quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

BIOENGENHARIA DE SOLOS 2. ENGENHARIA VERDE: BIOMANTAS ANTIEROSIVAS, RETENTORES DE SEDIMENTOS E HIDROSSEMEIO

Biomantas Deflor é sustentável





Autoria e fonte: http://www.ramalho1.com.br/site/produtos/22/Biomantas%20-%20Deflor


As biomantas oferecem proteção imediata contra o efeito dos agentes erosivos, processos de deslocamento e mobilização de particulas como: áreas recém-terraplenadas, taludes de corte e aterro, dunas não estabilizadas, margens de rios e canais, áreas com recobrimento deficiente da vegetação, proteção de dispositivos de drenagem, áreas de disposição de resíduos industriais, aterros sanitários e quaisquer superfícies de solo desprotegidas contra a ação dos processos erosivos.



As fibras são costuradas formando uma trama resistente, e protegidas por redes de polipropileno ou juta, o que permite programar sua degradabilidade. As biomantas antierosivas protegem imediatamente o solo, até que a vegetação se estabeleça.











1) Mais informações técnicas visite o site: http://www.deflor.com.br/


2) Visite o blog engenharia verde dos colegas portugueses: http://www.engenhariaverde.blogspot.com/




autoria by sutili fj @ 17.6.08

3) Consulte também o blog:  http://bioengenhariadesolos.blogspot.com/

Espécies exóticas da fauna e flora afetam biodiversidade nativa brasileira

Espécies exóticas da fauna e flora afetam biodiversidade nativa brasileira







Postado em 10/02/2011 ás 16h16






Sagui l Imagem: IG / Canal Natureza


Além das atividades humanas, a biodiversidade está ameaçada também por algumas espécies exóticas de animais. O perigo é oferecido por animais de estimação, como cães e gatos, e também por outras espécies da fauna e flora, como micos e saguis e jaqueiras.



Helena Bergallo, professora e pesquisadora do Laboratório de Ecologia de Mamíferos do Departamento de Ecologia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), coordena uma equipe que há dez anos trabalha no mapeamento e avaliação do impacto causado pelas espécies exóticas.



Segundo a pesquisadora, esses animais, sendo predadores ou competidores, podem representar perigo para muitas espécies nativas da fauna podendo resultar na extinção. Alguns animais são trazidos por traficantes, já a árvore jaqueira, por exemplo, invade o ecossistema e desestabiliza o equilíbrio local.



Helena criou uma lista com as espécies ameaçadas, que foi entregue à Secretaria de Estado do Ambiente (SEA). No entanto, ela explica que será feita uma nova lista oficial com o mapeamento de todo o estado do Rio de Janeiro.



Um dos principais fatores que colaboram para o aumento das espécies exóticas é a falta de informação da sociedade, que sem conhecer os impactos que esses animais e plantas podem causar, não conseguem evitar a invasão.



Outro cuidado que deve ser levado em consideração está no retorno das espécies aos seus locais de origem. A professora explica que essa ação é praticamente impossível, por dois motivos. O primeiros deles é porque em muitos casos não se sabe quais são as origens das espécies e o segundo, trata-se dos problemas que poderiam acontecer caso eles retornassem ao seu ambiente original, como doenças, que tornam os riscos ainda maiores.



Para ela, a solução seria realmente exterminar alguns animais para impedir que outras espécies fossem extintas. Como exemplo ela cita o sagui-da-serra-escuro, o Callithrix aurita, que consegue cruzar com outras espécies, porém existe o risco de gerarem filhotes estéreis.

Com informações do Instituto Carbono Brasil.



Redação CicloVivo



Fórum Social Mundial 2011: Clima é pretexto para a apropriação da vida na Terra, dizem especialistas

Clima é pretexto para a apropriação da vida na Terra, dizem especialistas

10/02/2011 15:51:40



Fonte: http://mercadoetico.terra.com.br/arquivo/clima-e-pretexto-para-a-apropriacao-da-vida-na-terra-dizem-especialistas/


autor: Igor Ojeda



A julgar pelos temas de muitas das mesas de debate ocorridas até agora no Fórum Social Mundial deste ano, que começou no dia 6 e acaba no dia 11, percebe-se que uma das principais preocupações de movimentos sociais e sociedade civil de todo o mundo é o fenômeno conhecido como “apropriação de terras”: a compra ou a toma de vastos territórios de países do Terceiro Mundo por governos estrangeiros e, principalmente, corporações transnacionais, que vem ocorrendo massivamente nos últimos anos.



As diversas mesas que trataram do assunto denunciaram a estratégia desses atores e seus objetivos principais: especulação, produção de commodities agrícolas, biomassa, entre outros. E, para atingir tal meta, as corporações e governos lançam mão de diversas formas de atuação. Uma delas é a incidência no debate sobre as mudanças climáticas.



Aparentemente, o fracasso das negociações para o corte das emissões de gás carbônico é, sob o ponto de vista corporativo, o melhor cenário, pois, assim, vem à tona o plano B: novas tecnologias que supostamente mitigam as alterações no clima do planeta. Dessa forma, o padrão de consumo e desenvolvimento das potências ocidentais poderia permanecer intocado.



Com o objetivo de alertar sobre a ameaça que esse discurso representa no contexto da Cúpula Rio +20, prevista para 2012 no Rio de Janeiro, a organização ETC Group realizou nesta quarta-feira (9) o debate “Rio + 20: a apropriação da Terra?”. Nas exposições dos debatedores, ficou clara a preocupação de que, por meio das novas tecnologias, poucas corporações passem a controlar toda a vida no planeta. O primeiro processo relacionado a elas, a apropriação massiva das terras, já começou.



O primeiro palestrante, Pat Mooney, diretor-executivo do ETC , iniciou sua fala afirmando que o desejo por trás de tal retórica é, principalmente, dois: centralizar a tomada de decisões sobre a mudança climática e vender tecnologias “verdes” para solucionar os problemas. “Eles dizem: é verde! É bom! Mas o que eles propõem não é verde”. Segundo ele, entre tais “soluções” tecnológicas, despontam três tipos: a nanotecnologia, a biologia sintética e a geoengenharia. A nanotecnologia, que tem como princípio básico a construção de materiais a partir dos átomos, recebeu, no ano passado, de acordo com Mooney, 15 bilhões de dólares em recursos de governos e empresas. “Propõe-se reciclar e reduzir nossos dejetos enquanto aumenta-se o nível de renda e consumo”.



