segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

NOVIDADE: ENERGIA DO EMPUXO

Brasil tem potencial para atender à demanda mundial de alimentos, diz secretário


Agricultura | 08/01/2012 17:28

http://exame.abril.com.br/economia/agronegocio/noticias/brasil-tem-potencial-para-atender-a-demanda-mundial-de-alimentos-diz-secretario

Segundo Porto, essa expectativa baseia-se no fato de o bloco envolver 43% da população mundial e ocupar 40% das terras do planeta



EXAME
Agricultura em Goiás da Monsanto
O secretário destacou que o Brasil, isolamente, tem grande potencial para aumentar a oferta de alimentos não só no mercado interno mas também para exportação
Brasília - O Brasil deverá ser nos próximos anos um dos países em desenvolvimento com melhores condições de atender à demanda de alimentos em nível mundial, disse o secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Célio Porto. Para ele, se alinham ao Brasil com esse potencial os demais países do Brics (grupo integrado pelo Brasil, a Rússia, Índia, China e a África do Sul). Segundo Porto, essa expectativa baseia-se no fato de o bloco envolver 43% da população mundial e ocupar 40% das terras do planeta.
O secretário lembrou que a experiência brasileira no desenvolvimento da agricultura em clima tropical se torna importante para o Brics, que reúne países com o mesmo clima em algumas áreas. "A preocupação do bloco é com o abastecimento e a segurança alimentar em nível mundial. Nesse ponto, os países-membros estão solidários com as nações mais pobres da África, que estão vivendo escassez de alimentos por causa da seca", disse Porto.
O secretário destacou que o Brasil, isolamente, tem grande potencial para aumentar a oferta de alimentos não só no mercado interno mas também para exportação e, por isso, é visto como estratégico para a alimentação do mundo nos próximos anos. A prioridade que o Brasil dá à produção de alimentos em áreas de baixo carbono, com a utilização de terras degradadas, hoje improdutivas, poupando o meio ambiente da exploração de novas áreas, é vista com simpatia por todos os países, segundo Porto.
Em sua última reunião, realizada em novembro de 2011, os países do Brics criaram cinco grupos de trabalho para compartilhar experiências e ajudar o mundo a sair da crise atual. Um desses grupos discute formas de assegurar o acesso à alimentação das camadas mais vulneráveis da população mundial. De acordo com Célio Porto, a experiência do Brasil com o Fome Zero estimulou a África do Sul a desenvolver programa com nome semelhante para atender à população mais pobre.
A escassez de alimentos em regiões pobres da África deverá ser abordada em junho deste ano, na reunião Rio+20, que será realizada no Brasil. Porto lembrou que os cinco países do Brics têm diretrizes comuns, mas planejam suas ações de forma individual. Segundo ele, o esforço do Brasil para se aproximar da África pode fazer com que outros países cooperem com nações mais pobres. "Embora o Brasil não tenha tantos recursos como os países desenvolvidos, detém experiências importantes que pode repassar para os demais."

"Prazer de um e a saúde do outro"? DF proíbe fumar em carro com crianças



São Paulo, sábado, 07 de janeiro de 2012Cotidiano

Medida a ser regulamentada vale também para veículo com grávida ou adolescente, e a multa é de no mínimo R$ 500
Lei, que deve entrar em vigor em março, proíbe ainda o consumo de cigarros em táxis e veículos coletivos
FLÁVIA FOREQUE

