quinta-feira, 8 de março de 2012

BB e governo de SP lançam 'Minha Casa' paulista




MARIA CRISTINA FRIAS cristina.frias@uol.com.br



O Banco do Brasil e o governo de São Paulo lançam convênio para aquisição da casa própria pelos servidores públicos estaduais.
O Casa Paulista é alinhado ao Minha Casa, Minha Vida da administração federal.
O benefício dado pelo programa paulista pode chegar até a 150% do valor dos descontos ou subvenções oferecidos pelo programa federal, segundo o novo diretor do BB em SP, Walter Malieni.
"Ele integra o subsídio do programa do governo federal ao do governo paulista, podendo ser de cerca de R$ 60 mil", afirma. Os recursos virão do governo estadual, de acordo com o diretor.
O Casa Paulista estará disponível para servidores ativos e inativos da administração direta, fundacional e autárquica dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
Para solicitar o subsídio complementar da Casa Paulista, o servidor deve atender às condições exigidas pelo programa Minha Casa, Minha Vida, pelo FGTS e pelo banco, e ter renda familiar bruta mensal de até R$ 3.100.
O imóvel deve ser novo e localizado em área urbana de qualquer município do Estado de São Paulo.
A expectativa é de 20 mil operações em quatro anos - 8.000 ainda em 2012.
Os juros são de 5% a 6% ao ano e o prazo, de 360 meses.
"O programa ampliará a participação do banco no mercado imobiliário", diz.

Casa eficiente deve ser inaugurada na capital em agosto


08/03/2012 - 07h00



ROSANGELA DE MOURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Até agosto, São Paulo deverá ter uma construção referência em economia energética. Essa é a proposta da Basf com a CasaE, que será construída no Campo Belo (zona sul da capital) e ficará aberta ao público.
O projeto de dois andares, desenvolvido pelo escritório da arquiteta Athié Wohnrath, economizará até 70% de energia elétrica em relação a uma construção tradicional.
Divulgação
Casa Basf
CasaE será construída pela Basf no Campo Belo
As paredes são feitas com placas de poliestireno expandido preenchidas por concreto, o material proporciona, além de resistência, conforto acústico e térmico.
Ainda no processo construtivo, produtos químicos aumentam a hidratação do cimento, reduzindo o uso de água e a emissão de CO2. No acabamento, tintas que refletem a luz são aplicadas externamente e tintas contra mofo e maresia, nas paredes internas.
A energia para a casa é captada por painéis solares. Vidros especiais permitem a entrada da luz do dia, sem a interferência do calor do Sol. A água da chuva também é captada para reúso nas descargas de banheiros. E pisos drenantes evitam o acúmulo da água.
A casa de 400 m² foi orçada em R$ 3 milhões, cerca de 30% a mais em relação a uma casa com as mesmas medidas com construção convencional, pois alguns materiais ainda são importados.
Antônio Lacerda, vice-presidente da Basf para a América Latina, conta que o projeto ainda é considerado conceito porque alguns dos produtos não foram lançados no mercado. "Com essa gama de produtos no varejo, o acréscimo de 30% no custo da construção tende a desaparecer", estima.

Dia Internacional da Mulher no centro da cidade...


08/03/2012 - 04h41

Mulheres sem-teto ocupam prédio e fazem panelaço em SP


MARTHA ALVES
DE SÃO PAULO

Atualizado às 05h16.
Um grupo de ao menos 200 mulheres ligadas a movimentos de luta por moradia ocuparam um prédio particular de dez andares na esquina da Praça João Mendes com rua Quintino Bocaiúva, na região central de São Paulo, por volta da 0h desta quinta-feira. Não houve confrontos.
A ocupação faz parte de um protesto em comemoração ao Dia Internacional da Mulher para chamar a atenção dos governos municipais e estaduais para políticas sociais de habitação para as mulheres e denunciar a violência nos despejos de áreas ocupadas.
Eduardo Anizelli/Folhapress
Grupo de mulheres sem-teto invadem predio no centro de SP
Grupo de mulheres sem-teto invadem predio no centro de SP
Segundo líderes do movimento, a ocupação tem horário para terminar. Por volta das 14h, o grupo se reúne a outro grupo de mulheres ligadas a organizações feministas. Elas deixam o local fazendo um panelaço -relembrando o movimento das panelas vazias da década de 80.
As manifestantes seguem em passeata até o TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo, na praça da Sé, para protestar contra a violência no despejo das famílias da área ocupada do Pinheiro (São José dos Campos) e de outras 150 mil famílias podem ser despejadas até 2014.
Após o protesto em frente ao TJ, as mulheres continuam a passeata passando pela CDHU --na rua Boa Vista-- e a prefeitura. O encerramento do protesto será em frente à Secretaria da Educação, na praça da República, onde o grupo espera reunir ao menos 15 mil mulheres para reivindicar melhorias na educação.

