sexta-feira, 6 de abril de 2012

Materiais: união da estética, eficiência e economia


A avaliação do potencial e a consequente escolha baseada em critérios sustentáveis pode ser uma tarefa complexa que exige o desdobramento de todo o ciclo de produção, aplicação e uso do material de construção.
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Para efeito de análise, os critérios de avaliação de materiais sustentáveis podem ser reunidos em sete categorias: natureza do insumo, impacto ambiental direto, energia incorporada, ciclo de vida, função social, custos e propriedades bioclimáticas.
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Uma maneira prática de se obter uma avaliação criteriosa da escolha do material para a aplicação no projeto sustentável é por intermédio de uma matriz de avaliação de materiais.

Matriz de avaliação de materiais

Uma matriz é uma representação gráfica bidimensional que auxilia na avaliação quantitativa de qualquer fenômeno e nela são relacionados os elementos e suas propriedades. Na avaliação da matriz, são estabelecidos os quesitos que são os itens a serem avaliados, que podem ser os itens ambientais ou outros de escolha do avaliador. Para a avaliação, são estabelecidos dois critérios: a pontuação e o peso. O valor final da avaliação é o somatório de todos os valores dos quesitos (após a multiplicação da pontuação pelo peso) e dá a posição relativa do material em comparação aos outros materiais estudados.

Fonte:

Cartilha “Edifícios Públicos Sustentáveis” – Programa Senado Verde do Senado Federal

ECOBAG dá carona a bactérias e fungos...


05/04/2012 - 09h29

Alternativa às sacolinhas, ecobag contém bactérias e fungos

DÉBORA MISMETTI
EDITORA-ASSISTENTE DE "SAÚDE"

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1072000-alternativa-as-sacolinhas-ecobag-contem-bacterias-e-fungos.shtml


Bactérias e fungos podem pegar carona, junto com as compras do mês, nas sacolas retornáveis usadas para transportar as compras de supermercado.
Um teste encomendado pela Folha ao laboratório de análises biológicas SFDK, em São Paulo, obteve a contagem de micro-organismos e, entre eles, bolores, coliformes e salmonela, em cem sacolas de consumidores de São Paulo. Eles foram contatados pelo Datafolha, que pediu a cada um a sacola mais usada para transportar as compras.
Segundo Mario Killner, especialista em análises microbiológicas e responsável técnico pelo laboratório, todas as sacolas, que chegaram ao laboratório lacradas em embalagens plásticas, foram abertas e manuseadas em câmaras de fluxo laminar, sistema de controle de ar que evita a entrada de contaminantes externos.
Uma gaze embebida em um líquido especial foi passada na superfície interna de cada uma, para que os micro-organismos presentes fossem capturados para a análise.
Editoria de Arte/Folhapress
Amostras do material retirado das ecobags foram transferidas para meios de cultura. Os micróbios formaram colônias, que foram contadas para determinar a concentração em cada sacola.
O processo revelou que a maioria delas (88 das 100) tinha micro-organismos capazes de formar colônias e algumas tinham grande concentração deles. Em quatro delas, a metade da superfície interna analisada tinha mais de 1 milhão de micróbios.
Killner diz que esses números elevados são sinal de que as ecobags podem conter bactérias que causam doenças. A contagem de coliformes totais, achados em sete das sacolas, também as causam.
A salmonela, tipo de bactéria que pode causar gastroenterite, no entanto, não foi achada em nenhuma delas.
Bolores foram detectados em 59 das 100 sacolas, a maioria em baixas concentrações em relação à superfície. "O mofo em geral não causa doenças, mas reduz a durabilidade dos alimentos."
Editoria de Arte/Folhapress
Killner afirma que os consumidores terão de se acostumar a higienizar as ecobags com frequência. "Talvez pudesse ter havido uma campanha para esclarecer os consumidores sobre isso antes da adoção das ecobags."
Marcelo Litvoc, infectologista do Hospital das Clínicas, concorda que é necessário lavar as sacolas, mas diz que a presença das bactérias não resulta em risco imediato de doenças.
"Todos os nossos objetos pessoais têm bactérias. O carro tem; nossas mãos, também. A gente não precisa viver numa bolha. O mais importante é a higiene na hora de manipular os alimentos."

