninho Paiva
Aurélio Miguel
PSB (3)
Ota
Eliseu Gabriel
Noemi Nonato
DEM (2)
Milton Leite
Sandra Tadeu
PRB (2)
Jean Madeira
Atílio Francisco
PPS (2)
Ricardo Young
Ari Friedenbach
PSOL (1)
Toninho Vespoli
PCdoB (1)
Netinho de Paula
PP (1)
Pastor Edemilson Chaves
PHS (1)
Laércio Benko


05/10/2012 - 19h57

Veja como foi o debate entre candidatos a vereador em SP

DE SÃO PAULO



http://www1.folha.uol.com.br/poder/1164808-veja-como-foi-o-debate-entre-candidatos-a-vereador-em-sp.shtml



eis candidatos a vereador de São Paulo participaram na última terça-feira (2) de debate promovido pela Folha. Os políticos representam as cinco principais coligações nas eleições municipais deste ano e o partido do prefeito, Gilberto Kassab (PSD).
Participaram do evento Luíza Nagib Eluf (PMDB), Andrea Matarazzo (PSDB), Ricardo Young (PPS), Nabil Bonduki (PT), José Police Neto (PSD) e Celso Jatene (PTB).
Veja abaixo como foi o debate:
1º BLOCO
2º BLOCO
3º BLOCO
4º BLOCO
5º BLOCO
6º BLOCO




Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/especial/2012/eleicoes/busque_candidato.shtml




busque seu candidato a vereador

Nas eleições deste ano, há 1.227 candidatos na disputa pelas 55 cadeiras da Câmara Municipal de São Paulo. Para ajudar você a encontrar o seu representante, esta página permite que os candidatos sejam selecionados de acordo com vários critérios. Você pode começar sua pesquisa escolhendo apenas algumas características aqui e refinar a busca depois de ver os resultados.




17/09/2012-04h00

Vereador: você pode ter o seu


http://www1.folha.uol.com.br/poder/1154535-vereador-voce-pode-ter-o-seu.shtml

EDUARDO GRAEFF
ESPECIAL PARA A FOLHA


Já me aconteceu de ligar para amigos na véspera da eleição pedindo indicação de um candidato a vereador. Minha negligência não se justifica, mas se explica. Acho o cargo de vereador menos importante que o de prefeito. E me cansa aquele desfile de candidatos a vereador no horário eleitoral.
Se você também se importa menos com seu voto para vereador, aqui vão uma razão e uma sugestão para não fazer o que eu fiz.
O vereador pode ser menos importante para você, mas você tende a ser mais importante para o vereador. Como o prefeito é um e os vereadores são muitos, há menos eleitores por vereador do que por prefeito. O prefeito é da cidade inteira; o vereador, de uma parcela da cidade. Por isso tende a ser mais fácil falar com um vereador para fazer reclamações e sugestões. Razão para escolhê-lo bem.
E como escolher? Minha sugestão é: distritalizando seu voto. Melhor seria adotar por lei o voto distrital. Na falta disso, muitos eleitores o adotam na prática: concentram sua votação num candidato do distrito ou bairro. Sabem que é melhor ter do que não ter um representante do bairro na Câmara Municipal. Se o seu bairro tem um representante, e você não tem objeções éticas ou políticas à sua atuação, pode ser uma boa ideia reelegê-lo. Se não, busque alguém que mereça sua confiança entre os candidatos com presença no bairro.
Se o candidato em quem você votou não se eleger, você ainda pode ter um vereador. Adote um que tenha afinidade com seu bairro e com temas importantes para você.
Os eleitores se queixam que os políticos esquecem deles depois da eleição. A recíproca é verdadeira: muitas vezes, o eleitor esquece em quem votou. Invista na escolha do seu vereador. Acompanhe sua atuação. Acione-o quando necessário. Assim você evita o esquecimento recíproco e faz a democracia a funcionar melhor.
EDUARDO GRAEFF é cientista político e foi secretário-geral da Presidência na gestão FHC


