terça-feira, 31 de julho de 2012

CULTURA DE SUSTENTABILIDADE: 01 e 02 de Agosto no MASP

CULTURA DE SUSTENTABILIDADE



01 e 02 de Agosto no MASP



Aberto ao Publico






Projeto de Promoção da Reciclagem do Lixo em Mogi das Cruzes


MOGI DAS CRUZES: Bertaiolli assina convênio com o Japão para promoção da reciclagem do lixo


7 de maio de 2012, 16:10

O prefeito de Mogi das Cruzes (SP), Marco Bertaiolli assinou em abril, o protocolo de intenções entre o município, a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) e o município de Toyama para o desenvolvimento do Projeto de Promoção da Reciclagem do Lixo em Mogi das Cruzes. Na prática, o convênio vai permitir que Mogi tenha acesso à mais moderna tecnologia do mundo no setor, com financiamento de R$ 600 mil, a fundo perdido, por parte da Jica.
“Este é um grande passo que damos e que é fruto da nossa visita ao Japão, em abril de 2010, quando conversamos com o vice-prefeito de Toyama, Takamasa Hirose, e ele nos sugeriu que utilizássemos o aprendizado dos japoneses nesta área. Nós desenvolvemos a idéia, passamos a contar com o apoio da Jica e hoje estamos assinando este acordo, que vai permitir uma valiosa troca de informações entre técnicos mogianos e de Toyama”, frisou Bertaiolli, ao lado do presidente da Jica no Brasil, Satoshi Murosawa, e do deputado federal Junji Abe.

Prefeito Marco Bertaiolli assinou o convênio e destacou a importância do convênio com o Japão. Mogi das Cruzes terá acesso ao que há de mais moderno em reciclagem (divulgação)


Com duração prevista até setembro de 2014, o acordo incluirá a capacitação, no Japão, para técnicos mogianos; a definição de metodologias para separação de resíduos domésticos; a elaboração de planejamento de Educação Ambiental, a orientação técnica aos catadores e o estímulo à formação de entidades cadastradas e administrativamente estáveis.
Durante a visita ao Japão, em abril de 2010, o prefeito mogiano esteve em Toyama e conheceu de perto a tecnologia japonesa de destinação e reciclagem do lixo. Bertaiolli foi recebido pelo vice-prefeito Takamasa Hirose e ambos discutiram o assunto. Três meses depois, Hirose retribuiu a visita e veio a Mogi, onde o tema voltou a ser comentado, desta vez já amadurecido.


Coleta seletiva – A secretária municipal do Verde e Meio Ambiente, Maria Inês Soares Costa Neves, explicou que o objetivo do programa é elevar a quantidade de material reciclado na cidade. Atualmente, 70% da área urbana do município é atendida pela coleta seletiva, mas somente 1,6% do lixo produzido acaba sendo reciclado. Em países como o Japão, o índice de reciclagem chega a 30%. “Queremos aprender com os japoneses e avançar neste sentido”, afirmou Maria Inês.
(do site da Prefeitura de Mogi das Cruzes)

Causa das mudanças climáticas é humana, admite cético do clima


30/07/2012 - 14h57

DA FRACE PRESSE

http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/1128464-causa-das-mudancas-climaticas-e-humana-admite-cetico-do-clima.shtml


Um conhecido cético das causas humanas das mudanças climáticas, o americano Richard Muller, mudou de postura e afirmou nesta segunda-feira que agora acredita que os gases causadores de efeito estufa são responsáveis pelo aquecimento global.
"Não esperava isso, mas como cientista, acho que é meu dever permitir que a evidência mude minha opinião", declarou Muller, professor de física na Universidade da Califórnia em Berkeley, em um comunicado.
Muller integra uma equipe de cientistas em Berkeley que estuda como as mudanças de temperatura podem estar relacionadas com a atividade humana, ou com fenômenos naturais como a atividade solar e vulcânica.
A temperatura média da superfície terrestre aumentou 1,5 grau Celsius nos últimos 250 anos, e "a explicação mais simples deste aquecimento são as emissões humanas de gases de efeito estufa", disse a equipe em um relatório publicado online esta segunda-feira.
A análise remonta a cem anos mais do que a pesquisa prévia e assume uma postura ainda mais forte do que o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU, que em 2007 informou que "a maior parte" do aquecimento dos últimos 50 anos se pode atribuir à atividade humana e que uma maior atividade solar antes de 1956 poderia ter contribuído em parte para o aquecimento da Terra.
A análise da equipe de Berkeley disse que "a contribuição da atividade solar ao aquecimento global é insignificante".
Sua conclusão, esclareceu, não se baseia em modelos climáticos, que segundo os cientistas podem conter erros.
Ao contrário, se baseia "simplesmente na concordância entre a forma observada em que subiu a temperatura e o aumento de gases de efeito estufa conhecido".
A pesquisa futura levará em conta a temperatura dos oceanos, não incluída no informe recente, destacou este grupo de especialistas.
Em um artigo opinativo no New York Times, publicado neste fim de semana, Muller se definiu como "um cético convertido" e explicou como passou de ser um cientista que questionava a "própria existência do aquecimento global" a um que apóia a maioria da comunidade científica e acredita que o aquecimento atmosférico é "real".
"Agora vou um passo além: os seres humanos são quase totalmente a causa", acrescentou.
A equipe de Berkeley inclui o prêmio Nobel Saul Perlmutter e a climatologista Judith Curry, do Instituto de Tecnologia da Geórgia (sudeste).

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Américas Shopping, no Rio de Janeiro, recebeu o certificado Aqua (Alta Qualidade Ambiental), da Fundação Vanzolini


23/Julho/2012

Shopping no Rio de Janeiro recebe certificação Aqua



Empreendimento disponibilizará, entre outros itens, pontos de energia fotovoltaica para carregar aparelhos celulares




Aline Rocha





Divulgação
O Américas Shopping, no Rio de Janeiro, recebeu o certificado Aqua (Alta Qualidade Ambiental), da Fundação Vanzolini, na fase Programa.  O espaço, que está sendo construído no bairro do Recreio, terá fachada verde e tanque para reter a água da chuva, além de outros dispositivos sustentáveis.


