domingo, 29 de maio de 2011

Lâmpada LED com sensor de presença é ainda mais econômica

Autoria e fonte: http://eco4planet.uol.com.br/blog/2011/05/lampada-led-com-sensor-de-presenca-e-ainda-mais-economica/



Esse carocinho aí no tubo da lâmpada R-FAC é um sensor de presença. Com ele, a luz só vai ficar acesa se alguém estiver no mesmo ambiente que o LED.
Devidamente apontado pelos caras do ZTOP, esse sensor faz com que a lâmpada economize até 70% de energia, em comparação as fluorescentes de 40 watts. E o melhor é que a LED já vem no tamanho ideal para você trocar sua antiga de tubo.


O modelo de LED vai ficar aceso assim que alguém entrar na sala e, se não sentir ninguém por ali, apaga 90 segundos após o último movimento captado. Além disso, sua vida útil chega a 40 mil horas aproximadas de uso contínuo, os modelos fluorescentes suportam 12 mil como tempo máximo.
Outro ponto importante é que as lâmpadas fluorescentes ainda utilizam mercúrio, que pode ser muito problemático se não for descartado corretamente.
As novas lâmpadas LED da ROHM estão disponíveis em versões de 22 e de 14 watts. Elas são compatíveis com modelos fluorescentes de 40 watts com soquete padrão G13.

Sustentabilidade depende de mudanças no comportamento humano

Sustentabilidade depende de mudanças no comportamento humano

Não somente de tecnologias viverá o planeta, mas do comportamento humano

Autoria e fonte: http://www.portalodm.com.br/sustentabilidade-depende-de-mudancas-no-comportamento-humano--n--583.html

18.05.2011 | CICI2011 (foto:educacaosustentavel.wikispaces.com)
Sustentabilidade depende de mudanças no comportamento humano
Pensar um mundo diferente e sustentável não depende apenas de novas tecnologias, mas sim de mudanças de comportamento humano. Esse foi um das principais temas tratados pelo Engenheiro de Produção Social em Nova York (EUA), Shaun Abrahamson, no painel "Crowd e a pegada ecológica", realizado hoje (quarta, 18), durante Conferência Internacional de Cidades Inovadoras - CICI2011.
Para Abrahamson, a sustentabilidade tem duas frentes: a tecnologia e as pessoas. "Em todo o mundo existem diversas tecnologias criadas e sendo desenvolvidas. Esse é um dos focos da sustentabilidade. O outro é que devemos evoluir no comportamento humano, pensando em soluções possíveis de se aplicar em grupos de pessoas", disse ele.

Entender mais de gente
O painel mostrou também que é preciso entender mais de gente, do que motiva o ser humano a desenvolver uma causa, a se unir em grupos, mudar o comportamento social e buscar soluções. "Essa questão pode ser um sistema de ideias e recompensas. Uma forma de evoluir, buscando a colaboração das pessoas e fornecendo benefícios, como créditos ou reconhecimento de alguma forma", revelou Abrahamson.

Ele citou como exemplo o caso da companhia de café Starbucks, empresa mundial que investiu em uma campanha de redução de uso de copos plásticos. "A solução é simples. A pessoa leva seu copo, evita fila e ainda após dez cafés, ganha um", conta.

Interação e aproveitamento
Pessoas que não são especialistas em determinado assunto podem ajudar com novas ideias, através de ferramentas colaborativas, de interação social. O desafio é entender o que leva pessoas a pensarem em novas soluções de forma planejada e organizada. Outro quesito importante nesse contexto são os valores humanos envolvidos e o aproveitamento de talentos, tecnologias e inovação. A busca por um modelo de sustentabilidade ideal está muito ligado a como as pessoas interagem em grupo e como se comportam, levando a um entendimento maior do ser humano e em como podemos evoluir na sociedade.


Pessoas querem sistemas colaborativos, mas não sabem como funcionam
Realizar mais pesquisas sobre o comportamento do ser humano no dia-a-dia também pode ser uma das alternativas para entender a reação de pessoas em grupo e solucionar problemas da sociedade ligados a sustentabilidade econômica e ambiental.

"Ao longo do tempo as pessoas estão aprendendo e querendo trabalhar com sistemas mais colaborativos, mas ainda é uma incógnita a forma como elas podem reagir quando em grupos", afirmou. Abrahamson acrescentou ainda que quanto mais soubermos sobre o ser humano, mais vamos entender como reagimos em conjunto na busca das melhores soluções no planeta.

