quarta-feira, 26 de outubro de 2011

1º Congresso de Áreas Verdes - Florestas Urbanas : A gestão sustentável da água na Floresta Urbana e os Parques Sustentáveis. Dia 27/10/2011 às 16h.


http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/meio_ambiente/servicos/seminario_areas_verdes/index.php?p=5725








Parque Ibirapuera, Porão das Artes, Pavilhão
Ciccillo Matarazzo – Bienal,
Av. Pedro Álvares Cabral, Portão 3


Relatório aponta áreas de risco com mudança climática


26/10/2011 - 11h07


A intensa urbanização, o pouco planejamento na organização das cidades e a redução da vegetação põem em xeque os países do Sudeste Asiático e do Pacífico, que sofrem com os efeitos da mudança climática, indica uma análise divulgada nesta quarta-feira pela imprensa.
Inundações como as da Tailândia, o paulatino afundamento da capital das Filipinas e o desaparecimento de inúmeras ilhas do Pacífico pelo aumento do nível do mar são algumas consequências da mudança climática, aponta o estudo da empresa de consultoria Maplecroft.
Sakchai Lalit/Associated Press
Garoto brinca em área inundada em Bangcoc, na Tailândia; país está em 37º lugar na lista dos países com maior risco
Garoto brinca em área inundada em Bangcoc, na Tailândia; país está em 37º lugar na lista dos países com maior risco
"O crescimento da população combinado com governos pouco eficientes, corrupção, pobreza e outros fatores socioeconômicos aumentam o risco para a população e os negócios", afirma o comunicado.
O estudo analisa e mostra em um mapa os países mais vulneráveis às mudanças climáticas, as cidades mais ameaçadas, as zonas econômicas e os perigos para a população mundial.
"O impacto e as consequências de um desastre ambiental grave não só afetam a população e economia locais, mas podem ser de importância mundial, especialmente porque o peso destas economias está aumentando", explica o analista ambiental da empresa, Charlie Beldon.
PROBLEMA MUNDIAL
A Tailândia, que ocupa o 37º lugar da lista entre os países com maior risco, sofre atualmente as piores inundações dos últimos 50 anos que ameaçam inundar Bangcoc, já causaram 366 mortes e afetam 9 milhões de pessoas.
Um vídeo da ONG tailandesa Roosuflood culpa a destruição do ambiente para a construção de parques industriais e áreas residenciais como a causa das inundações, e aponta que o volume das precipitações neste ano não foi muito maior do que nos anos anteriores.
O relatório da Maplecroft afirma que a construção de infraestruturas para expandir as cidades pode dificultar a resposta aos desastres, cada vez mais frequentes.
Conforme o relatório, a capital Manila é "extremamente vulnerável" às mudanças pelo rápido crescimento da população, que deve ganhar mais 2,2 milhões de habitantes entre 2010 e 2020, e por seu elevado risco de sofrer inundações e tempestades.
Pelas estimativas do Instituto de Vulcanologia e Sismologia filipino, algumas áreas de Manila afundaram nos últimos três anos pela exploração exagerada dos aquíferos, o que piora as enchentes que se repetem ao longo da estação das monções.
No início de setembro, o Fórum das Ilhas do Pacífico realizado na Nova Zelândia alertou sobre a situação de vários estados insulares, como Tuvalu, Kiribati e as Ilhas Marshall, que submergem lentamente por causa do aumento do nível do mar.
Os efeitos também podem aparecer em países desenvolvidos, como ocorreu este ano na Austrália com as graves inundações em Brisbane, e na Nova Zelândia, com o terremoto que devastou a cidade de Christchurch.
Outras áreas do planeta, como a África e América do Sul, também são vulneráveis aos efeitos da mudança climática.
O relatório da Maplecroft aponta que os riscos também podem oferecer oportunidades de investimento pela "mudança na demanda de bens e serviços" e "modificar" os existentes diante das novas necessidades.

