quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

O Ártico bateu um novo recorde histórico de calor em 2011



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A região do Ártico bateu um novo recorde de calor. A Nasa, agência espacial americana, informou que a média de temperatura de 2011 foi a mais alta desde que as medições começaram, em 1880. Segundo os pesquisadores, o Ártico ficou 2,28 graus centígrados mais quente do que a média de referência, do período de 1951 a 1980. O aquecimento global vem sendo mais intenso nos polos Norte e Sul. A temperatura média começou a disparar no fim dos anos 70 no Ártico. Desde 1992, nunca mais ficaram abaixo da média de referência.
O calor ártico do ano passado bateu o recorde de 2010, que era 2,11 graus centígrados acima da temperatura de referência.


O mapa acima indica como ficaram as temperaturas no mundo ano passado em relação à média histórica (de 1951 a 1980). Quanto mais azul, mais frio ficou. Quanto mais vermelho, mais quente. O maior aquecimento no ano passado ficou em uma região do Ártico ao norte da Rússia. É o vermelho mais escuro do mapa acima. Corresponde a até 4,4 graus centígrados acima da média histórica. A região em azul, no Oceano Pacífico, foi a única parte do mundo que ficou entre 1 e 4 graus mais fria do que a média histórica. É a área de ocorrência de La Niña, fenômeno cíclico que resfria o mar por ali. Mesmo com o refrigerador oceânico La Niña, o resto do mundo ferveu.
Segundo algumas medições, o calor do ano passado fez o polo Norte chegar à menor extensão de gelo no verão. O aquecimento extraordinário do Ártico não é ruim apenas para os ursos polares. Ele está mudando o clima em todo o Hemisfério Norte. Também pode acelerar o derretimento do gelo em terra firme, como na Groenlândia, e apressar a elevação do nível do mar em todo o mundo.
(Alexandre Mansur)
Foto: Hannes Grobe