Biologia sintética



Já a biologia sintética procura produzir qualquer material a partir da biomassa. “Eles costumam dizer: qualquer coisa que o dinossauro [petróleo] pode fazer, as plantas também podem”. Mooney explicou que esse é um nível bem acima da chamada biotecnologia. “Biotecnologia é pegar um gene de uma espécie e introduzir em outra. Isso é muito primário. O que eles estão dizendo agora, com a biologia sintética, é que eles podem construir seu próprio DNA a partir de um carbono vivo”. Por carbono vivo, entende-se biomassa. Dessa forma, a porta estaria aberta para o controle total sobre a produção agrícola do planeta. “O capitalista diz: ‘você não percebe que só 23,8% da biomassa anual do mundo é commodity?’ Isso significa que os outros 76,2% ainda podem ser apropriados”. Segundo o especialista, inúmeras empresas petrolíferas e o Departamento de Energia dos Estados Unidos estão investindo pesadamente nessa tecnologia.



Por último, de acordo com Mooney, há algo ainda mais “assustador”: a geoengenharia, ou seja, a manipulação de elementos do clima para combater o aquecimento. Entre as modalidades, exemplificou, está a de introduzir nanopartículas sobre a superfície dos oceanos para que se criem certos tipos de plânctons que absorvam o excesso de gás carbônico no planeta. “O que estão dizendo é: não se preocupem com o clima. Nós não precisamos mudar nosso estilo de vida. Criaremos novas tecnologias para solucionar os problemas”.



Modo de vida estadunidense



Já Naomi Klein, escritora e ativista canadense, deu início a sua exposição com um alerta: “a privatização da Terra não é ficção científica. Está acontecendo”. Segundo ela, depois do fracasso da Cúpula do Clima de Copenhague, realizada em dezembro de 2009, tal processo se acelerou, e o “plano B” foi posto em prática. Naomi lembrou que durante a ECO-92, realizada no Rio de Janeiro, o então presidente estadunidense George Bush (1989-1993), presente no evento, deu uma entrevista na qual afirmou que seu país queria se envolver nas discussões, mas que gostaria de deixar algo claro: o modo de vida estadunidense não estava em negociação. “Nestes últimos 20 anos, não apenas esse modo de vida não se alterou, como houve sua globalização”.



De acordo com a ativista, a ideia de que se possa interferir com sucesso no clima do planeta é considerar que seu ecossistema é muito simples. “Não podemos simplesmente desligar a temperatura. Claro que não temos esse tipo de controle. O que sabemos é que temos que reduzir drasticamente as emissões”. Para Naomi, as novas tecnologias permitem que se privatizem novas fronteiras, que não são mais físicas.



A canadense aproveitou também para criticar alguns grupos ambientais que, segundo ela, são “parte do problema”. “O símbolo do movimento ambiental moderno é a Terra vista do espaço. Essa visão de astronauta é ruim. Sob essa perspectiva, a ideia da solução por meio da tecnologia começa a fazer sentido, enquanto na superfície, as pessoas sofrem na pele os efeitos da alteração climática. Minha esperança é a de que na Rio + 20 tais grupos voltem do espaço”.



O último a falar foi o ativista do Mali, Mamadou Goïta, diretor-executivo da organização IRPAD África (Instituto de Pesquisa e Promoção de Alternativas em Desenvolvimento). Na sua fala, ele priorizou a discussão sobre a África no contexto da mudança climática e das novas tecnologias que são vendidas como soluções. “A África tem muito o que ensinar ao mundo em relação ao enfrentamento dessa situação”, disse. Ele explicou que em todo o continente existem exemplos de novas técnicas e instrumentos utilizados pelos agricultores para lidar com os efeitos da alteração do clima, como novos materiais e a produção de novas espécies de sementes. “O ponto-chave é a diversidade. Produzimos sementes para ser compartilhada: não é o lucro sendo maximizado, mas os riscos sendo minimizados”, afirmou.



(Brasil de Fato)

10/02/2011 09:53:10




Sinais de mudanças



Autoria: IPS/TerraViva*



Começou com uma marcha nas ruas de Dacar, cresceu com o chamado por uma nova era global e está terminando com um desafio para os ativistas, de levar este clamor além dos corredores do Fórum Social Mundial (FSM).



O presidente boliviano Evo Morales, que participou da marcha de abertura junto com mais 70 mil apoiadores, fez um apelo para que haja programas de luta social para construir um novo mundo: “Precisa haver conscientização e mobilização para colocar um ponto final no capitalismo e mandar embora invasores, neocolonialistas e imperialistas. […] Eu apoio o levante popular na Tunísia e no Egito. São sinais de mudanças” disse Morales.



O ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva disse aos delegados que as doutrinas liberais impostas aos países pobres no mundo não têm mais lugar na sociedade moderna.



“Na América do Sul, e acima de tudo nas ruas de Túnis e do Cairo, e em muitas outras cidades africanas, está nascendo uma nova esperança. Milhões de pessoas estão se erguendo contra a pobreza à qual estão sujeitas, contra o domínio de tiranos e contra a submissão dos seus países à política dos grandes poderes”, disse Lula.



O FSM continua sendo um espaço para o debate aberto e honesto. O presidente senegalês Abdoulaye Wade declarou ser apoiador de uma economia de mercado que a maioria presente no Fórum rejeitaria, e deixou um desafio aos participantes, no que diz respeito ao engajamento para estabeler instituições globais como as Nações Unidas.



“Se vocês que estão aqui, se tivessem apoiado essa ideia, então a África já estaria no Conselho de Segurança. Desde 2000, eu segui o movimento de vocês, mas continuo – e me desculpem a franqueza – me fazendo a mesma pergunta: vocês já obtiveram sucesso em mudar o mundo em nível global?”, questionou Wade.



