sábado, 7 de janeiro de 2012

Eventos nos Parques Municipais de Sorocaba - SP

06/01/2012 |LAZER E RECREAÇÃO


'Aquagito' e 'Férias na Bica' divertem a garotada na próxima semana

A partir de segunda-feira (9), a Prefeitura de Sorocaba, por meio da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), dará início a dois cursos de férias nos parques ecológicos da cidade: o "Férias na Bica", no Parque da Biquinha, e o "Aquagito", no Parque da Água Vermelha "João Câncio Pereira". Durante cinco dias, 120 crianças vão aproveitar a programação de lazer e recreação para se divertir e aprender mais sobre o meio ambiente. As atividades são gratuitas e acontecerão até sexta-feira (13).


O objetivo dos cursos é de utilizar o tempo livre das crianças durante as férias escolares para práticas saudáveis, educativas e, ao mesmo tempo, divertidas. O programa visa incentivar aos pequenos participantes a respeitarem o meio ambiente e a refletirem sobre algumas questões, como o consumo consciente e entre outros assuntos.

Aquagito

O "Aquagito" reunirá 40 crianças, de 7 a 12 anos, no Parque da Água Vermelha para trabalhar o tema "Energia e Geração Sustentável". As atividades acontecerão no período da tarde. O curso apresentará de forma lúdica e interativa as principais formas de produção da energia elétrica utilizada no Brasil, bem como os seus benefícios e impactos ambientais. 

O objetivo é a sensibilização quanto ao consumo sustentável da energia, o que inclui a diminuição de seu desperdício e a preferência por produtos que gastem energia de maneira mais eficiente. As atividades serão realizadas por meio de jogos interativos, atividades práticas, batepapo, visita à barragem de Itupararanga, tarefas socioambientais, entre outras.

O parque fica na Rua România, 150, Jardim Europa. Informações pelo telefone 3221.6643. Segue abaixo a programação completa:

Férias na Bica

Já no Parque da Biquinha, 80 crianças, entre 7 e 12 anos, vão participar do II "Férias na Bica" a partir de segunda-feira. Durante as manhãs desses cinco dias, os participantes vão aprender e se divertir com o tema "Sons da Natureza - Que som é esse?". O objetivo é de apresentar, por meio do lúdico, a importância da música na qualidade de vida das pessoas e a sua ligação com os sons da natureza e as diferentes culturas. "A nossa ideia é envolver e sensibilizar as nossas crianças para o respeito com o ambiente e com as diferentes culturas", explica Cristiane Crispim, coordenadora do curso.

Durante toda a semana as crianças, participarão de várias atividades. São palestra sobre o tema, oficina de música, jogos cooperativos e uma saída a campo para uma área verde da região, proporcionando o contato com os sons da natureza. Para o encerramento, as crianças participarão de um Grande Jogo no parque, relacionado ao tema. 

O Parque da Biquinha fica na Av. Comendador Pereira Inácio, 1.112, Jardim Emília. Informações pelo telefone 3224.1997.

Programação do Aquagito:
Segunda-feira (dia 9) 13h - Chegada, dinâmica de entrosamento e divisão dos grupos.
13h40 - Apresentação do curso: Teatro, grito e bandeira elaborados pelos monitores
14h10 - Trilha no Parque - cada grupo com seu monitor
14h40 - Lanche
15h - Grupos 1 e 2 - Bate Papo sobre Energia e Consumo Consciente
Grupos 3 e 4 - Elaboração da Bandeira do Grupo
15h30 - Grupos 1 e 2 - Elaboração da Bandeira
Grupos 3 e 4 - Bate Papo sobre Energia e Consumo Consciente
16h - Todos os grupos - Finalização da Bandeira
16h30 - Apresentação da Bandeira do grupo, Aquaperguntas, Aqua Protesto e
Entrega da tarefa "Detetives da Natureza" e da "Tarefa Socioambiental"
17h - Breve reunião com os pais e apresentação dos monitores

Terça-feira (dia 10)13h - Chegada dos participantes - Reunião do grupo
13h30 - Bate papo sobre os 5 principais tipos de energia utilizados no Brasil: hidrelétrica, solar, eólica, nuclear e termoelétrica
15h - Lanche
15h30 - Atividade: Mural das Energias
16h - Elaboração do teatro e do grito natural
16h30 - Aquaperguntas, Aqua Protesto, avisos gerais e encerramento