Coberturas verdes: frescor e alimento


A cobertura verde é uma solução para o plantio no fechamento superior das edificações (lajes e telhados). Essa solução é extremamente benéfica aos grandes centros urbanos que enfrentam os problemas das ilhas de calor, poluição ambiental e enchentes causadas pelo ineficiente escoamento das águas pluviais. Para a instalação de coberturas verdes, duas tecnologias principais estão disponíveis:

Instalação in loco

Os componentes são instalados no local, por meio de camadas fixas que permitem o perfeito desempenho do conjunto. Uma instalação in locco básica possui as camadas de impermeabilização da laje, drenagem e captação da água, manta geotêxtil, camada de estabilização das raízes, colmeia com substrato, camada de cobertura com substrato e plantas forrageiras.
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Instalação Modular

Os componentes são instalados em módulos mediante estruturas especiais, possibilitando a criação de um colchão de ar entre as placas de plantio e a laje impermeabilizada. Nesse sistema, os módulos podem ser retirados para manutenção e substituição.
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Você sabia?

A cobertura verde:

1) Ameniza a incidência das ilhas de calor no meio urbano devido às propriedades ambientais da vegetação, tais como: a retenção de umidade e o sequestro de CO2;
2) Retarda e cria uma reserva de água da chuva para o aproveitamento;
3) Reduz a quantidade e velocidade das águas liberadas nas calçadas, reduzindo as enchentes;
4) É um excelente recurso para a climatização natural dos edifícios; e
5) É uma alternativa para a produção de alimentos no ambiente urbano (VIGGIANO, 2008).

Telhados Ecologicos

telhados-ecologicos-01Os telhados ecológicos e os jardins nos telhados existem há milhares de anos, lembra dos jardins suspensos da Babilônia (uma das sete maravilhas do mundo)? Usavam um elaborado sistema de irrigação para criar um jardim paradisíaco com terraço ao lado de fora da atual Bagdá. Europeus do norte já escolheram telhados tradicionais de grama para isolar as casas. Hoje em dia, os telhados ecológicos são predominantes ou obrigatórios em algumas partes da Europa. Na Alemanha, 14% de todos os telhados são ecológicos. Uma vista aérea da maioria das áreas urbanas apresenta uma variedade de coberturas de asfalto, alcatrão preto e cascalho. O calor irradia de telhados escuros e a água passa pelas superfícies duras e, de preferência, impermeáveis. Existe uma nova tendência que quebra a monotonia dos telhados comuns: as coberturas ecológicas. Há muito tempo populares na Europa, elas começaram a atrair a atenção de proprietários de imóveis, comércios e, até mesmo, de cidades como uma maneira interessante de promover o ambientalismo enquanto resolvem os problemas dos telhados convencionais.
Por que usar telhados ecológicos? 1.Por que eles substituem uma infra-estrutura pesada por uma que não só é mais eficiente como também é mais bonita e útil; 2. As coberturas ecológicas servem de refúgio para as pessoas que trabalham em escritórios, e são lugares para plantar jardins ou para que as pessoas que moram em prédios possam relaxar; 3. Mesmo onde eles não são acessíveis, criam belas vistas aéreas para os vizinhos ao redor e são lugares isolados e seguros para animais selvagens; 4. Reduzem os custos de energia com isolamento natural; 5. Absorvem a água da chuva, diminuindo a necessidade de sistemas de drenagem complexos e caros: 6. Aumentam a qualidade do ar (numa escala mais alta) e ajudam a reduzir o efeito da Ilha de Calor Urbana (um fenómeno em que o crescimento das cidades e dos subúrbios faz que o calor seja absorvido e armazenado); 7. Esses telhados duram mais do que os convencionais.
As camadas de um telhado ecológico precisam, como as de qualquer outro telhado, favorecer a drenagem e proteger a construção dos elementos da natureza por meio de uma membrana à prova d’água. Elas também precisam, no entanto, criar uma área de crescimento e oferecer apoio, irrigação e barreiras para a proteção das raízes, ao mesmo tempo que se mantêm o mais leve possível.