É um desafio que os participantes do FSM – mais de 75 mil pessoas de 132 países realizando mais de 1,2 mil atividades – levaram muito à sério. Apesar de não ter podido ir na edição deste ano do Fórum, o ativista queniano por justiça social, Onyango Oloo, peça fundamental na organização de 2007, sugeriu que a construção de um novo mundo está acontecendo, porém longe da atenção da mídia.



“Esse Fórum deve contribuir para mudar o mundo”, disse o historiador senegalês Boubacar Diop Buuba, professor na Universidade Cheikh Anta Diop. “É uma oportunidade para todos aqueles que representam os oprimidos deste mundo falarem entre si”, acrescentou.



(IPS/Envolverde)

Ciência e tradição unem-se contra usina de Belo Monte: Kaiapós, jurunas, araras, terenas, tukanos, macuxis, guajararás e kaigongs uniram-se em coro para mostrar aos brancos o temor que a construção das barragens ao longo do rio Xingu provoca.

UnB: Ciência e tradição unem-se contra usina de Belo Monte



Índios e especialistas discutem impactos ambientais e sociais da usina. Abaixo-assinado com mais de 500 mil assinaturas será entregue para a presidente Dilma amanhã. Alexandra Martins/UnB Agência
09/02/2011 15:00:46


Fonte: http://mercadoetico.terra.com.br/arquivo/unb-ciencia-e-tradicao-unem-se-contra-usina-de-belo-monte/



Autoria: Thássia Alves, da UnB





Índios e especialistas discutem impactos ambientais e sociais da usina. Abaixo-assinado com mais de 500 mil assinaturas será entregue para a presidente Dilma amanhã. Alexandra Martins/UnB AgênciaA maloca moderna pensada por Darcy Ribeiro transformou-se em um parlatório do movimento indígena contra a construção da usina de Belo Monte, nesta segunda-feira, 7 de fevereiro. Kaiapós, jurunas, araras, terenas, tukanos, macuxis, guajararás e kaigongs uniram-se em coro para mostrar aos brancos o temor que a construção das barragens ao longo do rio Xingu provoca. Índios, autoridades, especialistas e ativistas levaram até o Congresso Nacional um abaixo-assinado com mais de 500 mil assinaturas contra a construção da hidrelétrica nesta terça.



“Se a Belo Monte for construída, os indígenas e as florestas serão prejudicados. Não estamos acostumados a criar bichos. Comemos o que há na mata”, disse Raoni Metyktire, líder kaiapó. Além da preocupação com a alimentação, o cacique reforça outro problema: a falta de terras. “Não tem mais espaço. Vocês já ocuparam tudo”, afirmou Raoni. Ele estava na plateia, mas foi convidado pelo diretor do Instituto de Ciências Sociais, Gustavo Lins Ribeiro, para se sentar na mesa de debates.



Gustavo Lins disse que é preciso mudar o conceito de desenvolvimento. “A concepção de desenvolvimento do branco é diferente do índio. Quem fica com o prejuízo são os indígenas e os povos locais”, afirmou. Segundo ele, os bilhões que serão gastos para fortalecer grandes companhias não bastam para amenizar os danos causados aos povos locais.



A usina de Belo Monte será construída no baixo rio Xingu, localizado no estado do Pará. A polêmica em torno da construção existe há mais de 20 anos. Mas foi intensificada em fevereiro de 2010, quando o Ministério do Meio Ambiente concedeu licença ambiental para a obra. Muitos movimentos sociais e principalmente indígenas são contrários à obra em razão dos danos sociais e ambientais e do desalojamento de comunidades nativas.



A comunidade acadêmica e grupos indígenas lotaram o Beijódromo no primeiro dia de seminário.



Raoni mostrou indignação com o governo Lula. “O antigo presidente (FHC) não era assim. JK não era assim. Sarney não era assim. Itamar Franco não era assim”, comparou. “Hoje o Lula defende o PAC. Nós já falamos que a Dilma, a Eletronorte ou a Eletrobrás podem encher aquele lugar de dinheiro. Mas não vamos aceitar esse dinheiro, que vai pagar a inundação do nosso lugar”, completou Megaron Txukarramãe.



Antônia Melo, presidente do Movimento Xingu Vivo, aproveitou a ocasião e fez um chamado para que a sociedade se organize e vá para as ruas. “Não temos força política para brigar. Todo Congresso é a favor desse projeto de morte e destruição”. A ativista também disse ter-se decepcionado com o ex-presidente. “Lula não honrou sua palavra. Ele nos prometeu que não iria nos enfiar Belo Monte guela a baixo”, contou.



O antropólogo Ricardo Verdum, do Instituto de Estudos Socioeconômicos (INESC), acredita que outras formas de geração de energia deveriam ser cogitadas pelo governo. “Existem alternativas eólicas e solares que podem suprir essa necessidade com baixo custo. O Brasil possui condições técnicas para fazer esse serviço de outra maneira”. O antropólogo afirma que é preciso criar um grupo de trabalho que posso estudar novas alternativas para geração de energia. “Sempre é possível inverter uma decisão política”, acredita.



Além da população indígena, a construção da usina pode desabrigar ribeirinhos e produtores agrícolas. Mário da Silva, 24 anos, nasceu em Altamira e herdou do pai a profissão. O plantio de arroz, milho e mandioca é o que garante a subsistência de sua família. “Plantamos para comer e vender. Para onde seremos deslocados? Ninguém sabe. Por isso, não aceitamos a hidrelétrica”.



Durante a abertura do seminário Perspectivas sobre Belo Monte, o reitor José Geraldo de Sousa Junior afirmou que a UnB foi criada para abrigar debates como esse. “A Universidade de Brasília sente-se fiel a sua missão quando abre espaço para um discussão como essa. Somos assim, um lugar onde há o cruzamento de todos os modos de interpretar o mundo”.



As discussões continuam nesta tarde com a mesa Problemas e Dilemas, que será coordenada pela presidente da Associação Brasileira de Antropologia (ABA), Bela Feldman-Bianco.