O shopping de 124 mil m² de área total terá ainda quatro claraboias para maior iluminação natural, pontos de energia solar fotovoltaica para carregar aparelhos celulares e ar-condicionado com baixo consumo de energia. No estacionamento de 2.500 vagas serão implantadas lâmpadas de LED para sinalizar se as vagas estão disponíveis (luz verde) ou ocupadas (luz vermelha). De acordo com a construtora, a tecnologia é sustentável, pois faz com que o cliente gaste menos combustível procurando por lugares no estacionamento.
O Américas Shopping ficará pronto no primeiro trimestre de 2013 e está sendo construído pela Ecia. O projeto prevê 220 lojas, ambientes de estar, salas de cinema 3D e um teatro.
A certificação AQUA também tem outras duas etapas: Concepção e Realização, que analisam soluções sustentáveis desde o planejamento até a construção do edifício. Entre as exigências, estão a gestão do canteiro de obras e seus resíduos, gestão de energia e conforto térmico.


Panorama Paulista Corporate deve receber a certificação Leed Core & Shell


25/Julho/2012

Edifício na Avenida Paulista passa por reforma visando sustentabilidade


Panorama Paulista Corporate deve receber a certificação Leed Core & Shell



Aline Rocha

O Edifício Panorama Paulista Corporate, localizado na esquina da Avenida Paulista com a Rua Minas Gerais, está passando por retrofit para se tornar uma torre corporativa triple A com chancela para receber a certificação sustentável Leadership in Energy and Environmental Design (Leed) Core & Shell.  A obra deve ficar pronta em junho de 2013.

Divulgação
Antes e depois do Edifício Panorama

Inicialmente, a reforma do prédio de 12 andares consistia em um novo sistema de ar-condicionado, fachadas e instalações prediais. Em resposta a exigências de empresas que procuram por edifícios de alto padrão na região, no entanto, as alterações foram ampliadas.
A Par Arquitetura, gerenciadora de projetos, e a Otimização Energética para Construção (OTEC) ofereceram a consultoria necessária para o retrofit, que especificou um sistema de ar-condicionado central com consumo 20% que os convencionais e fachadas de vidros especiais.
Para as obras, somente a estrutura do edifício foi mantida. Uma máquina retirou in loco o mercúrio das lâmpadas que foram encaminhadas para reciclagem, assim como o contrapiso de concreto. O gesso que possui material contaminante também foi levado para uma recicladora especializada e a madeira foi triturada, gerando cavaco ou MDF.
O novo projeto arquitetônico é do escritório Athié Wohnrath.


Cidade das Águas é uma iniciativa do Governo de Minas Gerais em parceria com a Unesco


24/Julho/2012

Jaime Lerner projeta complexo de 35 hectares no Triângulo Mineiro


Cidade das Águas é uma iniciativa do Governo de Minas Gerais em parceria com a Unesco



Aline Rocha

O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Ciências, Tecnologia e Ensino Superior, divulgou na semana passada o projeto da Cidade das Águas Unesco-Hidroex, feito pelo arquiteto Jaime Lerner. A cidade de 35 hectares será construída na região oeste de Frutal, no Triângulo Mineiro, e tem investimento de R$ 55,7 milhões.

Divulgação: Jaime Lerner
Cidade das águas deve ser concluída em 2014

O projeto consiste em um complexo educacional que abrigará a sede da HidroEX (Centro Internacional de Educação, Capacitação e Pesquisa Aplicada em Água), campus da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG) em Frutal e alojamentos para professores e pesquisadores.
O complexo contará também com laboratórios, biblioteca, alojamento para estudantes, casa de hóspedes, Vila Olímpica e um Centro Cousteau, que abrigará uma exposição das pesquisas feitas pelo Comandante Cousteau pelos rios e mares do mundo, incluindo a expedição pela Amazônia.

Um Boulevard, definido pela construção dos edifícios da UEMG e da HidroEX, será o ponto de encontro da cidade, composto por quatro renques de árvores de médio porte e um fio d'água de 1,20 metros de largura. O local será destinado a pedestres e ciclistas. 
 
A implantação será feita em duas etapas: a primeira na área entre a avenida Prof. Mário Palmério e o arroio Aredio Santana e a segunda na área a ser adquirida, entre o córrego Aredio Santana e o Anel Viário. A cidade deve ser inaugurada em 2014 e a expectativa é que se torne um centro da Unesco e passe a ser propriedade da Organização das Nações Unidas (ONU).

Além do projeto da Cidade das Águas, o projeto de Jaime Lerner também traça as diretrizes básicas de estruturação do município de Frutal, com sugestões de paisagismo e para os sistemas viário, de transporte e iluminação, além de uma ciclovia que atravessará toda a cidade.

Divulgação: Jaime Lerner
Equipamentos do projeto


Divulgação: Jaime Lerner
Portal das águas e Praça da Cultura


Divulgação: Jaime Lerner
Praça da Cultura


Divulgação: Jaime Lerner
Boulevard e Biblioteca


Divulgação: Jaime Lerner
Escadarias e Fio Dágua


Divulgação: Jaime Lerner
Área de preservação permanente


Divulgação: Jaime Lerner
Fases de implantação


Ibama irá reavaliar principais agrotóxicos que geram impacto às abelhas no País


28/07/2012

Ibama irá reavaliar principais agrotóxicos que geram impacto às abelhas no País

http://www.seculodiario.com.br/exibir_not.asp?id=95722

Flavia Bernardes



O caso do sumiço de abelhas em algumas regiões do País, inclusive no Espírito Santo, finalmente ganhou peso com o comunicado do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) sobre a reavaliação de agrotóxicos, com o objetivo de proteger as abelhas no País. A medida segue a política do Ministério do Meio Ambiente de proteção a polinizadores. 

A decisão do Ibama se baseou em pesquisas científicas e em decisões adotadas por outros países. Segundo o órgão, entre os agrotóxicos que serão reavaliados (Imidacloprido, Tiametoxam, Clotianidina e Fipronil), o Imidacloprido está entre os mais críticos. A informação do Ibama é que 934 toneladas desse veneno foram comercializadas no Brasil em 2010, cerca de 60% do total comercializado dos demais.

Como medida preventiva, está proibida a aplicação por aviões desses agrotóxicos, o que foi comemorado por agricultores capixabas. Segundo eles, a pulverização aérea diminui consideravelmente a presença de abelhas e até de pássaros nas propriedades rurais. 

Conforme divulgado pelo Ibama, estudos científicos recentes indicam que o uso dessas substâncias é prejudicial para insetos polinizadores, em especial para as abelhas, podendo causar a morte ou alterações no comportamento destes insetos. As abelhas são consideradas os principais polinizadores em ambientes naturais e agrícolas, e contribuem para o aumento da produtividade agrícola, além de serem diretamente responsáveis pela produção de mel.