Projeto sustentável de moradia ensina oficio a moradores







Projeto sustentável de moradia ensina oficio a moradores

www.farolcomunitario.com.br/meio_ambiente_000_0439-projeto-sustentavel-de-moradia-ensina-oficio-a-moradores.php



Autoria: Mariana Soares | Agência USP


Mais de 100 famílias de dois assentamentos rurais do estado de São Paulo foram beneficiadas por um projeto que viabilizou melhorias como rede de água e esgoto e instalação elétrica em casas que tinham pouca ou nenhuma estrutura.
Por intermédio de um estudo de doutorado desenvolvido na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, o arquiteto Ivan Manoel Rezende Do Valle possibilitou aos moradores dos assentamentos Pirituba II, em Itapeva, e Sepé Tiaraju, em Serra Azul, a construção de novas moradias construídas em sistema de mutirão. “Cada um foi responsável por uma parte da construção”, conta Do Valle, que foi o responsável pelos projetos de coberturas das casas, usando madeira de florestas plantadas (eucaliptus e pinus), explorando também o conceito de sustentabilidade.
A tese de Do Valle, intitulada A pré-fabricação de dois sistemas de cobertura com madeira de florestas plantadas. Estudos de casos: os assentamentos rurais Pirituba II e Sepé Tiaraju, está vinculada a dois projetos de pesquisa desenvolvidos pelo Grupo de Pesquisa em Habitação e Sustentabilidade (HABIS), do Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU) da EESC, e pela Universidade Federal de São Carlos (UFscar). Na USP, a coordenação é do professor Akemi Ino. O professor Ioshiaqui Shimbo é o responsável pela coordenação na UFscar.
Os pesquisadores do projeto ficaram um ano e meio em cada assentamento, realizando viagens semanais desde a base em São Carlos. Em Pirituba II, foram atendidas 49 famílias entre 2005 e 2006, e em Sepé Tiaraju 77, entre 2007 e 2008. O arquiteto descreve como o processo era simples: em cada comunidade se montava uma espécie de uma marcenaria para a pré-fabricação dos componentes das moradias.
Incubação
O assentamento de Pirituba II teve um diferencial em relação ao de Sepé Tiaraju: a incubação das marcenarias. No assentamento de Itapeva, os moradores receberam treinamento para o ofício de marcenaria e iniciaram a produção de esquadrias de portas e janelas, além dos componentes das coberturas. Em forma de mutirão, eles adquiriram este conhecimento e passaram a trabalhar com marcenaria. Hoje há um número ainda maior de moradores com este conhecimento, repassado pelos pioneiros do projeto. Fazem parte destes pioneiros um grupo de mulheres já com mais de 40 anos, que, sem deixar de realizar o trabalho de casa, iam se juntar à marcenaria, para aprender ofícios que podiam ajudar em sua renda.

Em Sepé Tiaraju não houve incubação e, por consequência, não existiu a geração de trabalho e renda, pois a própria infraestrutura do assentamento era mais precária. Pirituba II já possuia galpões vazios de antigas fazendas, e o Sepé teve de improvisar um. Assim, a marcenaria limitou-se à confeccção dos componentes da cobertura (os painéis pré-fabricados) para as 77 casas.
Do Valle ressalta a importância da incubação: “por gerar trabalho e renda para os moradores, o processo acabou sendo um incentivo para eles ficarem por ali e não migrarem para outras áreas rurais ou urbanas”.
Forro
Segundo o pesquisador, a verba disponível era de aproximadamente R$10mil por casa e foi concentrada na compra de materiais, não havendo gasto com mão de obra. Com valores reajustados em dezembro de 2008, as coberturas de Pirituba II custaram R$3.047,00 cada, e a do Sepé Tiaraju R$3.005,00.

O arquiteto considera que a cobertura proposta para as casas do assentamento de Sepé Tiaraju tem qualidade superior devido a presença do forro. Enquanto em Pirituba II ele foi colocado apenas em algumas casas com recurso particular e individual, no Sepé o forro fez parte do processo de pré-fabricação e esteve presente em todas as coberturas. Também lá a produção foi mais rápida: 4 dias, contra 7 de Pirituba II.
O pesquisador concluiu que o processo de pré-fabricação de sistemas de cobertura com madeiras plantadas é viável em todos os critérios da sustentabilidade: ambiental, econômico, social, cultural e político, mesmo nas condições precárias do assentamento rural, e que as pessoas envolvidas na produção se organizaram, se capacitaram e produziram uma cobertura mais barata e de melhor qualidade, diferente da convencional. Do Valle ainda acrescenta que foi importante introduzir o processo participativo para a pré-fabricação, associado à industria e a regiões urbanas, nos assentamentos rurais, e destaca a relevância da experiência, dada a importância que a moradia tem para aquelas famílias, que há tempos lutam para ter uma moradia digna.