PROTESTO CONTRA AÇÃO DA POLÍCIA
Sem-teto ligados ao MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) se reúnem por volta das 9h desta quinta-feira em frente à estação da Luz, na região central de São Paulo, para sair em passeata pelas ruas do centro.
Após a aglomeração, os manifestantes partem em marcha até a avenida Tiradentes e ao quartel da Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar), no bairro da Luz. O protesto termina em frente a sede do Comando Geral da Polícia Militar de São Paulo.
Segundo líderes do movimento, o grupo aproveita a comemoração do Dia das Mulheres para protestar e denunciar estupros praticados por policiais durante o despejo da área ocupada do Pinheirinho (São José dos Campos) e exigir a punição dos envolvidos.
O grupo também informou que quer deixar claro à PM que não aceitará "um novo massacre, tal como ocorreu em São José dos Campos" em outras áreas ameaçadas de despejo como o Novo Pinheirinho de Embu e Santo André, na Grande São Paulo, e a ocupação Zumbi de Palmares, em Sumaré (118 km de São Paulo).

Concurso internacional busca projetos sustentáveis para habitações no Peru


5/Março/2012


Trabalhos devem se integrar às características arquitetônicas de três regiões distintas



Mauricio Lima





Divulgação: Green Building Council Peru
Projetos são para três áreas diferentes
O Green Building Council abriu inscrições para o concurso de projetos Arquitetura Sustentável e Inclusão Social, que busca propostas para habitação social. Podem participar arquitetos de todo o mundo, devidamente habilitados.


Os participantes podem criar projetos para três regiões do país: Costa, Serra ou Selva, observando os critérios de sustentabilidade energética e ambiental. Os trabalhos devem se integrar às características arquitetônicas de cada local.
As inscrições podem ser realizadas pelo site do concurso, sob pagamento de taxa de US$ 100. Os trabalhos devem ser enviados até o dia 30 de abril de 2012.
O resultado do concurso será divulgado em 18 de maio de 2012. O primeiro colocado ganhará US$ 4 mil, enquanto os segundo e terceiro colocados receberão US$ 2 mil e US$ 1 mil, respectivamente.

SP anuncia plano contra enchentes para 2040




Obras mais simples, no entanto, devem ficar prontas em cinco anos
Kassab vai priorizar seis das 78 bacias existentes na capital; gestão ainda não tem estimativa de custos

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidiano/29895-sp-anuncia-plano-contra-enchentes-para-2040.shtml




EDUARDO GERA
QUE
DE SÃO PAULO


A cidade de São Paulo, pela primeira vez em sua história, pode ter um plano integrado contra as cheias. Mas mesmo que a intenção da prefeitura anunciada ontem dê certo, as medidas só vão ficar totalmente prontas em 2040.
A gestão Kassab, com consultoria de pesquisadores da USP, passou mais de um ano para escolher seis bacias prioritárias da cidade (veja quadro ao lado).
Elas representam apenas 12,5% da área da capital ou 20% da população. São Paulo tem 78 bacias totalmente contidas no município.
Pelo plano anunciado ontem, haverá uma concorrência pública internacional que será lançada, provavelmente, no mês de abril.
As empresas ou consórcios interessados no edital terão um ano para apresentar as soluções contra enchentes, em cada uma das seis bacias.
O resto da cidade, por enquanto, não será contemplado pelos estudos iniciais.
Com seis conjuntos de ações prontos, a prefeitura poderá fazer um novo edital para realmente começar a tocar as diversas obras. O poder público não tem uma estimativa de custo dos planos.
"Não se trata apenas de grandes intervenções", explica o secretário Miguel Bucalem (Desenvolvimento Urbano). "Em alguns casos, pequenas medidas, ou até mesmo ações não estruturais, como a restauração da vegetação em algum ponto, também será importante."

