domingo, 22 de julho de 2012

Canal é despoluído com técnica de Exército em Santos (SP)


22/07/2012 - 03h30

Canal é despoluído com técnica de Exército em Santos (SP)


EDUARDO GERAQUE
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS

Uma técnica de engenharia estudada há décadas pelo corpo de especialistas do Exército americano está ajudando a despoluir parte do canal do porto de Santos.
Apesar de bastante usado no mundo, o método que consiste em rechear com solo marinho gigantescos travesseiros feitos de uma lona super-resistente está tendo, agora, uma nova aplicação.
No Brasil, é a primeira vez que os geotubos, como eles são chamados, são usados em larga escala para confinar material contaminado.
O material sujo, ainda molhado, é puxado do fundo do mar para os grandes tubos. A água vai escorrer pelos poros da lona, mas o solo ficará preso ali para sempre.

Terminal Embraport

Marcelo Justo/Folhapress


Operários trabalham na limpeza dos sacos Geotubos usados na descontaminação
MISTÉRIO
A tóxica poluição por metais pesados (como cádmio e mercúrio) era desconhecida dos construtores, quando, há mais de quatro anos, as obras desse terminal marítimo de cargas, que será o maior da América Latina, começaram.
Em frente ao gigantesco terreno, sob as águas, a poucos metros de profundidade, havia 580 mil metros cúbicos de material contaminado.
Ninguém sabe de onde aquilo vem. Ou se o material foi jogado ao mar santista em uma outra época, quando o descaso ambiental era maior do que é hoje.
Sem a retirada, a licença ambiental não sairia.
O método tradicional --retirar todo o sedimento, colocá-lo em caminhões e jogá-lo em aterros-- iria atrasar o cronograma de entrega em pelo menos dois anos.
Em um projeto que custa R$ 2,3 bilhões, qualquer atraso resulta em prejuízo.
"Com as geobags [termo também usado para se referir à técnica] adiantamos a entrega da obra entre 24 e 36 meses", afirma Henrique Marchesi, da construtora Odebrecht Infraestrutura.
"A retirada por caminhões sairia até mais barato, mas optamos por essa outra alternativa", diz o engenheiro, que não revelou o gasto com todo o processo.
FURACÕES
No exterior, os chamados geotubos foram usados pelo próprio Exército americano para reconstruir, em meses, parte da costa de New Orleans, destruída por furacões entre 2005 e 2008.
As estruturas eram enchidas de areia e empilhadas, para formar diques.
Adaptar os geotubos para um processo de descontaminação é relativamente simples.
Os geotubos têm 17 metros de largura por 65 de comprimento. Cheios, podem chegar a 2,5 metros de altura.
No caso de Santos, o material dragado vai encher 169 bolsas gigantes.

O terminal, que receberá três navios ao mesmo tempo, será construído sobre os geotubos. Eles foram instalados atrás de um dique para não serem arrastados pelo mar.
De acordo com Marchesi, o BID, um dos financiadores da obra ao lado do BNDES, não queria colocar dinheiro em um projeto que seria erguido sobre os geotubos.
"Nós os convencemos", diz o engenheiro brasileiro. Frase que também vale para a aprovação do Ibama, órgão responsável por dar o aval ambiental à construção.

Água distribuída de graça na Naníbia?


21/07/2012 - 05h00

Geocientistas acham reservatório natural de água limpa na Namíbia



Descoberto no subsolo do norte da Namíbia, fronteira com Angola, um aquífero de 2.800 km² poderá suprir essa região do país africano por 400 anos mesmo com as taxas de consumo atuais, informa a rede britânica BBC.
Batizado de Ohangwena 2, o novo reservatório natural possui águas com 10 mil anos que são tão limpas quanto as fontes atuais.
A alta pressão das águas vai facilitar e baratear a extração. Isso pode ter grande impacto no desenvolvimento do país -o mais seco da África ao sul do Saara- e no combate às mudanças do clima.