DE BRASÍLIA


Duas semanas depois de a presidente Dilma Rousseff sancionar lei que proibiu os fumódromos em todo o país, o governo do Distrito Federal sancionou lei antifumo ainda mais rígida.
Não será mais permitido na capital federal o consumo de "cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou qualquer produto fumígero" em carros que transportem gestantes, crianças ou adolescentes.
A multa para quem desrespeitar a regra será de no mínimo R$ 500, com possibilidade de retenção do veículo. Publicada no "Diário Oficial" do DF em 29 de dezembro, a lei entra em vigor 90 dias depois dessa data, mas ainda precisa ser regulamentada.
Autor da proposta que deu origem à lei, o deputado distrital Cláudio Abrantes (PPS) diz que a intenção principal é evitar o fumo passivo.
"A ação da pessoa em fumar não pode prejudicar um terceiro. O objetivo não é punir, é gerar uma cultura de antitabagismo", afirma Abrantes, ex-fumante.
Na justificativa do projeto de lei, o deputado argumenta que a "iniciativa não é discriminatória, mas sim de proteção ao não fumante".
A lei proíbe ainda o consumo de cigarros em táxis e veículos coletivos públicos ou privados.
Nesses casos, a multa pode ser aplicada quando alguém encaminhar ao órgão de vigilância sanitária ou de defesa do consumidor relato detalhado sobre infrator e infração cometida. A empresa responsável pelos veículos poderá ter suspensa sua permissão de funcionamento.
Em veículos privados, a aplicação da multa ainda precisa ser regulamentada pelo governo do Distrito Federal, mas a expectativa é que agentes do Detran e da Polícia Militar assumam a tarefa.
A ACT (Aliança de Controle do Tabagismo) elogiou a lei e disse que é "benéfica do ponto de vista da saúde pública". De acordo com a ONG, regra semelhante já é aplicada na maioria das províncias do Canadá, por exemplo.
Para Fernanda Mendonça Figueiredo, mestre em direito constitucional, não há desrespeito à constituição, que afirma serem invioláveis "a intimidade, a vida privada".
"Nenhum direito é absoluto. Você está trabalhando com algo que envolve o prazer de um e a saúde do outro", diz Luís Renato Vedovato, advogado e membro do conselho consultivo da ACT.


Lei do Distrito Federal proíbe cigarro
em veículos que fazem transporte coletivo


publicado em 07/01/2012 às 20h26:

Restrição também veta fumo dentro de carros particulares em casos específicos
Do R7, com Rede Record
Uma lova lei aprovada no Distrito Federal tornou proíbido fumar dentro de qualquer veículo que faça transporte coletivo.

Leia mais notícias do R7
A restrição é válida para táxis, ônibus e trens.

Além da restrição, a lei também proíbe o fumo dentro de carros particulares caso um dos passageiros seja criança, gestante ou uma pessoa idosa. A decisão tem criado polêmica entre os moradores do DF.

Assista ao vídeo:




Confira sete passeios inusitados para curtir SP nas férias


08/01/2012 - 12h03

http://www1.folha.uol.com.br/saopaulo/1031086-confira-sete-passeios-inusitados-para-curtir-sp-nas-ferias.shtml

LÍVIA SAMPAIO
DE SÃO PAULO


Está em São Paulo em janeiro e faltam ideias do que fazer? Aproveite que a cidade está mais vazia e sem trânsito para se aventurar em novas regiões. Que tal um passeio de jipe com direito a banho de cachoeira no extremo da zona sul? E um voo romântico de helicóptero seguido de jantar e noite em um hotel, apetece?
A revista sãopaulo desta semana traz reportagem de capa com sete sugestões e mapas para explorar a cidade deixando o carro em casa. A íntegra está disponível para assinantes da Folha e do UOL.
Também há rotas de trem, de metrô e a pé, de bicicleta, de ônibus e com o cachorro. Escolha a sua.

Andrea Ebert/Folhapress
Roteiro 'off-road' em Parelheiros e Marsilac, na zona sul, é uma das sete opções sugeridas pela revista
Roteiro "off-road" em Parelheiros e Marsilac (foto), na zona sul, é uma das sete opções sugeridas pela revista



Saia da toca
Aproveite que a cidade está mais vazia para se divertir em roteiros turísticos de jipe, bicicleta, metrô e até de helicóptero
Maria do Carmo/Folhapress
Ciclistas fazem roteiro de parques e museus com a U-Bike 

LÍVIA SAMPAIO
Está certo que com esse calor dá vontade de se teletransportar direto para o litoral em vez de suar sobre o asfalto. Mas é preciso reconhecer que ficar na cidade no mês de janeiro tem lá as suas vantagens.

Sem aulas e com uma multidão em férias (amargando filas homéricas no mercadinho da praia, diga-se), neste mês o trânsito paulistano flui bem como nunca: os congestionamentos são os menores do ano mesmo com o rodízio suspenso -a restrição, anote, volta no dia 16.