Brasil vira o maior consumidor de biodiesel do mundo


26/10/2011 - 07h15

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/996626-brasil-vira-o-maior-consumidor-de-biodiesel-do-mundo.shtml


MARIANA BARBOSA
DE SÃO PAULO

 O Brasil vai terminar o ano como o maior mercado consumidor de biodiesel do mundo, passando a Alemanha.
Segundo projeções da Aprobio (Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil), o país vai produzir e consumir 2,8 bilhões de litros do combustível, 17% a mais do que no ano passado.
No país europeu, o consumo deve passar de 2,4 bilhões de litros para 2,6 bilhões de litros. A Alemanha também perderá a posição de maior produtor, mas para a Argentina. A produção argentina vai saltar de 2,1 bilhões de litros para 3,2 bilhões de litros.
"Temos capacidade ociosa, mas não conseguimos ser o maior produtor", diz o presidente da Aprobio, Erasmo Battistella, que também preside a BSBios, empresa que se associou recentemente a Petrobras Biocombustível.
Segundo Battistella, os principais entraves são o tamanho do mercado doméstico Ða mistura do biodiesel ao diesel é limitada a 5%Ð e a falta de competitividade para exportar (devido a tributos, câmbio e outros custos).
O setor defende a adoção de um novo plano nacional de biodiesel, com um aumento gradual da participação do produto renovável na mistura final do diesel, para 20% até 2020.
"O ideal seria aumentarmos 1,5 ponto percentual por ano", diz Battistella.
"O setor já está maduro e em condições de atender um aumento de demanda pois estamos trabalhando com 50% de capacidade ociosa."
Desde o lançamento do plano nacional de biodiesel no governo Lula, em dezembro de 2004, o setor investiu US$ 4 bilhões, atingindo uma capacidade de processar 6,1 bilhões de litros neste ano.
A previsão inicial do programa era chegar a 2013 com uma participação de 5% de mistura de biodiesel. "O governo antecipou a medida para 2010, para diminuir a importação de diesel", afirma Battistella.
A Aprobio estima que a ampliação da mistura para 20% poderá levar o setor a investir R$ 28 bilhões até 2020.
"Precisamos de uma sinalização do governo para planejarmos o investimento", diz Battistella, que participou da articulação para a criação, na semana passada em Brasília, da Frente Parlamentar em Defesa do Biodiesel, com a participação de 280 parlamentares.

Além do aumento do mercado doméstico, o setor quer a adoção de uma política de exportação, com redução de impostos, e uma política para estimular novas fontes de matéria-prima.
Atualmente, 85% da produção é feita a partir da soja.

Por conta de incentivos previstos no programa, 109 mil famílias de agricultores fornecem grãos para a indústria brasileira. A previsão é que esse número passe para 531 mil até 2020.

País faz mapeamento de águas subterrâneas


http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,pais-faz-mapeamento-de-aguas-subterraneas-,790652,0.htm

26 de outubro de 2011 | 3h 07

KARINA NINNI - O Estado de S.Paulo
Mais da metade dos municípios brasileiros utiliza águas subterrâneas para abastecer a população - e pouco se sabe sobre elas. Para mapear esse tesouro sob o solo, a Agência Nacional de Águas (ANA) está coordenando o monitoramento dessas grandes reservas subterrâneas de águas, chamadas de aquíferos. O objetivo é criar uma agenda nacional para a gestão integrada dos recursos hídricos subterrâneos e de superfície.
Veja também:
link 'Em dez anos faltará água no litoral do Nordeste'


Na mira estão os Aquíferos Açu, Urucuia, Jandaíra e as águas subterrâneas da Amazônia. O Aquífero Guarani, o mais estudado, tem um plano específico voltado para as áreas metropolitanas, sob as quais ele se encontra.
Segundo a ANA, 39% dos municípios brasileiros - ou 2.153 cidades - são integralmente abastecidos por águas subterrâneas, enquanto 14% também usam águas superficiais. O restante depende das superficiais, mas a pressão sobre elas aumenta a importância das que estão no subsolo.

Os aquíferos são formações rochosas que permitem que a água se infiltre e se movimente em seu interior. A ANA contabiliza no Brasil 27 sistemas aquíferos importantes, tanto para abastecimento público como para a agricultura, que usa na irrigação parte da água subterrânea disponível no País.