Na Câmara Municipal de SP, cadeira azul custa até R$ 8 milhões

Segundo os próprios vereadores, despesa por uma vaga na Câmara nestas eleições pode chegar a esse valor

08 de setembro de 2012 | 16h 00

http://www.estadao.com.br/noticias/politica,na-camara-municipal-de-sp-cadeira-azul-custa-ate-r-8-milhoes,927719,0.htm



Considerada a disputa legislativa mais concorrida do País, a corrida por uma das 55 cadeiras da Câmara Municipal paulistana requer, antes de mais nada, fôlego financeiro. Uma campanha alentada poderá custar nestas eleições, segundo relatos dos próprios vereadores, até R$ 8 milhões. O salário atual de um parlamentar municipal é R$ 9.288,05 – a soma em quatro anos de mandato, incluindo o 13º, não chega a meio milhão de reais.
Veja também:

O objetivo eleitoral de gastos alentados como esse é conseguir ao menos 40 mil votos nominais, que somados aos votos de legenda são suficientes para uma vitória. Ou seja, ao final da campanha, o candidato a vereador terá desembolsado cerca de de R$ 200 por voto conquistado.
Os custos de uma campanha parlamentar em São Paulo, porém, dependem muito do perfil do candidato. Se ele dispuser de outros "benefícios" listados nas páginas deste caderno, como presença forte numa área específica e bons padrinhos políticos, o valor final a ser gasto se reduz.
Os 1.185 candidatos que registraram suas candidaturas neste ano informaram oficialmente à Justiça Eleitoral que pretendem gastar, em média, R$ 2,7 milhões na campanha. Os valores mudam de acordo com a sigla. No PCO, a previsão é de R$ 50 mil por candidato. Já os postulantes do PSD, PSDB, PRB, PT do B e PTN, por exemplo, já entram na casa do milhão.
Em 2008, a campanha mais cara custou R$ 1,7 milhão declarados. Esse foi o valor informado à Justiça pelo vereador Antonio Carlos Rodrigues (PR), que gastou R$ 40 por voto. Naquele ano, segundo os dados do Tribunal Superior Eleitoral, cada postulante ao Legislativo paulistano desembolsou, em média, R$ 12,15 por voto conquistado.
Para onde vai o dinheiro. A maior parte dos gastos de um candidato em São Paulo é com pessoal. É preciso formar uma equipe de assessores, manter boa relação com líderes comunitários que influenciam o voto em determinadas regiões da cidade e contratar cabos eleitorais. Vereadores com experiência em eleição estimam que, de cada R$ 100, pelo menos R$ 65 são destinados para pagar salários de colaboradores de campanha.
Quando a disputa começa, há uma corrida nos bastidores para ver quem consegue levar para o seu comitê os líderes comunitários que possuem uma rede de eleitores que segue sua indicação na urna. Muitas desses líderes são profissionais, que acabam trabalhando para o candidato que apresentar o maior orçamento. A corrida começa já no início do ano da campanha. O preço cobrado pelos líderes comunitários guarda relação direta com a oferta de votos. Nesse item, os candidatos à reeleição largam na frente. No decorrer dos mandatos, muitos amarram esses líderes comunitários a seus projetos políticos ao contratá-las como assessores de gabinetes. Os que já estão contratados por vereadores podem ter salários, pagos pelo poder público, de mais de R$ 10 mil.
Há também ofertas de "serviços especiais". Um candidato a vereador conta que, num bairro da zona sul, o proprietário de um posto de gasolina chegou a pedir até três parcelas de R$ 15 mil para ajudar a angariar votos – leia-se distribuir gasolina de graça ou com desconto em nome do candidato. Dono de pequenos bares, por exemplo, também entram na campanha. Pedem cerca de R$ 1 mil para distribuir santinhos.
Para bancar toda essa estrutura, os candidatos acabam passando o chapéu entre os mesmos doadores: geralmente empresas com interesse em contratos com a administração e empreiteiras. As empresas doam, conta outro vereador, porque querem "interlocução" com o dono do mandato. Ele lembra que a preferência é dar o dinheiro para o partido, a quem cabe fazer a divisão.
A tendência hoje "é dar por dentro", ou seja, doar legalmente, com registro na Justiça Eleitoral. O motivo para evitar o chamado caixa 2 está nos escândalos recentes envolvendo doadores de campanha. O clima amedrontou as empresas. "Quem dá as regras é quem vai doar. O candidato quer mais é receber o dinheiro e acaba recebendo da maneira que o financiador quiser. O movimento de legalização vem das empresas", diz um candidato a vereador que concorre à reeleição.
Um importante ator nas eleições municipais é o deputado, seja ele estadual ou federal. Esses parlamentares costumam ajudar candidatos à Câmara Municipal para, dois anos depois, quando disputarem a eleição, contarem com a teia de colaboradores montada pelos vereadores na disputa anterior. Assim, costumam procurar seus doadores para pedirem ajuda a seus candidatos.
Nestas eleições, os vereadores têm reclamado da dificuldade de angariar fundos, principalmente pelo fato de não poderem contar com o dinheiro da Associação Imobiliária Brasileira (AIB), que na disputa anterior registrou a doação de R$ 6,1 milhões. Entidades de classe, porém, não podem fazer doações. Diante dos questionamentos sobre a ação irregular, a representante das construtoras e incorporadoras da cidade, uma das principais financiadoras das candidaturas parlamentares de 2008, decidiu não doar mais. Sem a ajuda, há queme esteja recorrendo até a jornal de bairro para engordar o caixa.
Vantagens. Os vereadores que tentam a reeleição dão a largada com outras vantagens em relação aos novatos. Os parlamentares costumam ter um trabalho de "atendimento" dos eleitores em seus escritórios políticos, trabalho esse que sempre acaba se revertendo em mais votos.
O custo da campanha declarado ao Tribunal Superior Eleitoral não inclui esse tipo de gastos, que vai de assessoria jurídica a eleitores, em questões como seguro-desemprego e aposentadoria, ao salário pago a líderes comunitários empregados nos gabinetes. As despesas com essa rede de atendimento não é computada. Se o candidato dispuser de toda essa estrutura, além de bons padrinhos políticos e "pedaços" da cidade para atuar, o cálculo é que o gasto mínimo seja de R$ 1,5 milhão.