(UnB)

Uma esperança: a Era do Ecozóico

Uma esperança: a Era do Ecozóico




09/02/2011 09:38:41


Fonte: http://pensareco.blogspot.com/ e http://mercadoetico.terra.com.br/arquivo/uma-esperanca-a-era-do-ecozoico/?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=mercado-etico-hoje

Autor: Leonardo Boff



Quem leu meu artigo anterior O antropoceno:uma nova era geológica deve ter ficado desolado. E com razão, pois, quis intencionalmente provocar tal sentimento. Com efeito, a visão de mundo imperante, mecanicista, utilitarista, antropocêntrica e sem respeito pela Mãe Terra e pelos limites de seus ecossistemas só pode levar a um impasse perigoso: liquidar com as condições ecológicas que nos permitem manter nossa civilização e a vida humana neste esplendoroso Planeta.



Mas como tudo tem dois lados, vejamos o lado promissor da atual crise: o alvorecer de uma nova era, a do Ecozóico. Esta expressão foi sugerida por um dos maiores astrofísicos atuais, diretor do Centro para a História do Universo, do Instituto de Estudos Integrais da Califórnia: Brian Swimme.



Que significa a Era do Ecozóico? Significa colocar o ecológico como a realidade central a partir da qual se organizam as demais atividades humanas, principalmente a econômica, de sorte que se preserve o capital natural e se atenda as necessidades de toda a comunidade vida presente e futura. Disso resulta um equilíbrio em nossas relações para com a natureza e a sociedade no sentido da sinergia e da mútua pertença deixando aberto o caminho para frente.



Vivíamos sob o mito do progresso. Mas este foi entendido de forma distorcida como controle humano sobre o mundo não-humano para termos um PIB cada vez maior. A forma correta é entender o progresso em sintonia com a natureza e sendo medido pelo funcionamento integral da comunidade terrestre. O Produto Interno Bruto não pode ser feito à custa do Produto Terrestre Bruto. Aqui está o nosso pecado original.



Esquecemos que estamos dentro de um processo único e universal – a cosmogênese – diverso, complexo e ascendente. Das energias primordiais chegamos à matéria, da matéria à vida e da vida à consciência e da consciência à mundialização. O ser humano é a parte consciente e inteligente deste processo. É um evento acontecido no universo, em nossa galáxia, em nosso sistema solar, em nosso Planeta e nos nossos dias.



A premissa central do Ecozóico é entender o universo enquanto conjunto das redes de relações de todos com todos. Nós humanos, somos essencialmente, seres de intrincadíssimas relações. E entender a Terra com um superorganismo vivo que se autoregula e que continuamente se renova. Dada a investida produtivista e consumista dos humanos, este organismo está ficando doente e incapaz de “digerir” todos os elementos tóxicos que produzimos nos últimos séculos. Pelo fato de ser um organismo, não pode sobreviver em fragmentos mas na sua integralidade. Nosso desafio atual é manter a integridade e a vitalidade da Terra. O bem-estar da Terra é o nosso bem-estar.



Mas o objetivo imediato do Ecozóico não é simplesmente diminuir a devastação em curso, senão alterar o estado de consciência, responsável por esta devastação. Quando surgiu o cenozóico (a nossa era há 66 milhões de anos) o ser humano não teve influência nenhuma nele. Agora no Ecozóico, muita coisa passa por nossas decisões: se preservamos uma espécie ou um ecossistema ou os condenamos ao desaparecimento. Nós copilotamos o processo evolucionário.



Positivamente, o que a era ecozóica visa, no fim das contas, é alinhar as atividades humanas com as outras forças operantes em todo o Planeta e no Universo, para que um equilíbrio criativo seja alcançado e assim podermos garantir um futuro comum. Isso implica um outro modo de imaginar, de produzir, de consumir e de dar significado à nossa passagem por este mundo. Esse significado não nos vem da economia mas do sentimento do sagrado face ao mistério do universo e de nossa própria existência.Isto é a espiritualidade.



Mais e mais pessoas estão se incorporando à era ecozóica. Ela, como se depreende, está cheia de promessas. Abre-nos uma janela para um futuro de vida e de alegria. Precisamos fazer uma convocação geral para que ela seja generalizada em todos os âmbitos e plasme a nova consciência.



Leonardo Boff é teólogo e professor emérito de ética da UERJ.



O antropoceno: uma nova era geológica




Autor: Leonardo Boff


http://mercadoetico.terra.com.br/arquivo/o-antropoceno-uma-nova-era-geologica/


As crises clássicas conhecidas, como por exemplo a de 1929, afetaram profundamente todas as sociedades. A crise atual é mais radical, pois está atacando o nosso modus essendi: as bases da vida e de nossa civilização. Antes, dava-se por descontado que a Terra estava aí, intacta e com recursos inesgotáveis. Agora não podemos mais contar com a Terra sã e abundante em recursos. Ela é finita, degradada e com febre não suportando mais um projeto infinito de progresso.A presente crise desnuda a enganosa compreensão dominante da história, da natureza e da Terra. Ela colocava o ser humano fora e acima da natureza com a excepcionalidade de sua missão, a de dominá-la. Perdemos a noção de todos os povos originários de que pertencemos à natureza. Hoje diríamos, somos parte do sistema solar, de nossa galáxia que, por sua vez, é parte do universo. Todos surgimos ao longo de um imenso processo evolucionário. Tudo é alimentado pela energia de fundo e pelas quatro interações que sempre atuam juntas: a gravitacional, a eletromagnética e a nuclear fraca e forte. A vida e a consciência são emergências desse processo. Nós humanos, representamos a parte consciente e inteligente da Via-Láctea e da própria Terra, com a missão, não de dominá-la mas de cuidar dela para manter as condições ecológicas que nos permitem levar avante nossa vida e a civilização.



Ora, estas condições estão sendo minadas pelo atual processo produtivista e consumista. Já não se trata de salvar nosso bem estar, mas a vida humana e a civilização. Se não moderarmos nossa voracidade e não entrarmos em sinergia com a natureza dificilmente sairemos da atual situação. Ou substituímos estas premissas equivocadas por melhores ou corremos o risco de nos autodestruir.A consciência do risco não é ainda coletiva.Importa reconhecer um dado do processo evolucionário que nos perturba: junto com grande harmonia, coexiste também extrema violência A Terra mesma no seu percurso de 4,5 bilhões de anos, passou por várias devastações. Em algumas delas perdeu quase 90% de seu capital biótico. Mas a vida sempre se manteve e se refez com renovado vigor.



