segunda-feira, 2 de maio de 2011

Bicicleta é uma das soluções para o trânsito caótico de São Paulo Postado em 02/05/2011 ás 09h35

Bicicleta é uma das soluções para o trânsito caótico de São Paulo

Autoria e fonte: http://www.ciclovivo.com.br/noticia.php/2451
Postado em 02/05/2011 ás 09h35


A integração dos modais, bicicletas e transporte público, é uma das boas opções para que o transporte dos paulistanos seja facilitado. (Imagem: ciasabesp / Flickr)


Bicicleta é o meio de transporte mais sustentável que existe, pois além de não prejudicar o meio ambiente, a atividade física colabora para uma melhora na saúde do usuário. No entanto algumas cidades brasileiras ainda pecam na estrutura para os ciclistas.
Pedalar por diferentes locais e perceber que essa não é uma tarefa tão fácil e que exige muito cuidado é uma das especialidades do Rex, bike repórter da ONG ambiental SOS Mata Atlântica. Em entrevista ao CicloVivo ele deu dicas de como os ciclistas devem proceder para pedalar dentro das leis de trânsito e também compartilhou algumas experiências vividas na cidade de São Paulo.
Mesmo antes de trabalhar como educador ambiental e bike repórter, Rex já mantinha uma paixão pela “magrela”, quando a oportunidade surgiu, ele não desperdiçou. Assim, um dos trabalhos exercidos por ele hoje em dia consiste em trocar experiências, colher histórias e dados e através disso conscientizar a população sobre a importância de optar por meios de transporte que causem menos impactos ambientais.
“Se você vai começar a pedalar na rua, utilizando a bicicleta como meio de transporte, você vai contribuir com o meio ambiente e, nas grandes cidades, onde o trânsito é mais complicado, a bicicleta sempre chega primeiro, além de ser mais saudável e barato”, dá a dica o bike repórter. Para que essa atividade seja segura é necessário estar preparado e bem equipado para que os motoristas dos outros automóveis possam enxergar o ciclista e assim evitar acidentes.
A cidade de São Paulo é prova de que a imensa quantidade de carros rodando diariamente pelas ruas e avenidas é tão intensa que os motoristas acabam demorando muito mais tempo para fazer seus trajetos rotineiros. A campanha “Vá de Galinha” da SOS Mata Atlântica mostrou que durante os picos de congestionamento, os carros se locomovem com média de 15 km/h, que seria a mesma velocidade de uma galinha.
Dessa forma a bicicleta aparece como uma ótima opção para reverter esse cenário. Uma pesquisa feita pela IBM, em 2010, mostrou que São Paulo tem o sexto pior trânsito do mundo, mesmo assim a quantidade de carros comercializados aumenta a cada dia. Esses fatores são motivadores o suficiente para alertar a população e os órgãos governamentais de que alguma providência precisa ser tomada com urgência, para evitar que a cidade se transforme em um caos.
Para Rex, a principal vantagem da bicicleta é ter a certeza de que o tempo estimado para a locomoção entre dois pontos da cidade estará sempre dentro do esperado, já que o tráfego intenso de carros não é um problema para os ciclistas. Apesar de a cidade não possuir grandes estruturas que incentivem essa prática, como acontece em Bogotá, na Colômbia, ou em Copenhague, na Dinamarca, a bike ainda é uma ótima opção.
A integração dos modais, bicicletas e transporte público, é uma das boas opções para que o transporte dos paulistanos seja facilitado. Esse sistema funciona na capital, porém ainda não é efetivo, pois é disponibilizado apenas aos fins de semana. Mesmo assim, o bike repórter acredita que é importante comemorar mesmo que seja uma melhora “pequena”, mas é um bom começo para a mudança.
“A bicicleta em São Paulo ainda é considerada muito lazer, para que ela seja vista como meio de transporte ainda existe um caminho muito grande”, por isso é tão importante a participação dos movimentos que buscam ações públicas para que essa realidade seja modificada e todos sejam beneficiados.
Por Thaís Teisen – Redação CicloVivo

