quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Arquitetura social ou sustentável numa cidade compacta?


A nova cara da habitação popular

26 de fevereiro de 2012 | 3h 03


RODRIGO BRANCATELLI, RODRIGO BURGARELLI - O Estado de S.Paulo
Apartamentos de um, dois e três dormitórios, em uma das áreas mais valorizadas de São Paulo. Ampla varanda, vista privilegiada, espaços já prontos para home offices, paredes removíveis para aumentar os ambientes, preocupação com iluminação natural em todas as unidades, estacionamento para bicicletas e jardins abertos na cobertura. Tudo isso em prédios exclusivos, únicos, assinados pelos arquitetos mais disputados da capital.
Poderia muito bem ser um anúncio de uma imobiliária, um texto publicitário em um daqueles folhetos entregues no semáforo, nos quais o céu é sempre espetacularmente azul. A descrição, no entanto, é a nova maneira de a Secretaria Municipal de Habitação (Sehab) enxergar as unidades habitacionais construídas para população de baixa renda.
Para tentar fugir da estigmatização que sempre acompanhou a moradia social - dos Institutos de Aposentadoria e Pensão (IAPs) às Cohabs, Cingapuras e CDHUs -, a Prefeitura agora está investindo em edifícios pequenos, em áreas nobres, com boa parte dos diferenciais que as construtoras oferecem no mercado de alto padrão de São Paulo.
Na região da Avenida Jornalista Roberto Marinho, na zona sul, onde o metro quadrado já passa dos R$ 9 mil, a Sehab vai começar a construir em até dois meses prédios para moradia social em 35 áreas diferentes - cada edifício foi desenhado com um projeto específico para cada lote, por um pool de grifes da arquitetura que incluiu os escritórios Grupo SP, Una Arquitetos, Marcelo Suzuki, Marcos Boldarini, Ciro Pirondi, Tibiriçá Arquitetos e Paulo Brazil.
Serão 4.300 apartamentos, mas, ao contrário dos velhos e criticados "conjuntões" habitacionais perdidos na periferia, os novos prédios serão erguidos até o fim do ano em áreas menores, alguns com apenas 25 unidades, e os maiores com no máximo 200 apartamentos. Essa nova tendência marca uma ruptura com o modelo tradicional de habitação popular em São Paulo, cidade com 1,1 milhão de pessoas vivendo em unidades de moradia social.
"A moradia popular está sendo pensada para abrigar as famílias desapropriadas para a construção de um túnel e de um parque linear, como parte da Operação Urbana Águas Espraiadas", diz Maria Teresa Diniz, coordenadora de Projetos da Sehab. "Não vamos mandar essas pessoas para a periferia, vamos reintegrá-las na mesma área, o que é ideal para manter os vínculos sociais."
São Paulo já tentou um sem-número de modelos para lidar com o assombroso déficit habitacional da capital - do primeiro grupo de edifícios projetado em 1942 para dar teto a operários da região do Glicério até o período das Cohabs. "Os grandes conjuntos viram guetos, é justamente o que não se deve fazer", diz a arquiteta Cristiane Muniz, sócia do Una Arquitetos, escritório que participou da elaboração dos novos projetos da Avenida Jornalista Roberto Marinho. "Quando você faz um prédio menor, a inserção urbana é muito melhor, porque ele não fica estigmatizado."
Para fugir do estereótipo dos prédios para baixa renda, os novos projetos da região da Roberto Marinho são abertos, com uso misto e área para lojas no térreo. Todos também são vizinhos a empreendimentos de alto padrão, onde as unidades chegam a custar R$ 1,5 milhão. Além disso, os projetos pegaram emprestado vários conceitos que se tornaram corriqueiros nos lançamentos imobiliários, como estacionamento para bicicletas e até mesmo paredes removíveis para o proprietário que quiser ampliar sua sala de estar ou seu quarto.
"Cada um vai ter sua particularidade, um vai ter varanda, o outro jardim aberto, o outro vai ter telecentro", diz Maria Teresa Diniz. "É uma nova forma de pensar a habitação popular, algo que respeita a cidade e as famílias."
Projetos para zona sul rompem com velhos modelos de 'conjuntões' e oferecem diferenciais antes reservados só ao público de alto padrão

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Gleba São Francisco: Vitória do entendimento entre o CONREMAD São Mateus e o Conselho Municipal da Habitação!


DA 3ª MAIOR FAVELA DA CIDADE PARA UM BAIRRO DE VERDADE

Gleba São Francisco, na zona leste, é foco de projeto que envolve ambiente, habitação e transporte; 'Tudo é pensado em conjunto', diz arquiteta