Existem dois tipos de telhados ecológicos:

1. Intensivos são basicamente parques elevados. Conseguem sustentar arbustos, árvores, passagens e bancos com suas camadas para suporte estrutural complexo, irrigação, drenagem e proteção das raízes. Existem apenas por seus benefícios ambientais e não funcionam como jardins de cobertura acessíveis. A média de crescimento de 0,31 m, ou mais, é necessária para um telhado ecológico intensivo cria um peso de 36 a 68 kg por 0,09 m²;
2. Extensivos são relativamente leves, com o peso de 7 a 23 kg por 0,09 m². Sustentam uma cobertura de solo nativo forte que exige pouca manutenção.
Não é novidade, cada dia as cidades ficam mais quentes, o planeta passa por um aquecimento, as mudanças climáticas, arquitetura e impermeabilização do solo causam a ICU (Ilha de Calor Urbana). O fenômeno cria uma ilha térmica onde a temperatura pode variar até +10 graus Celsius, nas cidade de clima frio esse fenômeno se torna benéfico, pois as ilhas de calor se formam a noite, reduzindo a necessidade de sistemas de aquecimento. Entretanto em regiões tropicais a ICU se forma durante o dia, o que não é bom, pois aumenta e muito a necessidade de ar-condicionado nas casas ou prédios.
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A instalação de um telhado ecológico começa em U$ 88,00/m², infelizmente bem superior aos U$ 13,00/m² do telhado convencional, mas deixando de lado os fatores económicos os benefícios são enormes.
Os telhados ecológicos, são uma ótima solução para reduzir a temperatura interna, um telhado convencional pode ter em sua superfície 32 graus Celsius ACIMA da temperatura do ar, ao passo que os telhados ecológicos podem ficar até mais frios. Depois de preparar o telhado ou laje, são fixados os módulos que necessitam de irrigação manual ou as lâminas que garantem um suprimento de água ao telhado.
Telhados ecológicos como estes nas Ilhas Faroe podem durar duas vezes mais do que os convencionaisTelhados ecológicos como estes nas Ilhas Faroe podem durar duas vezes mais do que os convencionais
Os benefícios dos telhados ecológicos estão encorajando proprietários de imóveis, comércios e cidades preocupadas com o meio ambiente a construírem coberturas ecológicas. Esses telhados evitam que a água escoe e que o esgoto transborde. A vegetação e o solo agem como esponjas, absorvendo e filtrando a água que normalmente formaria goteiras e encheria ruas poluídas e sistemas de esgoto sobrecarregados. As plantas do telhado ecológico removem as partículas do ar, produzem oxigênio e oferecem sombra. Usam energia calorífica durante a evapotranspiração, processo natural que resfria o ar à medida que a água evapora das folhas da planta. A evapotranspiração e a sombra produzidas pelas plantas ajudam a eliminar o efeito da Ilha de Calor Urbana criado pelo excesso de superfícies reflexivas e impermeáveis nas cidades e nos subúrbios. Se os telhados ecológicos se tornarem uma iniciativa comum nas construções, as cidades podem reduzir os efeitos incômodos das Ilhas de Calor Urbanas.
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Uma das coberturas ecológicas mais famosas dos EUA, City Hall de Chicago, ajuda a resfriar o prédio e a minimizar o escoamento de água. Reúne sistemas extensivos, intensivos e intermediários semi-intensivos em um telhado reformado. Complementa a vegetação tradicional sem atrapalhar a infra-estrutura urbana – pega um espaço abandonado e o torna útil. O programa piloto City Hall do Deptº de Meio Ambiente da cidade de Chicago promoveu o esforço da cidade inteira para apoiar os sistemas de cobertura ecológica, com incentivos e doações.

Fonte:

Cartilha “Edifícios Públicos Sustentáveis” – Programa Senado Verde do Senado Federal