Maracanã vai se tornar exemplo de estádio ecologicamente correto

Maracanã vai se tornar exemplo de estádio ecologicamente correto

Autoria e fonte: http://www.jb.com.br/rio/noticias/2011/05/28/maracana-vai-se-tornar-exemplo-de-estadio-ecologicamente-correto/

O Maracanã se prepara para ser o principal palco da Copa do Mundo de 2014 e também referência em sustentabilidade. No projeto executivo de reforma e modernização do Templo do Futebol, que ficará pronto em dezembro de 2012, o conforto e a segurança dos torcedores não são as únicas prioridades. Transformar o Estádio Jornalista Mário Filho em um patrimônio ambiental, com soluções para a economia de recursos naturais, como água e energia elétrica, também está nos planos do Governo do Estado do Rio de Janeiro.
Para que o novo Maracanã receba a certificação ambiental, todas as melhorias são baseadas no sistema LEED (Leardership in Energy and Environmental Design), do Green Building Council Brasil, selo concedido a empreendimentos com alto desempenho ecológico. Além da eficiência energética e da economia de água, o projeto que tornará o Maracanã um estádio “verde” inclui a diminuição nas emissões de CO2, que causam o efeito estufa, melhoria nas condições do ambiente e otimização do uso de materiais de construção.
- Não tenho a menor dúvida de que o Maracanã é um case de sucesso, sua mudança é muito significativa em vários aspectos e serve de exemplo. No novo perfil, o Maracanã está pautado pela tecnologia e pelas eficiências energéticas. Os critérios da certificação LEED não estão apenas no projeto, mas também na obra - explicou o presidente da Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (Emop), Ícaro Moreno, responsável pela reforma do estádio.
Uso racional de água
A meta é reduzir o consumo de água em 30%, por meio de dispositivos economizadores e a implantação de um sistema de captação de água de chuva, que irá assegurar a diminuição de 50% no uso para irrigação do gramado. A chuva captada pela nova cobertura, que substituirá a atual marquise condenada por especialistas, será utilizada também para o funcionamento dos banheiros, que terão torneiras inteligentes com fechamento automático e descargas ecológicas.
Redução energética
A Secretaria de Obras prevê ainda a economia de 8% da energia elétrica. O Maracanã receberá um moderno sistema de iluminação com lâmpadas de led em 23.500 luminárias, econômicas, de baixa manutenção e elevada vida útil. Equipamentos de ar condicionado e bombas mecânicas eficientes e uso da energia solar no aquecimento da água dos vestiários estão na lista ecologicamente correta da modernização do estádio.
- O projeto sustentável diminui o custo de operação do Maracanã. As tecnologias que estão sendo implantadas reduzem o consumo. Por exemplo, haverá menor perda de carga elétrica para "alimentar" o estádio com o sistema que irá evitar o desperdício de energia, através do desligamento automático de luzes. Através dessas ações, que também contribuem indiretamente para a redução de CO2, estamos deixando de consumir o meio ambiente - ressaltou o responsável pelo projeto ambiental do Maracanã e gestor do LEED, Bernard Malafai.
Canteiro de obras sustentável
As práticas sustentáveis começam a ser adotadas já no canteiro de obras, onde cerca de 800 profissionais trabalham em dois turnos para entregar um novo Maracanã. Setenta e cinco por cento do material de demolição da obra estão sendo britados em uma máquina que separa o concreto das estruturas em ferro e serão reutilizados no estádio e em outras obras públicas. Durante toda a reforma, as árvores do local serão protegidas com cercas e um piso impermeável impedirá a poluição química do solo.
- No canteiro, já adotamos estratégias como o reaproveitamento do material utilizado. Tudo que está sendo demolido reciclamos, tanto a ferragem quanto o concreto para base e suporte de base. Nós também estamos tendo cuidados na escolha dos materiais utilizados nas obras, que são recicláveis. A reforma está toda dentro do universo ambiental - explicou Ícaro Moreno.

