terça-feira, 14 de junho de 2011

Brasileiro se preocupa menos com consumo consciente


Brasileiro se preocupa menos com consumo consciente

14/06/2011 - 09h56


DA AGÊNCIA BRASIL

Apesar de ter mais informações sobre os problemas ambientais, o número de brasileiros que mantêm hábitos conscientes de consumo é cada vez menor, segundo pesquisa feita pela Fecomércio-RJ (Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro).
Para elaborar o levantamento foram feitas entrevistas com mil consumidores de 70 cidades, incluindo nove regiões metropolitanas. Entre elas, Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Belo Horizonte e Salvador.


De acordo com o levantamento, divulgado na segunda-feira, 57% dos entrevistados mantêm hábitos que levam em consideração a preservação do ambiente. Em 2007, quando a pesquisa foi realizada pela primeira vez, esse percentual era 65%.
A queda desse grupo refletiu desde a escolha de produtos ecologicamente corretos nas gôndolas dos mercados, a preocupação em verificar se os produtos adquiridos eram geneticamente modificados ou transgênicos, até a reciclagem do lixo e a preocupação em fechar a torneira ao escovar os dentes.
A pesquisa também mostrou queda no número de brasileiros preocupados com o desperdício, revelando que, enquanto em 2007, 76% dos entrevistados verificavam os armários e a geladeira antes de fazer compras, este ano 72% disseram manter essa prática.
Para o economista Christian Travassos, da Fecomércio-RJ, em alguns casos, o custo mais alto de produtos ecologicamente corretos inibe a adesão de parte dos consumidores ao grupo do consumo consciente.
"O órgão mais sensível do consumidor é o bolso e ele pondera, na hora do mercadinho, 'o orgânico é muito legal e ético, mas não tenho condições de comprar'. Não é uma questão estática porque o governo tem condições de incentivar o 'mais verde' e 'ecologicamente correto' via dedução de impostos e deduções fiscais", disse Travassos. "Muitos hábitos não envolvem custos", lembra ele, mas a boa vontade do consumidor, como a seleção de lixo dentro de casa e o reaproveitamento do óleo de cozinha.

SAÚDE NÃO PESA EM ESCOLHAS
A pesquisa mostrou ainda que os consumidores estão menos preocupados com a saúde.
De acordo com o levantamento, 25% dos entrevistados deste ano afirmaram que não verificam a data de validade do produto comprado (em 2007, eram 22%) e 72% disseram que checavam se a embalagem do produto estava danificada. A preocupação com a embalagem foi revelada por 78% dos entrevistados há quatro anos.
O resultado das entrevistas mostrou que entre as mulheres, os idosos e a classe A e B estão o maior número de pessoas conscientes em relação aos hábitos de consumo.
Os dados apontam, por exemplo, que 91% dos brasileiros de terceira idade fecham a torneira ao escovar os dentes (apenas 81% dos jovens cultivam este hábito). Em relação à prática de separar o lixo para reciclagem a relação é de 54% dos idosos contra 37% de jovens.
"Ao mesmo tempo, nossa leitura dos dados tem que considerar que cada vez mais jovens e crianças estão tendo contato com referenciais ecológicos e educação ambiental. Provavelmente, se hoje os idosos e as mulheres têm um cuidado maior com o ambiente, isso não significa que nós não tenhamos, no futuro breve, pessoas entre 24 e 30 anos com uma postura diferente. A grade curricular de muitas escolas aborda os temas e isso é uma tendência para os próximos anos ser confirmada", avaliou Travassos.
A pesquisa sobre consumo saudável vem sendo realizada anualmente, desde 2007, em 70 cidades brasileiras, pela Fecomércio-RJ e a empresa de pesquisa Ipsos.

Como emagrecer de forma insustentável

Cigarro e supressão do apetite

13/06/2011

autoria e fonte: http://agencia.fapesp.br/14024





Cientistas descobrem como a nicotina ativa neurônios que sinalizam que o organismo já comeu o suficiente. Estudo publicado na Science poderá ajudar no desenvolvimento de drogas para parar de fumar sem ganhar peso (Science)