26 de fevereiro de 2012 | 3h 03


/ R. B. e R. B. - O Estado de S.Paulo
Quando mudou para São Paulo, no meio da década de 1970, José Paulo Rodrigues da Silva não tinha a mínima ideia de onde morar. Acabou erguendo um barraco em uma encosta em Guaianases, no extremo leste da cidade. A situação era tão precária que, com o risco de deslizamento, sua casa acabou sendo removida pela Prefeitura. Seu destino final foi a Gleba São Francisco, um antigo conglomerado de conjuntos habitacionais na região de Sapopemba, que, 40 anos depois do início da sua ocupação, tornou-se a terceira maior favela de São Paulo, com 7,9 mil domicílios e cerca de 29 mil habitantes, segundo a Secretaria Municipal de Habitação.
"Colocaram a gente em uma casinha de um cômodo só, sem acabamento nenhum, sem transporte, sem nada", lembra Silva. Hoje com 54 anos, ele é líder comunitário do bairro que está vivendo uma das maiores transformações desde a sua fundação. A Gleba São Francisco será a primeira favela de São Paulo a passar por um projeto urbanístico completo - o bairro ganhará ruas, rede de saneamento, calçadas alargadas, mobiliário urbano, quadras de esporte, três parques, novas linhas de ônibus e obras de paisagismo nas encostas. "Queremos transformar essa área, que estava praticamente abandonada pelo poder público, em um bairro de fato", afirma a arquiteta Anna Dietzsch, do escritório DBB Aedas, responsável pelo projeto.
Dar importância ao entorno e à qualidade de vida dos moradores é outra mudança pela qual passam as políticas de habitação social em São Paulo, além dos novos prédios menos estigmatizados. Ao contrário do que ocorreu entre as décadas de 1970 e 1990, quando o importante era construir o maior número possível de unidades habitacionais em algum lugar pouco urbanizado na periferia da cidade, cada vez mais os investimentos em paisagismo e lazer fazem parte dos projetos. Em algumas situações, eles são até mais importantes do que as próprias unidades habitacionais, como é o caso da Gleba São Francisco.
As obras na região deverão custar, no total, R$ 260 milhões, e serão divididas em dois lotes. O primeiro já foi concluído - foram feitas a rede de saneamento básico, canalização de córregos, contenção de encostas, urbanização de vias e 584 unidades habitacionais. Na segunda fase, que está em obras e deverá ser concluída até o ano que vem, outros 844 apartamentos estão contemplados, além da construção dos parques e de novas obras de urbanização, saneamento e drenagem.
"A diferença desse projeto para os mais famosos de Paraisópolis e Heliópolis é que tudo está sendo feito pensado em conjunto. Não sãogleba intervenções pontuais", afirma Anna.
Para ela, o maior desafio das obras de urbanização foi reunir em um mesmo projeto diversas secretarias municipais. A pasta de Habitação é responsável por contratar as obras, mas também estão envolvidas a Secretaria do Verde e Meio Ambiente (para a construção dos parques), a de Transportes (novas linhas de ônibus serão criadas para ligar o bairro ao monotrilho da Linha 2-Verde, que será estendido até a região) e até a de Trabalho (para organizar a criação de cursos, oficinas e empregos na região). "A organização do poder público em secretarias separadas não facilita esse tipo de intervenção conjunta. Ao contrário, só atrapalha. Mas a urbanização não pode ser vista só como embelezamento de bairro. Deve ser um projeto conjunto", defende a arquiteta.
Transformação. Os novos apartamentos que serão construídos no bairro também levam em conta a mudança no paradigma das habitações sociais. A Gleba São Francisco agrega praticamente todos os modelos de conjuntos já tentados pela Prefeitura e pelo Estado - há prédios e casas erguidos nos "mutirões" da ex-prefeita Luiza Erundina (1989-1992), Cingapuras da época de Paulo Maluf (1993-1997) e casas de mais de três andares erguidos sobre as pequenas casas de 25 m² construídas pelo governo estadual na década de 1980. Agora, a Prefeitura planeja tanto integrar os vários conjuntos e ocupações separadas quanto oferecer novas unidades habitacionais seguindo os novos paradigmas para a construção dos prédios.
Atualmente, a mudança mais visível é a transformação das antigas ruas de terra, antigamente cheias de lixo e esgoto, em calçadões com postes, banquinhos e lixeiras, onde a preferência é dos pedestres e ciclistas. "O pessoal está gostando. Pelo que fizeram nas primeiras ruas que já estão em obras, está ficando bom demais", elogia José Paulo, o líder comunitário, que torce para que a boa repercussão anime a Prefeitura a oferecer transformações parecidas ao 1,2 milhão de pessoas que vivem nas outras 1.019 favelas paulistanas.

Eu tomo café...E se misturarmos a borra de café no banheiro ecológico seco?

28/02/2012 - 08h42

Borra de café acaba com mau cheiro de esgoto


DO "NEW YORK TIMES"



Os amantes de café do mundo todo podem se regozijar. As pilhas de borra que são descartadas diariamente podem desaparecer com o mau cheiro típico do esgoto.

Pesquisadores da Universidade da Cidade de Nova York relatam na revista "The Journal of Hazardous Materials" que a borra de café pode absorver o sulfeto de hidrogênio, gás causador, em grande parte, do odor do esgoto.

Atualmente, usa-se carvão ativado ou carvão poroso para extrair o sulfeto de hidrogênio do esgoto nas estações de tratamento.

Contudo, os pesquisadores descobriram que, quando a borra de café é transformada em carbono ativado, ela absorve enxofre --um dos componentes do sulfeto de hidrogênio, particularmente bem. Isso se deve à presença de um componente fundamental: a cafeína.

A cafeína contém nitrogênio, que aumenta a capacidade do carbono de eliminar o enxofre do ar, explicou Teresa J. Bandosz, química e engenheira química da universidade e uma das autoras do relatório.

Para carbonizar a borra de café, ela e seus colegas misturaram a borra à água e ao zinco e depois secaram a mistura em um forno.

Bandosz espera que empreendedores adquiram os direitos de patente da pesquisa e a convertam em um negócio.

Ela própria uma grande consumidora de café, Bandosz surgiu com a ideia por jogar fora uma grande quantidade de borra.

"O café fresco funcionaria ainda melhor, pois possui mais cafeína", afirmou. "Mas não é econômico utilizá-lo."

Climagate...

28/02/2012 - 08h43
 

Cientista se passa por outra pessoa para expor céticos do clima


REINALDO JOSÉ LOPES
EDITOR DE "CIÊNCIA E SAÚDE"

Uma das principais vozes científicas em defesa da realidade do aquecimento global causado pelo homem caiu em desgraça na semana passada.

O hidrologista americano Peter Gleick assumiu publicamente que se passou por outra pessoa para tentar expor as táticas de um grupo de céticos do clima.

O caso envenena ainda mais o debate público sobre o aquecimento global nos Estados Unidos, país que é um dos principais responsáveis pelo problema --graças às enormes quantidades de gases do efeito estufa que a nação produz-- e onde a briga política entre os que acreditam no fenômeno e os que negam sua existência paralisa as ações para mitigá-lo.

Sgerbic/Creative Commons
O hidrologista americano Peter Gleick, que renunciou ao cargo no Pacific Institute, na Califórnia, após escândalo
O hidrologista americano Peter Gleick, que renunciou ao cargo no Pacific Institute, na Califórnia, após escândalo

O caso começou com o que parecia ser uma versão às avessas do chamado "Climagate", de 2009.

Nessa polêmica anterior, hackers anônimos disponibilizaram na internet milhares de e-mails assinados pelos principais climatologistas do mundo.

Algumas mensagens pareciam dar a entender que os cientistas estavam ocultando e manipulando dados para tentar persuadir o público de que o aquecimento global é causado pelo homem.

Várias investigações acabaram mostrando que os e-mails tinham sido tirados de seu contexto original e que não houve manipulação da ciência do clima. Mas o dano à reputação dos cientistas já estava feito, em especial em países como os EUA.

No dia 15 deste mês, veio o que parecia ser o troco. Um remetente anônimo enviou para órgãos da imprensa e blogueiros americanos o que pareciam ser documentos sigilosos do Heartland Institute, ONG conservadora americana que promove, entre outras coisas, o ceticismo climático entre o público.

Os documentos incluem uma lista dos doadores do instituto --entre eles a Microsoft e a General Motors-- e detalhes de um plano para criar um currículo para escolas públicas sobre a mudança climática, com o objetivo de ensinar que os cientistas não sabem se o homem está mesmo alterando o clima.