Resolução regulariza uso da biodiversidade

Resolução regulariza uso da biodiversidade

Empresas que criaram produtos com base na fauna e na flora poderão se adequar às regras vigentes desde 2001, com diminuição de multas

25 de maio de 2011 | 0h 00




autoria: Alexandre Gonçalves e Andrea Vialli - O Estado de S.Paulo
Uma resolução do Ministério do Meio Ambiente (MMA) facilita a regularização de empresas que utilizaram plantas e animais para desenvolver produtos - como fármacos, alimentos e cosméticos - sem aval do governo. Se cumprirem as exigências, poderão contar com redução de multas e autorização para explorar os produtos que criaram com base na biodiversidade.
Desde 2001, quem utiliza processos baseados em genes de plantas ou animais do País deve, por exemplo, destinar parte dos dividendos da descoberta à unidade de conservação onde ela ocorreu. Com o produto no mercado, a empresa também deve remunerar comunidades tradicionais - como índios e quilombolas - que contribuíram com seu conhecimento para a inovação.
A nova resolução (n.º 35 de 27 de abril), publicada anteontem no Diário Oficial da União, estabelece que as empresas com produtos em situação irregular podem se adequar às exigências em vigor desde 2001. No fim do ano passado, 107 empresas foram multadas por admitir que desrespeitavam a norma.
Para isso, as empresas devem encaminhar a documentação exigida ao Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (Cgen). Como prêmio pela disposição em regularizar a situação, as empresas poderão ter as multas diminuídas em até 90%. "Nosso objetivo não é acumular multas, mas garantir uma distribuição justa dos benefícios", afirma Bruno Barbosa, coordenador-geral de fiscalização do Ibama.
Fiscalização. Em agosto do ano passado, o órgão iniciou a Operação Novos Rumos. Na primeira fase, empresas puderam admitir voluntariamente suas infrações ambientais e, por isso, foram autuadas com a multa leve - no total, cerca de R$ 120 milhões, segundo Barbosa.
Agora, a operação entrou na segunda fase. Segundo o Ibama, cerca de cem instituições de pesquisa e empresas dos ramos farmacêutico, alimentício, agropecuário, cosmético, novos materiais e de perfumaria são suspeitas de utilizar conhecimentos obtidos da biodiversidade de forma irregular. Elas já foram notificadas a apresentar informações e documentos que comprovem sua situação regular. "Posso garantir que há na lista várias multinacionais e grandes empresas nacionais", afirma Barbosa.
Ciência. Rogério Bertani, biólogo do Instituto Butantã, afirma que a resolução publicada anteontem beneficia principalmente as empresas que desejam explorar economicamente o conhecimento obtido de forma irregular. Mas sublinha a necessidade de reformar a Medida Provisória n.º 2.186-16 de 23/08/2001. "Antes (da MP) de 2001, tudo era permitido, o que não era bom", recorda Bertani. "Depois, quase nada tornou-se permitido, o que também é ruim. Precisamos amadurecer a legislação." Pesquisadores e empresas sustentam que a lei atual impede a inovação.
PARA LEMBRAR
Multas crescem mais de 100% em cinco anos
Nos últimos cinco anos, houve um expressivo aumento das multas aplicadas pelo Ibama associadas ao uso da biodiversidade e patrimônio genético. Elas passaram de apenas 1 autuação em 2005 para 106 em 2010 - só no ano passado o órgão aplicou o equivalente a R$ 91 milhões. Essas infrações estão associadas ao uso indevido das espécies da biodiversidade, como a biopirataria.
Um dos casos notórios foi o da companhia de cosméticos Natura, multada no ano passado em R$ 21 milhões. Foram 64 autos de infração por acessos supostamente irregulares à biodiversidade. A empresa recorreu das multas e nega ter agido de forma irregular. 


C40: Congresso internacional de prefeitos de 47 megalópoles mundiais para discutir padrões de sustentabilidade urbana

Kassab anuncia encontro de cidades e critica falta de metrô em SP

C40 vai reunir prefeitos de megalópoles mundiais para discutir sustentabilidade urbana em SP