Em 2011, foram até 59,5 km de filas em janeiro, em média, contra 99,5 km em fevereiro. Nos meses seguintes, o índice não voltou a se aproximar dos 60 km. Também é agora que os hotéis têm o mês mais parado. Ou seja, além de grande parte dos moradores, os turistas também estão fora. Ficar aqui em janeiro é ter a chance de sorver a cidade que só ocorre uma vez ao ano. Então, aproveite para curtir novos programas e explorar outras regiões.

Nas páginas a seguir, a sãopaulo sugere sete rotas para fugir dos passeios manjados. As opções estão divididas por meios de transporte -e você não vai precisar do seu carro para nenhuma delas. Tem passeio de trem na Mooca, de jipe no extremo da zona sul, de bicicleta por parques e museus, a pé e de metrô pelo centro, de ônibus pela zona leste, com o cachorro na avenida Paulista e até de helicóptero. Aventure-se.

>> com o cachorro

Pegadas na Paulista
Aqui, a proposta é transformar o passeio com o cachorro em programa turístico. A próxima edição do "Cãonhecendo São Paulo" está marcada para o aniversário da cidade, na região da avenida Paulista. Na volta guiada, a matilha acompanhará os donos pelas áreas verdes e pelo conjunto arquitetônico.

Do ponto de partida no parque Trianon, o grupo segue em caminhada que inclui visitas internas ao Hospital Santa Catarina (capela e saguão) e à Casa das Rosas. Nos momentos "só para humanos", os cães ficam na parte de fora sob supervisão de adestradores.

SERVIÇO
O que inclui: guias para humanos e adestradores para cães, lanche para os donos e petiscos caninos, disque-veterinário, brindes e sorteios
Duração: 8h30 às 12h
Quando: 25/1
Quanto: R$ 60 por pessoa e R$ 30 por cão
Quem leva: Turismo 4 Patas, tel. 8280-9562,www.turismo4patas.com.br
Outras rotas: Ibirapuera, centro histórico e Patas na Trilha
Capacidade: 25 cachorros

>> de helicóptero

O amor está no ar
Se você não é um político ou empresário do primeiro escalão, nem o comandante Hamilton ou um dos donos dos 592 helicópteros do Estado (segundo a Associação Brasileira de Pilotos de Helicóptero), sobrevoar a cidade não deve ser algo corriqueiro na sua vida.

Como se trata de um evento especial, talvez até inédito, escolhemos um programa romântico que inclui sobrevoo de meia hora a bordo de um Robinson 44, passando por pontos como o estádio do Pacaembu e o Museu do Ipiranga. Depois, jantar e pernoite no hotel Transamérica, na parte sul da marginal Pinheiros.

Programado para casais, o chamado "pacote núpcias" (R$ 2.550) inclui mimos como espumante e café da manhã no quarto. Há outras opções mais baratas, como o sobrevoo com jantar (R$ 1.900) ou só o voo (R$ 850). Para a volta, a agência leva seu carro até o hotel.

SERVIÇO
O que inclui: voo de helicóptero, diária com café da manhã e jantar no hotel Transamérica, flores, uma garrafa de espumante, trufas e enxoval especial
Duração: 30 minutos de voo e check-out até as 18h do dia seguinte (se houver disponibilidade)
Quando: saídas agendadas do Campo de Marte até as 20h
Quanto: R$ 2.550
Quem leva: Andanças Viagens e Turismo, tel. 2945-8828,www.andancastur.com.br
Outras rotas: resort em Mairiporã pela serra da Cantareira e noite no hotel Sofitel, na Vila Clementino Capacidade: duas pessoas

>> de trem

A locomotiva (da Central) do Brasil
O passeio, apesar de já ter vivido dias bem melhores, ainda vale pela experiência de ser puxado pela maria-fumaça Marta. Fabricada em 1922 nos EUA, a locomotiva foi direto para o Rio de Janeiro para ajudar no desmonte do morro do Castelo e, depois, operou como "manobreira" da Central do Brasil.

Após anos de abandono e de uma senhora recauchutagem, voltou à ativa em 1998 para transportar visitantes do Memorial do Imigrante, na Mooca, zona leste. No prédio, funcionou uma hospedaria construída no século 19 por onde passaram estrangeiros de várias nacionalidades.

