quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Diabético, ex-fumante com enfisema pulmonar = Cardíaco

Meus amigos,

Deixei de postar por alguns dias devido às "férias forçadas".
Estou me recuperando de uma forte dor no peito, uma angina constatada após exame de cateterismo.
Agradeço à toda equipe médica e de enfermagem da UTI do Hospital e Maternidade Metropolitano (na Lapa) pela minha recuperação.



DOR NO PEITO, ANGINA E INFARTO


O tórax, o peito, é formado por um bom número de órgãos e tecidos que podem se manifestar por sensações dolorosas. Entre as dores mais temidas, estão as chamadas dores do coração e, dentre as quais, a angina do peito e o infarto são as que motivam maiores temores por serem as mais conhecidas e consideradas como as de maior probabilidade de serem fatais.
A angina pectoris é um tipo de dor que o paciente sente no peito, braço ou nuca e que aparece com a realização de esforços ou emoções ou mesmo sem fator provocador aparente. A angina é uma dor que provoca medo, daí o nome angina, que significa medo, angor em latim. É uma dor que costuma deixar o paciente imóvel, assustado e que dura poucos segundos.
A sensação de dor na angina é provocada pela diminuição do sangue que passa pelas artérias que irrigam o músculo cardíaco. Este é um sinal de que pouco sangue está irrigando o coração durante aquele momento, geralmente, durante algum esforço. Se o esforço diminuir ou cessar, a dor pode ceder. Se a pessoa continuar no esforço e a dor persistir pode significar que a angina progrediu para um estágio mais grave da doença, qual seja o infarto do miocárdio.
A falta de sangue relativa para um órgão denomina-se isquemia. Ao chegar pouco sangue para manter uma parte do músculo cardíaco suprido de oxigênio e nutrientes, esta parte pode funcionar menos bem, com menos força e provocar a dor denominada angina. A falta total de sangue para um tecido ou órgão em poucos minutos pode significar a morte deste tecido com a perda total da sua função. Caso uma porção maior do músculo cardíaco deixa de receber sangue, o coração pode tornar-se incapaz de manter o sangue circulando e o paciente pode morrer. Se o paciente sentir dor é porque ainda existe músculo vivo, pois um músculo morto não doe. Em torno de uma parte morta do músculo cardíaco, pode haver uma parte lesada e isquêmica viável, que merece todos os esforços para ser conservada viva.
O infarto do miocárdio acontece quando uma parte do músculo cardíaco deixa de receber sangue pelas artérias coronárias que a nutrem. Esta falta de sangue leva o músculo à morte. Nessa situação clínica, a dor pode ser de maior ou menor intensidade e costuma ser acompanhada de outras manifestações:
piora e maior duração da dor,
a pressão do paciente cai,
ele sua muito, fica pálido, inquieto, tem a sensação de morte iminente;
por fim, o paciente apresenta confusão mental até a perda total da consciência e morte, caso não houver um pronto atendimento.

A maioria dos pacientes que morre do infarto não chega a ter atendimento médico. Existem infartos mais ou menos graves, a gravidade depende da extensão, da localização, da idade do paciente, além de outras doenças concomitantes que podem agravar a doença.
Infartos pequenos, que lesam menos músculo cardíaco têm melhor prognóstico: quanto maior a lesão do coração maior chance do paciente morrer.
Infartos que atingem regiões importantes do coração, como o local onde se geram os estímulos cardíacos e infartos que provocam arritmias, costumam ser mais graves.
Pacientes idosos de maneira geral toleram melhor um infarto do que as pessoas jovens que não desenvolveram uma circulação colateral, como os idosos onde a doença isquêmica já existe há mais tempo.
Outras doenças concomitantes, como diabete, enfisema, hipertensão arterial, podem piorar um prognóstico.

A grande maioria dos casos de morte súbita é provocada pelo infarto do miocárdio.