27 de maio de 2011 | 19h 44


autoria:Gustavo Bonfiglioli - Especial para o Planeta
O prefeito Gilberto Kassab anunciou nesta sexta-feira que pretende direcionar 2% do orçamento municipal a políticas ambientais e reclamou da falta de metrô, que tem como consequência direta o excesso de carros pelas ruras, como o principal problema ambiental da cidade.
O prefeito estava no lançamento do C40, congresso internacional de prefeitos de 47 megalópoles mundiais para discutir padrões de sustentabilidade urbana. O evento, que terá mesas-redondas e apresentação de cases de sucesso de planejamento verde, será sediado em São Paulo entre 31 de maio e 3 de junho.
Segundo Kassab, o C40 é uma oportunidade de consolidar a liderança ambiental de São Paulo no cenário das metrópoles mundiais.
“Fomos escolhidos na última edição, em Seul, pela nossa política ambiental. Esse é o momento de dar mais visibilidade para ela." As cidades ocupam apenas 2% do planeta, mas respondem por mais de 70% das emissões de gases causadores do efeito estufa, segundo a organização do C40.
O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, e o ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton confiramaram presença e as cidades brasileiras serão representadas pelos prefeitos de São Paulo, Rio e Curitiba.
Eduardo Jorge, secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, defendeu que esta é a última oportunidade do ano para que as cidades reivindiquem seu papel na política ambiental global. “Estamos às vésperas da conferência do clima da ONU em Durban e da Rio +20. O C40 traz a possibilidade de as cidades divideram a governaça ambiental com os governos nacionais e a ONU.”
“É o maior evento para pensar a mitigação e a adaptação das cidades às mudanças climáticas”, afirmou o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Miguel Bucalem.

Ar mais limpo. Kassab destacou a mitigação da poluição do ar como destaque a ser apresentado no C40, principalmente pela implementação do programa de inspeção veicular e pelas medidas adotadas para capturar gases de aterros sanitários e gerar energia. Especificamente, o prefeito fala das termelétricas instaladas nos aterros sanitários Bandeirantes e São João, respectivamente nos bairros Perus e São Mateus, que utilizam o metano emitido para a geração da energia.
Questionado sobre a arrecadação dos aterros, o prefeito afirma que o montante, avaliado em R$ 70 milhões e obtido com a venda de créditos de carbono em leilão, é aplicado em projetos para a comunidade local. Kassab aproveitou para anunciar o aumento do orçamento municipal para a secretaria de Meio Ambiente. “Tivemos a oportunidade de aumentar as verbas de 0,4 a 1,1% para a Secretaria de Meio Ambiente, e queremos chegar a 2%.”
Segundo o prefeito, o pior problema ambiental hoje na cidade é a falta de mais linhas de metrô, o que obriga o uso de carro pela população. “São apenas 70 km de linhas, e estamos pagando o preço histórico pela falta de atenção para essa política pública."
Kassab descarta a possibilidade de pedágio urbano, utilizado em metrópoles como Londres, porque, em São Paulo, as pessoas que têm carro já são penalizadas por rodízio e por uma carga tributária elevada. “São pessoas que não tem outra alternativa, porque o metrô é insuficiente e elas precisam do carro todos os dias,e  já pagam muito por isso”. O prefeito não menciona qualquer iniciativa de redução de carros nas ruas.
Já o secretário do Meio Ambiente, Eduardo Jorge, explica a impossibilidade de reduzir carros das ruas com uma metáfora médica: “Trânsito é uma questão de veias, artérias e capilares da cidade e da sociedade. Não dá pra fazer cirurgia no tráfego, tem que ter uma abordagem clínica, tem que ir devagar”. 

A inteligência é um lixo

 São Paulo, domingo, 29 de maio de 2011


Autoria: GILBERTO DIMENSTEIN

A Olimpíada pode ser uma chance de melhorar uma cidade e de elevar o seu patamar civilizatório



IMAGINE UMA cidade em que não existam caminhões de lixo passando pela rua nem se vejam, em nenhum lugar, lixeiras. O lixo passaria por tubos subterrâneos, desembocando num centro de reciclagem. Essa imagem está prestes a ser realidade em Barcelona, onde a experiência começou em 1992 com a Olimpíada. Desde então, o projeto vem sendo expandido.
Acontece nesta semana em São Paulo (onde ainda existe muito lixo na rua) o encontro dos prefeitos das 40 maiores cidades do mundo, ideia que surgiu em Londres e Nova York para compartilhar projetos ambientais e traçar uma ação conjunta.
É uma chance de conhecer alguns desses projetos, que revelam como a criatividade e a ousadia estão produzindo cidades mais inteligentes e saudáveis.
Mesmo quem não se importe com a sustentabilidade vai reconhecer que essas experiências são formidáveis exemplos da inventividade.

