quarta-feira, 14 de março de 2012

Japão mata menos baleias e culpa ambientalistas


Obtendo apenas um terço do que esperava, Agência de Pesca japonesa atribui fracasso à sabotagem de ambientalistas


http://revistapescaecompanhia.uol.com.br/noticias/noticias.aspx?c=4409 Por: Lielson TiozzoPublicado em: 03/2012
INTERNASALVEABALEIA.jpgO Japão capturou apenas um terço da quantidade esperada de baleias no Oceano Antártico, informou nesta sexta-feira, 9, a Agência de Pesca local. A responsabilidade pelo fracasso da temporada 2011/2012 foi atribuída à ação de ecologistas que atrapalharam as atividades dos barcos pesqueiros e, em partes, às más condições do tempo enfrentadas.
As embarcações deixaram os portos japoneses em dezembro e tiveram autorização até o começo de março para trabalhar. Dessa vez, trouxeram 266 baleias, sendo que a meta era capturar pelo menos 900.
“As capturas foram inferiores ao que estava previsto por conta das condições climáticas e atos de sabotagem perpetrados por militantes”, diz o comunicado oficial.
Quem fez dura marcação aos baleeiros foram os biólogos da organização Sea Shepherd, sediada nos Estados Unidos. Há vários anos eles têm utilizado barcos menores para se aproximar dos pescadores japoneses e, muitas vezes, apenas cortam as redes. Em alguns casos, os ambientalistas atiram bombas de gás para espantar os animais e lançam objetos que enroscam nas hélices das embarcações.
De modo oficial os barcos de pesca japoneses estão autorizados a capturar uma cota anual de baleias a fim de fazer “estudos científicos”. Essa prática é tolerada pela Comissão Baleeira Internacional, que desde 1986 proibiu a pesca comercial dos cetáceos.
Mesmo assim o governo japonês ignora a determinação, sob argumentos de que a pesca da baleia faz parte da sua cultura. Não é raro um enfrentamento verbal entre japoneses e autoridades de outros países por conta da pesca predatória no Antártico.
A Austrália, por exemplo, comemorou o fracasso dos japoneses. “As atividades baleeiras japonesas são contrárias às normas internacionais”, frisa, em comunicado, o governo local.