As empresas produtoras de agrotóxicos têm três meses para incluir uma frase de alerta para o consumidor nas bulas e embalagens de produtos que contenham um ou mais dos compostos químicos destacados na portaria. A mensagem padrão informará que a aplicação aérea não é mais permitida e que o produto é tóxico para abelhas. Constará ainda na mensagem que o uso é proibido em épocas de floração ou quando observada a visitação de abelhas na lavoura.


Segundo o Ibama, as medidas adotadas visam a proteger esse importante serviço ambiental de polinização, que comprovadamente aumenta a produtividade agrícola. A informação é que das 100 culturas agrícolas produzidas que representam 90% da base de alimento mundial, cerca de 70% são polinizadas por abelhas.
Ao final do processo de reavaliação, o Ibama poderá manter a decisão de suspensão da aplicação por aviões desses produtos, ou revê-la, podendo adotar outras medidas de restrição ou controle dessas substâncias.

domingo, 29 de julho de 2012

Nova lei no Paraná estabelece recolhimento e reciclagem de bitucas de cigarro



28/07/2012 às 22:30 - Atualizado em 28/07/2012 às 22:32
Luiz de Carvalho 





Já está em vigor no Paraná a lei que estabelece normas de parcerias entre o poder público e o setor privado para fazer a retirada, transporte e dar a destinação adequada às bitucas de cigarros. Na prática, a medida significa que deverão ser instalados coletores de bitucas em locais com grande aglomeração de pessoas.
A Lei é resultado de um projeto apresentado pelo deputado estadual Rasca Rodrigues (PV), que foi secretário de Meio Ambiente no governo anterior e considera que o recolhimento de bitucas, para a devida reciclagem, é mais um passo importante depois das leis que vêm restringindo os espaços para fumantes.

Rafael Silva
Cena comum em frente a bares: bitucas jogadas no chão. Nova lei estabelece instalação de coletores
Por locais de grandes aglomerações o parlamentar entende ruas, praças, praias, parques, estádios de futebol, estações rodoviárias, aeroportos e principalmente as frentes de bares e locais onde estejam ocorrendo algum evento público. Esses locais deverão oferecer recipientes próprios para coleta das bitucas, evitando o descarte impróprio.
Quando era permitido fumar em qualquer lugar, dentro de bares e outros estabelecimentos eram usados cinzeiros e assim as bitucas eram descartadas diretamente no lixo comum, mas "a Lei Antifumo, sancionada há três anos proibindo que se fume em ambientes públicos, contribuiu para a melhoria da qualidade do ar, mas ela fez com que os fumantes procurassem espaços abertos, principalmente as ruas, aumentando assim o volume de bitucas de cigarros nas calçadas, sarjetas e nas pistas", disse Rasca Rodrigues.
Segundo ele, essas bitucas se acumulam, acabam levadas pelas enxurradas e vão gerar problemas para o meio ambiente por conterem diversos produtos químicos.
Pela proposta aprovada pelos deputados e sancionada pelo governador Beto Richa há menos de duas semanas, caberá ao Estado buscar parcerias com a iniciativa privada para fazer a coleta, transporte e reciclagem das bitucas.

PERIGO

4,7 mil
substâncias, como metais 
pesados, pesticidas e 
arsênico estão presentes
em bitucas.


Até este fim de semana, o Estado ainda não havia firmado nenhuma parceria para o cumprimento desta nova Lei, mas em Curitiba já existe uma empresa que faz a coleta e a reciclagem de bitucas.

Segundo Rasca Rodrigues, o exemplo pode ser copiado nos demais municípios, com retorno financeiro para as empresas que atuarem na área. 


Comércio
Para os proprietários de estabelecimentos onde geralmente há grande consumo de cigarros "esta é mais uma lei, daqueles que eles vão criando, vão criando e largando para a gente cumprir", como disse o empresário Adilson José Riciopo, proprietário do bar e restaurante Spetinhos.

"Eu faço minha obrigação varrendo a calçada e a sarjeta todos os dias, recolho as bitucas para evitar que sejam levadas pelas enxurradas e acabem poluindo os rios e córregos, mas se agora existe uma lei, o poder público deverá assumir sua parte".
"Se essa lei vem para beneficiar o ambiente, o ar e a saúde das pessoas, que seja bem vinda, mas o problema das bitucas já não é mais responsabilidade dos bares e lanchonetes", diz Rodrigo Rezende, da Lanchonete Vandão.
"Antes, quando todos os lugares eram liberados para o fumo, os bares disponibilizavam cinzeiros nas mesas e assim todas as bitucas eram recolhidas", lembra. "Com a Lei Antifumo, os fumantes são obrigados a irem para a rua e aí não temos como recolher as bitucas deixadas lá na rua".
Tanto Rezende quanto Riciopo estão de acordo que as bitucas sejam recolhidas e recicladas, mas acham que essa deverá ser uma atribuição do poder público.
"Assim como a prefeitura coloca cestinhas nas avenidas para que as pessoas depositem lixo, pode disponibilizar também coletores de bitucas nos locais de grande movimento de pessoas", diz o gerente do bar e restaurante Vandão.

Plantio Direto para sustentabilidade




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Técnica

Publicado em 28 de Julho de 2012, às 06h00min | Autor: Danilo Kossoski, da redação


Região de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, é referência no desenvolvimento e aplicação da técnica que revolucionou o uso e preservação do solo nos últimos 40 anos;



Credito: Christopher Eudes Credito:  Christopher Eudes
Manoel Henrique Pereira é um dos principais divulgadores da técnica, e esteve em junho na Ucrânia trocando experiências

O Paraná já tem cerca de 40 anos na história do Plantio Direto na palha de milho, uma técnica que ganhou especial destaque na região dos Campos Gerais. Basicamente, a palhada da produção de milho que resta sobre o solo após a colheita, serve como proteção para o próximo plantio. As sementes são lançada junto da palha, que protege os solos contra a erosão das chuvas, reduzindo a necessidade de aplicação de insumos e mantendo a estabilidade química e biológica do solo.
Para Frank Dijksta, que é um dos principais nomes na difusão da técnica, a situação seria muito diferente caso o PD não tivesse sido adotado. “Teríamos uma área bem menor para agricultura, porque o Plantio Direto viabilizou trabalhar em áreas maiores, e permitiu o controle de erosão com a palha, além de viabilizar o plantio de mais culturas também”, afirma Dijkstra.