Agência FAPESP – Fumantes costumam morrer mais cedo – e mais magros. Também é comum ver pessoas que engordaram após largar o cigarro – ou que dizem continuar a fumar para não ganhar peso. Agora, uma nova pesquisa, publicada na revista Science, destaca a relação entre fumo e peso.
O trabalho, feito por cientistas dos Estados Unidos e do Canadá, indica que a nicotina realmente diminui o apetite, e o faz por meio da ativação de um grupo específico de neurônios no cérebro.
Embora o fumo continue como uma das principais causas de mortalidade em todo o mundo, o novo estudo levanta a possibilidade de desenvolver tratamentos com base na nicotina para ajudar pessoas a parar de fumar e, ao mesmo tempo, evitar a obesidade e distúrbios metabólicos.
Yann Mineur, da Escola de Medicina da Universidade Yale, e colegas realizaram em camundongos experimentos variados, entre os quais moleculares, farmacológicos, eletrofisiológicos, genéticos e comportamentais.
O grupo descobriu que a nicotina ativa um conjunto específico de circuitos nervosos centrais, conhecidos como receptores de melanocortina do hipotálamo.
Esses receptores, por sua vez, aumentam a atividade dos neurônios chamados de POMC (pró-opiomelanocortina) e de uma série de receptores de melanocortina 4. Ou seja, a nicotina ativa células que sinalizam ao corpo que o indivíduo já comeu o suficiente.
“Fumar não implica ficar magro, mas muitas pessoas dizem que não param de fumar por medo de ganhar peso. Nosso objetivo é ajudar as pessoas a manter seu peso após largar o cigarro e, eventualmente, ajudar também aos não fumantes que lutam contra a obesidade”, disse Marina Picciotto, de Yale e outra autora do estudo.

O artigo Nicotine Decreases Food Intake Through Activation of POMC Neurons (doi: 10.1126/science.1201889) de Yann Mineur e outros, pode ser lido por assinantes da Science em www.sciencemag.org
 

Opção: Após enfarte, 20% das pessoas seguem fumando

Após enfarte, 20% das pessoas seguem fumando

Pesquisa mostra que 15% dos pacientes não fazem acompanhamento médico e 57% não reconhecem sintomas


14 de junho de 2011 | 0h 00



Autoria: Karina Toledo - O Estado de S.Paulo

Pesquisa realizada com 610 pessoas que já sofreram enfarte revela que 15% não fazem nenhum acompanhamento médico para evitar que o problema volte a ocorrer - e, se isso acontecer, 57% não sabem reconhecer os sintomas. O levantamento aponta que 20% dos pacientes continuam fumando após a alta. Para especialistas, os dados mostram a necessidade de um programa de atendimento contínuo a pacientes cardíacos.
 
A pesquisa foi feita em seis capitais brasileiras pelo Instituto Datafolha em parceria com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Entre os principais fatores apontados para a não realização de consultas médicas periódicas após o enfarte, 36% afirmaram ter dificuldade para marcar consultas no Sistema Único de Saúde (SUS) e 30% afirmaram não precisar de acompanhamento por estarem curados.


Veja também:
especial CalculadoraTeste sua saúde cardíaca
"Não existe essa história de estar curado", afirma o presidente da SBC, Jorge Ilha. Se não houver tratamento após a fase aguda, diz ele, é grande a possibilidade de o paciente sofrer um novo enfarte dentro de um ano.
"A SBC tem se reunido com o Ministério da Saúde para alertar sobre a importância desse acompanhamento após o enfarte. Hoje o paciente vai para o hospital e, de repente, recebe um "até logo". É jogado na rua", diz. Para Ilha, esse é um dos fatores que explica o alto índice de morte por enfarte - cerca de 16%. Nos centros de excelência, assim como nos países desenvolvidos, esse número é menor que 6%.
Mudança de hábitos. Segundo a pesquisa, 80% dos pacientes adotaram mudanças em seu estilo de vida após o enfarte. A principal alteração foi na alimentação, citada por 82%. No entanto, apenas 34% afirmam evitar substâncias que causam dependência, como cigarro e álcool, e quase 20% continuam fumando.
"No momento do enfarte, todos dizem que vão parar de fumar, mas, se não houver um suporte após a fase aguda, a maioria acaba voltando", afirma Otávio Rizzi, chefe da Unidade de Cardiologia da Unicamp.
O ideal, diz Rizzi, seria oferecer ao paciente acompanhamento psicológico não apenas na fase aguda, como nos meses seguintes ao enfarte. "Paralelamente, é preciso oferecer medicamentos para ajudar esse paciente a abandonar o tabagismo", completa.
Outros dados
33% 
dos entrevistados já sofreram mais de um enfarte

90% 
apontaram como principal motivação para seguir o tratamento corretamente o acompanhamento com um médico capacitado e atencioso

53%
consideram que a saúde é o assunto de maior importância em suas vidas no momento 








Teste sua saúde cardíaca

Calculadora mostra risco de morte por doença coronariana. O resultado dá apenas uma noção dos fatores de risco e não substitui uma consulta médica e exames detalhados

Ilustração: Pedro Bottino



ESPECIAIS

Rio Tietê?