Fechado desde maio de 2010, o memorial deve reabrir até julho deste ano como Museu da Imigração. Só então os passageiros poderão embarcar na estação original que dava acesso à antiga hospedaria. Ao longo da reforma, o embarque vem ocorrendo em uma estação improvisada.

Além da locomotiva e do vagão de carga, dois carros de passageiros se revezam: o "Primeira Classe de Aço", dos anos 1950, e o "Segunda Classe", de 1900.

SERVIÇO
O que inclui: passeio de trem pelos bairros da Mooca e do Brás em carros antigos restaurados e funcionários que se vestem e se comportam como os de uma ferrovia antiga
Duração: 25 a 30 minutos
Quando: sábados, domingos e feriados, das 10h30 às 16h
Quanto: R$ 8
Quem leva: Associação Brasileira de Preservação Ferroviária de São Paulo, tel. 2695-1151, www.abpfsp.com.br
Outras rotas: Expresso Turístico da CPTM saindo da estação da Luz para Jundiaí, Mogi das Cruzes ou Paranapiacaba
Capacidade: até 66 pessoas

>> de jipe

Zona sul 'off-road'
Não parece, mas ainda é São Paulo. No passeio pelas sinuosas estradas de terra da APA (Área de Proteção Ambiental) Capivari-Monos, no extremo da zona sul, em Marsilac, dá até para se banhar na cachoeira do Sagui, localizada em uma propriedade particular às margens do limpo rio Capivari.

Para chegar até ela, é preciso pegar uma trilha de nível fácil onde não é raro encontrar cobras pelo caminho. Depois das explorações, os aventureiros almoçam orgânicos cultivados por ali mesmo.

Outro atrativo do passeio de Land Rover é a cratera da Colônia, provavelmente formada há mais de 30 milhões de anos devido ao impacto de um corpo celeste.

A rota é procurada para aniversário de crianças, por famílias, grupos de amigos e empresas. Tênis, repelente e protetor solar são imprescindíveis.

SERVIÇO
O que inclui: transporte, lanche, almoço, taxas ambientais, guia, monitor local e seguro-viagem
Duração: oito horas
Quando: próximas saídas disponíveis no site ou mediante agendamento
Quanto: R$ 195 (por pessoa, com grupo de no mínimo cinco membros)
Quem leva: Trip on Jeep, tel. 4453-5281,www.triponjeep.com.br
Outras rotas: núcleo Curucutu da serra do Mar e aldeia guarani
Capacidade: sete pessoas por carro

>> de metrô e a pé

Atalho para o Theatro Municipal
Existem duas maneiras de conhecer o interior do Theatro Municipal. Na primeira delas é preciso agendar com antecedência no teatro. Na outra, pelo Turismetrô, uma parceria do Metrô com a SP Turis (empresa que promove o turismo na cidade), é só aparecer.

É por esse motivo que o roteiro guiado de três horas que inclui a visita ao teatro centenário e seus arredores é o mais procurado entre as cinco opções turísticas que partem da estação Sé. O passeio termina na padaria Santa Tereza, a mais antiga da cidade (desde 1872) e rainha da coxa-creme. Leve água e petiscos na mochila para a caminhada.

SERVIÇOO que inclui: passeio guiado pelas ruas do centro com visitas internas ao Theatro Municipal e à Igreja de São Francisco de Assis. Atendimento em inglês e/ou espanhol
Duração: três horas (das 14h às 17h)
Quando: aos domingos, às 14h. Recomenda-se chegar 30 minutos antes
Quanto: R$ 2,90 (um passe de metrô)
Quem leva: Turismetrô, tel. 2958-3714,www.spturis.com/turismetro
Outras rotas: Luz, Sé, Paulista e Liberdade
Lotação: até 25 pessoas

+ Trilhas Urbanas
Além do Turismetrô, a SP Turis oferece em seu site sugestões de roteiros temáticos para fazer pela cidade. Em um deles, o desbravador descobre, no centro velho e na Luz, a influência do café na história e na paisagem da capital. É preciso planejar o passeio. Por exemplo: se escolher entrar no edifício Martinelli em um sábado, agende a visita antes pelo 3104-2477.
www.cidadedesaopaulo.com 

>> de ônibus

Em busca das relíquias da zona leste
Nessa rota, o passeio começa com a visitação da capela de São Miguel Arcanjo, em São Miguel Paulista, reinaugurada em 2011 após restauração. Considerada a mais antiga do Estado, terminou de ser construída em 1622. A ida até lá vale tanto pela bucólica construção em taipa de pilão quanto pelas imagens sacras e pinturas coloniais.