Angina

http://www.infoescola.com/saude/angina/

Por Débora Carvalho Meldau

A angina de peito, também conhecida como angina pectoris, não é classificada como uma doença, e sim um conjunto de sintomas causados pelo baixo abastecimento de oxigênio (isquemia) à musculatura cardíaca que resulta em uma dor no peito.
O sangue chega ao coração por meio de duas artérias, as artérias coronárias. Quando estes vasos se estreitam de modo a impedirem o fluxo sanguíneo normal, o coração “reclama” por meio de dor, sendo esta chamada de angina do peito.
Esta é uma afecção comum que acomete 1 em cada 50 pessoas. Comumente afeta indivíduos com mais de 50 anos de idade, mas também pode ocorrer em pessoas mais jovens.
As manifestações clínicas apresentadas pelos pacientes são dor intermitente ou grande desconforto e pressão no peito. Normalmente, esta dor torna-se mais intensa durante a realização de atividades físicas, passando a ser mais branda durante o repouso. Todavia, existem alguns tipos de angina que podem causar dor quando a pessoa encontra-se em repouso ou dormindo. Esta dor pode irradiar-se para a mandíbula, pelos ombros e pelos braços (geralmente pelo lado esquerdo do corpo).
A angina é classificada em:
  • Angina estável:
    • Dor em queimação ou constrição;
    • Dor induzida por esforço ou estresse emocional;
    • Dor de duração inferior a 20 minutos;
    • Dor que cede com o repouso ou uso de nitratos;
    • Equivalentes anginosos: cansaço, dispinéia.
  • Angina instável e IAM (Infarto Agudo do Miocárdio):
    • Dor de duração superior a 20 minutos;
    • Dor que não cede com o uso de nitratos;
    • Dor de surgimento recente (menos de 4 semanas);
    • Dor crescente;
    • Mudança das características da angina em pacientes com angina estável.
Dentre os fatores de risco estão o histórico familiar de doenças cardíacas prematuras, tabagismo, diabetes, hipertensão, colesterol alto, obesidade e sedentarismo.
Nos casos de angina ocasional, que o paciente não apresenta dores no peito, um eletrocardiograma é tipicamente normal, a menos que existam prévios problemas cardíacos. No momento da dor, observam-se alterações no eletrocardiograma, sendo que para verificar essas alterações, pode ser feito o teste ergométrico, no qual o paciente corre numa esteira durante a realização do exame.
Existem casos específicos onde se faz necessária a realização de angiografia, que é um cateterismo cardíaco que confirma a origem da lesão cardíaca, além de indicar se o paciente é candidato a uma angioplastia, um bypass de artérias coronárias ou outro tratamento.
O tratamento para angina inclui mudanças no estilo de vida do paciente, uso de fármacos, procedimentos especiais e reabilitação cardíaca. Os principais objetivos são:
  • Redução da freqüência e severidade dos sintomas;
  • Prevenção ou diminuição do risco de ataque cardíaco e óbito.
Nos casos de sintomas brandos e que não estejam piorando, os únicos tratamentos necessários são uso de fármacos e mudanças no estilo de vida do paciente. A angina instável é uma condição de emergência que necessita de tratamento hospitalar.

As recomendações para a prevenção e controle da angina são:
  • Não fumar, pois o fumo sobrecarrega o coração, obrigando-o a trabalhar mais intensamente;
  • Se estiver acima do peso, procurar reduzi-lo;
  • Exercitar-se regularmente;
  • Aprender a administrar a carga de estresse;
  • Controlar a pressão arterial, adotando uma dieta pobre em sal e aumentando a ingestão de alimentos ricos em potássio e cálcio;
  • Ingerir álcool moderadamente;
  • Descansar por trinta a quarenta minutos após as refeições;
  • Evite temperaturas extremas (muito altas ou muito baixas).
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Angina
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?586
http://www.drauziovarella.com.br/Sintomas/269/angina
http://www.copacabanarunners.net/angina.html
http://www.nhs.uk/translationportuguese/Documents/Angina_Portuguese_FINAL.pdf