Partido
Avaliação dos projetos apresentados
Presença nas Comissões
Presença nas votações nominais
Nota
PESO 4
PESO 1
PESO 2
José Police Neto
PSD
6,13
10,00
9,68
7,70
Floriano Pesaro
PSDB
5,34
9,75
9,51
7,16
Cláudio Prado
PDT
4,88
10,00
10,00
7,07
Aníbal de Freitas
PSDB
5,29
9,40
8,33
6,74
Milton Ferreira 
PSD
4,57
9,78
9,05
6,60
Juscelino Gadelha
PSB
4,35
9,81
9,21
6,52
Ítalo Cardoso
PT
4,75
8,94
8,73
6,49
Marco Aurélio Cunha
PSD
5,14
8,58
7,94
6,43
Jamil Murad
PC do B
3,90
9,11
10,00
6,39
Carlos Neder
PT
4,95
9,52
7,62
6,37
Antonio Carlos Rodrigues
PR
3,82
9,81
9,37
6,26
Celso Jatene
PTB
4,00
10,00
8,52
6,15
Donato
PT
4,53
9,83
7,46
6,13
Eliseu Gabriel
PSB
3,95
10,00
8,25
6,04
Roberto Trípoli
PV
3,96
9,58
8,41
6,04
Natalini
PV
4,08
9,89
7,78
5,96
Paulo Frange
PTB
4,04
9,89
7,78
5,94
Abou Anni
PV
3,33
9,34
9,37
5,91
Quito Formiga
PR
3,00
9,89
9,68
5,89
Aurélio Miguel
PR
3,55
9,59
8,71
5,89
Aurélio Nomura
PSDB
4,63
9,02
6,67
5,84
Dalton Silvano
PV
3,00
9,82
9,52
5,84
José Américo
PT
3,75
9,72
7,94
5,80
José Rolim
PSDB
3,58
9,19
8,33
5,74
Ricardo Teixeira
PV
3,28
8,73
9,05
5,70
Claudinho de Souza
PSDB
2,83
10,00
9,21
5,67
Souza Santos
PSD
4,06
8,45
7,46
5,66
Adilson Amadeu
PTB
3,89
9,47
7,14
5,62
José Ferreira Zelão
PT
3,20
10,00
8,10
5,57
Senival Moura
PT
4,32
9,00
6,35
5,57
Cláudio Fonseca
PPS
2,60
10,00
9,21
5,54
Russomanno
PP
2,88
10,00
8,57
5,52
Chico Macena
PT
2,79
9,67
8,89
5,52
Ushitaro Kamia
PSD
2,85
8,81
9,05
5,47
Noemi Nonato
PSB
3,06
7,58
9,21
5,46
Tião Farias
PSDB
4,83
7,44
5,71
5,46
Alfredinho
PT
2,84
10,00
8,41
5,46
Atílio Francisco
PRB
2,55
8,91
9,37
5,41
Milton Leite
DEM
4,68
7,23
5,56
5,29
Marta Costa
PSD
3,14
8,56
7,94
5,28
Sandra Tadeu
DEM
3,89
9,02
6,19
5,28
Goulart
PSD
2,28
9,33
8,73
5,13
Toninho Paiva
PR
2,55
9,20
8,25
5,13
Francisco Chagas
PT
3,62
9,15
6,03
5,10
Wadih Mutran
PP
2,22
9,18
8,73
5,08
Gilson Barreto
PSDB
2,61
9,00
7,94
5,04
Netinho de Paula
PC do B
2,76
7,97
8,10
5,03
Juliana Cardoso
PT
2,39
8,53
7,94
4,85
David Soares
PSD
2,69
8,97
6,90
4,79
Carlos Apolinário
PMDB
2,39
8,37
7,62
4,74
Agnaldo Timóteo
PR
2,66
7,98
6,98
4,65
Arselino Tatto
PT
2,88
9,58
5,71
4,65
Edir Sales
PSD
1,36
8,33
9,05
4,55
Adolfo Quintas
PSDB
2,38
7,75
6,35
4,28
Domingos Dissei
PSD
1,85
9,16
6,19
4,14
MÉDIA
3,54
9,20
8,14
5,66