sábado, 28 de julho de 2012

Selo de sustentabilidade da Escola Politécnica da USP para calçados

http://www.salariominimo.net/2012/07/27/selo-de-sustentabilidade-criado-na-poli-favorece-exportacao-de-calcados/

Selo de sustentabilidade criado na poli favorece exportação de calçados




Da Assessoria de Imprensa do Laboratório de Sustentabilidade (LASSU)


O setor calçadista brasileiro acaba de conquistar uma nova ferramenta para fortalecer a competitividade nos mercados internacionais e, assim, ampliar suas exportações: o Selo de Sustentabilidade, criado pelo Laboratório de Sustentabilidade (LASSU) da Escola Politécnica (Poli) da USP, em parceria com a Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal), a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) e o Instituto By Brasil.
O mercado internacional está cada vez mais competitivo, mas ainda há muitas maneiras de diferenciar os produtos e os fabricantes. A sustentabilidade tem se mostrado atualmente como uma das mais poderosas ferramentas para este fim, explica a professora Tereza Cristina Carvalho, da Escola Politécnica (Poli) da USP e diretora do LASSU, ao anunciar a criação do Selo de Sustentabilidade durante o quarto Seminário Internacional de Design realizado nesta quarta-feira (25), em São Paulo. A professora também foi responsável pela criação do Selo Verde aplicado em equipamentos de informática e telecomunicações da USP.
Segundo Tereza Cristina, o Selo de Sustentabilidade para o setor calçadista foi concebido para valorizar as marcas brasileiras no mercado internacional, mas também para promover o engajamento das empresas detentoras destas marcas com a sustentabilidade, um importante diferencial competitivo, declarou. A certificação para obter o selo considera processos fabris e não linhas de produção, dando maior abrangência ao trabalho de cada empresa, disse a diretora do LASSU.
De acordo com a professora Tereza Cristina, devido à diferenciação do Selo de Sustentabilidade em cinco categorias, serão admitidas tanto as empresas que estão começando agora a se engajar neste processo, quanto as que estiverem mais avançadas na adoção de iniciativas sustentáveis, completou.

Pilares da sustentabilidade

Essas iniciativas abrangem os quatro pilares da sustentabilidade. No pilar econômico, pode ser citado uso racional de matérias-primas e aspectos ligados à produtividade. No ambiental, a não utilização de substâncias tóxicas, como o cromo, no amaciamento do couro. No lado social, são os programas de saúde preventiva, segurança no trabalho, concessão de benefícios trabalhistas adicionais aos previstos por lei, como bolsas de estudo e incentivos à educação, além do não uso de mão de obra infantil. O aspecto cultural envolve a interação positiva com a comunidade a fim de desenvolver ações para preservar a cultura local.
Com base no desempenho e no tamanho das empresas, o Selo de Sustentabilidade terá as seguintes classificações: Branco, para empresas que simplesmente aderirem ao programa de sustentabilidade; Bronze; Prata; Ouro; e Diamante. A classificação levará em conta os indicadores econômico, ambiental, social e cultural, e as empresas passarão a cada dois anos por novas avaliações para validação da certificação obtida para o Selo de Sustentabilidade. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e a SGS são entidades certificadoras que participam da iniciativa do Selo de Sustentabilidade para a indústria calçadista. Poderão participar desta iniciativa empresas associadas à Assintecal e Abicalçados.
Ilse Guimarães, superintendente geral da Assintecal, argumenta que o Selo de Sustentabilidade agrega valor às marcas e aos produtos do setor calçadista brasileiro. A sustentabilidade tem de deixar de ser compreendida como custo e passar a ser vista como oportunidade para agregar valor ao negócio, defende Ilse. O Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é contemplado pelo selo.

MIT L-Lab

Em setembro de 2011, a Assintecal submeteu um projeto junto ao Programa de Liderança em Sustentabilidade (MIT L-Lab) do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês) sobre os desafios de implantação e adoção do selo verde. O projeto foi aprovado em outubro. Em janeiro deste ano, um grupo de alunos do MIT L-Lab desembarcou no Brasil para estudar o mercado calçadista brasileiro, sob a orientação da professora Tereza Cristina.
Eles visitaram cerca de 12 empresas calçadistas, em cidades como São Paulo, Cerquilho, Sorocaba, no estado de São Paulo, e também em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul. São empresas que produzem insumos, solventes, botões, fivelas até os montadores do produto final. A criação do selo verde é um dos resultados desta iniciativa (veja mais detalhes neste link).
Mais informações: (11) 3230-9716 email edson.perin@netpress.com.br

Fonte: USP

Parquinho tem brinquedo enferrujado e droga no chão


27/07/2012-04h00

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1126696-parquinho-tem-brinquedo-enferrujado-e-droga-no-chao.shtml



FELIPE VANINI BRUNING
FERNANDA KALENA
RENATO CASTRONEVES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA


Parquinhos infantis de praças e parques paulistanos têm balanço com correntes quebradas, brinquedos enferrujados e gangorra com assentos soltos ou farpas de madeira expostas, além de cacos de vidro, fezes e até cápsulas de cocaína e cachimbos de crack espalhados pelo chão.
A Folha foi ontem a 29 parquinhos nas cinco regiões da cidade -ao menos 15 deles tinham algum problema, como brinquedos quebrados ou em mau estado e sujeira.
As capsúlas de cocaína e os cachimbos de crack estavam na na praça Cohab Adventista, no Capão Redondo (zona sul), bem perto de onde as crianças brincam.

Brinquedos em parques

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Danilo Verpa/Folhapress


Crianças brincam no parque Buenos Aires, em Higienópolis (centro de São Paulo)

"Só trago minha filha aqui porque não há outra opção de lazer", diz Rosângela Silva Soares, 35, vizinha da praça. "Se, em um hotel caro há acidentes, imagine aqui, em uma pracinha da periferia."
Foi uma alusão à morte de uma menina em um hotel de luxo de Águas de São Pedro (a 184 km de São Paulo). Inês Schaller, 4, foi atingida no peito pela viga de um balanço enquanto brincava.