Quarta-feira (dia 11)das 8h às 12h - Visita à Barragem de Itupararanga

Quinta-feira (dia 12)13h - Chegada dos participantes ¿ Reunião do grupo
13h20 - Discussão Detetives da Natureza
13h50 - Oficina de Reciclagem de Papel
14h40 - Oficina Borboleta Violeta
15h10 - Lanche
15h30 - Jogo Ecológico

Sexta-feira (dia 13)13h - Chegada dos participantes - Reunião do grupo
13h20 - Preparação para o teatro
15h - Lanche Comunitário
15h30 - Finalizar os preparativos para o teatro
16h - Apresentação do Teatro, do Grito Natural e do Mural Sustentável
16h40 - Entrega dos certificados e Premiação

Programação do Férias na Bica:
Segunda-feira (dia 9)8h - Chegada dos monitores
8h30 - Abertura e divisão dos grupos
9h30 - Conversa sobre o tema e elaboração do grito
10h - Atividades de integração (jogos cooperativos)
12h - Reunião com os monitores

Terça-feira (dia 10)
8h - Chegada dos monitores
8h30 - Grupos I e II ¿ palestra
Grupos III e IV - ensaio do grito
9h30 - Grupos III e IV - palestra
Grupos I e II - ensaio do grito
10h30 - Apresentação do grito e show de talentos
12h - Reunião com os monitores

Quarta-feira (dia 11)8h - Saída a campo para Fazenda do Zoo SP, em Araçoiaba da Serra, com os grupos "Índios-Vermelho" e "Animais-Verde"
13h30 - Saída a campo para Fazenda do Zoo SP, em Araçoiaba da Serra, com os grupos "Vento-Branco" e "Água-Azul"

Quinta-feira (dia 12)8h - Chegada dos monitores
8h30 - Grupos I e II - Oficina Borboleta Violeta
Grupo III e IV - Arrecadação de tarefa social
9h30 - Grupos III e IV - Oficina Borboleta Violeta
Grupos I e II - Arrecadação de tarefa social
11h - Quem sabe sabe
12h - Reunião com os monitores

Sexta-feira (dia 13)8h - Chegada dos monitores
8h30 - Preparação para o Grande Jogo
9h - O Grande Jogo
11h30 - Encerramento e lanche comunitário
13h - Reunião com monitores.




Parques Municipais de Sorocaba - SP
Parque das Águas - Jd. AbaetéSorocaba conta com mais de 20 parques municipais, sendo sete deles áreas de preservação naturais fechadas, administradas pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema): Parque Zoológico Municipal "Quinzinho de Barros", Parque Natural dos Esportes "Chico Mendes", Parque da Biquinha, Parque da Água Vermelha "João Câncio Pereira", Parque Natural "Ouro Fino", Reserva Florestal "Bráulio Guedes" e Unidade de Preservação "Governador Mário Covas".
Parque Kasato Maru - CampolimOs parques abertos da cidade seguem novo conceito arquitetônico e urbanístico, espaços mais integrados a paisagem urbana, que valorizam os bairros e garantem mais qualidade de vida aos moradores ao oferecer áreas agradáveis de convivência, lazer e prática de atividades físicas.
Os locais diferentes opções para os moradores, como ciclovia, pistas de caminhada, Academia ao Ar Livre, quadras poliesportivas, playground, quadras de areia, anfiteatro ao ar livre, campo de futebol, pista de skate, canchas de malha e bocha; areas verdes com gramado, árvores, arbustos e flores; bancos; sistema de iluminação; lago e espelho d'água; entre outros.
Parque "Maestro Nilson Lombardi" - Jd. Ipiranga

Unidade de Preservação "Governador Mário Covas"