Os pesos influenciam a nota final. Você pode escolher outros pesos e obter suas próprias notas.
Existem outras funções dos vereadores que não são avaliadas por não admitirem critérios objetivos
Fonte:
site da CMSP
anotações dos voluntários do MVC
Sonia Barboza
Coordenação Câmara
São Paulo, 30/08/2012


Avaliação de Desempenho dos Vereadores

Estas avaliações não devem ser vistas como uma crítica aos vereadores, e sim como incentivos para melhoria de alguns aspectos no desempenho de suas funções.
O que queremos é ver os vereadores aprimorarem seu desempenho sua atuação como representantes da população de São Paulo.
Atualmente nossas avaliações são feitas em ano de eleição, e apresentadas em uma coletiva com a imprensa, geralmente na segunda quinzena de agosto.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DOS VEREADORES 2009-2012

Referente à 15ª Legislatura 2009 a 2012 (Faça download da avaliação)
Usamos como fonte de informação o site da Câmara, documentos fornecidos por ela e naturalmente os dados colhidos pela observação dos voluntários do Movimento. Usamos pesos na planilha para dar mais ênfase aos critérios que consideramos mais importantes. Todos os dados se referem a 15ª Legislatura, período iniciado em 2009 até 30 de junho de 2012, exceto os vetos.

Frequência nas Comissões

As presenças foram computadas pelos voluntários do Movimento Voto Consciente. Consideramos todos os períodos de licença dos vereadores, através da informação fornecida pelo site da Câmara, como também as substituições de vereadores por seus colegas de partido. Nas sessões nas quais não houve quorum, os vereadores presentes ganharam presença. Não foram consideradas faltas às sessões quando os presidentes das comissões justificaram as ausências. * Presente quer dizer que participou de toda votação da pauta.