ETAPAS
Os seis planos contra cheias terão que apresentar as soluções para cada uma das bacias em três etapas. A primeira, emergencial, deve contemplar ações para cinco anos. A segunda para 15 anos e a terceira tem como horizonte o ano de 2040.
A cidade, até lá, terá seis novas administrações, que vão precisar dar continuidade ao processo em curso.
No chamado longo prazo, afirma Mario Thadeu de Barros, professor da USP e assessor da prefeitura, haverá obras na capital para uma taxa de retorno de cem anos.
Ou seja, pelo menos parte da cidade estará protegida contra chuvas fortíssimas, que costumam atingir a cidade em uma média de cem anos. Segundo o especialista, não existe, entre as seis bacias escolhidas, aquela que seja mais ou menos complicada para o planejamento contras as cheias.

Bombeamento d'água à energia solar




Bomba de água movida por energia solar -- anauger


Coopercitrus e Anauger apresentarão, na feira Agrishow, em Ribeirão Preto (SP), o novo sistema




Um equipamento de bombeamento de água que, para funcionar, depende única e exclusivamente da energia solar. Essa será a novidade que a Coopercitrus, em parceria com a Anauger, apresentará na Agrishow 2012 – Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, que acontecerá em Ribeirão Preto, interior de SP, entre os dias 30 de abril e 04 de maio.
O produto estará exposto num local estratégico, que abrangerá áreas interna e externa do estande da Coopercitrus, de forma que os visitantes possam compreender o seu funcionamento completo. Destinado a inúmeros fins, o novo equipamento poderá ser usado em fazendas e sítios que não disponham de energia elétrica (em função de apresentarem grandes extensões) ou que não possam instalar as bombas hidráulicas tradicionais.

O novo sistema da Anauger poderá atender usuários que dependem de água limpa para irrigação e abastecimento de bebedouros animas, garantindo inclusive a saúde dos bichos e evitando contaminações.
“O nosso produto funciona somente através da energia do sol”, salienta Marco Aurélio Gimenez, diretor comercial da Anauger. "Essa é a missão da empresa. Poder oferecer equipamentos inovadores e, ao mesmo tempo, sustentáveis, que é uma preocupação do consumidor de hoje", conclui.

Futuro da construção é incorporar resíduos de outras indústrias


6/Março/2012

Reciclagem de concreto para agregado também é tendência mundial





Luciana Tamaki





Uma das maiores tendências para as estruturas de concreto é incorporar resíduos de origens diversas. Ou seja, a construção civil deve receber cada vez mais os resíduos de outras indústrias. Consequentemente, explica Luiz Carlos Pinto da Silva Filho, a construção deve aprender a construir com materiais não tão bons como no passado. O engenheiro analisou as tendências para o concreto estrutural no seminário Concreto - Estruturas e Fechamentos para Edificações, realizado hoje (6) pela PINI.
Outro tipo de reúso que deve crescer é de agregado reciclado de concreto. Segundo índices do Japão apresentados por Silva, o custo inicial de concreto com este agregado é quase o dobro de quando se usa agregado convencional, porém, em sua vida útil, seu custo já compensa. No Reino Unido, 22% do agregado é reciclado de concreto. Para sua disseminação no Brasil, analisa o engenheiro, o desafio é a gestão de coleta, separação e processamento deste material.
Ainda segundo Silva, será essencial reduzir o clínquer no cimento e reduzir em geral a emissão de CO2 em toda a cadeia da construção, uma das atividades mais emissoras do mundo. Também será realidade o mapeamento do ciclo de vida dos materiais, para controle ambiental.
Em relação ao uso, o concreto autoadensável, já conhecido de todos, será o componente de praxe e deve virar o novo "convencional". O concreto não será mais especificado somente em relação à sua proporção água-cimento, mas também, defende o engenheiro, serão necessárias especificações por desempenho, como por exemplo o coeficiente de difusão.