A última grande dizimação, um verdadeiro Armagedon ambiental, ocorreu há 67 milhões de anos, quando no Caribe, próximo a Yucatán no México, caiu um meteoro de quase 10 km de extensão. Produziu um tsunami com ondas do tamanho de altos edifícios. Ocasionou um tremor que afetou todo o planeta, ativando a maioria dos vulcões. Uma imensa nuvem de poeira e de gases foi ejetada ao céu, alterando, por dezenas de anos, todo o clima da Terra. Os dinossauros que por mais de cem milhões de anos reinavam, soberanos, por sobre toda a Terra, desapareceram totalmente. Chegava ao fim a Era Mesozóica, dos répteis e começava a Era Cenozóica, dos mamíferos. Como que se vingando, a Terra produziu uma floração de vida como nunca antes. Nossos ancestrais primatas surgiram por esta época. Somos do gênero dos mamíferos .



Mas eis que nos últimos trezentos anos o homo sapiens/demens montou uma investida poderosíssima sobre todas as comunidades ecossistêmicas do planeta, explorando-as e canalizando grande parte do produto terrestre bruto para os sistemas humanos de consumo. A conseqüência equivale a uma dizimação como outrora. O biólogo E. Wilson fala que a “humanidade é a primeira espécie na história da vida na Terra a se tornar numa força geofísica” destruidora. A taxa de extinção de espécies produzidas pela atividade humana é cinquenta vezes maior do que aquela anterior à intervenção humana. Com a atual aceleração, dentro de pouco - continua Wilson - podemos alcançar a cifra de mil até dez mil vezes mais espécies exterminadas pelo voraz processo consumista. O caos climático atual é um dos efeitos.



O prêmio Nobel de Química de 1995, o holandês Paul J. Crutzen, aterrorizado pela magnitude do atual ecocídio, afirmou que inauguramos uma nova era geológica: o antropoceno. É a idade das grandes dizimações perpetradas pela irracionalidade do ser humano (em grego ántropos). Assim termina tristemente a aventura de 66 milhões de anos de história da Era Cenozóica. Começa o tempo da obscuridade.



Para onde nos conduz o antropoceno? Cabe refletir seriamente.





Leonardo Boff é teólogo e professor emérito de ética da UERJ.


Semáforo de LED

Semáforo de LED

10/2/2011



autor: Por Elton Alisson



Agência FAPESP – Em época de verão os semáforos localizados nas principais vias das cidades brasileiras costumam apresentar com maior frequência problemas que, além de causar transtornos aos motoristas, podem ocasionar graves acidentes de trânsito.



Com a incidência frontal dos raios solares nos semáforos convencionais, os refletores posicionados atrás do conjunto óptico fazem com que os raios sejam refletidos na direção do motorista. Isso, em conjunto com as lentes coloridas, cria a sensação de falso aceso das cores sinalizadas – o chamado “efeito fantasma”. E em dias de fortes chuvas ou quando há queda de energia, os equipamentos costumam entrar em pane, podendo permanecer desligados por horas.



Um novo modelo de semáforo, que começou a ser testado na cidade de São Carlos (SP) em janeiro, poderá solucionar esses problemas, além de possibilitar economia de energia e reduzir impactos provocados pelo descarte de lâmpadas incandescentes no meio ambiente.



Desenvolvido pela empresa DirectLight, formada a partir de um grupo de pesquisa da Universidade de São Paulo (USP), campus de São Carlos, o equipamento utiliza um conjunto de diodos emissores de luz (LEDs) de alta potência e grande eficiência óptica, que pode resultar em uma economia de energia de até 90%.



“Um semáforo convencional utiliza lâmpadas incandescentes de 100W, que consomem 400W em apenas um cruzamento de quatro vias, enquanto os LEDs do sinalizador de trânsito que projetamos consomem apenas 40W”, disse o coordenador do projeto, Luís Fernando Bettio Galli, à Agência FAPESP.



De acordo com Galli, outra vantagem dos LEDs em relação às lâmpadas incandescentes é a vida útil. Os LEDs podem permanecer mais de 50 mil horas acesos, apresentando 75% da eficiência inicial, ao passo que as lâmpadas incandescentes duram apenas 4 mil horas.



“O LED é um emissor que não apaga repentinamente. Ele vai degradando com o tempo e, depois de seis anos ligado, só perderá 25% da eficiência óptica inicial”, afirmou.



Uma das principais diferenças do semáforo brasileiro à base de LED para outros sinalizadores de trânsito baseados na mesma tecnologia em outros países está no sistema óptico.



Os semáforos antigos utilizam uma centena de LEDs de 5 milímetros, que foram desenvolvidos na década de 1960. Já o novo modelo utiliza apenas sete diodos emissores de luz, mais modernos, confiáveis e de potência mais alta, que consomem menos energia.



Para isso, os pesquisadores envolvidos no projeto desenvolveram nos últimos dois anos um conjunto composto por três tipos de lentes.



Ao dispor os LEDs próximos ao conjunto de lentes, os pesquisadores conseguiram obter um melhor aproveitamento e distribuição da luz emitida pelos diodos e direcioná-la de forma correta. Com isso, reduziram a quantidade de LEDs, dispensando a necessidade de refletores e eliminando o “efeito fantasma” produzido pelos semáforos convencionais.



“Não adianta simplesmente colocar os LEDs virados para frente, porque eles têm uma abertura de emissão de 120 graus. Desenvolvemos o conjunto de lentes para aproveitar ao máximo a luz emitida por eles e direcioná-la só para a parte que interessa, que é o trânsito”, explicou Galli.



O projeto foi desenvolvido pela empresa em parceria com o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica do Instituto de Física da USP de São Carlos e contou com financiamento da FAPESP por meio do Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), no projeto Sinalizador de trânsito à base de LED com operação emergencial.



Avaliação instantânea



Outra inovação apresentada pelo equipamento está no sistema eletrônico embarcado, o qual permite que seja alimentado tanto pela rede elétrica convencional como por energia solar ou por um banco de baterias em situações de emergência, como um blecaute.



Um sistema de gerenciamento inteligente instalado no semáforo faz a cada milissegundos uma avaliação e decide qual a melhor forma de alimentação para o equipamento em um determinado momento.