Continuar crescendo com qualidade de vida!
Mega PlantioSem dúvida, este é o principal desafio enfrentado por Sorocaba nos dias de hoje. Nos últimos anos, a cidade vem apresentando um ritmo crescimento acelerado, com índices acima de muitas outras do Brasil. E este desenvolvimento tende a ser ainda maior nos próximos anos, com a vinda de novos investimentos.
CicloviaPara oferecer cada vez mais qualidade de vida à população, a Prefeitura de Sorocaba elaborou seu Planejamento Estratégico com base em dois eixos internacionais de desenvolvimento. Um deles, é o conceito de "Cidade Saudável".
Iniciativa da Organização Mundial de Saúde (OMS), o conceito de "Cidade Saudável" propõe políticas públicas com vistas à utilização do espaço urbano como promotor de qualidade de vida, tendo como modelo Montreal, no Canadá.
Rio SorocabaPara isso, a Prefeitura vem realizando uma série de investimentos não só na saúde, mas em diversas outras áreas, que contribuem para o bem estar de crianças, jovens, adultos e idosos.



Veja abaixo os projetos que ajudam a fazer de Sorocaba uma Cidade Saudável.
Academia ao Ar Livre


O tapete ECO, ainda é antialérgico, antiestático e antichamas


Empresa lança tapete produzido a partir da reciclagem de garrafas pet

http://revista.penseimoveis.com.br/especial/rs/editorial-imoveis/19,480,3619606,Empresa-lanca-tapete-produzido-a-partir-da-reciclagem-de-garrafas-pet.html

O tapete ECO, da Santa Mônica Tapetes e Carpetes, ainda é antialérgico, antiestático e antichamas


Sustentabilidade e preocupação com o meio ambiente são temas cada fez mais frequentes nas empresas. Foi pensando nisso que foi criado o tapete ECO, produzido a partir da reciclagem de garrafas pet que, se deixadas na natureza, levariam cerca de 400 anos para se decompor.

















A Santa Mônica Tapetes e Carpetes levou cerca de seis meses pesquisando as técnicas necessárias para a produção do material do ECO e para que as exigências do mercado fossem atendidas. Aproximadamente 14 mil garrafas pet, por minuto, são transformadas em pequenos cacos e depois em fibra para, só então, se tornarem fios de poliéster e dar origem ao tapete.

















O ECO é indicado para qualquer ambiente residencial, já que é antialérgico, antiestático e antichamas. A peça recebeu o selo Green Label Plus, do Carpet and Rug Institute (CRI), que garante o comprometimento Santa Mônica com a sustentabilidade e com a qualidade de vida.

Em Porto Alegre, os produtos da Santa Mônica Tapetes e Carpetes podem ser encontrados no Espaço do Piso e Estúdio de Revestimentos Luiza Pilau. Em Florianópolis, você pode comprar as peças da Santa Mônica no Unlimited Revestimentos Especiais.
Leia mais:
>> Preocupação com o ambiente invade a construção civil>> Criadas com garrafas pet, luminárias enfeitam e preservam a natureza>> Roupas de cama ganham maciez ecológica

E o princípio da precaução?


Decisões para o amianto e para os transgênicos


06 de janeiro de 2012 | 3h 06

Washington Novaes, jornalista. E-mail: wlrnovaes@uol.com.br - O Estado de S.Paulo

Dois temas importantes para a economia e a saúde no Brasil - banimento (ou não) do amianto e do plantio de alimentos transgênicos no Brasil - parecem aproximar-se de decisões neste começo de ano.