Ambientalistas colocam barco de tetra pak em canal alemão


13/06/2011 - 11h37





Um barco com nove metros de comprimento, fabricado com embalagens do tipo tetra pak, flutuou nesta segunda-feira pelo canal de Karl-Heine, na cidade alemã de Leipzig.
O artista conceitual Frank Boelter, que idealizou o embarcação, disse que as embalagens simbolizam o fim da Era Industrial e, ao mesmo tempo, criticam a mentalidade do desperdício.
Segundo os organizadores do evento, o ato serve para pedir pelo retorno da topografia fluvial original em regiões urbanas.
Jan Woitas/France Presse
Grupo carrega barco feito com embalagens tetra pak para colocá-lo no canal de Karl-Heine, na cidade de Leipzig
Grupo carrega barco feito com embalagens tetra pak para colocá-lo
no canal de Karl-Heine, na cidade de Leipzig


Jan Woitas/France Presse

Artista conceitual Frank Boelter flutua com seu barco produzido com material reciclável em canal alemão
Artista conceitual Frank Boelter flutua com seu barco produzido
com material reciclável em canal alemão

Adianta?


Autoridades de Fukushima distribuirão medidores de radioatividade a 34 mil crianças

14/06/2011 - 05h02



Da EFE



Tragédia no JapãoAs autoridades de Fukushima anunciaram nesta terça-feira que no último trimestre do ano distribuirão dosímetros a cerca de 34 mil estudantes para controlar sua exposição à radioatividade, em meio à preocupação pelos níveis de contaminação na zona.
A Prefeitura de Fukushima, município situado a 60 quilômetros da usina de Daiichi, prevê distribuir os dosímetros em centros pré-escolares, colégios e institutos da cidade.
Além disso, os pais com crianças de menos de três anos poderão solicitar nos escritórios municipais um destes aparelhos, cuja venda disparou desde o início da crise nuclear, em 11 de março.
A distribuição dos dosímetros inscreve-se em uma campanha para garantir a saúde das crianças e dos jovens que incluirá ainda exames de saúde detalhados uma vez por mês, indicou a agência local Kyodo.
As autoridades de Fukushima tomaram esta decisão depois que a Prefeitura de Date, na mesma província, adotou uma medida similar após detectar em zonas isoladas do município níveis de radioatividade acima do limite recomendado, segundo a Kyodo.
O acidente na usina de Fukushima Daiichi levou o governo japonês a evacuar um raio de 20 quilômetros em torno da central e a declarar a área como zona de exclusão.
Além disso, recomendou aos moradores entre 20 e 30 quilômetros que permaneçam fechados em suas casas ou deixem o lugar, e evacuou outras cinco localidades situadas a até 40 quilômetros nas quais se detectou elevada radioatividade.
A Agência de Segurança Nuclear do Japão recomendou desalojar as pessoas em áreas com um nível anual de radiação superior a 20 milisievert, um número que, para organizações como o Greenpeace, é alto demais.
Na semana passada, o Greenpeace demonstrou preocupação pela radiação acumulada nas ruas e no solo de Fukushima, embora as autoridades insistam que por enquanto não excede os limites recomendados.


...............................................................

Mais seis trabalhadores da usina de Fukushima contaminados por radiação no Japão

Governo repreendeu a TEPCO e requisitou um relatório investigativo em uma semana

13 de junho de 2011 | 13h 42


AP
Mais seis trabalhadores da usina nuclear de Fukushima Daiichi, atingida por um terremoto e um tsunami no Japão, podem ter excedido o limite de exposição à radiação, elevando o total para oito funcionários, disse nesta segunda feira o governo japonês.


Os ministérios da Saúde e do Trabalho divulgaram resultados preliminares de testes a respeito da exposição dos trabalhadores à radiação durante o trabalho na usina. Três dos funcionários são operadores da sala de controle e outros cinco atuaram na restauração do fornecimento de energia que foi interrompido pelos acidentes do dia 11 de março.


A Tokyo Electric Power Co (TEPCO), que opera a usina, afirmou que nenhum dos funcionários estava demonstrando problemas imediatos de saúde, mas que eles deveriam ser monitorados a longo prazo, pois poderiam apresentar um aumento no risco de desenvolvimento de câncer. Os oito homens foram transferidos para trabalhos administrativos.