PRAÇAS
As praças concentram os equipamentos em pior situação. Em 11 delas, há brinquedos quebrados no parquinho, sem nenhuma interdição.
Na praça Rotary (Consolação, região central), o assento de madeira da gangorra está rachado, com farpas expostas. Na praça dos Libaneses (Itaim, zona oeste), o banco está solto, o que pode levar uma criança a cair.
Quando a Folha esteve na praça Ocapeguá (zona leste), havia pedaços de balanço e da gangorra no chão -o aspecto era de abandono.
"Trago minha filha aqui porque moro perto, mas as opções de brinquedos são poucas e estão em péssimo estado", disse Shirley Azevedo, 32, enquanto a filha brincava no balanço da praça 14 Bis, na Bela Vista (centro), outra que a reportagem visitou.
A fiscalização das praças cabe às subprefeituras e a dos parques, à Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, ambos órgãos municipais.

PARQUES
Nos parques, a situação é melhor: brinquedos que não funcionam estão com sinalização de interditado, como o Ibirapuera e o da Juventude (este estadual). Os brinquedos, na maioria dos casos, não apresentam problemas.
A pior situação está no parque Linear do Fogo, onde balanços e gangorra estavam quebrados e os brinquedos estão enferrujados e com lascas. A prefeitura disse que fará manutenção no parquinho em breve.
Editoria de Arte/Folhapress
OUTRO LADO
A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente diz que faz manutenção frequente nos playgrounds dos 83 parques sob sua responsabilidade.
"Quando a garantia do fabricante termina, a equipe de manutenção efetua os reparos necessários", diz a pasta.
Cabe à administração dos parques pedir a manutenção quando necessário, ainda segundo a secretaria.
Listado pela Folha como um dos locais com parquinhos em mau estado de conservação, o parque Linear do Fogo está na agenda de manutenção da secretaria.
Ainda conforme a pasta, os parques Ibirapuera e do Carmo receberam novos brinquedos recentemente. O mesmo ocorrerá com outros 11 parques; a implantação será neste semestre, diz a secretaria.
Encarregada das praças paulistanas, a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras informou varrer e cuidar rotineiramente das praças. Entre os serviços estão poda de árvores, capinação e limpeza, além de manutenção dos brinquedos.
Todos os locais em que a Folha constatou problemas sofrerão vistoria e as possíveis falhas serão corrigidas, disse a pasta. "A Prefeitura conta com o apoio da população para manter os equipamentos em bom estado." Reclamações podem ser feitas via 156, site (sac.prefeitura.gov.br) ou às subprefeituras.

Saquinhos gratuitos para pets são aprovados


bairro a bairro

26/07/2012 21:47

http://www.diariosp.com.br/noticia/detalhe/28805/Saquinhos+gratuitos+para+pets+sao+aprovados

Os moradores da Vila Nova Conceição se reúnem para instalar porta-saco em praça e veem resultado

Renata Asp




Os saquinhos oferecidos na Praça Pereira Coutinho são oxibiodegradáveis














Daniela Souza/ Diário SP

Os saquinhos oferecidos na Praça Pereira Coutinho são oxibiodegradáveis


Parques e praças de São Paulo já oferecem gratuitamente saquinhos ecológicos para auxiliar no recolhimento das fezes de animais de estimação. É o caso da Praça Pereira Coutinho, da Vila Nova Conceição, na Zona Sul. Lá, existem três porta-sacos, que ajudam frequentadores e moradores da região a passearem com seus cães e gatos de maneira consciente.
Assim como em outras praças da cidade, os problemas de sujeira, mau cheiro e desconforto foram solucionados a partir da iniciativa dos moradores.

A Associação de Amigos da Praça Pereira Coutinho se mobilizou e encontrou resultado nos saquinhos oxibiodegradáveis. Eles se dissolvem em aproximadamente 18 meses após o descarte.

“A ideia só deu certo por causa da ajuda dos moradores. São cerca de 30 que contribuem mensalmente com a associação. Apesar de serem poucos, tem dado muito certo”, conta um dos diretores da entidade, Nelson Simbara.

Segundo Luiza Etsuco Omi, que é dona da Banca Vila Nova Conceição, instalada na praça há 25 anos, as campanhas que incentivam a população a recolher as fezes dos animais em lugares públicos devem aumentar. “Toda sujeira que fazemos é de nossa responsabilidade. Cada um deve recolher a sua e a do seu animal. Não é difícil, mas parece que não entendem”, enfatiza.
Os saquinhos gratuitos e oxibiodegradáveis também estão disponíveis nos parques Ibirapuera, Boaçava e Colinas de São Francisco e na Praça Canumá. Na Praça Pereira Coutinho, eles são reabastecidos até três vezes ao dia. “Pena não ter em mais praças da região”, diz a moradora Anielle Sanjar.
Porta-saco/ O mecanismo, que ganhou o nome de Acacabou, vem sendo instalado em áreas públicas da capital desde abril de 2010, segundo a empresa Wesco Equipamentos de Higiene, que o comercializa. Ele pode ser adquirido pelo valor de R$ 170 com 500 saquinhos. Os refis com mil unidades custam R$ 95.

O que pode levar a uma cidade sustentável?

http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,o-que-pode-levar-a--uma-cidade-sustentavel-,906363,0.htm

27 de julho de 2012 | 3h 09


Washington Novaes

Pois não é que, enquanto o eleitor se pergunta, aflito, em quem votar para resolver os dramáticos problemas das nossas insustentáveis grandes cidades, um pequeno país de 450 mil habitantes - a África Equatorial - anuncia (Estado, 10/6) que até 2025 terá construído uma nova capital "inteiramente sustentável" de 40 mil casas para 140 mil habitantes, toda ela só com "energias renováveis", principalmente a fotovoltaica? Mas como afastar as dúvidas do eleitor brasileiro que pergunta por que se vai eliminar uma "florestal equatorial" - tão útil nestes tempos de problemas climáticos - e substituí-la por áreas urbanas?

