quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

TRÁFEGO AÉREO: QUEM É O CULPADO PELAS COLISÕES?

Em dez anos, triplicam no país colisões entre aeronaves e pássaros




Em 2010, foram registrados 964 incidentes desse tipo; em 2000, eram 310 ocorrências

DE BRASÍLIA

Autoria e fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2202201120.htm


Nos últimos dez anos, triplicou o número de colisões entre aeronaves e pássaros registradas no Brasil.

Em 2010, segundo dados preliminares do Cenipa (Centro de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos), houve 964 incidentes entre aeronaves e pássaros.

Em 2000, foram registrados 310 incidentes do tipo.

O Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), teve o maior número de incidentes: foram 54 colisões no total. Em 2009, o campeão foi o Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio, com 93.

"É um número alto, mas também é preciso considerar que a quantidade de voos vem aumentando no Brasil. Logicamente que as chances de colisão também aumentam", afirma Ronaldo Jenkins, diretor técnico do Snea (Sindicato Nacional de Empresas Aeroviárias).

A maioria dos incidentes ocorre durante o pouso ou a decolagem dos aviões.

Especialistas alertam para a importância do cumprimento da resolução que restringe a ocupação nas áreas no entorno dos aeroportos.

Segundo Adyr da Silva, ex-presidente da Infraero e professor do Centro de Formação em Transportes e Recursos Humanos da UnB (Universidade de Brasília), o problema reflete o descumprimento das políticas públicas.

"Se as autoridades urbanas tomassem conta de cumprir a legislação, esse número seria bem pequeno. É inacreditável o estrago que um pássaro pode fazer num avião", afirma Silva.



QUERO-QUERO

Um dos casos mais notórios de colisão entre aeronaves e pássaros ocorreu há dois anos nos Estados Unidos, quando o piloto precisou fazer um pouso forçado no Rio Hudson, em Nova York, pouco depois da decolagem. "Os pássaros entupiram a entrada de ar do motor, e ele ficou sem potência", lembra o professor da UnB.

No Brasil, o quero-quero é o pássaro com maior registro de incidentes, seguido por urubus. (FLÁVIA FOREQUE)







Ar limpo: CERCO AO TABACO EM HONDURAS

CERCO AO TABACO



Lei antifumo em Honduras quer limitar cigarro até em residências


DA ASSOCIATED PRESS - Acender um cigarro em casa pode atrair a visita da polícia hondurenha, se um membro da família ou até um visitante reclamar da fumaça.

Uma nova lei que passou a valer na segunda em Honduras, na América Central, bane o fumo na maioria dos locais públicos fechados.

A regra não chega a proibir o fumo em casa, mas tem uma brecha que permite fazer denúncias sobre fumo passivo em residências.

Uma violação da lei pode render de advertência verbal até prisão e multa de US$ 311 (R$ 520), o equivalente a um salário mínimo do país.

Até grupos antitabagistas suspeitam que essa parte da lei não vai funcionar.

"Parece que a intenção é educar por meio de reclamações, algo que não acho possível", diz Armando Peruga, da Iniciativa por um Mundo Livre do Tabaco, da OMS (Organização Mundial da Saúde).

Peruga elogia o país por adotar uma lei antifumo abrangente, lembrando que Honduras é só a 29ª nação a adotar esse tipo de regra entre os 193 membros da OMS.

Além de vetar o cigarro em locais fechados, a lei exige que o fumante fique a pelo menos 1,8 metro de um não fumante em locais abertos.

A publicidade de cigarros também fica proibida. Os maços terão que exibir fotos de pulmões afetados pelo câncer.

Em Honduras, 30% da população fuma. Para cada dólar que a indústria de cigarros ganha por lá, o país gasta US$ 10 para combater doenças relacionadas ao fumo.