 
Por coincidência, Londres e Nova York, as cidades criadoras do encontro batizado de C-40, chamaram na semana passada a atenção mundial para ações que visam manter o ar mais limpo.
Nova York já tinha sido pioneira em banir o fumo de lugares fechados, inclusive bares e restaurantes. Agora, numa ofensiva ainda mais radical e polêmica, proibiram o cigarro em parques e na praia.
Para ser a cidade mundial do carro elétrico, Londres lançou oficialmente na quinta-feira o projeto de instalar até 2013 uma rede de 1.300 postos de recarga. Esse número supera o de postos de gasolina. Os indianos, aliás, estão prometendo o carro elétrico mais barato do mundo e imaginam que as ruas londrinas venham a ser o seu, digamos, grande "test drive".

 
Londres prepara-se para projetar uma imagem de sofisticação ambiental, aproveitando o fato de, no próximo ano, receber a Olimpíada. A cidade teve a ousadia de lançar o pedágio urbano e está estimulando seus moradores a criar fazendas urbanas, plantando hortas em todos os lugares possíveis, especialmente sobre os prédios e as casas. O objetivo, nada modesto, é fazer que a cidade produza o que consome ao mesmo tempo em que dissemina áreas verdes por todos os lados.
Tudo isso serve de inspiração para o mundo em geral e, em particular, para o Brasil, que vai receber a Olimpíada seguinte. Assim como ocorreu em Barcelona, a Olimpíada pode ser uma chance não apenas de melhorar uma cidade mas de elevar o seu patamar civilizatório.

 
O que essas cidades inovadoras fazem é justamente melhorar nossa percepção de civilidade. É o que sentimos quando vemos o prefeito de San Francisco, nos Estados Unidos, indo de bicicleta para o trabalho. Ou, no caso brasileiro, a Lei Cidade Limpa, em São Paulo, ou o sistema de transporte público de Curitiba. Poucas coisas são importantes para a imagem do Brasil como a disseminação do etanol, que acabou pondo o país na vanguarda tecnológica da indústria automobilística e química (produção do plástico verde, por exemplo). Em nenhum lugar do planeta existe um museu de arte tão ecológico como o de Inhotim, em Brumadinho (Minas Gerais), uma reserva florestal que virou um templo de arte contemporânea.
Na cidade de Calgary, no Canadá, graças a uma rede de energia eólica, o abastecimento do transporte público vem do vento. Na Dinamarca, as famílias que produzem sua própria energia ganham dinheiro do governo. Surgiram assim cooperativas de energia eólica. Por isso Copenhague virou um modelo admirado mundialmente.
Na cidade de Linköping, na Suécia, todo o transporte público é movido com o que sobra das cantinas e restaurantes.

 
Colocar a inteligência no lixo é hoje uma das grandes e maravilhosas fontes da inventividade humana.

 
PS- Estou tendo a maior experiência ecológica da minha vida. Cambridge, onde moro, é um imenso jardim, onde podemos fazer quase tudo a pé ou de bicicleta. Aqui é um lugar em que o compartilhamento de carro deu certo e estimulou a invenção de chaves digitais. Prédios emprestam ou alugam suas garagens para as pessoas deixarem os carros compartilháveis. Coincidência ou não, minha gastrite crônica deu um tempo. Quanto mais inteligente a cidade, mais podemos usar a mais antiga das trações: a tração humana. Preparei uma seleção de projetos inovadores para as cidades, postos no Catraca Livre (www.catracalivre.com.br), além do detalhamento dos casos citados nesta coluna.


Evento tem recorde de adoção de animais em São Paulo

Evento tem recorde de adoção de animais em São Paulo

Durante as seis horas da festa promovida pelo Centro de Zoonoses da capital, 84 animais foram adotados, 58 a mais do registrado no ano passado

29 de maio de 2011 | 15h 20



Autoria: Marcela Gonsalves, da Central de Notícias
A festa de adoção promovida neste sábado, 28, pelo Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo (CCZ-SP), bateu recorde de adoção de animais. Foram 45 gatos e 39 cães adotados durante as seis horas do evento. Na edição do ano passado, 26 animais foram adotados. 
Epitácio Pessoa/AE
Epitácio Pessoa/AE
Família de Laura, de 1 ano, brinca com cachorrinha no CCZ
Para Ana Claudia Furlan Mori, gerente do CCZ, os números podem refletir uma mudança no comportamento dos donos dos animais. "É uma amostra de que a população pode estar mais consciente da importância da guarda responsável e dos benefícios da presença de um animal de estimação na sua vida", diz.
A festa de adoção registrou a presença de cerca de 1.300 pessoas, que também puderam assistir aos desfiles dos cães e à apresentação de adestramento organizada pela "Cão Cidadão" e por funcionários do CCZ. Havia ainda a exposição de fotos "Cuida bem de mim", da fotógrafa Tizia Ditullio. 