"Achamos a situação lamentável", disse Tadashi Mori, oficial do ministério de saúde, referindo-se à adição de mais seis trabalhadores à lista dos possíveis contaminados por níveis excedentes de radiação. Ele afirmou que o ministério planeja tomar "ações apropriadas" a respeito da violação da TEPCO, quando os resultados forem confirmados.


Logo depois do desastre, o governo aumentou os limites de exposição à radiação para os homens de 100 millisieverts para 250, pois assim os funcionários poderiam atender à emergência ocasionada pelo tsunami.


O ministro da saúde também afirmou, nesta segunda, que ao menos outros 90 funcionários apresentaram níveis superiores a 100 millisieverts, incluindo alguns que estão próximos do limite máximo de exposição.
Na sexta-feira, a Agência de Segurança Nuclear e Industrial (NISA) afirmou que os primeiros dois trabalhadores que alcançaram os limites fixados pelo governo ficaram expostos a mais do que o dobro da quantidade limite de radiação recomendada. O governo repreendeu a TEPCO e requisitou um relatório investigativo em uma semana.


Em separado, o Ministério da Saúde apresentou um aviso escrito sobre as exposições dos dois trabalhadores e é provável que faça o mesmo para os seis trabalhadores adicionais, se os seus casos forem confirmados.


Os dois operadores da sala de controle foram expostos a mais de 600 milisieverts, em sua maioria por inalação de partículas radioativas, disse o porta-voz Hidehiko Nishiyama, da NISA.


Os recém-confirmados seis trabalhadores podem apresentar exposições de cerca de 265 millisieverts a 498 millisieverts, principalmente durante trabalho na fábrica no dia 12 de março, quando uma explosão de hidrogênio danificou o prédio do reator da unidade 1, disse o porta-voz da TEPCO, Junichi Matsumoto, em entrevista coletiva.


``Os trabalhadores receberam instruções de segurança, mas acredito que provavelmente tiraram-nas de suas mentes no momento da crise'', disse Matsumoto.





Japoneses protestam para que governo abandone a produção nuclear


Postado em 13/06/2011 às 14h16
Autroia e fonte: http://www.ciclovivo.com.br/noticia.php/2731






Três meses após o desastre nuclear de Fukushima, os japoneses saíram às ruas para protestar contra a produção de energia atômica. (Imagem:noticias.r7.com)





Três meses após o terremoto e um dos maiores desastres nucleares já ocorridos no mundo, os japoneses saíram às ruas para protestar contra a produção de energia atômica. Os manifestantes pressionaram o governo a mudar o atual sistema energético do país.
Ativistas e outros japoneses contrários às usinas nucleares protestaram em diversas regiões do país, com bandeiras e cartazes dizendo: “Não às nucleares!” e “Sem Mais Fukushima”. Além da preocupação com os riscos oferecidos por essas usinas, os japoneses foram motivados a reivindicar por não estarem contentes com a maneira como o governo do Japão lidou com o desastre ocorrido em março deste ano.
O local escolhido para os protestos foi a central da operadora da usina de Fukushima, Tokyo Eletric Corporation. Em frente ao prédio estavam reunidas famílias completas, como foi o caso de Yu Matsuda, entrevistada pela Reuters, que levou os dois filhos para reivindicarem por uma mudança no país. “Quero que minhas crianças brinquem ao ar livre em segurança e nadem em nossos mares sem preocupações”, disse à agência internacional. 
O acidente de Fukushima obrigou 80 mil pessoas a saírem de suas casas nos arredores da usina. A radiação liberada pelo superaquecimento dos reatores também contaminou a água e alguns alimentos produzidos na região. O terremoto, que danificou a estrutura nuclear ocasionou a morte de 23 mil pessoas. 

Desde esse episódio o governo japonês vem sofrendo pressões para deixar de produzir energia nuclear, tanto que de seus 54 reatores, apenas 19 ainda estão em funcionamento. Enquanto a população clama por mudança, as autoridades se preocupam com uma possível crise energética, já que o país ainda é muito dependente da produção atômica. Com informações do O Globo.

Ciclista atropelado por ônibus de turismo na Av. Sumaré! Ciclista é invisível?


Ciclistas promovem ato após morte de executivo em SP




13/06/2011 19h51 - Atualizado em 13/06/2011 22h18

Antonio Bertolucci, da Lorenzetti, foi atropelado por um ônibus. 
Manifestação é de apoio à família do ciclista, que tinha 68 anos.