Skatistas têm 13 parques públicos, maioria na periferia


22/07/2012 - 05h30




DE NOVA YORK

RAUL JUSTE LORES

Skatistas adolescentes mergulhados em drogas e sexo casual causaram certo escândalo no filme "Kids", do diretor e fotógrafo norte-americano Larry Clark.
Em 1995, filmado na Washington Square, praça do Village, o filme reafirmou um certo clichê de marginalidade ligado ao skate.
Hoje, a violência em Nova York caiu tanto que se aproxima das estatísticas de pacatas capitais europeias e a Washington Square virou ponto nobre.
"O skate não enfrenta mais tanto preconceito, atinge todas as classes, mas começou na rua e era discriminado, como várias outras manifestações populares", diz Steve Rodriguez, presidente da Associação de Skatistas de Nova York e "pai" do "skate-park" do Lower East Side.
Nos conturbados anos 1970 e 1980, quando havia um toque de recolher informal em diversas áreas da cidade (época retratada nos violentos "Taxi Driver" e "After Hours", do cineasta Martin Scorsese), Nova York começou a abrir quadras de basquete públicas e ao ar livre nas áreas de maior violência, dando entretenimento e ocupação a milhares de adolescentes e jovens. Hoje, há cerca de 400 dessas quadras públicas.
O skate ainda está muito atrás. Há 13 parques públicos para skatistas em Nova York, a maioria (nove) nos distritos mais periféricos de Queens e Bronx. No verão, como agora, têm horário ampliado e ficam abertos até as 21h.
Em vários deles, os usuários ou seus responsáveis precisam assinar um termo de compromisso isentando a Prefeitura de Nova York de responsabilidade por acidentes causados pelas manobras mais radicais. (RAUL JUSTE LORES)


22/07/2012 - 05h30

Pista de skate assume lugar de lixão em Nova York


RAUL JUSTE LORES
DE NOVA YORK

Sob calor de 34ºC do verão nova-iorquino, cerca de 300 garotos e algumas poucas garotas fazem acrobacias com skates e até mesmo patins no mais novo "skate-park" da metrópole.
Com 2.000 metros quadrados, praticamente o vão livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo), há obstáculos de concreto e rampas de metal demandando acrobacias dos mais corajosos.
Eles literalmente estão embaixo da ponte, a gigante Manhattan Bridge, que liga a ilha de Manhattan ao Brooklyn, por onde passam trens do metrô nas alturas.
HISPÂNICOS E NEGROS
O local já foi parecido com a base de qualquer viaduto paulistano. Além de sem-tetos e dependentes químicos, trombadinhas e um minilixão ocupavam a área.
Mas o piso de concreto também atraía os skatistas, muitos deles moradores dos conjuntos habitacionais vizinhos, no limite entre os bairros de Lower East Side e Chinatown.
Uma das poucas áreas de Manhattan que não foi transformada pela especulação imobiliária e pela chegada de moradores mais abonados. Apenas 28% da população da área é branca. A maioria é de imigrantes hispânicos, asiáticos e negros.
Além da ponte e do barulho dos trens, a apenas um quarteirão passa a via expressa Franklin Delano Roosevelt, uma das marginais de Manhattan, que deixou a cidade de costas para o rio.
REMODELAGEM
Uma parceria público-privada patrocinou o "skate-park". Um programa de bolsas da Nike premiou o líder da Associação de Skatistas de Nova York, Steve Rodriguez, com uma verba de US$ 250 mil para remodelar as pistas.
A ONG Architecture for Humanity (arquitetura para a humanidade) fez um concurso entre cinco escritórios locais de arquitetura para reinventar o espaço.
O Departamento de Parques e Recreação da Prefeitura de Nova York se responsabilizou pela manutenção, que ainda conta com doações de outras duas fundações.
Depois de 13 semanas de obras, o parque foi aberto oficialmente no início deste mês de julho, o que coincide com o período de férias escolares nos EUA --e do verão no hemisfério Norte.
O arquiteto Preeti Sodhi trabalhou com especialistas para equilibrar obstáculos mais ousados para os profissionais e outros, mais modestos, para quem quiser usar o parque só para brincar, ou para praticar.
Há uma pirâmide de concreto, bem no meio do parque, para aquelas acrobacias mais arriscadas.

O que acontece se "capturar" todo CO2?