Em 120 dias, quase um Ibirapuera desmatado. Quando a educação ambiental falha, multa neles!

Em 120 dias, quase um Ibirapuera desmatado

Morumbi é um dos mais afetados; Prefeitura prevê compensação, que nem sempre ocorre

29 de maio de 2011 | 0h 00


Autoria: Diego Zanchetta e Rodrigo Burgarelli - O Estado de S.Paulo

Uma das metrópoles menos verdes do mundo, São Paulo perdeu nos primeiros quatro meses do ano 12.187 árvores. É como se quase um Ibirapuera inteiro tivesse sumido entre 1.º de janeiro e 30 de abril - o parque tem 15 mil árvores - para dar lugar a prédios, conjuntos habitacionais e obras de infraestrutura. Os números fazem parte de um levantamento da Comissão do Verde e Meio Ambiente da Câmara Municipal, obtido com exclusividade pelo Estado.
Andre Lessa/AE
Andre Lessa/AE
Vila Andrade. Nova obra cortou mais de 300 árvores
Todos os cortes - que incluem também pedidos particulares e a retirada de 621 árvores mortas (5,1% do total) - foram autorizados pela Prefeitura. O governo sempre exige um replantio de mudas maior do que o número de cortes autorizados. Mas a eficácia dessa compensação ambiental é duvidosa e muitas vezes executada sem sucesso ou qualquer tipo de fiscalização.
No caso das licenças emitidas neste ano, muitas obras nem começaram. Mas, ao checar como tem sido feita a compensação de parte das 7.044 árvores cortadas com autorização do governo no primeiro trimestre do ano passado, a reportagem constatou que o replantio não ocorreu ou tem falhas graves. Em relação ao total do ano de 2010, a Prefeitura divulgou apenas um número parcial (o de novas construções), que aponta 10.693 árvores cortadas.
Pelas autorizações de 2010, é possível observar, por exemplo, como alguns dos últimos fragmentos de mata na região do Morumbi, na zona sul, estão desaparecendo para dar lugar a torres com mais de 20 andares. A impermeabilização avança sobre terrenos localizados entre o Panamby e a Vila Andrade, em um imenso matagal que ainda separava os condomínios de classe média alta das favelas do Campo Limpo. Sem a mata, que agregava espécies nativas da Mata Atlântica, como araucárias e aroeiras, essa divisão na zona sul praticamente sumiu - e o ar agradável da região também parece estar com os dias contados.
Novo bairro. Nesse miolo desmatado do Morumbi surgiu há uma década o bairro Jardim Sul, onde praticamente só existem condomínios fechados de alto padrão. Visto do alto, o bairro abriu um buraco no meio da mata. Só para um dos empreendimentos que estão sendo erguidos no bairro, na Rua Nossa Senhora do Bom Conselho, a Prefeitura autorizou em março do ano passado o corte de 337 árvores vivas, 16 mortas e o transplante de outras 50 para dentro da obra. Como contrapartida, o governo pediu preservação de 162 árvores e plantio de outras 200 no terreno. Mas nada indica que a compensação está sendo realizada, como observou a reportagem no canteiro.
Perto dali, na esquina das Ruas Alexandre Benois e Castelhano, na Vila Andrade, um novo condomínio ganhou autorização para cortar 171 árvores também em março do ano passado. A Prefeitura ainda autorizou a remoção de outras 40. Quase um ano e meio depois, as obras estão encravadas no meio da mata nativa. Segundo vizinhos, algumas árvores foram arrancadas com correntes puxadas por tratores. Logo acima do empreendimento, a Subprefeitura do Campo Limpo está reabrindo rua que estava soterrada por entulho jogado por moradores da favela ao lado e deve facilitar o acesso ao Shopping Jardim Sul.
PARA ENTENDER