'SUSPEITO ÓBVIO'

A chefia do Heartland Institute veio a público para dizer que um dos documentos divulgados era falso e ameaçou processar o responsável pelo vazamento. Funcionários da ONG chegaram a especular que Gleick era um dos "suspeitos óbvios".

O cientista acabou admitindo a culpa numa postagem em seu blog no site "Huffington Post". Ele teria recebido uma versão dos documentos de maneira anônima pelo correio e, para confirmar a veracidade deles, teria se passado por um membro da diretoria do Heartland Institute.

Gleick foi condenado publicamente pela AGU (União Geofísica Americana), órgão ao qual pertence, e renunciou ao seu cargo no Pacific Institute, na Califórnia. À Folha, a secretária de Gleick disse que ele não daria entrevistas.

Restos de base incendiada na Antártida se tornam ameaça ambiental

28/02/2012 - 07h35
 


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DE SÃO PAULO


A retirada de entulho resultante do incêndio na estação brasileira Comandante Ferraz, na Antártida, sem que haja agressões ao frágil ecossistema local é uma das principais preocupações do governo no momento, informa reportagem de Claudio Angelo e Simone Iglesias, publicada na Folha desta terça-feira (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).

Na madrugada de sábado, o incêndio destruiu as instalações da estação, deixando dois mortos e um ferido.

Veja galeria de fotos dos integrantes da base brasileira chegando ao Rio
Veja galeria de fotos da estação Comandante Ferraz
Mortos na Antártida serão heróis nacionais e famílias receberão indenização
PPS quer convocação de ministros para explicar incêndio na Antártida
Falha elétrica pode ter causado incêndio em base na Antártida, diz embaixador

Armada de Chile - 25.fev.2012/Associated Press
Estação brasileira Comandante Ferraz, na Antártida, pegou fogo no último sábado
Estação brasileira Comandante Ferraz, na Antártida, pegou fogo no último sábado

A limpeza do sítio determinará o prazo de reconstrução, estimado em até três anos por alguns pesquisadores e em nove meses pelo ministro Celso Amorim (Defesa).

A estimativa era de que os corpos dos dois militares mortos chegassem ao Brasil nesta terça-feira por volta da 7h.

O primeiro-sargento Roberto Lopes dos Santos, 45, e o suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo, 47, serão considerados pelo Ministério da Defesa "heróis nacionais".

Ambos foram promovidos "post-mortem" a segundo-tenente, e receberão a Ordem do Mérito da Defesa no grau de comendadores.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Mudanças Climáticas?

26/02/2012 - 22h54

Segunda será de pancadas de chuva na maior parte do Brasil

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COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
 
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1053856-segunda-sera-de-pancadas-de-chuva-na-maior-parte-do-brasil.shtml



A segunda-feira será de chuva na maior parte do país, de acordo com previsão do Cptec (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos), do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Podem haver forte precipitações entre o nordeste de Santa Catarina, o sul e o oeste de São Paulo, em toda a região Norte do Brasil e no norte e no oeste da região Nordeste.
Entre o sul de São Paulo e o leste do Paraná, o volume de chuva pode ser significativo.
O sol deve aparecer no sul da Bahia, em grande parte de Minas, no Rio, no leste do Espírito Santo, no oeste e no sul de Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.
EM SÃO PAULO
Em São Paulo, o dia será de pancadas isoladas de chuva durante a tarde e a noite, com temperaturas mínimas de 20ºC e máximas em torno dos 28ºC.

O dinheiro que desmata também preserva...

23/02/2012 - 17h18

http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/1052519-banco-mundial-dara-us-16-mi-para-areas-protegidas-na-amazonia.shtml

Banco Mundial dará US$ 16 mi para áreas protegidas na Amazônia

CLAUDIO ANGELO
DE BRASÍLIA

O Banco Mundial anunciou nesta quinta-feira a doação de US$ 15,9 milhões para a criação e manutenção de áreas protegidas na Amazônia.
Segundo o banco, o dinheiro será usado pelo Ministério do Meio Ambiente para criar mais 13,5 milhões de hectares de unidades de conservação, além de consolidar 32 milhões de hectares em áreas já existentes.
A verba vem do GEF (Fundo Mundial para o Ambiente) e integra o chamado programa Arpa (Áreas Protegidas da Amazônia). É uma fração dos US$ 141 milhões estimados para a segunda fase do programa, criado em 2002.
Mesmo subfinanciado, o Arpa tem sido a principal fonte de verba para investimentos em algumas unidades de conservação, diante da falta de verba crônica do Instituto Chico Mendes, órgão responsável pela biodiversidade.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Vá de bicicleta


quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012 7:00

http://www.dgabc.com.br/News/5943322/va-de-bicicleta.aspx

Eliane de Souza 
Especial para o Diário


O cicloturismo ganha força no Brasil, ancorado por ciclistas amadores e profissionais, fãs de natureza, apaixonados por desafios, e simpatizantes dos valores de sustentabilidade. A modalidade é uma forma econômica, ecológica e saudável de fazer turismo. Muitos adeptos aproveitam fins de semana ou férias para pedalar em praias, parques, trilhas ou algum lugar próximo de casa. Uma boa maneira de sair da rotina diária, aliviar o estresse e ainda praticar exercícios físicos.
A prática é incentivada pelo Ministério do Turismo em 53 municípios, que receberam R$ 20,2 milhões para a construção de ciclovias entre 2001 e 2011. Segundo o Ministério das Cidades, há 2.500 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas no País, mas a quantidade é insuficiente para as 75 milhões de bicicletas que existem hoje no Brasil. E há quem se valha das magrelas não só como alternativa de transporte em meio ao trânsito caótico como também para desfrutar da paisagem e interagir de uma forma que seria impossível por trás dos vidros escuros dos automóveis.
Embora o Rio de Janeiro dispute com Bogotá, na Colômbia, o título de cidade com maior número de ciclovias da América do Sul, o cicloturismo ainda não é amplamente propagado pelo País. Mas o novo modo de viajar tem tudo para avançar. Muitas ciclovias estão ganhando fama pela nova vocação turística, entrecortadas por paisagens urbanas, litorâneas e rurais. Fortaleza e Recife abrem espaço para pedaladas culturais e projetos especialmente desenvolvidos para fãs de viagens e passeios sobre duas rodas. Outros roteiros já sacramentados do País - como as praias catarinenses e o centro de Curitiba - também estão entre os destinos redescobertos por cicloturistas.
Encontre sua turma de bike
Os turistas sobre duas rodas estão organizados em diversos clubes, onde compartilham experiências, roteiros, dicas sobre o esporte e até arrumam companheiros para viagens de bicicleta em destinos nacionais e internacionais. Um desses clubes é o Sampa Bikers, de São Paulo, presidido pelo arquiteto Paulo de Tarso, 47 anos. O grupo se reúne em passeios de bicicleta pela Capital, competições, feiras, cursos sobre manutenção das magrelas e, claro, cicloviagens.
Outro grupo que já conta com cerca de 15 mil cadastrados é o Clube do Cicloturismo do Brasil, presidido por Eliana Garcia, que já escreveu até um manual para quem está começando a se aventurar sobre duas rodas. "Muita gente acha que somos atletas e que seria impossível para qualquer pessoa realizar uma viagem de bicicleta. Mas o que temos constatado é que um número cada vez maior de pessoas está percebendo que, da mesma forma como andávamos de bicicleta quando crianças, podemos voltar a fazê-lo com a mesma alegria depois de adultos."
O cicloturismo atrai especialmente profissionais liberais, na faixa dos 35 anos, e que já têm o ciclismo como hobby. Por conta da menor quantidade de carros e para evitar assaltos, os praticantes preferem regiões rurais. Muitos ciclistas colocam o fôlego à prova em cidades ao Sul de Minas ou no interior do Estado, a cerca de 200 quilômetros da Capital.
Um dos trechos preferidos de Paulo de Tarso no Brasil é a Rota do Descobrimento, no Sul da Bahia, que compreende as cidades de Prado, Cumuruxatiba, Corumbau e Trancoso. Para desfrutar de todas essas paisagens e não ficar literalmente de queixo caído, é preciso ter o mínimo de preparo físico para acompanhar grupos acostumados a pedalar no mínimo 30 quilômetros por dia. Tudo para que a viagem seja considerada inspiradora, e não um martírio.
Tanto esforço está longe de significar viajar sem conforto. Os roteiros fogem de destinos convencionais, onde turistas que chegam em ônibus lotados se acotovelam para fotografar cartões- postais. As viagens geralmente incluem hospedagem em hotéis cinco estrelas, refeições em restaurantes sofisticados, piqueniques em meio a paisagens bucólicas e carros de apoio para transporte de bagagens. Na Sampa Bikers, somente a travessia da Cordilheira dos Andes - roteiro de cinco dias de pedaladas - não conta com hospedagem devido às características do próprio percurso, já que a estrada é aberta só no verão. As saídas ocorrem quinzenalmente, nos meses de janeiro, fevereiro e março.

Faltam projetos para saneamento básico, diz especialista



http://invertia.terra.com.br/sustentabilidade/noticias/0,,OI5618632-EI18947,00.html

23 de fevereiro de 2012 • 08h55


Sabrina Bevilacqua

Direto de São Paulo
Para incentivar o voto consciente e ampliar a preocupação com as questões de água e esgoto, o Instituto Trata Brasil firma parceria com o Programa Cidades Sustentáveis. Segundo o presidente-executivo do Trata Brasil, Édison Carlos, as eleições municipais de 2012 são o momento mais apropriado para tentar mudar essa situação. "É a hora de a população cobrar compromissos de seus candidatos."

De acordo com o Instituto, 55,5% dos municípios brasileiros não têm saneamento básico e apenas um em cada cinco brasileiros tem acesso à água tratada. A lei brasileira responsabiliza as prefeituras pelo fornecimento de saneamento básico. Para Carlos, o problema é que lei não é respeitada. "Existe a ideia de que obra enterrada não dá voto e os governos acabam priorizando outros setores." Por isso, os avanços em saneamento são lentos. Pesquisas mostram que se o País investisse de R$ 15 bilhões a R$ 17 bilhões por ano, em 2030 todos os brasileiros teriam acesso a esgoto e água tratada. Entretanto, o investimento atual está entre R$ 7 bilhões e R$ 8 bilhões por ano. Nesse ritmo, a questão só seria resolvida em 2060.

Carlos afirma que a maior dificuldade não está na falta de recursos. A primeira fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) destinou cerca de R$ 40 bilhões para obras de saneamento básico e a segunda fase anunciou outros R$ 22 bilhões. Ele afirma que há falta de planejamento e projetos. Para o presidente-executivo do Trata Brasil, mesmo municípios pequenos e com poucos recursos podem ampliar investimentos no setor pedindo apoio do governo para conseguir recursos ou firmando parcerias público-privadas. "Quando o prefeito se empenha, ele consegue. Por isso a importância da participação da sociedade civil."

Programa Cidades Sustentáveis - O Programa é uma iniciativa do Instituto Ethos, Rede Nossa São Paulo e de outras entidades para inserir a sustentabilidade na agenda dos partidos políticos e, principalmente, dos candidatos às eleições municipais de 2012. O objetivo é obter o comprometimento dos candidatos a prefeito com indicadores de melhoria das condições de vida nas cidades.

O Trata Brasil vai acompanhar números do ministério da cidade e a evolução dos municípios nos seguintes indicadores: perda de água tratada, abastecimento público de água potável na área urbana, rede de esgoto, esgoto que não recebe nenhum tipo de tratamento. A partir dessa análise, o Trata Brasil vai fiscalizar e cobrar os compromissos assumidos pelos candidatos.

Bolsa divulga resultados financeiros e de sustentabilidade de 2011


http://consumidormoderno.uol.com.br/gest-o/bolsa-divulga-resultados-financeiros-e-de-sustentabilidade-de-2011



A BM&FBOVESPA divulgou na última semana o Relatório Anual de 2011, que traz informações das dimensões econômico-financeira, social e ambiental da companhia em uma única publicação.

A decisão de publicar um relatório integrado, com informações financeiras e não financeiras, baseia-se no entendimento de que as três dimensões estão interligadas e devem ser comunicadas ao mesmo tempo ao mercado, estimulando analistas e investidores a incorporarem as questões socioambientais e de governança corporativa na avaliação do preço das ações e na tomada de decisão de investimentos.

O Relatório Anual da BM&FBOVESPA segue o modelo da GRI - Global Reporting Initiative, nível C autodeclarado, padrão internacional para publicação de relatórios de sustentabilidade. O caráter inovador deste relatório integrado é a disponibilização simultânea das informações relativas à sustentabilidade, normalmente apresentadas com um intervalo de dois a três meses após a reunião com analistas e investidores para apresentação dos resultados financeiros.

Outra iniciativa da BM&FBOVESPA para estimular as empresas listadas a divulgarem suas informações não financeiras trata-se do “Relate ou Explique”. A iniciativa recomenda que, a partir de 2012, as empresas indiquem no Formulário de Referência se publicam Relatório de Sustentabilidade ou documento similar e onde está disponível. Em caso negativo, devem explicar por que não o fazem. O objetivo da Bolsa é disponibilizar ao público este banco de dados na Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que ocorrerá no Rio de Janeiro, em julho.

