quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Energy for life: Neste jogo tens de voltar ao passado para garantir o futuro energético


Vídeojogos
13/02/2012
Carlos Teixeira Gonçalves
Ninguém aprende nada com os jogos de computador? O Energy 4 Life, criado pela produtora tecnológica Inovaworks em parceria a organização não governamental para o desenvolvimento Oikos, pretende contrariar esta premissa ao tentar juntar a emoção de um jogo comum com a informação teórica de uma boa enciclopédia. No jogo, somos, ao mesmo tempo, um governante com pouco conhecimento sobre energia e um jovem com vontade de aprender. Os conhecimentos e decisões do passado vão-nos permitir gerir melhor um país no futuro.
Todos os jogos didácticos ou criados com o intuito de transmitir algum tipo de informação sofrem, grosso modo, de um problema: são piores que os outros que não têm esse objectivo. O que poderia levar uma criança, um pré ou um pós-adolescente, no seu perfeito juízo, a sentar-se à frente do computador e aprender sobre a fotossíntese das plantas, num jogo com gráficos mais arcaicos que o Pac-Man da Atari 2600? Entre disparar sobre inimigos, chutar uma bola, atropelar gratuitamente pessoas no meio da rua ou levar uma lição sobre o processo físico-químico que os seres vivos clorofilados realizam, onde está a dúvida? A Inovaworks e a Oikos sabiam que os pesos na balança estavam desequilibrados desde o princípio, quando decidiram criar o Energy 4 Life, jogo de computador interactivo em que vestimos a pele de um governante que não sabe nada de políticas energéticas e que tem a possibilidade de voltar à juventude para emendar o seu erro.

“Como criar um projecto lúdico e educativo?”, perguntou Hugo José Pinto, director da Inovaworks. Em traços gerais, o jogo queria-se “atractivo”, com “qualidade gráfica boa”, “divertido” e que “permitisse aos professores explorá-lo em sala de aula”, revelou José Luís Monteiro, representante da mesma empresa. “Não podia ser uma valente seca. Não queríamos que o jogo fosse uma valente seca”, assumiu Hugo José Pinto. Tendo em conta esta vontade de agradar a gregos e a troianos, e as dificuldades de orçamento típicas do mercado dos videojogos em Portugal, “o resultado final não envergonha ninguém”, analisou José Luís Monteiro.

Uma reflexão sobre a energia

O Energy 4 Life é uma aventura “point and click” (apontar e clicar, tradução livre) em que o jogador ou jogadora (pode escolher o sexo da personagem) se desloca pela casa (no passado) e gabinete (no futuro), interagindo com outros personagens e objectos. No decorrer da acção, temos de tornar a nossa vida e a da nossa família mais eficiente energeticamente e aprender o suficiente para nos tornarmos um líder competente. Aqui, todas as acções têm consequências. Acordamos com 36 anos, com um país fortemente depende de energia a nosso cargo, uma conferência de imprensa em que não sabemos dar respostas certas e apercebemo-nos de que deixámos escapar a oportunidade de reflectir sobre lâmpadas eficientes enquanto garotos. Mudar o passado sempre foi o sonho do homem moderno, resta saber se os jovens partilham dessa vontade.

O jogo, embora pretenda consciencializar os jovens para os problemas energéticos do mundo, é também uma “reflexão sobre o tema da energia”. “Ao contrário do que é habitual no sistema educativo, a Oikos achou melhor incentivar a reflexão sobre o tema”, comentou o director executivo da Oikos, João José Fernandes, e não trazer os dogmas energéticos para o ecrã.

O videojogo Energy 4 Life, criado para a Comissão Europeia, foi apresentado no passado dia 9 de Fevereiro, no Fórum Picoas, em Lisboa, está disponível para download gratuito e pode jogar directamente no site.  








Unity Web Player. Install now!


http://www.energy4life-game.com/EnergyForLife/

FUMAR É HUMANO


Fumar é humano demais para ser permitido pelos princípios da vida e do bem-estar

http://revistatrip.uol.com.br/revista/207/colunas/fumar-e-humano.html

icone postado
08.02.2012 | Texto por Ricardo Guimarães, Fotos Reprodução



Reprodução


Caro Paulo,

Fumar. Tem que proibir mesmo. Não é questão de liberdade individual, é questão de saúde pública. Tratar as doenças desse vício custa muito caro e nós, o povo, temos outras prioridades para o dinheiro público.