Bicicleta é pendurada em semáforo (Foto: Marcelo Mora/G1)Bicicleta é pendurada em semáforo (Foto: Marcelo
Mora/G1)

Ciclistas colocam faixas em homenagem a executivo (Foto: Marcelo Mora/G1)Ciclistas colocam faixas em homenagem a executivo (Foto: Marcelo Mora/G1)
Após a morte do executivo Antonio Bertolucci, presidente do Conselho Administrativo da Lorenzetti, um grupo de ciclistas promoveu na noite desta segunda-feira (13) uma manifestação na Avenida Sumaré, Zona Oeste de São Paulo, onde ocorreu o acidente. Bertolucci, que tinha 68 anos, andava de bicicleta pela manhã quando foi atingido por um ônibus de turismo.
Parentes e amigos também participaram do ato. Eles colocaram cartazes homenageando o executivo e cobrando dos motoristas o cumprimento da lei que determina 1,5 metro de distância de ciclistas. Também depoistaram coroas de flores e acenderam velas no local do acidente.
Nas declarações, os familiares do empresário não conseguiam conter a emoção. "Ele tinha 68 anos e muita sede de viver. Estamos aqui para questionar: 'Até quando isso vai acontecer?' As pessoas não têm respeito por nada, por ninguém. Ele era italiano, amava andar de bicicleta, amava as pessoas, amava os pedestres, e não foi respeitado", disse Flávia Bertolucci, nora do empresário.
Manifestantes pintam o chão da avenida (Foto: Marcelo Mora/G1)
Manifestantes pintam o chão da avenida (Foto:
Marcelo Mora/G1)
Adeptos da bicicleta como meio de transporte compareceram para prestar solidariedade à família. "A gente sempre se comunica pela internet e nos sentimos feridos pelo que aconteceu aqui na Sumaré. Estamos pedindo respeito aos ciclistas. O motorista tem de respeitar a distância mínima de 1,5 m do ciclista, como determina o Código de Trânsito. Além disso, o poder público tem de fazer campanhas de conscientização", afirmou Felipe Aragonês, do Instituto Ciclo BR de Fomento e Mobilidade Sustentável.
A via teve de ser interditada durante o ato. Ciclistas aproveitaram para pintar o chão, sinalizando a passagem de bicicletas no local. Depois, bloquearam a Avenida Sumaré em um dos sentidos. Houve lentidão no trânsito, até a PM liberar paulatinamente as faixas.
Uma bicicleta pintada de branco (chamada de 'ghost bike') foi pendurada em um semáforo para representar a morte.
Motorista do ônibus
À polícia o motorista do ônibus relatou que não viu o ciclista e apenas ouviu um barulho quando fazia uma curva. As informações foram divulgadas pela Secretaria da Segurança Pública e constam do boletim de ocorrência feito no 14º DP (Pinheiros). Bertolucci foi atingido em uma alça de acesso à Avenida Sumaré, no bairro Perdizes.

Parentes e amigos depositam flores na avenida (Foto: Marcelo Mora/G1)
Parentes e amigos depositam flores na avenida (Foto: Marcelo Mora/G1)

Quarenta e nove ciclistas morreram na capital no ano passado, mais de dois por mês, segundo dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Em nota, a Silvetur, dona do ônibus, disse que lamenta o acidente e que apura os fatos.



13/06/2011 - 16h02

Presidente de conselho da Lorenzetti morre atropelado em SP





Atualizado às 17h14.
O empresário Antonio Bertolucci, 68, morreu na manhã desta segunda-feira após ser atropelado por um ônibus de turismo quando andava de bicicleta na região da avenida Sumaré, na zona oeste de São Paulo.
Bertolucci era acionista e presidente do Conselho de Administração do Grupo Lorenzetti, fabricante de duchas e chuveiros. Em nota, a empresa lamentou o acidente e disse que o empresário deixa mulher e seis filhos.
O atropelamento ocorreu por volta das 9h20. O motorista do ônibus disse à polícia que trafegava pelo acesso à avenida Paulo 6º quando ouviu um barulho ao fazer a curva. Ele afirmou só ter visto o ciclista, pelo retrovisor, quando ele já estava caído no chão, entre o ônibus e a guia.
Segundo o boletim de ocorrência, Bertolucci foi atingido pelo pneu dianteiro do lado direito do ônibus. O veículo passou, ainda, sobre a perna do empresário.
Ele foi levado para o Hospital das Clínicas, mas não resistiu aos ferimentos e morreu às 9h35.
Ciclistas estão organizando uma manifestação, inicialmente para as 19h, no mesmo local do acidente, para protestar contra a falta de segurança no trânsito.
A ocorrência foi registrada no 14º DP (Pinheiros), que vai investigar as circunstâncias do acidente.