Bem ou mal, o tema das "cidades sustentáveis" entra na nossa pauta. Com Pernambuco, por exemplo, planejando todo um bairro exemplar em matéria de água, esgotos, lixo, energia, telecomunicações, em torno do estádio onde haverá jogos da Copa de 2014, inspirado em Yokohama (Valor, 24/6), conhecida como "a primeira cidade inteligente do Japão". E até já se noticia (12/7) que o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking de "construções sustentáveis" no mundo, depois de Estados Unidos, China e Emirados Árabes - já temos 52 certificadas e 474 "em busca do selo", por gastarem 30% menos de energia, 50% menos de água (com reutilização), reduzirem e reciclarem resíduos, além de só utilizarem madeira certificada e empregarem aquecedores solares.
"As cidades também morrem", afirma o professor da USP João Sette Whitaker Ferreira (Eco 21, junho de 2012), ressaltando que, enquanto há 50 anos se alardeava que "São Paulo não pode parar", hoje se afirma que a cidade "não pode morrer" - mas tudo se faz para a "morte anunciada", ao mesmo tempo que o modelo se reproduz pelo País todo. Abrem-se na capital paulista mais pistas para 800 novos automóveis por dia, quem depende de coletivos gasta quatro horas diárias nos deslocamentos, os bairros desfiguram-se, shoppings e condomínios fechados avançam nos poucos espaços ainda disponíveis, 4 milhões de pessoas moram em favelas na região metropolitana.
Não é um problema só brasileiro. Em 1800, 3% da população mundial vivia em cidades, hoje estamos perto de 500 cidades com mais de 1 milhão de pessoas cada uma, quase 1 bilhão vive em favelas. Aqui, com perto de 85% da população em áreas urbanas, 50,5 milhões, segundo o IBGE, vivem em moradias sem árvores no entorno (26/5), seis em dez residências estão em quarteirões sem bueiros, esgotos correm na porta das casas de 18,6 milhões de pessoas. Quase metade do solo da cidade de São Paulo está impermeabilizada, as variações de temperatura entre uma região e outra da cidade podem ser superiores a 10 graus (26/3).
Estamos muito atrasados. Na Europa, 186 cidades proibiram o trânsito ou criaram áreas de restrição a veículos com alto teor de emissão (26/2), com destaque para a Alemanha. Ali, em um ano o nível de poluição do ar baixou 12%. Londres, Estocolmo, Roma, Amsterdam seguem no mesmo rumo, criando limite de 50 microgramas de material particulado por metro cúbico de ar, obedecendo à proposta da Organização Mundial de Saúde. No Brasil o limite é três vezes maior.
E há novos problemas claros ou no horizonte, contra os quais já tomaram posição cidades como Pyongyang, que não permite a ocupação de espaços públicos urbanos por cartazes, grafites, propaganda na fachada de lojas, anúncios em néon (New Scientist, 19/5). É uma nova e imensa ameaça nos grandes centros urbanos, atopetados por informações gráficas e digitais projetadas. Quem as deterá? Com que armas, se as maiores fabricantes de equipamentos digitais lançam a cada dia novos geradores de "realidade ampliada", a partir de fotos, vídeos e teatralizações projetados? O próprio interior das casas começa a ser tomado por telas gigantescas.
Um bom ponto de partida para discussões sobre as áreas urbanas e seus problemas pode ser o recém-editado livro Cidades Sustentáveis, Cidades Inteligentes" (Brookman, 2012), em que o professor Carlos Leite (USP, Universidade Presbiteriana Mackenzie) e a professora Juliana Marques Awad argumentam que "a cidade sustentável é possível", pode ser reinventada. Mas seria "ingênuo pensar que as inovações tecnológicas do século 21 propiciarão maior inclusão social e cidades mais democráticas, por si sós". A s cidades - que se tornaram "a maior pauta do planeta" - "terão de se reinventar", quando nada porque já respondem por dois terços do consumo de energia e 75% da geração de resíduos e contribuem decisivamente para o processo de esgotamento de recursos hídricos, com um consumo médio insustentável de 200 litros diários por habitante. "Cidades sustentáveis são cidades compactas", dizem os autores, que estudam vários casos, entre eles os de Montreal, Barcelona e São Francisco. E propõem vários caminhos, com intervenções que conduzam à regulação das cidades e à reestruturação produtiva, capazes de levar à sustentabilidade urbana.
Mas cabe repetir o que têm dito vários pensadores: é preciso mudar o olhar; nossas políticas urbanas se tornaram muito "grandes", distantes dos problemas do cotidiano do cidadão comum; ao mesmo tempo, muito circunscritas, são incapazes de formular macropolíticas coordenadas que enfrentem os megaproblemas. No caso paulistano, por exemplo, é preciso ter uma política ampla e coordenadora das questões que abranjam toda a região metropolitana; mas é preciso descentralizar a execução e colocá-la sob a guarda das comunidades regionais/locais. Não custa lembrar que há alguns anos um grupo de professores da Universidade de São Paulo preparou um plano para a capital paulista que previa a formação de conselhos regionais e subprefeituras, com a participação e decisão de conselhos da comunidade até sobre o orçamento; mas as discussões na Câmara Municipal levaram a esquecer o macroplano e ficar só com a criação de novos cargos.
Por aí não se vai a lugar nenhum - a não ser a problemas mais dramáticos.

* JORNALISTA
E-MAIL: WLRNOVAES@UOL.COM.BR

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Centro do mundo, Londres promete Jogos sustentáveis e legado