O Relatório Anual 2011 completo da BM&FBOVESPA está disponível no site da Bolsa.


* Com informações do CicloVivo

Leia mais:
Projetos que reduzam emissões terão linha de crédito

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Eu não sabia?




22/02/2012 - LAVRADOR É CONDENADO POR CRIME AMBIENTAL





http://www.tj.sp.gov.br/Institucional/CanaisComunicacao/Noticias/Noticia.aspx?Id=13267


Apelação nº 9000001-32.2001.8.26.0312
        Comunicação Social TJSP – AG (texto) / LV (foto ilustrativa)



A 9ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo manteve a sentença que condenou um homem a um ano de detenção por crime ambiental. O delito aconteceu em novembro de 2001, na cidade de Juquiá. 

Segundo a denúncia, o acusado, agindo em concurso com outro indivíduo, invadiu uma propriedade rural e cortou 96 árvores em floresta considerada área de preservação permanente, sem permissão da autoridade competente. 


O lavrador disse que pretendia comercializar os palmitos cortados porque estava desempregado, enfrentava dificuldades financeiras e desconhecia a ilicitude da conduta. Na segunda vez em que foi interrogado afirmou que destinaria os palmitos à alimentação de sua mulher, que estava grávida. 


A decisão de 1ª instância o condenou a um ano de detenção, em regime aberto e substituiu a pena por prestação de serviços à comunidade, pelo mesmo período. Insatisfeito, apelou da decisão pedindo o reconhecimento do estado de necessidade ou da insuficiência de provas para a condenação. 


Para o relator do processo, desembargador Francisco Bruno, ainda que o apelante enfrentasse dificuldades financeiras, poderia buscar outras providências para angariar valores de forma lícita. “A consciência da ilicitude é extraída da conduta do apelante, que tentou abandonar os palmitos e o material utilizado para o corte das árvores, à aproximação policial”, disse. 


Os desembargadores Penteado Navarro e Roberto Midolla também participaram do julgamento e acompanharam o voto do relator, negando provimento ao recurso. 



EUA chega atrasado e ainda quer na sentar perto da janela...


22/02/2012 - 22h25

Cúpula ambiental tem de ter economia como foco, diz embaixador americano

http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/1052222-cupula-ambiental-tem-de-ter-economia-como-foco-diz-embaixador-americano.shtml


LUCIANA COELHO
DE WASHINGTON


Os EUA não veem a Rio+20, que ocorre em junho, como uma cúpula cuja prioridade seja tratar de ambiente, mas sim de crescimento econômico e empregos, afirmou em entrevista a correspondentes brasileiros em Washington o embaixador americano em Brasília, Thomas Shannon.
"Essa conferência é sobre criação de empregos e crescimento. É isso que a fará diferente, porque vamos incorporar questões e padrões ambientais, mas o faremos em termos mais amplos, [ao falar] de como você permite que as economias cresçam", disse o diplomata americano.
Shannon, que participou de um fórum no Departamento de Estado com empresários de mais de cem países, enfatizou que, embora a preocupação ambiental esteja no arcabouço do evento (a Rio+ 20 nasceu como um desdobramento da Eco 92), seu objetivo principal é, para os americanos, fomentar a combalida economia global.
Para o diplomata, que já respondeu pela política externa americana para as Américas, a Rio+20 pode criar um "novo espaço de negociação" entre países em desenvolvimento e desenvolvidos, em falta sobretudo depois que a Rodada Doha para liberalização do comércio global entrou em coma.
Embora tenha citado as negociações comerciais falidas, porém, ele nega que o novo fórum seja um substituto direto para elas.
"De muitas formas, a Rio+20 cria um novo espaço para esses países dialogarem, com uma óbvia preocupação com ambiente, incorporada a um diálogo mais amplo sobre como você fomenta o crescimento econômico no longo prazo e como cria empregos", analisou.
"Sem isso, no cenário econômico que enfrentamos, a agenda ambiental falhará."
A presidente Dilma Rousseff tem a expectativa de fazer da Rio+20 um fórum de referência, mas sua ênfase tem estado no investimento público e no combate à pobreza, prioridades de seu governo. Os dois países parecem concordar, porém, que ambiente é tema secundário.
VISITA PRESIDENCIAL
Sobre a visita da presidente a seu colega Barack Obama em abril, Shannon afirmou que o debate deve ser dominado pelas possibilidades de investimento e comércio, e que as prioridades devem ser energia e educação.

O programa Ciência sem Fronteiras, que leva pesquisadores, universitários e pós-graduandos brasileiros a universidades dos EUA e outros países, é a menina-dos-olhos de Dilma em política externa.
Segurança energética, por outro lado, é um dos principais temas de debate nos EUA, que há anos tentam reduzir sua dependência do petróleo do Oriente Médio e acompanha os desdobramentos no Brasil com bons olhos, sobretudo a produção de etanol e o Pré-Sal.
"Acabamos de ver no acordo [de energia] com o México e na Colômbia provas de que o hemisfério Ocidental [Américas] pode ser um grande produtor de energia para o mundo", disse. "Os principais atores regionais precisam se unir em um diálogo [sobre o tema]."
Questões políticas globais e regionais também devem estar na agenda, e o embaixador vê Irã e Síria como "temas naturais". Ele evitou, porém, entrar em detalhes sobre uma possível nova atuação do Brasil após a rejeição de um acordo mediado com Ancara em 2010.
Disse apenas que a posição de Dilma em política externa, mais discreta, é bem-vinda, elogiou seus dois antecessores e afirmou que, a seu ver, os dois países concordam que o Irã deve levar em conta "a preocupação da comunidade internacional com seu programa nuclear".
Teerã, que vem aumentando o ritmo do enriquecimento de urânio, matéria prima para a produção de energia atômica, mas ainda não chegou aos níveis necessários para uma bomba, afirma que sua intenção é só produzir energia, o que os EUA e potências europeias contestam.