Presença nas Votações Nominais

A presença nos anos 2009 e 2010 foi levantada através documentos fornecidos pela Assessoria Geral Parlamentar. Nos anos 2011 e 2012 os dados são do site da Câmara. Nestes dois últimos anos não conseguimos a informação oficial das licenças dos vereadores no plenário.

Avaliação dos Projetos de Lei


Avaliamos todos os projetos apresentados de 2009 até 30 de junho de 2012 de acordo com o seu impacto na vida da cidade. Os que propunham políticas públicas para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos ou estimular a transparência da administração e a prestação de contas receberam 10 pontos. Os de amplo alcance sobre um setor da administração pública, como saúde, educação e outros, buscando uma regulação mais ou menos ampla deles, receberam 9 pontos. Já os que regulam problemas de uma determinada zona geográfica e que se referem a temas de impacto territorial tiveram 7 pontos. Os projetos feitos para atender demandas e exigências de grupos com características similares ou reunidos em torno de um interesse comum, que pode ser de uma associação, comunitário, reivindicatório, etc., receberam 5 pontos. Para projetos de menor impacto, demos 3 pontos. Projetos para melhorar a gestão, o funcionamento interno, ou a dinâmica das sessões da Câmara, ou outros projetos menores tiveram 0,5 pontos. Os de homenagem, denominação de logradouros, datas, eventos, etc., chamados por nós de projeto B, não foram considerados. Os projetos vetados totalmente e os rejeitados na Comissão de Constituição e Justiça não tiveram pontuação.
O total de pontos de cada vereador é a soma dos valores dados a cada projeto de lei apresentado nesta legislatura, excluindo-se os projetos de homenagem, eventos, denominações, datas, etc.. A média é obtida dividindo o total de pontos pelo total de projetos de mérito denominados A.
Os pontos dos projetos com mais de um autor foram dados a cada um deles.




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Vereadores avaliados pela ONG Voto Consciente:



Wadih Mutran


wadih-mutran

• 76 anos• Natural de São Paulo/SP• 54º Gabinete de Vereador• Nota MVC: 5,08



http://mundogeo.com/blog/2012/08/30/cem-divulga-mapas-eleitorais-da-cidade-de-sao-paulo/
Por Alexandre Scussel | 11h26, 30 de Agosto de 2012
Os pesquisadores do Centro de Estudos da Metrópole realizaram uma atualização dos Mapas Eleitorais produzindo mapas que ilustram a distribuição dos votos do eleitorado paulistano, agora também em 2008 (já estavam disponíveis os mapas referentes às eleições municipais paulistanas de 2000 e 2004). Com isso foi elaborado um retrato destas competições, que possibilita saber em quais regiões estava localizado o eleitorado dos principais candidatos.
Mapa eleitoral de S%C3%A3o Paulo CEM CEM divulga mapas eleitorais da cidade de São PauloNas eleições municipais de 2008, quase 7 milhões de eleitores compareceram no primeiro turno aos 1,7 mil locais de votação da cidade de São Paulo para manifestar suas preferências sobre quem seria o novo prefeito da capital, assim como eleger os ocupantes das 55 cadeiras da Câmara dos Vereadores.
Foram 11 candidatos a disputar o primeiro turno para prefeito nesta eleição, e para cada um está disponível o mapa de votação, além dos mapas do segundo turno. Quanto ao pleito legislativo, estão disponíveis os mapas de todos os vereadores eleitos, assim como os mapas dos votos de legenda e do desempenho total (votos de legenda + votos nominais) para os partidos que chegaram a eleger algum vereador na referida eleição. Ademais, encontram-se também os mapas dos votos brancos e nulos para todos os pleitos. Tudo isso totalizou 102 mapas eleitorais.
Para abrir os mapas de 2008 , clique no item de interesse na tabela. Para mais informações, acesse as notas metodológicas. Para acessar os mapas de 2000 e 2004 clique aqui.
Fonte: CEM


http://www.centrodametropole.org.br/static/uploads/tabelamapaseleitorais2008cem.pdf



01/09/2012 07h15- Atualizado em 01/09/2012 08h50
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Vereador é eleito pelo sistema proporcional; entenda como funciona

No dia 7 de outubro, eleitor votará para prefeito e vereador em todo o país.
Quociente eleitoral e partidário definem quantas vagas cada partido terá.