27/07/2012 - 04h05



RODRIGO MATTOS
ENVIADO ESPECIAL A LONDRES

Londres 2012

A Olimpíada volta nesta sexta-feira ao velho mundo. E pelo menos pelas próximas duas semanas, a Inglaterra passa a ser de novo o centro do mundo. Um mundo novo, com novas ideias e, principalmente, novos tipos de preocupação. Começa em Londres, às 17h, a cerimônia de abertura da 30ª edição dos Jogos.
Sua sede, pela terceira vez, é a capital inglesa. Sua meta, inédita, é ser mais sustentável, mais integrada à cidade, menor, menos cara. Enfim, politicamente correta.
O COI (Comitê Olímpico Internacional) tenta descobrir como lidar com o expansionismo dos Jogos. "É a pergunta que está na nossa cabeça", contou o diretor-geral da Olimpíada, Gilbert Felli.
Não é tarefa fácil. A estimativa de gasto em Londres é de cerca de R$ 32 bilhões, o quádruplo do valor inicial. Há o custo à população: tráfego pesado, metrôs superlotados e moradores de bairros pobres despejados. Tudo isso na cidade que mais recebe turistas no mundo. Há reclamações e ironias dos ingleses, típicos no país.
Mas também há os benefícios à população: a revitalização de parte da degradada área leste, uma nova linha de trem e a construção de casas. Tudo entregue antecipadamente. Razão para o inglês se orgulhar da sua pontualidade, também típica do país.
O Estádio Olímpico ficou pronto um ano antes. E é ícone da meta sustentável, com assentos projetados para desmonte para reduzir gastos. Parte das instalações deve ser repassada futuramente ao Rio de Janeiro, sede da Olimpíada seguinte, em 2016. Nova fronteira olímpica, o Brasil promete seguir Londres. Não quer a opulência de Pequim, o expansionismo de Sydney ou os fortes interesses comerciais de Atlanta.
Nenhum dos quatro últimos palcos olímpicos repetiu o legado de Barcelona-1992. É o que Londres promete.
RUMOS
Se há novos rumos na organização olímpica, ainda é cedo para saber se isso ocorrerá nas disputas esportivas. Sim, para além da política, serão os atletas o centro das atenções a partir de sábado.
Como em Pequim, o corredor Usain Bolt e o nadador Michael Phelps são os astros. Mas não são mais imbatíveis. O jamaicano pode se tornar o único a vencer os 100 m em dois Jogos. Mas perdeu as últimas corridas para o compatriota Yohan Blake.
O norte-americano pode se tornar o maior medalhista das Olimpíadas. Mas não vêm de resultados tão bons e também tem como rival um atleta do seu país: Ryan Lochte. Entre as equipes, a geografia do poder não muda: a disputa é entre China e EUA.
Quem aparece nos holofotes, de forma tímida, é o Brasil. A obrigação de organizar a Olimpíada se soma ao dever de resultados melhores. A meta é de 15 pódios. Mas o projeto de superar as 41 finais de Pequim sinaliza para uma ambição maior no Rio. Aí, de novo, a política e o esporte se misturam no sonho de potência do Brasil.
Por coincidência, é com o Reino Unido que o país disputa a posição de sexta economia do mundo atual.
Mas, nesta sexta-feira, Londres, capital da revolução industrial, prefere exibir 70 ovelhas na cerimônia de abertura para mostrar seu lado rural. Como manda o politicamente correto, promete-se que os bichos não sofrerão maus-tratos.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Fumantes poderão ser multados por jogar bitucas na rua



Segundo projeto de lei, a multa pode variar entre R$ 100 e R$ 500, cobrada em dobro em casos de reincidência


Por Welington Vital de Oliveira 
A A A
Cigarro
SÃO PAULO – Os fumantes poderão ser multados por jogar filtros de cigarros em vias públicas, se aprovado projeto de lei 3259/12, do deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), que tramita na Câmara.
O projeto determina que as empresas distribuidoras e vendedoras desses produtos forneçam meios de coletas dos filtros.
Segundo a Agência Câmara, os fumantes que desrespeitarem poderão pagar multa variável entre R$ 100 e R$ 500 por filtro, cobrada em dobro em casos de reincidência. A fiscalização ficará sob responsabilidade dos agentes federais, estaduais e municipais vinculados ao sistema nacional de trânsito.
Sustentabilidade

Segundo o projeto, a parte reaproveitável dos filtros recolhidos deverá ser reciclada, e os subprodutos restantes destinados a aterros sanitários. De acordo com autor, em todo o mundo, 4,5 trilhões de filtros de cigarro são descartados no meio ambiente por ano.

A proposta ainda obriga as empresas do setor a expor cartazes de advertência sobre a nova regra nos locais de venda de produtos fumígeros. O descumprimento dessa determinação poderá implicar multa de R$ 300 a R$ 3 mil, aplicada em dobro nos casos de reincidência.
Segundo  Sampaio, estudo da Universidade de São Paulo (USP) mostrou que duas bitucas de cigarro promovem o mesmo nível de contaminação da água que 1 litro de esgoto doméstico. “As pontas de cigarros acesas também são uma das principais causas de queimadas que destroem milhares de hectares de vegetação nativa”, acrescenta.
Tramitação

O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Células solares transparentes viabilizam janelas que geram energia


SITE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. Células solares transparentes viabilizam janelas que geram energia. 23/07/2012. Online. Disponível em www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=celulas-solares-transparentes. Capturado em 24/07/2012. 

Redação do Site Inovação Tecnológica - 23/07/2012

Novos condutores elétricos transparentes permitiram a substituição quase total dos compostos ITO, mantendo a elevada transparência da célula solar. [Imagem: ACS Nano]




Janelas inteligentes
Uma nova célula solar transparente poderá permitir que as janelas dos edifícios e casas gerem energia, como vem sendo proposto há algum tempo, mas sem perderem a característica essencial de permitir que as pessoas vejam do lado de fora.
Trata-se de uma célula solar polimérica - de plástico - que produz eletricidade absorvendo a luz infravermelha, e não a luz visível.
Isso permite que célula solar de plástico alcance uma transparência de quase 70%.
"Isso abre a possibilidade de usar as células solares de polímeros transparentes como componentes que poderão ser adicionados a equipamentos eletrônicos portáteis, janelas inteligentes, painéis fotovoltaicos incorporados em edifícios e várias outras aplicações," disse o Dr. Yang Yang, coordenador da pesquisa.
O Dr. Yang é um dos pioneiros nesse campo, tendo criado algumas das primeiras células solares de plástico feitas de "materiais comuns", passíveis de fabricação em larga escala.

Células solares poliméricas
Têm sido feitas várias tentativas no sentido de dar transparência às células solares PSC ("Polymer Solar Cells").
Essas demonstrações, contudo, têm resultado em baixa transparência ou em perda de eficiência da célula solar porque os materiais fotovoltaicos poliméricos e os materiais condutores dos eletrodos - usados para transferir a eletricidade para fora da célula - não podem ser alocados de forma otimizada.
A equipe do professor Yang encontrou literalmente uma solução, uma forma de misturar os componentes fotovoltaicos em forma líquida, aplicando-os sobre o plástico por um sistema de impressão de alta qualidade.
Usando apenas elementos fotoativos sensíveis à luz infravermelha, preservou-se quase totalmente a transparência do plástico que serve de base para a célula solar.

Fios transparentes
Outro avanço foi a construção de elementos condutores transparentes compostos de uma mistura de nanofios de prata e nanopartículas de dióxido de titânio, em substituição aos eletrodos metálicos usados até agora, que não são transparentes.
Com essa combinação, obteve-se uma eficiência na conversão da radiação solar em eletricidade de 4% - muito bom para o segmento das células solares orgânicas.
Esses fios condutores transparentes são muito mais baratos do que, por exemplo, os compostos ITO, usados em telas sensíveis ao toque - que puderam ser substituídos quase totalmente. Isso vai na direção proposta pelo pesquisador de trabalhar com materiais menos exóticos.
Mas se ele conseguir encontrar um substituto para a prata poderá tornar suas células solares de plástico, além de transparentes e eficientes, também mais baratas.