Vice-presidente do STF recebe memoriais em favor do banimento do amianto no Brasil


Notícias STF 


Quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Vice-presidente do STF recebe memoriais em favor do banimento do amianto no Brasil
O ministro Ayres Britto, vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), recebeu na noite de hoje (22) representantes de associações de juízes do Trabalho e de procuradores do Ministério Público do Trabalho, bem como advogados trabalhistas e fundadores da Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto (Abrea), que lhe entregaram memoriais e subsídios em defesa do total banimento do amianto no Brasil. O ministro é relator da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 3357) que contesta a Lei estadual nº 11.643/2001, que proíbe a produção e a comercialização de produtos à base de amianto no âmbito do Rio Grande do Sul.
Embora a ADI conste da pauta da sessão plenária desta quinta-feira (23), ela não será julgada, segundo informação transmitida ao grupo pelo próprio ministro Ayres Britto. O motivo foi o falecimento, na última sexta-feira (17), do ministro aposentado do STF Maurício Corrêa, que faria a sustentação oral no Plenário em nome do Instituto Brasileiro de Crisotila (IBC). O advogado substabelecido, o também ministro aposentado do STF Carlos Mário Velloso, pediu o adiamento do feito para que possa se preparar para a sustentação.
Também esteve presente à audiência o deputado estadual paulista Marcos Martins, autor da lei que baniu o amianto no Estado de São Paulo. Ele apresentou ao ministro testemunhos sobre os efeitos nocivos do amianto, especialmente sobre a população de Osasco (SP). O grupo relatou ao ministro Ayres Britto a recente decisão da Justiça italiana, que condenou dois antigos proprietários da Eternit pela morte de cerca de três mil pessoas, vítimas do amianto naquele país. O ministro Ayres Britto também é relator da ADI 4066, que constesta a Lei Federal nº 9.055/95, que permite a exploração e a utilização industrial e comercial do amianto branco (variedade crisotila). O grupo pediu que o ministro também julgue esta ADI por considerar que o assunto está bastante amadurecido e a merecer um pronunciamento do STF.
VP/EH
Processos relacionados
ADI 3357
ADI 4066

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Urina humana pode ser utilizada para fertilizar solos


    

10. Novembro 2010 - 12:07


Os cientistas ainda têm que estudar como implementar o sistema nos países em desenvolvimento.
Os cientistas ainda têm que estudar como implementar o sistema nos países em desenvolvimento. (Eawag, Stefan Kubli)
Por Susan Vogel-Misicka, swissinfo.ch


Já sem utilidade para o corpo que a excreta, a urina está recebendo uma segunda vida na forma de adubo, graças em parte a engenheiros suíços.

O Instituto Federal Suíço de Ciência e Tecnologia Aquática (Eawag) junto com especialistas da África do Sul transformaram urina humana em adubo.

"Nós tratamos a urina, extraindo nitrogênio, fósforo e potássio em pó. Nossa idéia no momento é granular esse pó para obter um adubo granulado normal, que pode ser espalhado nos campos", explicou o engenheiro Kai Udert, do Eawag.

O fósforo encontrado na urina é particularmente precioso. As plantas precisam dele para o crescimento, mas ele está se tornando cada vez mais raro. Normalmente o fósforo é extraído em minas, mas especialistas prevêem que a oferta mundial vai acabar dentro dos próximos 50-100 anos, dificultando a fertilização dos campos.

No mês passado, o projeto Eawag recebeu uma doação de 3 milhões de dólares da Fundação Bill & Melinda Gates. O dinheiro vai servir de apoio ao instituto e ao seu parceiro, o “eThekwini Water and Sanitation utility (EWS)”, na África do Sul, para continuar desenvolvendo sistemas de recuperação de nutrientes de dimensão comunitária.

Udert informou que a doação vai ajudá-los na pesquisa dos aspectos técnicos, econômicos e sociais do projeto, para que eles possam entender melhor como tratar a urina e como implementar o sistema nos países em desenvolvimento. "A idéia é que alguém possa coletar a urina, produzir fertilizantes com ela e fazer algum dinheiro com isso", disse Udert.


Vasos especiais

O principal para o projeto são os banheiros. Chamado "vaso divisor de urina seca", os sanitários não podem estar ligados a qualquer tipo de sistema de saneamento central. Os vasos têm dois compartimentos, o que posssibilita a coleta da urina separada das fezes.

A parte delicada é encontrar alguém que lide com o tanque. De acordo com Udert, há um estigma associado aos resíduos humanos em algumas partes do mundo. No entanto, o verdadeiro problema é o mau cheiro.

"Armazenar urina é realmente muito fedorento e por isso ninguém faz isso com boa vontade. Também não é bom para o meio-ambiente, porque o que causa o mau cheiro é a amônia. Em nosso processo fixamos a amônia e o nitrogênio em uma solução que remove toda a água, restando no final só os sólidos", disse Udert.

Além de processar a urina e convertê-la em adubo, Udert e sua equipe esperam melhorar as condições de higiene nos países em desenvolvimento.

"Saneamento é um problema mundial e os os sistemas centralizados que temos aqui na Suíça e em outros países desenvolvidos não são aplicáveis em muitos lugares do mundo", disse.


Ângulo humanitário

O instituto Eawag realizou diversas pesquisas no Nepal, onde muitas pessoas não têm acesso a banheiros. O projeto desenvolvido em Siddhipur,perto de Katmandu, demonstrou que a urina pode ajudar a fechar o ciclo regional de nutrientes, já que os agricultores que participam no projeto também se beneficiam, não precisando importar mais fertilizantes químicos. "Nessa região, um vaso sanitário para ser instalado deve funcionar bem e ser confortável de usar", acrescentou Udert.

Carolien van der Voorden é diretora da Rede de Gestão de Conhecimento do Conselho de Abastecimento de Água e Saneamento Colaborativo (WSSCC), com sede em Genebra. Ela concorda que tais projetos de recuperação de nutrientes podem funcionar bem, mas enfatiza que a saúde deve ser o objetivo principal.

"A principal razão para tentar promover o saneamento básico é limitar o risco de infecção, possibilitando às pessoas uma vida mais saudável e mais digna", disse, lembrando que 800 milhões de pessoas fazem as necessidades ao ar livre.

Algumas estão tão acostumadas a agir dessa forma, que os projetos de latrina e banheiro falham por falta de interesse local. "Não é difícil construir banheiros, mas o problema é mudar o comportamento das pessoas. Saneamento deve estar ligado a programas de educação sanitária", disse van der Voorden.

Ela observou que nas zonas rurais, os programas de reciclagem de resíduos tendem a ter sucesso porque os moradores apreciam o resultado. O projeto Eawag da África do Sul, previsto para durar quatro anos, ainda se encontra no estágio inicial. Udert está otimista de que também será um sucesso.

"A urina contém a maior parte dos nutrientes necessários na sua composição, nós estamos muito confiantes de que será um bom fertilizante".


