sábado, 11 de agosto de 2012

Parque na Vila Leopoldina


10/08/2012-16h54

Promotoria pede fechamento de parque na Vila Leopoldina, em SP




Atualizado às 22h30.

A Promotoria do Meio Ambiente pediu o fechamento do parque Leopoldina-Villas Bôas, na Vila Leopoldina, bairro de classe média na zona oeste de São Paulo.
Laudo de 2009 da Secretaria Municipal do Verde do Meio Ambiente apontou contaminação em parte da área, segundo o Ministério Público. Há ainda, diz o órgão, a suspeita de que todo o parque pode estar contaminado.
Para a Promotoria, a contaminação ameaça a saúde do frequentadores.
"O ideal é que hoje ninguém frequente o parque. Mas, se isso não for possível, as pessoas devem evitar entrar em contato com água e se aproximar das tubulações, pois já foi confirmando que nelas há gás metano", disse o promotor do Meio Ambiente, José Eduardo Ismael Lutti.
De 1959 a 1989, funcionou no local uma estação de tratamento de esgoto da Sabesp. Após a desativação, o local virou clube de servidores da estatal e foi, depois, desapropriado para dar lugar à área de lazer, inaugurada pela prefeitura em 2010.
De acordo com o promotor, o Ministério Público estava tratando com a prefeitura uma solução para os problemas ambientais, mas, como isso não ocorreu, decidiu entrar, no início de julho, com ação pedindo fechamento do parque.
Na inauguração do parque Leopoldina-Villas Bôas, em janeiro de 2010, a cerimônia de entrega contou com o então governador José Serra (PSDB), hoje candidato à Prefeitura de São Paulo, e o prefeito Gilberto Kassab (DEM). Na realidade, grande parte da estrutura de lazer --como campos e quadras-- já existia e era usada por servidores da Sabesp.
O parque conta com campos de futebol, quadras poliesportiva e de tênis, pista de cooper, playground e área com aparelhos para a terceira idade.


OUTRO LADO
Procurada, a secretaria não disponibilizou um representante para falar com a Folha. Limitou-se a informar que foi notificada ontem e que se manifestaria em até 72 horas.
À rádio CBN o chefe de gabinete da pasta, Carlos Fortner, disse que a área contaminada está isolada e, por isso, não há risco ao público.