No dia 7 de outubro, eleitores de todo o país vão votar para vereador e prefeito dos municípios. São mais de 449 mil candidatos a uma vaga no Legislativo e mais de 15,5 mil disputando o comando do Executivo nos 5.568 municípios do Brasil.
As duas escolhas, no entanto, seguem procedimentos distintos de contagem de votos. Na eleição para as prefeituras, o sistema utilizado é o majoritário, e na de vereador, o proporcional.
O candidato a prefeito é eleito com mais de 50% dos votos válidos (excluídos brancos e nulos). O sistema majoritário é usado nas eleições de presidente, governador, prefeito e senador.
No sistema proporcional, adotado nas eleições para o Legislativo – exceto o Senado –, a quantidade de votos nem sempre elege um candidato. O que determina o preenchimento das vagas é a votação obtida pelo partido ou coligação.

Quociente eleitoral
Votar para vereador significa: escolher o próprio candidato ou votar na legenda. No final da eleição, todos esses votos serão somados para o partido.

Se mais de um partido se une, formando uma coligação, esta também concentra os votos válidos, como se fosse um partido só.
O que define quais partidos ou coligações têm direito de ocupar as vagas em disputa é o quociente eleitoral.
Esse número é obtido pela divisão do total de votos válidos apurados pelo número de vagas a serem preenchidas. Se o número não for inteiro, fica desprezada a fração igual ou menor do que meio. Se for superior, é equivalente a mais um.
Em seguida é feito o cálculo do quociente partidário. Os votos válidos recebidos pelos partidos da coligação (nominais ou de legenda) são divididos pelo quociente eleitoral, resultando no número de cadeiras que a coligação pode ocupar. Os melhores colocados de cada partido ou coligação preenchem as vagas.


Por exemplo
Em uma cidade com 100 mil habitantes, por exemplo, a Câmara Municipal tem 17 vagas a serem preenchidas.

Se os votos válidos somam 85 mil, o quociente eleitoral é de 5 mil votos (85 mil dividido por 17).
Assim, se uma coligação consegue 20 mil votos, tem direito a eleger quatro vereadores (20 mil dividido por 5 mil).
Por essa conta, um candidato com poucos votos pode chegar a ser eleito, se fizer parte de uma coligação que conte com um “puxador de votos”.
O chamado "puxador" é um candidato que acumula uma quantidade de votos tão grande que leva para cima o quociente eleitoral e acaba garantindo – além da dele – mais vagas para a coligação, nas quais entram candidatos que tiveram poucos votos.
Os "puxadores" normalmente são celebridades ou personalidades muito conhecidas, que os partidos e coligações lançam como candidatos na eleição proporcional para alavancar a votação e aumentar o quociente eleitoral.
Foi o caso do deputado federal Tiririca (PR) nas eleições de 2010. Com a maior votação do Brasil, ele “puxou” mais três candidatos que, sozinhos, não seriam eleitos.
Naquela eleição, o quociente eleitoral para deputado federal em São Paulo foi de 304.533 votos.


Dividindo o total de votos do deputado (1.353.820) pelo quociente eleitoral, o resultado foi 4,45. Isso significa que os votos de Tiririca foram suficientes para eleger quatro deputados na coligação – ele mesmo e mais três.
Isso foi possível graças à chamada "sobra", que alçou à Câmara dos Deputados Otoniel Lima (PRB), o delegado Protógenes Queiroz (PC do B) e Vanderlei Siraque (PT), membros da coligação de Tiririca. Cada um obteve, respectivamente, 95.971, 94.906 e 93.314 votos.
Quanto mais votos a legenda ou coligação conseguir, maior será o número de cadeiras destinadas a ela no parlamento. Quem não atinge o quociente eleitoral, não tem direito a nenhuma cadeira.


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