segunda-feira, 24 de setembro de 2012

GM sem futuro... já a Ford...


GM na contramão da sustentabilidade



Em uma época em que a preocupação mundial com a sustentabilidade tem sido priorizada em todos os projetos industriais, a General Motors do Brasil - GM deu uma demonstração de “coragem” ao recusar o chamado politicamente correto.
Das montadoras instaladas no Brasil, foi a única a não aderir ao novo selo que a Petrobras lançou dentro do Programa Nacional de Racionalização do Uso dos Derivados do Petróleo e do Gás Natural – Conpet.
A idéia é colocar o selo nos produtos fabricados com uma procupação em preservar o meio ambiente. Ele funcionará junto com o do Inmetro que atesta a redução do consumo energético. Passará a ter duas inscrições: Energia (o atual) + Ambiente (novo).
O programa, por enquanto, é voluntário. Ainda assim, a atitude da GM destoou de suas “co-irmãs” associadas da Anfavea - Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, segundo explicou o professor Luiz Augusto Horta Nogueira, do Centro de Excelência em Eficiência Energetica- EXCEN, da Universidade Federal de Itajubá.
Para ele, mesmo sendo um programa voluntário, esta atitude mostra que a empresa "não tem responsabilidade social, pois não acredita que o meio-ambiente é importante, não acredita na sustentabilidade de seus produtos".



Ford anuncia motor mais eficiente e menos poluente


20 de setembro de 2012 • 17h22 • atualizado às 17h34


Sabrina Bevilacqua
Direto de São Paulo
De olho nas novas regras automotivas, que começam a vigorar já no próximo ano, a Ford investe em tecnologia para reduzir emissões de gases estufa e aumentar a economia de seus motores a gasolina, sem abrir mão de potência e desempenho. O motor EcoBoost chega ao Brasil na versão 2.0 de quatro cilindros e deve fazer parte da nova linha Fusion, que será lançada durante o Salão do Automóvel de São Paulo, em outubro.

O gerente de motores da Ford América Latina, Volker Heumann, assegura que os novos motores consomem 20% menos gasolina e emitem 15% menos CO2 que os motores comuns. Economia para o bolso do consumidor sem perder potência, diz ele. No quesito desempenho, ele tem ganho médio de 20% em relação a motores da mesma categoria. Segundo a montadora, a versão 2.0 equivale a um motor 3.5 V6.

O EcoBoost, segundo Heumann, reúne tecnologias que nunca haviam sido trabalhadas juntas. "A intenção é melhorar cada vez mais o que estamos produzindo", explica. O resultado é obtido a partir da combinação de injeção direta e mais precisa de combustível a alta pressão, turbo de baixa inércia e duplo comando independente de válvulas variável. Além disso, o motor é menor e mais leve do que os comuns.

O investimento em tecnologias mais eficientes - tanto no que se refere à preservação do meio ambiente quanto ao bolso do consumidor - acompanha uma demanda nacional e internacional. Fora do País, o EcoBoost já tem versões 1.6 e 2.0 de quatro cilindros, V6 3.5 e 1.0 de três cilindros - este último, mais novo, começou a ser comercializado na Europa este ano. Até 2013, a Ford planeja ter 90% da sua linha na América do Norte equipada com motores EcoBoost.

Tecnologias mais "verdes" - O vice-presidente da Ford, Rogelio Goldfarb, explica ao Sustentabilidade que a troca de tecnologia de motores a propulsão para outras tem de ocorrer de maneira gradual. Ele afirma que a montadora está investindo no desenvolvimento de veículos híbridos, elétricos e até movidos a hidrogênio, mas o desafio agora é encontrar maneiras de fazer a ponte para que sejam economicamente viáveis em grande escala.

Apesar dos investimentos em novas frentes, Goldfarb destaca a importância de pensar em melhorar os motores a combustão, que, segundo ele, devem continuar a ser a tecnologia dominante do mercado pelos próximos 20 anos. Ele cita como exemplo os carros flex, que já não são mais uma adaptação de motores a gasolina, são desenvolvidos pensando nos dois combustíveis. "Inclusive, temos engenheiros brasileiros dentro do grupo de projetos para incluir as necessidades do mercado brasileiro."

O vice-presidente descarta a criação de um modelo movido apenas a etanol. Para ele, a discussão tem envolver tanto etanol quanto a gasolina. "Temos de aproveitar a diversidade da matriz energética brasileira. Para que ter um só se podemos ter os dois?" Goldfarb diz que a possibilidade de escolher qual combustível usar é uma demanda do consumidor. Ele explica que é uma segurança, para que os usuários não tenham problemas com a sazonalidade do etanol e a variação de preços.