Depois, na mesma praça, é só pegar o ônibus da linha 3459-10 em direção ao parque D. Pedro 2º. Da janelinha, o passageiro confere pontos como o cemitério da Saudade e a praça Frei Albino Aresi, onde as noivas da zona leste costumam fazer fotos.

No trecho final, dois grandes polos de atividades infantis: o Sesc Belenzinho e o Catavento. Como o percurso muda na direção bairro, a viagem de ônibus só vale se for rumo ao centro. Dica: um jeito rápido de chegar à capela é pela linha 12-safira da CPTM. Desça na estação São Miguel Paulista, a 300 m da igrejinha.

SERVIÇODuração: duas horas (uma hora na igreja mais uma hora no ônibus, se não houver trânsito)
Quando*: aos sábados, das 10h às 12h e das 13h às 16h. Missa às 19h
Quanto: R$ 4 (visita à capela, estudantes pagam meia) + R$ 3 (passe de ônibus)
Quem leva: linha municipal 3459-10 (Itaim Paulista/Pq. D. Pedro) e linha 12-safira da CPTM
Outras rotas: no site www.sptrans.com.br/blogtour, usuários e funcionários recomendam linhas de ônibus interessantes

* Às quintas e sextas, há visitas das 10h às 16h, mas é preciso agendá-las pelo tel. 2032-3921
>> de bicicleta

Gringos na magrela
Um jeito de começar bem o domingo é com o passeio via ciclofaixa que percorre parques e museus paulistanos. Com boa parte do percurso dentro do Ibirapuera, o trajeto inclui ainda passagem por uma feira livre, pelo MIS (Museu da Imagem e do Som) e café da manhã com música no Museu na Casa Brasileira.

Esse e todos os outros roteiros do projeto U-Bike saem do hotel Unique, no Jardim Paulista, e atraem 90% de estrangeiros -a maioria está na faixa dos 30 anos e visita a cidade a negócios.

Já participaram executivos da Nike e IBM, além do cicloativista David Byrne, ex-vocalista da banda Talking Heads.

A ideia não é competir. No grupo é respeitado o ritmo da pessoa mais lenta e, antes do passeio, os ciclistas recebem dicas de trânsito e de como pedalar na cidade. A grana arrecadada vai para projetos do Instituto Mobilidade Verde.

SERVIÇO
O que inclui: café da manhã na Quinta do Museu, bicicleta, capacete, cadeado e guia bilíngue
Duração: três a quatro horas, com paradas
Quando: aos domingos, às 9h (concentração às 8h30)
Quanto: R$ 100 (com bicicleta Caloi Easy Rider 21 marchas, da U-Bike) ou R$ 50 com bike própria
Quem leva: U-Bike, inscrições pelo site www.u-bike.com.br
Outras rotas: Vila Madalena, centro histórico, estádio do Pacaembu e "30 km".
Capacidade: dez ciclistas



Lei do bambu para o ecodesenvolvimento



Bambu para o ecodesenvolvimento


Bambu Nativo Créditos: Elias Miranda


O manejo das florestas tropicais vem sendo preconizado há algumas décadas como uma alternativa de desenvolvimento com sustentabilidade ambiental, mas não deve ser baseado apenas no componente madeireiro da floresta. São indiscutíveis as vantagens do uso múltiplo da floresta, considerando a enorme diversidade de espécies não madeireiras, com amplas possibilidades de uso. A grande dificuldade é que apenas a madeira, castanha e borracha têm uma cadeia produtiva relativamente estruturada, facilitando os processos de colheita, escoamento e comercialização da produção. A viabilidade de outros produtos não madeireiros ainda depende da geração de novos conhecimentos e investimentos para aumentar a produção em escala econômica e com sustentabilidade ecológica.

No sudoeste da Amazônia, entre os produtos oferecidos pela ampla biodiversidade da floresta, encontram-se espécies de bambus arborescentes nativos, conhecidas popularmente como tabocas, algumas podendo atingir até 35 metros de altura e 25 centímetros de diâmetro. Os bambus são gramíneas gigantes que ocorrem nas diferentes regiões brasileiras, sendo algumas espécies nativas e outras introduzidas, particularmente, do continente asiático. 