“A prioridade do equipamento é trabalhar com energia solar, por meio de placas fotovoltaicas, que é sua principal forma de alimentação. Mas, se mudar o tempo, ele utilizará energia elétrica. E, caso não tenha sol e falte energia elétrica, ele passará a utilizar um banco de baterias com duração de pelo menos 40 minutos, que é tempo suficiente para que os guardas de trânsito cheguem ao local e controlem a situação”, explicou Galli.



Segundo ele, já existem semáforos a energia solar e blecaute em outros países, porém nenhum ainda conseguiu integrar as três formas de alimentação utilizadas pelo equipamento brasileiro.



Os semáforos que estão sendo testados em três locais em São Carlos, por meio de um convênio firmado entre a DirectLight e a Secretaria de Transporte e Trânsito do município paulista, operam inicialmente apenas com energia elétrica. Antes mesmo de obter a certificação e começar a ser comercializados já estão despertando o interesse de prefeituras de outros municípios.



“Pelos testes e simulações que fizemos em parceria com a USP por meio de um software específico de simulações, o equipamento está se comportando muito próximo do que esperávamos. Os resultados dos testes em campo também estão sendo muito positivos”, afirmou Galli.





HOSPITAL DO MEIO AMBIENTE

Hospital cria telhado verde para melhorar o ar



09/02/2011 - 07:44



Autoria e fonte: http://www.revistafator.com.br/ver_noticia.php?not=145809

Programa de reaproveitamento da água da chuva permite autonomia de até 20 dias sem utilizar a rede de abastecimento de água.



É crescente o número de empresas brasileiras que vêm promovendo ações de sustentabilidade e implantando projetos de preservação e de reciclagem, num esforço para preservar o meio ambiente e economizar recursos naturais que tendem a ficar cada vez mais raros. Se atualmente cerca de 1% das empresas no Brasil investem em alguma ação socioambiental, pesquisa divulgada pela consultoria alemã Roland Berger demonstra que o mercado sustentável no país já movimenta 17 bilhões de dólares e deve crescer entre 5% e 7% anualmente até 2020. O Hospital São Vicente de Paulo, no Rio de Janeiro, já faz parte dessa estatística por desenvolver quatro projetos que visam preservar recursos naturais e devolver à natureza produtos que não agridam o meio ambiente. São eles: a construção de telhados verdes, a construção de prédios ‘sustentáveis’ com preservação de árvores nativas, a captação e reaproveitamento da água da chuva e o programa de tratamento de resíduos químicos hospitalares, antes do descarte na rede de esgoto.



Com a construção de telhados verdes, que tem a função de dissipar o calor e melhorar a estética do ambiente, a estimativa é de que a temperatura nos dois prédios do hospital que possuem telhado verde seja 6oC menor do que nas demais edificações (em média, num dia de temperatura externa de 34ºC, a temperatura máxima no interior é variável de acordo com a cobertura: em telhado verde fica em 28,8ºC; 34,7ºC em laje de concreto e 45ºC em aço galvanizado).



O projeto dos telhados verdes deu tão certo que o hospital já está construindo um terceiro. É o que conta o coordenador de risco e auditor interno da qualidade do São Vicente de Paulo, Robson Luiz Maciel: “o primeiro telhado verde foi construído no hospital há dois anos, em cima do abrigo de resíduos químicos, com a ideia de quebrar o paradigma de que abrigos são sujos e feios e trazer beleza e funcionalidade ao local.” Recentemente, o hospital finalizou a construção do segundo telhado verde em cima do vestiário. “O teto verde também tem o papel de proteger os locais onde estão instalados de adversidades climáticas, como chuvas e raios, prolongando o tempo de vida útil do local, e, em dias mais quentes, reduzindo a temperatura do ambiente em que está instalado”, ressalta Maciel, adiantando que a construção do terceiro telhado verde deverá ocupar toda a área da recepção do hospital. “Assim como nos anteriores, utilizaremos plantas como Babosa, Arundinas, Strelitizias e Cactus cujas características, como resistência e beleza, são perfeitas para compor o projeto”, afirma o representante do hospital carioca.



Outro exemplo de economia de recursos naturais é o programa de captação, armazenagem e aproveitamento da água da chuva. Implantado há três anos, o mesmo permite que o recurso natural seja utilizado em toda a área de jardinagem e na lavagem diária da área externa, representando uma economia de cerca de mil litros por dia. Para por a ideia em prática, um reservatório com capacidade para reter 20 mil litros de água foi construído na área do estacionamento, proporcionando uma autonomia de até 20 dias sem utilizar a rede da Cedae nos períodos de estiagem.



Preservando a natureza -Além de economia e reaproveitamento de recursos, a preservação foi outra preocupação durante a ampliação das instalações do hospital. Na construção do novo prédio e na instalação da lanchonete, duas paineiras, espécies típicas da mata atlântica, e uma amendoeira foram poupadas de serem derrubadas. O projeto de expansão levou em conta a integração das árvores aos prédios com a construção de redomas, proporcionando, beleza e temperatura ambiente mais agradável.



Outro projeto que também foi implantado na construção do centro de convenções e aplicado na reforma dos prédios já existentes foi o uso da luz natural, gerando uma economia de 30% de energia elétrica. O novo edifício, que abriga um auditório e algumas salas de estudo, teve seus corredores construídos com paredes e tetos de vidro e de materiais que deixam transpassar a luz do dia. “Na reforma dos prédios já existentes, onde antes havia salas inutilizadas, dois corredores foram abertos e transformados em locais mais claros, também aumentando a economia de energia em 30%”, assegura a engenheira do HSVP, Cristina Oliveira.



Devolver ao meio ambiente resíduos livres de bactérias ou reagentes químicos também foi outra preocupação da direção do Hospital São Vicente de Paulo. Por isso, não há descarte de resíduo químico na rede de esgoto. Quando o material químico tem carga bacteriana muito alta, recebe tratamento antes de ser encaminhado para a empresa responsável pelo descarte desses químicos. Óleos como de cozinha e de máquinas, por exemplo, são recolhidos e diluídos em reagentes químicos até que estejam livres de contaminação ou carga bacteriana. “Quando o resíduo não alcança pureza suficiente para ser descartado, é recolhido ao abrigo de resíduos do Hospital e encaminhado para uma empresa especializada em transporte e descarte de resíduos químicos”, explica Robson Maciel.