Fórmula Indy em São Paulo tem compensação ambiental

Fórmula Indy tem compensação ambiental

fonte: http://www.ciclovivo.com.br/noticia.php/2455

Postado em 02/05/2011 ás 16h19

Segundo a organização, quatro mil árvores serão plantadas para zerar as emissões da etapa de São Paulo da Fórmula Indy. (Imagem: cauin.com.br)


A organização da Fórmula Indy e o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, fizeram um acordo com o intuito de zerar a emissão de carbono gerada pelo evento e assim fazer a compensação pelos danos ambientais causados pela prova.
Os organizadores terão que doar verbas para que a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente fique encarregada de escolher quais áreas da cidade serão beneficiadas com novas estruturas ambientais.
Segundo o chefe operacional da Itaipava São Paulo Indy 300 Nestlé, Daruiz Paranhos, o evento também incentiva o programa Carbon Free para que as 760 toneladas de gases poluentes emitidas antes, durante e após a realização da prova seja reduzida. "Além de proporcionar um grande espetáculo para mais de 120 países, nosso compromisso é oferecer uma compensação ambiental que não só neutralize os gases que foram emitidos, mas que vá muito, além disso, oferecendo à cidade novas áreas verdes e a geração extra de oxigênio e de ar limpo", afirmou Paranhos em entrevista à Rede Bandeirantes. Segundo a organização, quatro mil árvores serão plantadas.
Uma empresa foi contratada para avaliar os danos causados ao meio ambiente, calcularam os transportes de carga e construção utilizados em todas as operações, analisaram as atividades de, aproximadamente, cinco mil pessoas que, de alguma forma, estão ligadas na produção. Os 26 carros de corrida são movidos a etanol, isso significa uma redução significativa das emissões, em relação aos combustíveis fósseis.
A Fórmula Indy, realizada no Circuito Anhembi, Zona Norte de São Paulo, deveria ter sido realizada no último domingo (1), porém devido à chuva torrencial que atrapalhou a corrida, a prova foi adiada para a manhã desta segunda-feira (2), que foi finalizada com vitória do australiano Will Power.
Redação CicloVivo

As várias faces da Sustentabilidade

As várias faces da Sustentabilidade
29/04/2011


Fonte: http://www.aecweb.com.br/artigo/comunidade/4026/newton-figueiredo/as-varias-faces-da-sustentabilidade.html

Autoria: Newton Figueiredo Newton Figueiredo é engenheiro naval e Presidente do Grupo SustentaX. Conselheiro de várias instituições ligadas aos setores de energia e racionalização de recursos, Newton também é membro fundador do Conselho Brasileiro de Construções Sustentáveis e do Green Building Council Brasil.