No caso do amianto, a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou ao Supremo Tribunal Federal parecer em que pede a declaração de inconstitucionalidade da Lei n.º 9.055/95, que permite a exploração, utilização industrial e comercialização do produto. Com base nela, muitos Estados permitem esse uso. Cinco outros - São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Mato Grosso - têm legislações que o restringem. A União Europeia proibiu a utilização desde 2005. Chile, Argentina e Uruguai já o baniram.
Diz a PGR que "uma infinidade" de documentos nacionais e internacionais "já avaliaram que todas as formas desse mineral provocam câncer e outras doenças", todas progressivas, que levam à morte. Segundo o documento, "não há índice de exposição segura ao amianto". Tanto assim que a Organização Internacional do Trabalho (OIT), em convenção, prevê eliminá-lo, total ou parcialmente, pois o responsabiliza por 100 mil mortes a cada ano - 65 países já o baniram. No Brasil, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) reconhece a sua periculosidade.
Também a Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou, no ano passado, que todas as formas de asbesto (inclusive a crisotila, produzida no Brasil) são "cancerígenas para o ser humano". E a exposição a elas também pode provocar asbestose (forma de fibroma pulmonar), placas e derrames pleurais. O Instituto Nacional do Câncer relaciona ao amianto (aí incluída a crisotila) maior incidência de câncer pulmonar, mesoteliomas pleurais e peritoniais, câncer da laringe e outras doenças.
Na Câmara dos Deputados brasileira, a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento sustentável recomenda a eliminação, citando o número anual de mortes na Grã-Bretanha (3.500), nos Estados Unidos (10 mil) e na Austrália (23 mil). Essa recomendação é avalizada por documentos da nossa Previdência Social e do Ministério da Saúde - além de uma lei do Estado de São Paulo.
Já existem substitutos para o amianto nos vários mercados nacionais, utilizados principalmente na construção. Resta um problema econômico-social, que o autor destas linhas já enfatizou em várias oportunidades neste espaço -, que é o de uma região de Goiás (Minaçu), onde se encontra a unidade industrial de extração e venda do amianto crisotila. Quase toda a cidade e a região dependem - na ocupação da mão de obra, no transporte, na alimentação, no processamento, etc. - dessa atividade. E é preciso formular e executar planos alternativos para o momento em que se efetive (se ocorrer) a decisão de banir qualquer uso no País. Os argumentos em defesa do amianto crisotila - que não seria prejudicial à saúde, ao contrário do outro - já foram derrubados por numerosos pareceres da ciência em todo o mundo e por decisões judiciais em dezenas de países.
No caso dos alimentos transgênicos, o panorama é o inverso. Em muitos países estão sendo feitos questionamentos ao plantio desse tipo de alimento. Mas no Brasil se caminha na direção oposta.
Desde que se iniciou o plantio de variedades transgênicas no País - soja, milho -, os Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente reivindicaram, na Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), que autoriza ou não o uso de processos biotecnológicos, que as autorizações fossem precedidas de estudos de impacto ambiental - para verificar a possibilidade de contaminação e prejuízos à biodiversidade em áreas vizinhas, de um lado, e de estudos epidemiológicos sobre problemas para a saúde do consumidor, de outro. Foram invariavelmente vencidos, com o argumento de que se trata de "postura ideológica", que "se contrapõe à visão científica". Ou seja, atribuindo à primeira, que pede estudos científicos, uma visão ideológica e à segunda, que dispensa estudos científicos, uma "visão científica". Embora isso desrespeite também convenção internacional, de que o Brasil é signatário, que consagra a necessidade de se ater ao princípio da precaução sempre que houver qualquer possibilidade de ameaça à biodiversidade.
Apesar de todos esses argumentos, com o avanço dos transgênicos no País, uma resolução normativa da CTNBio autoriza as empresas produtoras de sementes transgênicas a pedir isenção de monitoramento no plantio, depois de liberado comercialmente. Segundo o agrônomo Gabriel Fernandes, "está em curso um processo de desmanche das regras de biossegurança no País" - embora uma resolução da própria Casa Civil da Presidência da República, em 2008, tenha recomendado que se instalasse um grupo de trabalho (nunca efetivado) para estudar o controle dos transgênicos.
Estamos, nesse terreno, na contramão de boa parte do mundo. A Hungria há poucos meses decidiu impedir o plantio de sementes transgênicas. A União Europeia prepara resolução para proibir a importação de carne de animais clonados. A própria Agência Ambiental dos EUA (onde 94% da soja é transgênica, assim como 70% do milho e do algodão) pediu (The Wall Street Journal, 22/11) às empresas produtoras de sementes de milho transgênico resistentes à lagarta de raiz que revejam suas técnicas de monitoramento, porque as sementes parecem estar perdendo eficácia diante de certas lagartas, nos Estados de Iowa, Illinois, Minnesota e Nebraska. Na França, uma Corte de Justiça derrubou decisão que proibia o plantio de milho transgênico. Mas o presidente Sarkozy já disse que o governo está preparando uma nova "cláusula de segurança" para proibir o plantio desse tipo de milho (AS-PTA, 2/12). De qualquer forma, seis outros países mantêm a mesma restrição: Alemanha, Áustria, Bulgária, Grécia, Hungria e Luxemburgo.
Não se trata de ser contra ou a favor de transgênicos. Trata-se de respeitar o princípio da precaução, em respeito à biodiversidade. E de promover estudos epidemiológicos que digam se há ou não riscos para o consumidor.

