segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Hospital público para cães e gatos em São Paulo será ampliado


12/08/2012 - 13h11

Hospital público para cães e gatos em São Paulo será ampliado



DA AGÊNCIA BRASIL

O único hospital veterinário público do Brasil, destinado a cães e gatos, foi inaugurado há 41 dias na capital paulista e já anuncia a ampliação do espaço físico. O novo prédio, que fica a 200 metros do antigo, se somará ao já existente para que a equipe do hospital eleve a quantidade de atendimentos em 20% a 25%.
De acordo com o diretor administrativo do hospital, o médico veterinário Renato Tartália, não haverá aumento do repasse de verbas pra novo espaço físico ou elevação do número de animais atendidos. O convênio estabelecido entre a prefeitura e a Anclivepa-SP (Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais de São Paulo) garante R$ 600 mil mensal por um período de um ano.
O custo do aluguel do novo prédio, segundo o diretor, será de R$ 9 mil por mês. Com a ampliação, o hospital passará a ter salas para doenças exclusivas de felinos - endocrinologia, oftalmologia, odontologia - mais duas salas de cirurgia.
Tartália conta que o prédio trará um novo fôlego para o trabalho do hospital. "A unidade atual é bem desconfortável para as pessoas, para os animais e, principalmente, para os veterinários e funcionários que trabalham praticamente 12 horas em condições difíceis", disse.
Almeida Rocha/Folhapress
A cadela Lindinha passa por uma cirurgia no 1º hospital público para animais do Brasil
A cadela Lindinha passa por uma cirurgia no 1º hospital público para animais do Brasil

Por mês, o hospital, que fica no Tatuapé, na zona leste da capital paulista, atende aproximadamente mil novos casos. No total, são 25 veterinários que se dividem em 40 atendimentos, em média, por dia. A unidade, na verdade, teria capacidade para prestar apenas 33, conta Tartália.
Todos os dias pela manhã, às 8h, uma fila de cerca de 25 pessoas se forma em frente ao hospital. São distribuídas senhas e a gerente de atendimento faz a seleção dos casos mais graves, que passam direto pela triagem. Os demais casos são chamados conforme o grau de urgência. Pela tarde, o hospital atende somente casos de emergência, que representam, na maioria, atropelamentos. No mínimo, são atendidos cinco bichos por dia vítimas de atropelamento.
O hospital atende somente donos dos bichos de estimação que morem na cidade de São Paulo, beneficiários dos programas Bolsa Família e Renda Mínima e pessoas que comprovem ter baixa renda. Para isso, a pessoa passa por uma entrevista com a assistente social, que fica todos os dias na unidade, das 7h às 16h.
O público, de acordo com Tartália, além de não dispor de dinheiro para levar seu bicho de estimação a uma clínica particular, é o que mais precisa de orientação do hospital público. Nas periferias da cidade, conta ele, os animais ficam soltos e raramente são vacinados e castrados.
O hospital atende das 8h às 18h, de segunda a sábado, na rua Professor Carlos Zagotis, número 3.