A cobertura florestal do Estado do Acre é composta por diversas formações e cerca de 40% de sua área territorial abriga florestas com a presença de bambus pertencentes ao gênero Guadua. Essas formações florestais se estendem desde o sul do Amazonas até o território peruano e boliviano, cruzando todo o Estado do Acre.

O bambu pode complementar ou mesmo substituir a madeira em várias aplicações. Entretanto, o potencial econômico dessa gramínea tem sido ignorado, sendo tratada como planta indesejável, devido à presença de muitos espinhos e dificuldade de erradicação para conversão das florestas para fins agrícolas. A não valoração do bambu também foi motivada pela falta de tradição e desconhecimento das possibilidades de aplicação e pela abundância da madeira no início da ocupação da região, quando era desnecessário o uso de produtos alternativos. 

Atualmente, com a crise ambiental no mundo, enfatizada pelo problema do aquecimento global, e com a elevação dos preços da madeira, devido à escassez e restrições legais à sua exploração, o bambu surge como uma opção interessante. A principal vantagem dessa gramínea é o rápido crescimento e a frequente emissão de novos brotos, garantindo a regeneração acelerada das plantas e a sustentabilidade do manejo. Outra vantagem é a grande versatilidade de usos, principalmente na indústria da construção civil e de fibras vegetais, com destaque para papel e celulose, além da fabricação de móveis, carvão (convencional e nanopartículas de carvão ativado), artesanato e na alimentação (brotos de algumas espécies são comestíveis), entre outras vantagens. 

Devido a essa vasta possibilidade de utilização, as espécies de bambus vêm despertando o interesse de estudiosos e do setor produtivo como fonte alternativa de matéria-prima de uso diversificado e reconhecidamente sustentável, podendo contribuir também para a prestação de serviços ambientais, como recuperação de áreas degradadas, recomposição de áreas de preservação permanente e de reservas legais, e no resgate de carbono da atmosfera.

O governo federal vem sinalizando a intenção de transformar o bambu em uma opção de ecodesenvolvimento para o Brasil. O ano de 2011 ficou marcado por duas importantes iniciativas para viabilizar a cadeia produtiva do bambu no Brasil. A primeira foi a assinatura do Memorando de Entendimento sobre Cooperação Bilateral em Ciência e Tecnologia na área de desenvolvimento e inovação em Bambu, entre o Brasil e a República Popular da China, cujos termos possibilitarão realizar pesquisas científicas e intercâmbio de tecnologias com um país de tradição milenar na produção e usos do bambu. A segunda iniciativa foi a aprovação e sanção da Lei Federal nº 12.484/2011, que instituiu a Política Nacional de Incentivo ao Manejo Sustentado e ao Cultivo do Bambu, a qual transforma essa gramínea em um produto agrossilvicultural, apto a receber os benefícios inerentes aos demais produtos agrícolas. A expectativa é que haja avanços significativos em curto e médio prazo no desenvolvimento de tecnologias para o bambu no Brasil.

O mercado relacionado ao bambu é amplo e com grande potencial de crescimento, por ser uma matéria-prima versátil, com diferentes usos industriais. O vasto mercado e a sustentabilidade socioambiental, já reconhecida em outros países, realçam o potencial do bambu visando tanto à melhoria da qualidade de vida de pequenos agricultores familiares quanto ao agronegócio brasileiro, principalmente para aquelas empresas que buscam a sustentabilidade socioambiental. O Acre, com sua enorme reserva de bambus nativos e a proximidade aos portos do Peru, por meio da recém-concluída "Estrada do Pacífico", pode tornar-se um exportador de derivados do bambu para o mercado asiático, tradicional consumidor desses produtos.

A viabilização do agronegócio do bambu exige investimentos em ciência e tecnologia para a geração de conhecimentos e inovação visando à criação de produtos de qualidade e novas formas de utilização para essa gramínea. Assim, são necessárias pesquisas nos diversos setores, desde a produção da matéria-prima até seu uso industrial, passando pela criação de parques tecnológicos para o bambu, com infraestrutura adequada e recursos para a formação de mão de obra qualificada, tanto de produtores como de agentes de assistência técnica e extensão rural, a fim de possibilitar a adoção das tecnologias geradas. Nesse sentido, a articulação entre instituições de pesquisa e fomento constitui estratégia fundamental para desenvolvimento da cadeia produtiva do bambu no Brasil.