São Paulo: Uma loja colada com 3.500 vasos de Espadas de São Jorge (com fotos)


http://www.greensavers.pt/2012/01/05/sao-paulo-uma-loja-colada-com-3-500-vasos-de-espadas-de-sao-jorge-com-fotos/

São Paulo: Uma loja colada com 3.500 vasos de Espadas de São Jorge (com fotos)
A loja de mobiliário Casa Firma, de São Paulo, conseguiu, com uma simples remodelação arquitectural, entrar na lista de notícias dos principais agregadores e portais de sustentabilidade, design e tendências internacionais.
A chave desta estratégia esteve no projecto desenvolvido pela Campana Brothers e a SuperLimão Studio, que tiveram carta branca para transformar o showroom de 500 metros quadrados num reduto de sustentabilidade.
A arrojada ideia levou à colocação de 3.500 vasos de alumínio na parede exterior do espaço, tendo sido plantadas mais de 9.000 Espada de São Jorge, uma planta muito popular no Brasil.
Para além de darem um novo look à loja – e funcionarem como ferramenta de marketing – as plantas melhoraram a qualidade de ar da área envolvente.
No chão do espaço exterior showroom, por outro lado, foi colocado Elastopave, que permite uma drenagem correcta da água das chuvas.
Relembra-nos o Inhabitat que a Campana Brothers foi também responsável por este novo hotel em Atenas e esta estante feita a partir de resíduos de madeira. Estão em grande, os irmãos Humberto e Fernando Campana.





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Por habitações mais sustentáveis


http://invertia.terra.com.br/sustentabilidade/noticias/0,,OI5544766-EI18978,00.html
05 de janeiro de 2012 • 12h42 


Clarice Degani, especialista em sustentabilidade do Secov-SP. Foto: DiárioNet Clarice Degani, especialista em sustentabilidade do Secov-SP
Foto: DiárioNet
Não é de hoje que a humanidade busca o desenvolvimento. Ele é objetivo das diversas pesquisas do meio acadêmico e, embora de modo e proporções diferentes, também é anseio dos cidadãos comuns. Por desenvolvimento, pretende-se garantir e aperfeiçoar as condições de vida dos seres humanos, buscando muito mais do que o atendimento de suas necessidades básicas de alimentação e abrigo, mas provendo-os de boas condições de conforto e saúde e permitindo uma amplitude das opções de trabalho, educação, lazer e cultura.

Por perceber as consequências negativas nas cidades e nos ecossistemas decorrentes do desenvolvimento a qualquer custo, o termo sustentabilidade aparece nos debates desencadeados em fóruns mundiais, para que este ocorra por meio de tecnologias menos impactantes, partindo de novas ideias, de novas práticas e de novas posturas.

E como novas práticas e novas posturas começam dentro de casa, percebe-se a importância de considerar estas questões de sustentabilidade nas próprias habitações que abrigam os cidadãos e compõem o cenário das cidades, independente de estarem inseridas em meio urbano ou rural, ou de pertencerem a pessoas com maior ou menor poder aquisitivo.

Mas o que seriam habitações mais sustentáveis para todos?

Primeiramente, esquecer os modelos. Fixar modelos, por si só, já é uma atitude insustentável, pois permite incoerências com os diferentes contextos em que as habitações podem estar inseridas, com a diversidade cultural das pessoas que nelas irão habitar e com os diversos orçamentos disponíveis.

Também é importante sinalizar os benefícios de uma habitação mais sustentável ao longo do tempo, os quais poderão ser percebidos diretamente pela redução das despesas no consumo de água, energia elétrica e gás e nas atividades de conservação e manutenção. Esta redução de despesas pode ser obtida de diversas maneiras, sem necessariamente exigir grandes investimentos, mas sempre partindo de planejamento, gestão e comprometimento dos usuários na utilização das unidades habitacionais. São boas práticas:


- Instalação de luminárias e lâmpadas mais eficientes.

