quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Ninguém questiona?


18/01/2012 - 05h52

Fragmentos de meteorito procedente de Marte são encontrados no Marrocos

DA EFE

http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/1035899-fragmentos-de-meteorito-procedente-de-marte-sao-encontrados-no-marrocos.shtml


Uma equipe internacional de cientistas confirmou nesta terça-feira que procedem de Marte os fragmentos de um meteorito que foi visto caindo como uma bola de fogo no Marrocos em julho de 2011.
A Sociedade Internacional de Meteorítica e Ciência Planetária publicou em seu boletim os detalhes deste meteorito, batizado de Tissint e o maior que já chegou à Terra.
Trata-se de sete quilos de material rochoso em pedaços que vão desde um grama a quase um quilo, segundo explicou à Agência Efe Edward Scott, presidente da associação que agrupa 950 cientistas, incluindo vários funcionários da Nasa.
Os meteoritos são objetos compostos de rocha e metal que às vezes se desprendem dos diversos corpos do sistema solar e após viajarem pelo espaço caem nas superfícies da Terra, da Lua ou de qualquer outro corpo celeste.
A maioria dos meteoritos não é vista caindo, mas acaba encontrada algum tempo depois e é submetida então a uma série de testes para determinar sua procedência.
Daí a importância do Tissint, que caiu em julho e cujos restos começaram a ser recuperados em outubro, antes que o contato com a Terra começasse a afetá-lo.
Estes fragmentos rochosos são fundamentais para ajudar os cientistas em seu estudo para determinar a composição de Marte e saber se já houve vida no planeta, como explicou à Efe a professora Lydia Hallis, do Instituto de Geofísica e Planetologia da Universidade do Havaí.
"Da química desses produtos podemos obter mais informações sobre o ambiente marciano ao longo do tempo, desvendando, por exemplo, se era comum que a água ficasse na superfície e, potencialmente, descobrir se em algum momento Marte foi apto a ter vida", indicou.

17/01/2012 - 11h41

Com 3.000 anos, tumba de cantora é descoberta no Egito

DA ASSOCIATED PRESS

http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/1035428-com-3000-anos-tumba-de-cantora-e-descoberta-no-egito.shtml


Arqueólogos egípcios e suíços encontraram uma tumba de mais ou menos 3.000 anos que pertencia a uma cantora. A descoberta foi feita no Vale dos Reis, no Egito.
Essa é a única tumba de uma mulher sem parentesco com as famílias reais achada na região, segundo Mansour Boraiq, do Ministério das Antiguidades.
France Presse
Caixão da cantora Nehmet Bastet foi encontrado intacto no Vale dos Reis, em Luxor, no Egito
Caixão da cantora Nehmet Bastet foi encontrado intacto no Vale dos Reis, em Luxor, no Egito
O Vale dos Reis, em Luxor, é uma importante atração turística. Foi lá que, em 1922, arqueólogos acharam a máscara funerária dourada de Tutancâmon, que governou a região até 1323 a.C.
Segundo Boraiq, o caixão da cantora está surpreendentemente intacto.
Quando ele for aberto, nesta semana, os cientistas devem achar uma múmia e uma máscara moldada sobre seu rosto, feita com camadas de tecido e gesso.
O nome da cantora, Nehmes Bastet, quer dizer que ela era "protegida" pela divindade felina Bastet.
A tumba foi achada por acaso, segundo Elena Pauline-Grothe, diretora de escavações no Vale dos Reis pela Universidade de Basileia. "Não estávamos procurando novas tumbas. Essa estava perto de outra descoberta há cem anos."
As inscrições achadas no local indicaram que a mulher era cantora no templo de Karnak, um dos mais famosos da era dos faraós.


17/01/2012 - 17h25

Dióxido de carbono afeta sistema nervoso dos peixes, diz estudo

FRANCE PRESSE

http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/1035602-dioxido-de-carbono-afeta-sistema-nervoso-dos-peixes-diz-estudo.shtml

As crescentes emissões de dióxido de carbono (CO2) podem afetar o cérebro e o sistema nervoso central dos peixes marinhos, com sérias consequências para a sua sobrevivência, revelou um estudo publicado na segunda-feira (16).
Segundo a pesquisa, as concentrações de CO2 estimadas para o fim deste século vão interferir na habilidade dos peixes de escapar de predadores.
O ARC (sigla de Centro de Excelência para Estudos de Recifes de Coral) informou que testou o desempenho de peixes jovens em água do mar com altos níveis de CO2 dissolvido ao longo dos anos.
"Agora está bem claro que eles sofrem uma alteração significativa em seu sistema nervoso central, podendo prejudicar suas chances de sobrevivência", disse o professor que divulgou as descobertas, Phillip Munday.
Em artigo publicado na revista "Nature Climate Change", Munday e colegas também detalharam o que afirmam ser a primeira evidência no mundo de que os níveis de CO2 na água do mar afetam um receptor cerebral chave nos peixes, provocando mudanças marcantes em seu comportamento e habilidades sensoriais.
A equipe de cientistas começou a estudar o comportamento de crias de peixe-palhaço e peixes-donzela ao lado de seus predadores em um ambiente de água enriquecida com CO2.
Eles descobriram que, enquanto os predadores eram pouco afetados, os filhotes apresentaram um desgaste muito maior.
"Nosso trabalho inicial demonstrou que o sentido do olfato em filhotes de peixes foi afetado pela presença de mais CO2 na água, o que significa que eles tiveram mais dificuldade de localizar um coral para se abrigar ou detectar o alerta de um peixe predador", disse Munday.
A equipe, então, examinou também a capacidade dos peixes de localizar e ocupar recifes à noite e evitá-los durante o dia, para ver se ela foi afetada.
"A resposta é sim. Eles ficaram confusos. Ser atraído pelos corais à luz do dia os tornaria presas fáceis para os predadores", acrescentaram os pesquisadores.

O estudo mostrou, ainda, que os peixes também tendem a perder o instinto natural de virar para a direita ou a esquerda, um importante fator de comportamento adquirido.
"Tudo isto nos levou a suspeitar que o que estava acontecendo não era simplesmente um dano ao seus sentidos individuais, mas, ao contrário, que níveis mais altos de CO2 estavam afetando o sistema nervoso central como um todo", acrescentou.
Munday afirmou que 2,3 bilhões de toneladas de emissões de CO2 são dissolvidos anualmente nos oceanos do mundo, provocando mudanças na química da água na qual vivem os peixes e outras espécies.