1. O que são os Termos de Compensação Ambiental (TCAs)?

Os TCAs são uma espécie de contrato firmado entre a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente e alguma pessoa física ou empresa que precisa remover ou cortar árvores para fazer uma obra. Os termos são obrigatórios antes de qualquer tipo de manejo de vegetação.
2. Como funciona o processo de licenciamento?
A empresa apresenta um plano de manejo, dizendo quantas árvores precisam ser retiradas para execução da obra. Técnicos da secretaria vão a campo conferir a situação real e, caso necessário, fazer mudanças no plano para preservar mais árvores no local. Depois, é estabelecida uma compensação ambiental pelos exemplares perdidos.
3. Quais os tipos de compensação?
Normalmente se pede o plantio de árvores no mesmo terreno ou no entorno. Caso isso não seja possível, ela é feita em outros locais da cidade. Esse modelo, entretanto, tem recebido críticas de ambientalistas por não recompensar os bairros de onde as árvores são mais retiradas - que, por serem alvo constante do mercado imobiliário, também são os que mais precisam de áreas verdes. 



ECOBUSINESS 2011: Dias 01 a 03 de junho


Formulário de inscrição para Feira / Congresso

Especial Verde da Revista sãopaulo: Mude o (seu) mundo

REVISTA SÃO PAULO: ESPECIAL VERDE
Edição 50 - 29 de maio a 4 de junho




Autoria e fonte: http://www1.folha.uol.com.br/saopaulo/




29/05/2011 - 08h14

Sustentabilidade Pererê


A Redação da sãopaulo me mandou um e-mail: "Olá, Barbara, por conta do Dia Mundial do Meio Ambiente teremos uma edição temática sobre sustentabilidade. Gostaríamos de contar com a sua colaboração".
Sei. O Fabrício pegando a vizinha do andar de baixo e a mim cabe contribuir com a edição mais chata de todos os tempos. Tudo bem, contem comigo. Embora prefira ler a lista telefônica de Nova Déli a uma revista voltada para o engodo da sustentabilidade, sou uma profissional com espírito de equipe, estamos aqui para isso.
Só não me impeçam de começar dizendo que considero esse babado uma farsa. Ou que acho mais plausível ver o Saci-Pererê vencer o Usain Bolt nos 100 m rasos do que engolir a rapadura das empresas que resolveram se engajar na área.
Sejamos francos: já não dá mais tempo de tomar providências antes que nossa civilização acabe em uma grande bola de fuligem. Entre um deslizamento de terra e outro, nós aqui nem vergonha na cara temos de embutir o custo da devastação da Amazônia na carne que somos campeões mundiais em exportar.
Quem se nutre da roda-viva do mercado é tão absorvido pela piada da sustentabilidade que não vê nada de mais na notícia de que agora tem gente distribuindo folhetos publicitários dentro das salas de aula com o aval dos diretores das escolas. Pois é, Ronald McDonald tem sido aplaudido pela petizada em escolas e hospitais.
Segundo o Datafolha, quanto mais educados os pais, mais coniventes com ações publicitárias do tipo. A classe A quer ver os filhos treinados para consumir desde cedo. Os menos abastados só não gostam da catequização para o mercado por não terem "tutu" para ceder ao apelo das crianças.
Ao menos isso não nos tira mais o sono: a diferença de imbecilidade entre uma classe social e outra. Agora sabemos que todos os tapuias, ricos e pobres, são igualmente acéfalos. Superamos a desigualdade em pelo menos um aspecto, que bom, não é mesmo?
E não pense que é melhor do que eles só porque você se preocupa com o lixo que produz, viu, Pedro Bó? Separar lixo orgânico de plástico não vai resolver o problema, só a sua culpa por ser parte dele.
Não se iluda. Assim que o gelo derreter e for possível plantar mandioca na Groenlândia, você já não estará mais aqui para contar a história do aipim frito dos vikings.
A verdade é que as baleias, as gralhas e eu fatalmente acabaremos saindo de circulação. E o petróleo vai secar e deixar você a pé. Mas não será só isso. Todas as porcarias de plástico que nos rodeiam também vão desaparecer.
Incluindo o teclado em que escrevo e todos os tubos de PVC que levam nossos porcos dejetos para poluir outra freguesia. Não adianta o pessoal da Natura ou da Starbucks ou da Body Shop vir me dizer que é possível viver de forma sustentável porque daremos de volta para a natureza o que dela tiramos. Pague quantos créditos de carbono quiser que você não conseguirá equilibrar a equação.
Veja bem: não ouse vir com o papo furado de que a coisa irá se acomodar com alguma fantástica descoberta biogenética, ou o comércio visionário de urucum e plantas medicinais com os povos da floresta, que eu mando o Aldo Rebelo puxar seu pé no meio da noite.