- Dimensionamento e distribuição adequada dos circuitos de tomadas e pontos de luz.

- Entrega (ou orientação para a aquisição) de eletrodomésticos com altos níveis de eficiência energética e certificados pelo PBE do Inmetro (em habitações de baixa renda).

- Instalação e posicionamento adequado de esquadrias de modo a permitir a passagem de luz durante o dia.

- Aquecimento da água, sempre que possível, por meio de energia solar térmica - buscando as melhores soluções considerando a demanda de cada habitação (banho, lavatórios, pias de cozinha, piscinas) e as superfícies disponíveis de exposição ao sol.

- Uso de sistemas de apoio a gás também como alternativa ao uso da energia elétrica da concessionária, contribuindo para a redução da demanda urbana no horário de pico.

- Instalação de dispositivos economizadores de água, garantindo menores vazões, maior durabilidade dos mecanismos e facilidade para a detecção de vazamentos.

- Instalação de dispositivos e medidores setorizados que permitam aos gestores prediais e aos condôminos o monitoramento dos consumos de energia elétrica, água e gás.

- Uso de fontes alternativas de água ¿ sempre com o cuidado de evitar a contaminação das redes e garantir a constância da realização correta dos tratamentos das águas ao longo dos anos de uso das habitações (a princípio, a captação de águas de chuva para uso em irrigação e na lavagem de pisos externos é uma boa opção; também o aproveitamento das águas servidas de tanques e máquinas de lavar roupa para a lavagem de pisos externos). Todos os modos de reuso de água devem ter sua oferta e demanda avaliados, assim como o aculturamento dos usuários dos sistemas, de modo a garantir que esta economia no uso da água potável não cause problemas à saúde humana.
Além da potencial redução de despesas operacionais, as habitações mais sustentáveis também devem proporcionar melhores padrões de conforto e saúde aos seus usuários.

Em termos de conforto térmico, por exemplo, sabe-se que os padrões podem variar bastante conforme o poder aquisitivo das pessoas e, portanto, também variam as soluções de projeto e a especificação dos materiais de construção. Mas de modo geral, independente do orçamento, é possível fazer boas escolhas para os sistemas de vedação externa, para a configuração das lajes de cobertura, telhamentos e dispositivos de sombreamento, obtendo da própria arquitetura as condições térmicas interiores satisfatórias e compatíveis com as condições climáticas locais.

Já em se tratando de conforto acústico, muito ainda é preciso ser desenvolvido em termos de soluções para esquadrias, vedações internas e revestimentos de piso, sendo este não apenas um problema observado em habitações de baixa renda, mas também atingindo os diversos padrões, em maior ou menor grau, conforme o nível de exposição ao ruído.

Quando o tema é saúde, deve-se garantir nas habitações bons padrões de ventilação, proporcionados por pés direito altos e adequado posicionamento e configuração das esquadrias e outros pontos de tomada de ar, além de revestimentos de piso e parede que possibilitem fácil higienização, evitando acúmulo de poeira e contaminantes.

Em termos de investimento, entende-se que em cidades com condições climáticas mais severas ou com maior nível de exposição ao ruído ou poluição, são necessários mais recursos, sendo estas questões a serem aperfeiçoadas para garantir conforto e salubridade ótimos em habitações de pessoas de baixa renda. Do mesmo modo, as soluções em esquadrias surgem como um ponto frágil quando se trata de disponibilidade no mercado brasileiro e custos, pois são elementos fundamentais nas habitações, garantindo isolamento, estanqueidade e flexibilidade de usos nos diferentes horários do dia e condições climáticas.

De qualquer forma, com planejamento e boa arquitetura é perfeitamente possível obter-se habitações mais sustentáveis sem grandes investimentos adicionais, culturalmente aceitas e operáveis, ambientalmente menos impactantes e que contribuam para a criação de uma sociedade mais justa e igualitária em termos de uso dos recursos.

Clarice Menezes Degani é engenheira especialista em sustentabilidade e assessora da vice-presidência de Sustentabilidade do Secovi-SP.