19/07/2012 - 10h29

Experimento 'fertiliza' oceano para capturar gás-estufa


DA FRANCE PRESE


Experimentos para "fertilizar" os oceanos com ferro e assim favorecer a floração e o desenvolvimento de fitoplânctons (minúsculos organismos marinhos que fazem fotossíntese) capazes de capturar o CO2 podem mostrar um novo caminho para lutar contra o aquecimento global, indica um novo estudo na revista "Nature". O método, porém, é cercado de controvérsias ambientais.
"A fertilização do oceano com componentes à base de ferro provocou a floração do fitoplâncton, dominado por complexos de espécies microscópicas, arrastando uma quantidade considerável de dióxido de carbono em direção ao fundo dos oceanos", ressalta a equipe de pesquisadores.
O trabalho é um dos maiores e mais detalhados testes da chamada fertilização do oceano, uma prática que está proibida pela legislação internacional, embora sua pesquisa seja permitida.
No mundo inteiro, cientistas buscam maneiras de armazenar e neutralizar o dióxido de carbono, um dos principais gases responsáveis pelo aquecimento do planeta.
A experiência divulgada agora foi realizada em 2004, nos mares austrais, por uma equipe dirigida por Victor Smetacek, do Instituto de Pesquisa Marinha de Bremerhaven, na Alemanha. O grupo afirma, porém, que não conseguiu "avaliar com exatidão a duração deste sequestro" de carbono.
As cinco semanas de observação que passou na Antártida mostraram que a floração da diatomácea (algas unicelulares microscópicas) estava em seu apogeu quatro semanas depois da fertilização.
Posteriormente, ocorreu a mortalidade de um grande número de dessas algas, formando massas viscosas de elementos --que incluíam materiais fecais dos zooplânctons-- que caíam rapidamente no fundo do oceano.
"Todos esses elementos e múltiplos testes, cada um com um enorme grau de incerteza, nos conduzem à conclusão de que ao menos a metade dessa biomassa foi para além dos mil metros de profundidade, e que uma proporção substancial sem dúvida chegou ao fundo do oceano austral", dizem os pesquisadores.
Assim, a floração de fitoplâncton fertilizado com sulfato de ferro "pode sequestrar carbono em escalas de tempo calculadas em séculos nas camadas de água até acima do fundo do mar". Isso "inclusive durante mais tempo nos sedimentos destas profundidades", acrescentaram.
Resumindo os resultados deste estudo, Michael Steinke, da Universidade britânica de Essex, explica: "como as plantas em terra firme, o fitoplâncton, procedente da fotossíntese, que flutua no mar, capta CO2 na superfície do oceano e, quando o fitoplâncton morre, afunda para o fundo do oceano, onde boa parte fica presa nos sedimentos profundos durante alguns anos".
Essa transferência de CO2 contribui, segundo ele, para manter a temperatura ambiente em um nível que facilite a vida em nosso planeta.
"Isto abrirá caminho para métodos de engenharia em grande escala que utilizem a fertilização do oceano para atenuar as mudanças climáticas?", pergunta-se.
"Sem dúvida não, porque encontrar o local adequado para tais experimentos é difícil e caro", segundo ele.
Em 2007, os especialistas da UICN (União Internacional para a Conservação da Natureza) advertiram para os riscos desta técnica, sobretudo para o ambiente marinho, um aspecto ausente do estudo publicado pela Nature.

Cigarro e fumança são os principais causadores da DPOC



20/07/2012 - 17:04
Cerca 90 mil sergipanos possuem o diagnóstico e não sabem
Pneumologista demonstra exame (Foto: Portal Infonet)
O tabagismo e a exposição ao fogão à lenha são as principais causas apontadas para desenvolvimento de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). A Sociedade Sergipana  de Pneumologia e Tisiologia alerta que cerca  90 mil sergipanos possuem o diagnóstico e não sabem. O levantamento é realizado com base no número de fumantes no Estado, que são os principais alvos da DPOC.


A DPOC está relacionada, principalmente, ao  uso contínuo do cigarro, mas  há casos em Sergipe de pacientes que desenvolveram a doença  por causa do  contato com o fogão à lenha. De acordo com o presidente da Sociedade Sergipana de Pneumologia e Tisiologia, José Barreto, as substâncias do carvão contribuem para o desenvolvimento da doença. “O carvão libera uma substância que podem levar a doença pulmonar crônica. O contato contínuo pode desencadear a doença, se não houver tratamento pode levar até a morte. Estes pacientes que desenvolvem  a doença por este fator geralmente moram no interior de Sergipe”, alerta.