Quem se Beneficia com a Devastação da Amazônia? Seminário de Apresentação do 2º. Estudo Conexões Sustentáveis: São Paulo–Amazônia. 23/02/2011.

04/02/2011
Quem se Beneficia com a Devastação da Amazônia?

Seminário de Apresentação do 2º. Estudo Conexões Sustentáveis: São Paulo–Amazônia


Conexões Sustentáveis



O novo rastreamento das cadeias produtivas da pecuária, da soja e da madeira mostra que grandes empresas sediadas em São Paulo continuam a financiar a devastação da Floresta Amazônica. Ao fazer negócios com fornecedores envolvidos em crimes ambientais e trabalhistas, tais empresas contribuem para a manutenção de relações comerciais predatórias e que não levam em conta a legislação e as práticas socialmente responsáveis.



Essas informações estão no 2º. Estudo Conexões Sustentáveis: São Paulo-Amazônia, realizado pela Repórter Brasil e pela Papel Social Comunicação, por meio do projeto Conexões Sustentáveis, que será lançado durante seminário a ser realizado no dia 23 de fevereiro de 2011, no auditório do Sesc Vila Mariana, em São Paulo (SP).



O estudo revela a situação atual do desmatamento e do trabalho escravo na região amazônica e as conexões destas práticas com os negócios na cidade de São Paulo. Além de trazer a público o estudo, o seminário tem como objetivo mobilizar as empresas não signatárias para adesão aos Pactos da Madeira, Soja e Pecuária, assim como estimular as já signatárias mapeadas no estudo a intensificar suas ações para o cumprimento dos compromissos.



A apresentação desse trabalho será feita por Leonardo Sakamoto, da Repórter Brasil, e por Marques Casara, da Papel Social Comunicação. Em seguida, haverá uma palestra sobre as conclusões do estudo, que será feita por Valmir Ortega, diretor do Programa Cerrado-Pantanal, da Conservação Internacional do Brasil, e contará com os debatedores Eduardo Jorge, secretário do Verde e Meio Ambiente da cidade de São Paulo, e Roberto Smeraldi, diretor da Amigos da Terra.







Seminário de Apresentação do 2º. Estudo

Conexões Sustentáveis: São Paulo-Amazônia

Data: 23 de fevereiro de 2011;

Horário: Das 9h00 às 17h00;

Local: Auditório do Sesc Vila Mariana

Endereço: Rua Pelotas, 141 - São Paulo



Para fazer sua inscrição, clique aqui.





AREIA COMUM E MICRORGANISMO PARA SUBSTITUIR A PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA

Areia + Microrganismo = Adeus Asfalto


Autoria: POR EDUARDO PEGURIER, Ecocidades








A pavimentação a base de asfalto é tóxica e uma das maiores vilãs do chamado efeito ilha de calor urbana. Tentando achar uma solução melhor, os designers Thomas Kosbau e Andrew Wetzler propuseram trocar o asfalto por um arenito orgânico. É isso mesmo, ele é feito de areia comum e um micróbio que, misturados, formam uma espécie de cimento – os detalhes estão na ilustração. Os dois foram premiados no concurso coreano iida Awards, organizado pela Designboom. Entre as vantagens, a técnica promete refrescar as cidades, reduzindo a temperatura do entorno de 2 a 3 graus, e, como o material reflete a luz, diminuir a necessidade de iluminação noturna, poupando energia. Se for durável e puder ser usado pelo menos em ruas, é revolucionário. Aumentará o conforto e não sofrerá de falta de matéria-prima: areia é abundante em todo o planeta.



Nas palavras dos criadores do projeto:



“O mundo sofre com um material encontrado em frente a todas as construções. O asfalto tem sido usado como a forma de pavimentação mais comum durante os últimos 80 anos. Químicos altamente tóxicos são liberados durante a sua produção, instalação e através de gases emitidos durante a sua vida útil. Por alcançar temperaturas na faixa de 48-67 Celsius, o asfalto é uma das principais causas do efeito ilha de calor urbana. Para produzir a quantidade que já foi usada até hoje na Coréia foram necessário 28 milhões de barris de petróleo. Essa quantidade é mais ou menos equivalente a 5 vezes o óleo derramado no acidente que ocorreu no Golfo do México”.



Atitude sustentável: Cooperação promove troca de experiência entre Brasil e países da África para Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD) e ao manejo florestal no País.

Cooperação promove troca de experiência entre Brasil e países da África

08 Fev 2011 . 17:09 h . Com Informações de Assessoria . portal@d24am.com



Após conhecer diversas iniciativas da Fundação Amazonas Sustentável, grupo de líderes africanos chegou hoje (8/2), pela manhã, a Santarém, no Pará, para dar continuidade à agenda de visitas técnicas.



Representantes de 20 países da África conheceram iniciativas da FAS. Foto: Divulgação Manaus - A delegação africana que desembarcou no Brasil semana passada para participar da Cooperação Sul Sul – série de visitas organizadas pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS), em parceria com o Banco Mundial, para promover a troca de experiências relacionadas aos programas de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD) e ao manejo florestal no País - acaba de concluir mais uma etapa do evento, realizada neste final de semana durante viagem pelo Rio Negro.



Durante três dias, o grupo – integrado por 20 participantes de seis países da África (Camarões, República Centro Africana, República Democrática do Congo, Gabão, Madagáscar e República do Congo) – permaneceu no Estado do Amazonas, onde conheceu as iniciativas da FAS. No primeiro dia, a delegação, acompanhada pelo superintendente-geral da entidade, Virgílio Viana, visitou as instalações do Núcleo de Conservação e Sustentabilidade Agnello Bittencourt, na comunidade Tumbira, e participou de uma oficina de planejamento do Programa Bolsa Floresta – primeiro projeto brasileiro certificado internacionalmente para recompensar as populações tradicionais pela manutenção dos serviços ambientais prestados pelas florestas.



A programação também incluiu uma série de palestras, entre elas a de Manoel Cunha, presidente do Conselho Nacional dos Seringueiros, que destacou suas experiências de uso sustentável da terra para a produção de borracha.