+ CANAIS
+ NOTÍCIAS SOBRE ATROPELAMENTOS
  • Justiça do RS ouve ciclistas atropelados
  • Ciclista morre atropelado em rodovia em Franca (SP)
  • Caminhão atropela e mata ciclista na Fernão Dias em MG
  • 'Pensei que se parasse seria linchado', diz atropelador de ciclistas
  • Manual do ciclista urbano ajuda a encarar as ruas de bike
  • Com "bicicletadas", ativistas declaram guerra aos "monstroristas"


  • SP tem só 35 km de ciclovias, 7% do previsto

    Segundo três estudos diferentes, cidade deveria ter 522 km de faixas exclusivas para os ciclistas; vias deveriam ser construídas até o fim de 2012

    14 de junho de 2011 | 0h 00


    Autoria: Paulo Saldaña e Rodrigo Burgarellis - O Estado de S.Paulo
    Se todos os planos e promessas de ciclovias feitos nos últimos anos fossem somados, São Paulo deveria terminar o ano de 2012 com 522 km de vias e faixas exclusivas para as bicicletas - uma infraestrutura digna de cidade europeia. Até agora, porém, a capital conta com apenas 35,7 km de ciclovias, o que representa 7% de tudo o que foi planejado para aumentar a segurança dos ciclistas no Município. Para conseguir cumprir o planejado, a Prefeitura teria de construir 486 km de ciclovias até o fim do próximo ano.
    Os números constam de três fontes diferentes e foram levantados pela assessoria técnica do gabinete do vereador Chico Macena (PT), ex-presidente da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). A primeira são os Planos Regionais Estratégicos (PREs) de cada uma das subprefeituras, aprovados em 2004 como complemento ao Plano Diretor da cidade.
    Os PREs detalham as obras de transporte prioritárias em cada região da cidade, que deveriam ser executadas até 2012. A ideia era fazer um planejamento de longo prazo, mas que até agora não deu certo - apenas 10 km dos 367 km de ciclovias previstos para toda a cidade saíram do papel.
    Os outros 155 km previstos dizem respeito à Agenda 2012 - o plano de metas oficial da gestão Gilberto Kassab (sem partido) - e à promessa de construir 55 km de ciclovias e ciclofaixas nos três bairros onde há mais deslocamentos de ciclistas: Jardim Helena, na zona leste, Jardim Brasil, na zona norte, e Grajaú/Cocaia, na zona sul. O plano original previa que algumas das obras começariam ainda em 2009, mas até agora nenhuma delas foi iniciada. A CET afirmou que o projeto executivo está sendo concluído e a licitação para as obras deve sair nas próximas semanas.
    Já a Agenda 2012 prevê a construção de 100 km de ciclovias e ciclofaixas. Até agora, 16 km de ciclovias foram inaugurados, além de 10 km da Ciclofaixa de Lazer - essa, porém, só funciona aos domingos e não é considerada infraestrutura de transporte pelos ciclistas. O evento, porém, já provocou reflexos, segundo a CET. De 2009 para 2010, a queda de mortes de ciclistas no trânsito foi de 19,7% - de 61 para 49.
    Além disso, a administração vai definir e sinalizar duas "ciclorrotas" no Município, para reforçar a ideia de que ciclistas e veículos automotores devem compartilhar a faixa. A primeira delas, no Brooklin, zona sul, deve começar a funcionar ainda neste mês. A outra será inaugurada no centro.
    PERFIL
    Antonio Bertolucci, 68 anos, presidente do conselho da Lorenzetti
    Era apaixonado por bicicletas
    Antonio Bertolucci era neto de Alessandro Lorenzetti, que fundou a empresa, em 1923. Ele era apaixonado por bicicletas - tinha mais de 15. Todos os dias, fazia um passeio matinal de duas horas. Acordava às 7h, comprava pão para deixar na casa do filho Rogério e seguia do lugar onde morava, nas proximidades do Shopping Iguatemi, nos Jardins, até sua antiga casa, no Sumarezinho. Depois do passeio, voltava para casa, tomava café com a mulher e ia de carro até a sede da Lorenzetti, na Mooca. Rogério diz que a família havia pedido que ele parasse de andar de bike, mas não adiantou. "Ele adorava."