Sustentabilidade está se tornando um tema, cada vez mais, recorrente, porém, várias vezes, tratado com superficialidade sem, de fato, trazer para a discussão seus benefícios e traduzindo-se na maioria das vezes, como simples práticas ambientais para proteção do planeta.
E isso ocorre em, praticamente, todos os setores, no supermercado, quando nos são oferecidos produtos ditos sustentáveis, apenas porque possuem embalagem reciclável, ou então, ao buscarmos um imóvel e nos deparamos como diferenciais de sustentabilidade apenas caixas coletoras de pilhas. Absurdos, sim, mas que são levados a sério por milhares de pessoas motivadas pela boa vontade.
A sustentabilidade tem várias faces, a começar pela sustentabilidade individual. O objetivo da sustentabilidade individual é a felicidade. Para tanto, há a necessidade e de atendimento a alguns parâmetros de renda, alimentação, moradia, mobilidade etc... Quando vista sob a ótica da família, a sustentabilidade, além da felicidade busca a harmonia da convivência. Se estamos pensando em um condomínio, em uma comunidade ou bairro, a sustentabilidade para ser alcançada passa a ter o objetivo da qualidade de vida e do respeito mútuo. Quando se fala em sustentabilidade da cidade, outros aspectos como saúde, transporte, educação, resíduos, poluição passam a estar incorporados. Quando falamos em sustentabilidade da humanidade estamos tratando de assuntos ligados à segurança alimentar, de energia, de água, de paz e de preservação dos recursos para as futuras gerações. E o que seria a sustentabilidade empresarial?
Sustentabilidade empresarial é sinônimo de garantir rentabilidade e perenidade da empresa com equilíbrio entre decisões econômicas e o respeito pela sociedade. Muitas vezes, confunde-se sustentabilidade empresarial deixando de lado o componente econômico e parte-se para ações não sustentáveis focadas apenas nos aspectos socioambientais. Sustentabilidade corporativa significa gerar valor para a empresa e para a sociedade. Essa confusão de conceitos é que tem feito com que algumas empresas se encontrem frustradas com seus esforços na direção do que ela entendia, erradamente, como sustentabilidade. Outro erro comumente cometido é o da dispersão de ações ditas sustentáveis sem uma coordenação que gere uma resultante em benefício da empresa.
Assim, cabe reforçar alguns pontos chaves para os empreendedores que buscam a sustentabilidade de seus negócios:
Eficiência. No caso dos lojistas, a escolha de um ponto em um shopping que tenha uma gestão sustentável é fundamental, com equipamentos eficientes, como elevadores, escadas e metais sanitários. Com isso estará buscando ter maior rentabilidade para seu negócio, pelos menores custos condominiais, e maior responsabilidade para com seus clientes e para com a sociedade, pelos menores impactos ambientais.
Evitar desperdícios. Avalie bem antes de comprar, para minimizar os riscos de encalhe de mercadorias. Os maiores inimigos da sustentabilidade empresarial são a baixa produtividade e os desperdícios. É o óbvio, mas às vezes nos esquecemos deles e decidimos por impulsos emocionais. Ouvir os clientes é uma obrigação para garantir que seus produtos e serviços sejam desejados.
Aprazibilidade. Desenvolva um ambiente que seja atraente para os clientes, agradável e aprazível. Atraia os clientes pela aprazibilidade de sua loja.
Fornecedores responsáveis. Escolha fornecedores que também estejam engajados de forma séria em garantir produtos menos tóxicos, extraídos e produzidos com responsabilidade socioambiental.
Regionalidade. Dê preferência para produtos produzidos em sua região. Isso colabora para aumentar o nível de emprego e reduzir os problemas sociais e a criar um ambiente mais agradável de convivência. Evite a compra de produtos artesanais produzidos em outros países. A compra de produtos de baixa tecnologia de outros países diminui o recolhimento de impostos e estimula o desemprego e a falta de infra-estrutura pública.
Garantia de Sustentabilidade. Materialize seu discurso de responsabilidade para com seus clientes destacando a oferta de produtos que tenham a sustentabilidade garantida por selos de terceira parte, no caso da madeira, FSC ou Cerflor; para equipamentos eletroeletrônicos, o Selo Procel, para materiais de construção e decoração, o Selo Sustentax de Qualidade e Sustentabilidade.
Comunicação. Informe o consumidor destas iniciativas. O cliente precisa ter a percepção de que tudo está sendo feito para que ele se sinta muito bem no ambiente e que será informado para que tome a melhor decisão para ele. Mas, atenção: tenha práticas consistentes para comunicar. Não crie falsas expectativas e jamais se deixe levar pela maquiagem verde.
E, finalmente, lembre-se: sua obrigação como empresário é garantir rentabilidade e perenidade para o seu negócio, com visão de curto, médio e longo prazos. Não se esqueça que investidores e consumidores já estão dando preferência para aqueles que conseguem gerar o lucro de forma responsável para a sociedade visando mitigar riscos para todas as partes.