Virgílio Viana explica que o principal objetivo da Cooperação Sul Sul é mostrar aos participantes os avanços do Brasil em termos de políticas, implementação do REDD e do manejo florestal comunitário. “Estamos colaborando com os países da África mostrando a eles nossa expertise, visando a proporcionar aos participantes um conhecimento ainda mais abrangente sobre as iniciativas relativas ao REDD, tanto governamentais quanto não-governamentais, já que os países que estão conosco são engajados no tema.



Aproveitamos a oportunidade, também, para promover debates e ver como cada projeto pode se encaixar na realidade local dos representantes aqui presentes”, explicou Viana.



Para Alphonse LongBango, diretor de Programas do Comitê de Direitos Humanos e Desenvolvimento da República do Congo, conhecer o Bolsa Floresta permitiu ampliar sua visão sobre serviços ambientais. “Essa é a primeira oportunidade que temos de ver um programa tão avançado. As populações do Congo se assemelham muito com as do Brasil, porém nosso trabalho ainda não está no nível do realizado pela FAS. Portanto, as lições aprendidas aqui serão utilizadas em nosso país”, afirmou.



Nos outros dois dias de viagem, a delegação conheceu outras comunidades em que a FAS atua, conferiu atividades de integração entre comunidades, assistiu reuniões de planejamento realizadas com os moradores das áreas atendidas pela entidade para entender o funcionamento do Programa Bolsa Floresta e participou de palestra com a secretária de Desenvolvimento Sustentável do Estado do Amazonas, Nádia D´Avila, sobre a política de serviços ambientais do Amazonas. “Em parceria com a FAS, realizamos um importante trabalho sobre o uso legal das terras do Estado. Parte do projeto inclui a entrega de planos de manejo florestais e realização de treinamentos sobre o uso legal da madeira”, diz a secretária.



Antonio Carlos Hummel, representante do Serviço Florestal Brasileiro, Domingos Macedo, do CEUC – Centro Estadual de Unidades de Conservação, e



Eduardo Rizzo, do Idesam, compartilharam resultados positivos obtidos por meio da atuação em parceria com as comunidades florestais e desafios do manejo florestal no Amazonas.



Para encerrar a programação da segunda etapa, João Tezza, superintendente técnico-científico da FAS, explicou ao grupo os métodos de estudo para identificar oportunidades da economia florestal e, ao lado de Válcleia Solidade, coordenadora do Bolsa Floresta, esclareceu as dúvidas dos participantes sobre o programa.



“Todo o trabalho que vimos aqui e as experiências que tivemos serão levadas aos nossos países. Gostaria de ressaltar que a Fundação Amazonas Sustentável servirá de exemplo de atuação para mim”, declarou o Ministro da República Democrática do Congo, Gaston Nginayevuvu.



O programa, que teve inicio em 2 de fevereiro, no Rio de Janeiro, com uma série de seminários, palestras e debates na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), será concluído no Pará, onde a comitiva segue em visitas técnicas na Floresta Nacional do Tapajós, até sexta-feira, 11/2.



Sobre a FAS



A Fundação Amazonas Sustentável (FAS) é uma instituição público-privada, em fins lucrativos, não-governamental e sem vínculos político-partidários, fundada no dia 20 de dezembro de 2007, por meio de uma parceria entre o Governo do Estado do Amazonas e o Banco Bradesco.



A missão da entidade é promover o envolvimento sustentável, a conservação ambiental e a melhoria da qualidade de vida das comunidades residentes nas Unidades de Conservação do Amazonas, em uma área de mais de 10 milhões de hectares, por meio da valorização dos serviços e produtos ambientais.



Boa idéia! Cartões de crédito com uma “pegada” verde: Alô MMA, vamos adotar?

Coréia do Sul lança programa de incentivo a compras verdes


Autoria: POR LUANA CAIRES, Ecocidades

Fonte: http://www.recriarcomvoce.com.br/blog_recriar/coreia-sul-lanca-programa-de-incentivo-compras-verdes/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+recriarcomvoce+%28Blog+Recriar+com+Voc%C3%AA%29





E se você ganhasse pontos no cartão de crédito cada vez que optasse por um produto ou serviço sustentável? Na Coréia do Sul isso já é possível. O país asiático começou a oferecer “créditos verdes” para os consumidores que adotam um estilo de vida de menor impacto ambiental. Os pontos acumulados podem ser trocados por dinheiro ou revertidos em desconto no valor das contas de água e luz.



Participar desse programa é muito simples. Basta ter em mãos um cartão de crédito com os “chips verdes” emitidos pelo Ministério do Ambiente. A partir de então, o consumidor já começa a acumular pontos. Na lista de produtos com certificação ecológica que participam do projeto encontram-se eletrodomésticos, eletrônicos, móveis, alimentos e produtos de limpeza. Quem utilizar pagar o transporte público com esse cartão também ganha pontos, assim como quem descartar corretamente pilhas e baterias usadas e levar plásticos para locais de reciclagem credenciados. A iniciativa faz parte de um programa do governo que pretende reduzir em 30% as emissões de gases estufa no país até 2020.



Em Seul, capital do país, também está sendo lançando um cartão de milhagem ecológica. Com ele, o consumidor acumula milhas conforme sua economia de eletricidade e água e tem seus pontos revertidos em descontos na compra de carros híbridos e eletrônicos certificados – projeto que conta com a parceria em grandes empresas como a Hyundai Motors e a Samsung Eletronics.



Mas não é só na Coréia do Sul que se pode encontrar cartões de crédito com uma “pegada” verde. O HSBC de Hong Kong, na China, lançou um plano em que cada vez que o consumidor utiliza o seu Green Credit Card, uma pequena porcentagem do valor gasto é destinada a projetos ambientais. Ao adquirir esse tipo de cartão, o cliente do banco recebe descontos na compra de produtos e serviços sustentáveis e contribui para a redução do consumo de papel da empresa, já que só recebe faturas eletrônicas. O Bank of America também possui práticas parecidas. O cliente pode escolher cartões que rendem doações a instituições comoDefenders of Wildlife, Sierra Club, Nature Conservancy, Brigther Planet, entre outras.