"Os aquíferos são reservas estratégicas", afirma Paulo Varella, diretor da ANA. "Sabemos, de antemão, que há problemas ao redor das grandes cidades, principalmente ligados à falta de saneamento", afirma.
Entre as principais preocupações dos especialistas está a capacidade de preservação da qualidade dos recursos encontrados entre as rochas, no subsolo. Urbanização desordenada, uso intensivo de pesticidas nas lavouras, reflorestamento, salinização e outros estão levando autoridades e estudiosos a pensar sobre a gestão dessas reservas.
Os aquíferos possuem as chamadas "áreas de recarga", locais por onde a água da chuva se infiltra e recarrega o sistema. Nessas áreas há maior vulnerabilidade da contaminação vinda da superfície. Elas geralmente correspondem a afloramentos e locais onde a "capa" protetora, que pode ser uma rocha, é fraturada ou apresenta "janelas" (descontinuidades).
Em São Paulo, que usa 80% do total retirado anualmente pelos quatro países que têm recursos do Aquífero Guarani (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai), a Secretaria de Meio Ambiente já discute a criação de lei que institua uma área de proteção e recuperação de mananciais específica para o afloramento do Guarani.
Vulnerabilidade. De acordo com levantamento coordenado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), ligado ao governo paulista, cerca de 4 mil km² da região de proteção proposta são considerados altamente vulneráveis à contaminação (mais informações nesta página).
Além de levar em consideração a proteção natural que os aquíferos têm, os especialistas observam a persistência e a mobilidade dos contaminantes que a reserva pode estar recebendo.
"Quando há quantidade o suficiente, é só uma questão de tempo até os contaminantes chegarem às águas subterrâneas, pela persistência. Agora, há contaminantes que se degradam ou que não chegam mesmo", explica Ricardo Hirata, professor do Instituto de Geociências da USP.
"Metais pesados, por exemplo, se movem pouco e ficam presos. Já os nitratos são muito móveis e persistentes", diz Hirata.
Ele afirma que os fertilizantes nitrogenados, aterros e lixões, redes de esgoto com vazamentos e locais de estoque de matéria-prima industrial são as fontes de contaminantes que mais preocupam os especialistas.
É consenso que a qualidade das águas do Guarani é ainda muito boa. Mas há preocupação com o excesso de exploração e o rebaixamento dos níveis de água nas cidades que mais utilizam os recursos.
Recentemente, um estudo financiado pelo Banco Mundial revelou que o Guarani não tinha tanta água assim como se pensava. "As pessoas diziam que era uma reserva de 30 mil km³ de água. Isso é irreal. Porque nós não temos acesso a toda essa água. Temos acesso, na área confinada, a cerca de 2,1 mil km³ - mais os 40 km³ de recarga anual", explica o geólogo Ricardo Hirata, da USP.
Segundo ele, usamos anualmente cerca de 1 km³ de água do Guarani: 94 % no Brasil, 3% no Uruguai, 2% no Paraguai e 1% na Argentina. Cerca de 80% do total é usado para abastecimento público e 15%, para processos industriais.
Se a disponibilidade de uma reserva que atrai atenção e investimentos ainda não é consenso, o potencial de aquíferos recém-descobertos, como o Alter do Chão, na Região Norte, é totalmente desconhecido. No ano passado, uma equipe da Universidade Federal do Pará (UFPA) divulgou a descoberta de uma reserva entre Pará, Amazonas e Amapá que seria bem maior do que o Guarani.
"Ainda não sabemos nada sobre ela. Temos de fazer mapas de fluxo hídrico subterrâneo para saber quais as regiões de recarga e transformá-las em área de proteção ambiental", explica Milton Matta, geólogo da UFPA.
O Alter do Chão abastece 100% de Santarém (PA) e quase toda Manaus (AM). "Não sabemos, por exemplo, as consequências do plantio de soja em Santarém. E como não conhecemos as áreas de recarga, não podemos medir as dimensões do problema", diz Matta. Por essa razão, a ANA destinou R$ 4,5 milhões para um mapeamento da hidrodinâmica das águas subterrâneas da Amazônia.