Fumantes e ex-fumantes são os principais alvos da doença pulmonar
Os fumantes e ex-fumantes acima de 40 anos também são alvos da DPOC. A Sociedade Sergipana de Pneumonia e Tisiologia avalia que um fumante que usa um maço de cigarro  por dia em 20 anos é um candidato a ter doença pulmonar. Como também desencadeiam outras doenças como câncer de pulmão. Os fumantes passivos também podem desenvolver a DPOC e até uma asma.


Os dados recentes sobre apontam a doença pulmonar como a 10º doença que causa mortalidade no mundo. “Os casos têm aumentado no mundo todo porque as pessoas continuam fumando, não procuram o médico no início dos sintomas e abandonam o tratamento. Uma doença silenciosa que atinge mais os homens,  porém nos últimos 20 anos a mulher tem fumado mais”, afirma José Barreto.



Prevenção



No dia 4 de agosto será realizado o III Mutirão de Espirometria no Hospital Universitário (HU). O objetivo do mutirão é diagnosticar a doença e evitar a sua evolução. Segundo José Barreto, nos dois últimos mutirões 350 pacientes foram atendidos. “Houve uma grande demanda para realização do exame. E dos pacientes atendidos nos últimos mutirões cerca de 20% apresentaram o diagnóstico”, revela o pneumologista José Barreto.

Aparelho digital indica as alterações no pulmão
O exame de espirometria será realizado gratuitamente no HU a partir das 7h. Em clínica popular o preço do exame varia de R$ 50 a R$ 100. Os exames podem ser realizados todos os dias no HU ou pela Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) no Cemar. O exame ajuda no diagnóstico da doença e evita a sua evolução.


Além do exame de espirometria as pessoas podem tomar alguns cuidados para prevenir contra a doença pulmonar. A Sociedade Sergipana de Pneumonia e Tisiologia recomenda evitar contato com o fogão à lenha e parar de fumar. Em Sergipe pelo menos 15% dos pacientes que fumam desenvolvem esta doença.



Sintomas



Cansaço e tosses leves com secreção clara podem ser sinais de alerta. Com a evolução da doença pulmonar outros sintomas aparecem como a falta de ar. Em alguns, além da tosse surge os chiados no peito, chamados de sibilos. Se não houver um tratamento adequado, o quadro pode evoluir levando a morte. Os pacientes com estes sintomas devem procurar o médico para realização do tratamento.

Por Adriana Freitas e Allana Andrade

Parque tecnológico no interior de São Paulo recebe certificação Aqua

5/Julho/2012

http://www.piniweb.com.br/construcao/sustentabilidade/parque-tecnologico-no-interior-de-sao-paulo-recebe-certificacao-aqua-262298-1.asp



Empreendimento de 400 mil m² exige que projetos instalados no terreno atendam pelo menos nove itens de sustentabilidade


Aline Rocha




O Parque Eco-Tecnológico Damha, da Damha Urbanizadora, recebeu o certificado Aqua (Alta Qualidade Ambiental) Bairro Sustentável , na fase programa da operação. Localizado na Rodovia SP 318, Km 234, em São Carlos, São Paulo, o empreendimento tem cerca de 400 mil m² de área e é dividido em dois condomínios.
Divulgação
A certificação avaliou 17 categorias de desempenho, distribuídas em três importantes temas: integração e coerência do bairro; recursos naturais, qualidade ambiental e sanitária; integração na vida social e fortalecimento das dinâmicas econômicas. Esses desempenhos são obtidos por meio das ações do Sistema de Gestão do Bairro Sustentável (SGB), que tem como objetivo organizar a condução do empreendimento, controlando todos os processos.
As empresas interessadas em se instalar no Parque Eco-Tecnológico Damha devem possuir empreendimentos que atendam, no mínimo, nove itens de sustentabilidade. Entre eles, economia da energia elétrica, controle do consumo de água e projeto arquitetônico de acordo com as características específicas do local, orientação e volumetria da construção.
"A inserção do Parque Eco-Tecnológico junto ao Parque Eco-Esportivo Damha tem tudo para contribuir na formação de um bairro sustentável, inclusive com matas cuja proteção ambiental já está estabelecida. O lugar vai reunir espaços de lazer, conscientização ambiental, esportes e moradia, que se integram a um complexo empresarial e a um centro comercial", disse Manuel Martins, coordenador do Processo Aqua.