Bibliografia:


Visibly Transparent Polymer Solar Cells Produced by Solution Processing

Chun-Chao Chen, Letian Dou, Rui Zhu, Choong-Heui Chung, Tze-Bin Song, Yue Bing Zheng, Steve Hawks, Gang Li, Paul S. Weiss, Yang Yang
ACS Nano
Vol.: Article ASAP
DOI: 10.1021/nn3029327

Queimar dinheiro...até aprender!


24/07/2012 - 20h34

Procuradoria pede indenização de R$ 25 milhões por queima de cana


DE RIBEIRÃO PRETO

O Ministério Público Federal moveu uma ação civil pública pedindo que usinas sucroalcooleiras e grandes produtores de cana da região de Piracicaba (160 km de SP) sejam condenados a pagar ao menos R$ 25 milhões em indenizações por danos provocados pela queima de canaviais.
Segundo nota divulgada no site da Procuradoria, são réus no processo as usinas Costa Pinto e Santa Helena (ambas do grupo Cosan), São José, São Martinho, entre outras.
Ao todo, as empresas e produtores de cana citados na ação foram responsáveis pela média de 43,73% da queima autorizada em Piracicaba do ano 2007 ao 2011, conforme dados da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) incluídos no processo.
Para o Ministério Público Federal, os réus têm de ser responsabilizados por terem provocado poluição, mesmo a queima da palha tendo sido autorizada.
A Unica (União da Indústria de Cana-de-açúcar), que representa o setor, informou que ainda não foi notificada oficialmente pela Procuradoria ou pela Justiça sobre o assunto.

20/07/2012 - 19h30

43 cidades paulistas têm queima de cana vetada pela Justiça



Quarenta e três cidades paulistas estão proibidas por decisões da Justiça de realizar queimada da palha de cana-de-açúcar. É o que diz o site da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo).
A última proibição, divulgada nesta semana, inclui um grupo de 20 municípios da região de Piracicaba (147 km de SP). Há também decisões contra a queima em Araraquara, Araras e Americana.
O número total de cidades com veto da Justiça é flutuante, já que os processos das ações civis estão em andamento e recursos podem reverter as decisões.
A região de Marília, por exemplo, chegou a ter proibições, mas a sistemática para conceder autorizações para as queimadas foi reestabelecida recentemente, também segundo a Cetesb.
Além das sentenças, em todo o Estado a Secretaria do Meio Ambiente suspendeu as queimas entre 6h e 20h, sendo permitida a prática somente no período noturno.
Em municípios onde for registrado que a umidade relativa do ar estiver abaixo de 20%, a queima está proibida pela secretaria também à noite. A regra vale até 30 de novembro.

Brasil ocupa oitavo lugar em políticas de incentivo a energia renovável


http://www.ciclovivo.com.br/noticia.php/5227


Postado em 23/07/2012 às 11h44

Foram relacionados 12 tipos de contribuições concedidas, divididas em três categorias: políticas regulatórias; incentivos fiscais; e financiamento público. l Foto: Secov/Gov/Ba

Um estudo feito pela KPMG International colocou o Brasil em oitavo lugar entre os 23 países do mundo que mais adotam políticas de incentivos à geração de energia renovável. O relatório apontou que o país possui quatro delas, uma a mais do que a última pesquisada feita pela KPMG sobre o assunto.
Foram relacionados 12 tipos de contribuições concedidas, divididas em três categorias: políticas regulatórias; incentivos fiscais; e financiamento público. O estudo aborda ainda as tendências globais em energias renováveis e a produção de energia aplicada nos cinco principais países.
O relatório traz a lista dos países que mais oferecem incentivos para investimentos em energia renovável e detalhes sobre os incentivos implantados por eles. Entre as políticas apresentadas estão: feed-in-tariff (mecanismo de estímulo à produção de energia renovável); cota obrigatória de concessionária de energia elétrica; medição da rede; medição líquida (créditos gerados pelo balanço de consumo entre fontes próprias de energia renovável do consumidor e as fontes tradicionais utilizadas); obrigatoriedade de uso do biodiesel (biodiesel obligation); obrigatoriedade do uso de biomassa para geração de calor (heat obligation); certificados comercializáveis de energia renovável (tradable REC); subsídio de capital e descontos; investimento e créditos fiscais de produção; redução de impostos, taxas ou IVA sobre a comercialização de energia; pagamento de energia ou geração de créditos fiscais; investimentos públicos, empréstimos e financiamentos; e licitações públicas.
Comparado com os 83 países de 2009, atualmente pelo menos 96 países já têm algum tipo de meta ou política de promoção da geração de energia renovável. Mais da metade desses países é de economia emergente. O relatório apontou que, no primeiro semestre de 2012, a incerteza econômica e as políticas de alguns governos levaram à redução de incentivos para geração de energia limpa em vários países, especialmente na União Europeia. No entanto, a regulamentação que visa à redução das emissões de carbono e à segurança energética permaneceu, e os governos continuam a oferecer uma grande variedade de incentivos fiscais de apoio ao investimento em energia renovável.
O relatório afirma que, no Brasil, os novos investimentos tiveram queda de 5%, chegando a US$ 7 bilhões em 2010. Esse desempenho pode ser explicado por um forte foco na consolidação do setor de biocombustíveis, onde houve grande movimentação de fusões e aquisições.
“O país tem uma particularidade que é o regime fiscal especial destinado a produtores e importadores de biodiesel: o PIS (Programa de Integração Social) e o Cofins (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social). Ambos oferecem reduções significativas para apoiar o desenvolvimento deste setor. Isso explica o interesse dos investidores por este segmento”, afirma Roberto Haddad, sócio da KPMG e líder global de tributos para Energia.
Os investidores no país contam ainda com o apoio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que oferece uma variedade de programas de financiamento para estimular a produção de energia renovável. Em 2002, o governo brasileiro também criou o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia (Programa de Incentivo a Fontes Alternativas de Energia Elétrica) para apoiar a produção elétrica a partir de biomassa, geração eólica e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH), além de promover a diversidade da Matriz Energética Brasileira.
O estudo “Tributos e incentivos para geração de energia renovável 2012” (do original em inglês, Taxes and incentives for renewable energy 2012) pode ser acessado aqui.

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