Tem que proibir porque somos ignorantes, frágeis e imaturos demais para fazer boas escolhas.

Eu parei porque me proibiram de fumar nos lugares gostosos de ficar. Se me deixassem ainda estaria fumando, apesar do esforço fantástico do queridíssimo doutor Drauzio para me convencer de que cigarro faz mal a minha saúde.

Eu sou a favor dessas intervenções na nossa liberdade, já que a maturidade e a sabedoria estão demorando a nos chegar antes das catástrofes que nossa imaturidade e ignorância podem provocar.

Outro dia debatemos se a ética não devia se apoiar mais na ciência para legitimar escolhas e decisões duras que imponham restrições a nossa liberdade.

Por exemplo, água é recurso finito que precisa ser gerenciado com ciência para poder abastecer toda a população do planeta, sob risco de termos guerras terríveis pelo valioso bem. O que fazer? Esperamos que todos ganhem consciência e amadureçam seus hábitos? Ou tomamos providências como instalar torneiras que fecham sozinhas depois de 15 segundos?

Argumentos apoiados em consciência e virtude levam tempo para vingar no comportamento da sociedade porque são considerados opcionais.

A natureza, que é de onde nós tiramos a ciência, não dá opção, e tudo funciona muito bem e de forma linda, a estética da eficiência.

Por exemplo, não se conhece animal que encha seus pulmões com algo nocivo que o deixará doente apenas por prazer – isso seria, vamos dizer, humano demais para ser permitido pelos princípios que regem a vida e o bem-estar na natureza.

A questão é se a ciência e a natureza não deviam se impor mais na nossa cultura para dar a correta e humilde dimensão do humano na hierarquia de valores de nossa sociedade. Uma revolução cultural inspirada na natureza. Seria animal!

Se isso acontecer, teremos muito mais proibições excelentes e bem-vindas que evitariam um desperdício enorme de tempo e energia e riscos absurdos como os que temos tido na saúde pública, no meio ambiente, no sistema financeiro internacional, na violência urbana.

A proposta seria decidir voltar conscientemente para o tal do paraíso que, diz a lenda, tinha a harmonia, o equilíbrio e o bem-estar, sem alternativa do contrário.

Mas existe uma distância muito grande entre decidir e executar. Por isso, entre o querer (ideal) e o fazer (real), uma lei que proíba ou obrigue seria sempre uma boa ajuda para colocar a gente no melhor caminho. O problema é: quem vai fazer essas leis? Aí a solução vira um problema.

É nóis

Enquanto isso, estou me sentindo muito bem sem fumar. É um bem-estar físico e social.

Mas, quando eu ficar bem velhinho, não prestar para mais nada e estiver morando sozinho na Itamambuca sem ninguém para reclamar de cheiro nem fumaça, aí eu volto a fumar. É nóis: muito burro e humano demais.

Abraço do amigo cheio de virtude sem mérito.

*Ricardo Guimarães, 62, é presidente da Thymus Branding. Seu e-mail éricardoguimaraes@thymus.com.br e seu Twitter é twitter.com/ricardo_thymu
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Green City Index


February 14, 2011

O Green City Index é um projecto que tem como objectivo analizar a performance ambiental nas principais cidades do mundo, comparando os resultados entre as mesmas e o caminho que estão a seguir para se tornarem mais sustentáveis. Tem como base o conceito de cidade sustentável tal como é descrito pela Siemens.
Este projecto reflecte-se numa ferramenta online que está disponível para consulta, onde basta seleccionar o continente correspondente à cidade que pretende consultar e poderá ver inclusivé o seu lugar no ranking das cidades com uma maior performance em termos de sustentabilidade.

A investigação da performance de cada cidade é feita através da análise de oito categorias – emissões de CO2, energia, edifícios, transportes, água, resíduos e uso de solo, qualidade do ar e política ambiental – e de 30 indicadores individuais, subdivididos quantitativamernte e qualitativamente.