Susan Vogel-Misicka, swissinfo.ch
(Adaptação: Fernando Hirschy)

USP está entre as 20 escolas com maior visibilidade na internet


16/02/2012 - 10h48

http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/1049572-usp-esta-entre-as-20-escolas-com-maior-visibilidade-na-internet.shtml

THIAGO FERNANDES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
SABINE RIGHETTI
DE SÃO PAULO

A USP está em 20º lugar na listagem de universidades com mais visibilidade na internet, divulgada pela Webmetrics, empresa que analisa o tráfego na rede.
A universidade é a instituição brasileira mais bem colocada no ranking, tendo subido 23 posições desde a última listagem, em julho de 2011.
O ranking é liderado por instituições americanas, que ocupam 18 das 20 primeiras colocações.
Em primeiro lugar, está a Universidade de Harvard, seguida pelo MIT e pela Universidade de Stanford. Além da USP, a única fora dos EUA é a Universidade de Toronto, no Canadá, que ocupa a 17ª colocação.
Entre as brasileiras, outras seis universidades aparecem entre as 200 mais bem colocadas. Depois da USP, vêm UFRGS (na posição 71), Unesp (122), UFSC (129), UFRJ (171), UnB (184) e Unicamp (193).
O resultado mostra um avanço brasileiro na listagem. No último levantamento, somente quatro instituições apareciam entre as 200 primeiras colocações.
METODOLOGIA
O ranking Webmetrics mede a visibilidade das instituições por meio dos resultados obtidos nos principais mecanismos de busca da internet.
O objetivo, no entanto, não é avaliar a qualidade das instituições de ensino, mas somente sua presença na rede.
A quantidade de clicks via links externos, ou seja, indicações de um site para outro site, correspondem a 50% da nota que cada universidade recebe na avaliação.
A outra metade da nota está subdividido em três partes.
A primeira considera o número de páginas da universidade cobertas por mecanismos de busca.
A segunda subdivisão dá conta de avaliar os arquivos que cada instituição fornece para download, como materiais didáticos, fotografias, livros digitais, aulas abertas, cursos e palestras.
Esse tipo de material é comum em sites de universidades americanas e europeias.
No Brasil, as instituições ainda utilizam pouco suas plataformas para disponibilizar material a não alunos, o que prejudica a sua classificação nesse tipo de listagem.
A última parte da avaliação do ranking Webmetrics, chamada "scholar", agrupa documentos e citações da instituição feitos em sites de perfil acadêmico.
Isso equivaleria as citações de artigos científicos, critério utilizado por rankings universitários consolidados como os britânicos "THE" (Times Higher Education) e "QS".
Além das citações de artigos, os rankings universitários "tradicionais" também contabilizam dados como publicação científica, quantidade de professores com prêmio Nobel, patentes registradas na instituição e outros.
Para ver a lista completa do Webmetrics, acesse aqui.


Descoberto fungo amazônico que degrada plástico mesmo sem oxigênio: E agora?



Organismo conseguiria quebrar cadeias de poliuretano em condições de aterro sanitário, diz estudo

19 de fevereiro de 2012 | 22h 30


Alexandre Gonçalves
Pesquisadores americanos descobriram um fungo na Amazônia equatoriana capaz de degradar poliuretano, um tipo de polímero muito usado para a confecção de espumas, adesivos e tintas. O trabalho, publicado na Applied and Environmental Microbiology, pode levar a estratégias inovadoras para reduzir o impacto ambiental dos plásticos.

Ambientalistas argumentam que os plásticos demoram muito para se decompor na natureza. O polietileno, por exemplo, leva cerca de 50 anos. O PET, usado na produção de garrafas plásticas, permanece até 200 anos no ambiente. Cientistas explicam que fungos e bactérias ainda não desenvolveram o arsenal de enzimas necessário para degradar as longas cadeias sintéticas de carbono, hidrogênio e outros elementos que constituem os plásticos.

Daí a necessidade de pesquisas e ações para remediar o problema. Um acordo, ainda em fase de implementação, do governo paulista e da Associação Paulista de Supermercados (Apas), pretende banir a distribuição de sacolas plásticas nos supermercados do Estado, um gesto para evitar que 2,4 milhões de unidades - cada uma leva, no mínimo, 40 anos para se decompor - sejam lançadas no ambiente todos os meses.

A descoberta de organismos que já são aptos para degradar o plástico nos aterros ajudaria a encurtar os tempos de decomposição e a diminuir consideravelmente o dano ambiental.

Duas cepas de Pestalotiopsis microspora, descobertas pelos americanos - em sua maioria, estudantes de graduação da Universidade Yale -, mostraram um enorme potencial na degradação de poliuretano. O estudante Jonathan Russell identificou a enzima secretada pelo fungo responsável pelo enfraquecimento das ligações químicas do polímero. 

Oxigênio. A pesquisa trouxe consigo uma descoberta inusitada: a enzima funciona tanto na presença como na ausência de oxigênio, algo inesperado para os cientistas. Desta forma, o fungo poderia funcionar também nos aterros sanitários, onde uma grossa camada de dejetos e terra costuma cobrir os plásticos descartados, diminuindo a oxigenação e, desta forma, dificultando sua decomposição.

A pesquisadora Sandra Mara Franchetti, da Unesp de Rio Claro, também realiza testes com fungos de diferentes espécies para comparar seu potencial para biodegradar plástico.

Ela realiza misturas de diferentes tipos de plásticos - as chamadas blendas poliméricas -, especialmente de plásticos sintéticos com plásticos biodegradáveis. “Depois, fazemos testes para verificar as propriedades mecânicas do material e seu potencial de biodegradação”, explica Sandra. “Nossa hipótese é que o polímero biodegradável pode servir como porta de entrada para os organismos que realizarão a decomposição.”

“Há poucos pesquisadores no País atuando nesta área pois são necessários equipamentos muito sofisticados”, aponta Lucia Durrant, da Unicamp, que também já realizou estudos na área.

Derval Rosa, da Universidade Federal do ABC, também estuda a biodegradação de polímeros e tenta descobrir como ela ocorre nos aterros sanitários e em cada um dos diferentes tipos de plástico. Mas adota uma postura realista. “Nossos aterros são precários”, afirma. “Talvez em 20 anos conseguiremos o nível de controle necessário para aplicar esse tipo de conhecimento.”