AUTORIA

Engenheiro-agrônomo, doutor em Ciência do Solo
Pesquisador da Embrapa Acre



....................................................





Presidência da República
Casa CivilSubchefia para Assuntos Jurídicos

Dispõe sobre a Política Nacional de Incentivo ao Manejo Sustentado e ao Cultivo do Bambu e dá outras providências.


A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o Esta Lei institui a Política Nacional de Incentivo ao Manejo Sustentado e ao Cultivo do Bambu - PNMCB, que tem por objetivo o desenvolvimento da cultura do bambu no Brasil por meio de ações governamentais e de empreendimentos privados.
Art. 2o Os incentivos a que se refere o art. 1o desta Lei destinam-se ao manejo sustentado das formações nativas e ao cultivo de bambu voltado para a produção de colmos, para a extração de brotos e obtenção de serviços ambientais, bem como à valorização desse ativo ambiental como instrumento de promoção de desenvolvimento socioeconômico regional.
Art. 3o São diretrizes da PNMCB:
I - a valorização do bambu como produto agro-silvo-cultural capaz de suprir necessidades ecológicas, econômicas, sociais e culturais;
II - o desenvolvimento tecnológico do manejo sustentado, cultivo e das aplicações do bambu;
III - o desenvolvimento de polos de manejo sustentado, cultivo e de beneficiamento de bambu, em especial nas regiões de maior ocorrência de estoques naturais do vegetal, em regiões cuja produção agrícola baseia-se em unidades familiares de produção e no entorno de centros geradores de tecnologias aplicáveis ao produto.
Art. 4o São instrumentos da PNMCB:
I - crédito rural sob condições favorecidas, em especial no que se refere a taxas de juros e prazos de pagamento;
II - assistência técnica durante o ciclo produtivo da cultura e as fases de transformação e de comercialização da produção;
III - certificação de origem e de qualidade dos produtos destinados à comercialização.
Art. 5o Na implementação da política de que trata esta Lei, compete aos órgãos competentes:
I - incentivar a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico voltados para o manejo sustentado, o cultivo, os serviços ambientais e as aplicações dos produtos e subprodutos do bambu;
II - orientar o cultivo para a produção e a extração de brotos para a alimentação;
III - incentivar o cultivo e a utilização do bambu pela agricultura familiar;
IV - estabelecer parcerias com entidades públicas e privadas para maximizar a produção e a comercialização dos produtos derivados do bambu;
V - estimular o comércio interno e externo de bambu e de seus subprodutos;
VI - incentivar o intercâmbio com instituições congêneres nacionais e internacionais.
Art. 6o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 8 de setembro de 2011; 190o da Independência e 123o da República.

DILMA ROUSSEFF
Guido Mantega
Mendes Ribeiro Filho
Izabella Mônica Vieira Teixeira
Afonso Florence
Este texto não substitui o publicado no DOU de 9.9.2011

“Robo-Rainbow”: Bicicleta pinta parede usando energia da sua pedalada


Direção Sustentável


Robo-Rainbow, uma criação do artista sueco Akay, tem broca e joystick
  • Texto: Mariana Montenegro/Greenvana*
  • Foto: Divulgação

(05-01-12) – Esta bicicleta foi equipada com um curioso sistema de pintura que funciona a partir das pedaladas. Apelidado de “Robo-Rainbow”, a mecânica leva uma broca, um joystick e outras peças reutilizadas e permite que listras coloridas sejam pintadas na parede em forma de arco-íris enquanto alguém pedala, oferecendo um colorido especial ao local.

O artista sueco Akay é o responsável pela criação e também foi responsável por outro aparelho similar, só que mais simples, que pinta linhas retas enquanto você pedala. Confira o vídeo do “Robo-Rainbow”.


____________________
* Greenvana Style – um site que trata de sustentabilidade no dia a dia, sem ser chato nem cair na mesmice. Dá um pulo lá.


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