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Mercado de energia industrial pode ter novo modelo de contrato


http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/26973-mercado-aberto.shtml


MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br


O mercado de compra e venda de energia no Brasil deve ter, ainda neste ano, uma nova alternativa de negociação de contratos.
A plataforma de comercialização eletrônica Brix, fundada em 2011, iniciou conversas com a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) para lançar contratos futuros com liquidação financeira de energia. O modelo, comum na Europa e nos EUA, permite que as partes façam hedge em contratos de energia, ou seja, que tenham sistema de gerenciamento do risco de variação de preço.
No Brasil, outras commodities já são negociadas em contratos futuros com liquidação financeira.
"Em energia são feitos no país só contratos futuros com liquidação física. O novo modelo facilitará o gerenciamento e dará liquidez ao setor", diz Marcelo Mello, da Brix.
A CVM, responsável pela regulamentação deste modelo de contrato, confirma as conversas. "Eles ainda não protocolaram o pedido de registro, mas já nos procuraram. Estamos trocando informação", diz Waldir Nobre, da CVM.
"Esse modelo de derivativos permite que outros, como instituições financeiras, e não só os agentes do mercado, participem", afirma Nobre.
A Brix contratou a Ernst & Young para auditoria dos demonstrativos financeiros e o escritório Pinheiro Neto para dar suporte ao projeto. A empresa tem como sócios a ICE, que opera Bolsas de energia internacionais, Eike Batista, Josué Gomes da Silva, Marcelo Parodi e Roberto Teixeira da Costa.

"A energia no Brasil já é tratada como commodity, pois o preço muda o tempo todo. Mas os instrumentos de negociação ainda são antigos"

Proibir cigarro no trabalho não aumenta a vontade de fumar em casa



http://www.em.com.br/app/noticia/tecnologia/2012/02/07/interna_tecnologia,276558/fumo-esta-relacionado-com-deterioracao-mental-nos-homens-diz-estudo.shtml


Agência Estado

Publicação: 15/02/2012 11:17Atualização:


PARIS - A proibição de fumar no trabalho e em locais públicos não leva os fumantes a fumarem mais cigarros em casa, segundo um estudo de quatro países publicado nesta terça-feira pela revista especializada Tobacco Control.

Esta proibição pode até encorajar os fumantes a reduzir seu consumo, sugere o estudo.

A pesquisa foi realizada com 4.634 fumantes em duas fases - antes e depois da entrada em vigor da legislação que proíbe fumar em lugares públicos em Irlanda, França, Alemanha, Holanda e Reino Unido (à exceção da Escócia).

Após a aplicação da lei, o percentual de fumantes que pararam de fumar em casa cresceu significativamente nos quatro países, atingindo 25% na Irlanda, 17% na França, 38% na Alemanha e 28% nos Países Baixos.

Segundo os pesquisadores, liderados por Ute Mons do Centro Alemão de Pesquisa sobre o Câncer, em Heidelberg, estes resultados refutam a ideia de que a proibição de fumar nos locais públicos impulsiona a vontade de consumir em casa, com o risco de aumentar a exposição da família ao cigarro.

Antes da proibição, a maioria dos fumantes já tinha algumas restrições na própria casa (fumar só na varanda, etc.), mesmo em proporções variáveis de acordo com os países.

As restrições em casa são adotadas por fumantes que têm a vontade de parar de fumar, principalmente com o nascimento de um filho.

No Reino Unido, o percentual de fumantes que baniram o tabaco de suas casas aumentou 22% na segunda fase do estudo, que foi realizada poucos meses depois da entrada em vigor da lei.

Para os pesquisadores, banir o cigarro em locais públicos "pode encorajar os fumantes a interditarem completamente o fumo de seus lares".


Sanitário Ecológico Seco 3


Sanitários Ecológicos


Autoria: Recicla Flores
Fonte: http://reciclaflores.blogspot.com/search/label/banheiro%20seco

Há 4 formas gerais de se manejar as excretas humanas:



1. Descarregar como um material de resíduo :

  • Resíduos são jogados na própria terra (fossas)
  • Resíduos são jogados em rios e riachos
  • "Tratados" com sistemas diferenciados (tratamentos com plantas simples e sofisticadas)

2. Aplicar as excretas diretamente em terras agrícolas:
Esta prática é muito comum na Ásia, porém pode trazer sérios problemas para a saúde se mal manejadas. Esta prática tem sido usada pela China por milhares de anos.




3. Compostar os resíduos de forma lenta a baixas temperaturas, por um longo período de tempo:
É a forma como trabalham a maior parte dos sanitários ecológicos, com temperaturas relativamente baixas (37graus C a menos).
este tipo de composto ajuda a "reciclar" nossos resíduos, porém não é recomendado usar o composto terminado no cultivo de hortaliças.




4. Compostar os resíduos à altas temperaturas por um longo período de tempo:
Alcançando temperaturas acima de 55 graus C, os microorganismos "termofílicos"(que gostam de viver em altas temperaturas) criam um ambiente na compostagem que destróem os patógenos que podem existir nas excretas humanas, convertendo estes em um composto seguro para o cultivo alimentícios.




Na América Latina, 98% das excreções humanas são despejadas sem tratamento algum !




PORQUE USAR UM SANITÁRIO ECOLÓGICO ?

  • Porque uma pessoa que utiliza o banheiro convencional, consome em 1 ano a quantidade de água que poderia beber em 40 anos de vida. Se todas as pessoas do mundo usassem água de toilete, não haveria água para chegar no seu copo.
  • Não contamina a água. Uma família de 5 pessoas que usam banheiro comum contaminam mais de 150.000 litros de água para trasnportar 250 kilos de cocô e 2.500 litros de urina em 1 ano.
  • Não utiliza energia. Se utiliza muita energia para levar a enorme quantidade de água para os banheiros. E quando existe, gasta muita energia para transportar as " águas negras".
  • Não desperdiça nutrientes. A urina e as fezes bem tratados, servem de nutrientes para o solo. Uma pessoa produz em média, 450 litros de urina e 50 kilos de fezes em 1 ano, que poderiam utilizar-se para enriquecer e manter a fertilidade do solo ao invés de contaminar a água.

Composição das fezes humanas - 135-270 gramas por dia por pessoa
Materia orgânica (base seca) ......………………………………….. 88 - 97 %
Umidade .....................……………………………………………. 66 – 80 %
Nitrogênio ……………………………………………….....………..5 – 7 %
Fósforo …………………………………………………….....…… 3 – 5.4 %
Potássio ……………………………………………………………. 1 – 2.5 %
Carbono …………………………………………………………….40 – 55 %
Cálcio ……………………………………………………………… 4 – 5 %
Relação C/N ………………………………………………………...5 – 10 %


Composição da urina humana: 1 – 1.3 litros por pessoa
umidade...................................……………………………………………. 93 – 96 %
Nitrogênio …………………………………………………………………..15 – 19 %
Fósforo …………………………………………………………………… 2.5 – 5 %
Potássio …………………………………………………………………… 3 – 4.5 %
Carbono ……………………………………………………………………11 – 17 %
Cálcio ………………………………………………………………………4.5 – 6 %
Fonte: Gotaas, Composting. (1956), p. 35
















Material cedido: Claudio Alfaro