quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Conforto ambiental em locais públicos abertos como praças e parques


Pesquisa avalia conforto ambiental em locais públicos

Fonte: http://www.recriarcomvoce.com.br/blog_recriar/pesquisa-avalia-conforto-ambiental-em-locais-pblicos/


Alex Sander Alcântara – 23/07/2010 – Agência Fapesp*


Algumas características ambientais de praças e parques, como temperatura, umidade relativa do ar, radiação solar, presença e localização de equipamentos, podem influenciar a utilização desses espaços públicos abertos.


Uma pesquisa realizada na Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e na Universidade Estadual Paulista (Unesp)caracterizou os microclimas e as condições de conforto térmico em espaços públicos de permanência (arborizados e áridos) e de passagem em três cidades do interior paulista: Campinas, Bauru e Presidente Prudente.

De acordo com Lucila Chebel Labaki, professora titular da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Unicamp, o confronto entre as condições de conforto real e calculado e a percepção dos usuários em relação à sensação e à satisfação térmica aponta uma diferença significativa entre os espaços.



“O que nos chamou a atenção é que, apesar de os dados calculados evidenciarem de uma maneira geral um grande desconforto térmico nesses espaços, causado pelo frio ou calor, a maioria dos usuários relatou se sentir confortável”, disse Lucila à Agência FAPESP.





Segundo ela, o estudo sugere que o prazer de estar em espaço público, associado ao tempo livre, decorre de uma somatória de fatores, dentre os quais o microclima, mas esse não é decisivo para a percepção de conforto.



Lucila coordenou a pesquisa “Conforto térmico em espaços públicos abertos: aplicação de uma metodologia em cidades do interior paulista”, apoiada pela FAPESP por meio da modalidade Auxílio à Pesquisa – Regular.



Colaboraram com o estudo as professoras Maria Solange Gurgel de Castro Fontes, da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da Universidade Unesp em Bauru, Carolina Lotufo Bueno Bartholomei, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Unesp em Presidente Prudente, e alunos da pós-graduação e graduação.



Além de caracterizar os espaços escolhidos, o estudo monitorou condições microclimáticas (temperatura do ar, umidade relativa e velocidade do ar, radiação solar) ao utilizar o índice PET (Temperatura Equivalente Fisiológica, da sigla em inglês), que engloba uma série de fatores – como temperatura, umidade relativa do ar, radiação solar, entre outros – para avaliar o conforto térmico.



Além disso, também foram aplicados questionários junto aos usuários dos espaços para identificar a sensação e satisfação térmica em diferentes condições de tempo (frio e seco, quente e úmido, quente e seco).



Segundo Lucila, o conforto térmico depende de quatro fatores ambientais: temperatura do ar, temperatura radiante média, umidade relativa do ar e velocidade do ar.



Temperatura radiante média é o valor médio entre a radiação térmica que incide sobre as superfícies do local – objetos e seres vivos –, e as aquece, e a radiação que elas emitem de volta para o ambiente. Já os fatores pessoais que influem no conforto térmico são roupas e atividade física.



Segundo Lucila, a avaliação do conforto térmico nesses espaços requer não apenas o conhecimento das condições microclimáticas, que são importantes para cálculos térmicos. “Exige-se também a análise dos aspectos de cada ambiente e de como influenciam os usos, o tempo de permanência e a percepção dos usuários sobre o lugar”, indicou.



Foram analisados três tipos de locais na área urbana de cada cidade, entre 2008 e 2009, levando-se em conta os espaços de permanência com relação aos de passagem e arborizados ou pouco arborizados (áridos).



Em Campinas, foram escolhidos o Parque Portugal (conhecido como Parque Taquaral), a Praça Imprensa Fluminense (que abriga o Centro de Convivência) e a Praça Largo do Pará.



Em Bauru, as análises foram feitas na Praça da Paz, no Bosque da Comunidade e no Calçadão da rua Batista de Carvalho. Em Presidente Prudente, as áreas escolhidas foram a Praça Nove de Julho, o Parque do Povo e o Calçadão da rua Tenente Nicolau Maffei.



A partir de uma estação meteorológica móvel desenvolvida para o projeto no Laboratório de Conforto Ambiental e Física da Unicamp, os pesquisadores verificaram que a sensação térmica variou entre as categorias de espaços públicos abertos.



Para os espaços de permanência “arborizados”, a sensação de neutralidade térmica (nem quente nem frio) ocorreu em 62% da amostra. Dentro da faixa de temperatura de neutralidade térmica medida pelo índice PET (no intervalo de 18º C a 26º C), o percentual aumentou para 70,8%.



Nos espaços de permanência “pouco arborizados”, a sensação de neutralidade foi de 42% e de 51,5% na mesma faixa PET. Já para os espaços de passagem a sensação de neutralidade térmica foi verificada em 45% da amostra e, para o intervalo do índice PET, o percentual elevou-se para 59,5%.



A análise geral dos resultados indica que 51% dos indivíduos consideraram-se “termicamente neutros” nos vários espaços e condições climáticas avaliados, e para o intervalo de temperatura de neutralidade no índice PET o percentual de satisfeitos foi de 61%.



ESPAÇOS PLANETADOS

Segundo Lucila, as características físicas dos espaços públicos abertos alteram as condições microclimáticas, influenciando no comportamento dos usuários e na dinâmica de uso dos espaços. “Em espaços arborizados há maior possibilidade de conforto térmico e a faixa de neutralidade para a sensação térmica é mais ampla do que para os demais espaços”, explicou.



“Pudemos observar que existe necessidade de um planejamento melhor de praças e de outros ambientes de espaços abertos, de modo que possam ser utilizados com maior conforto pela população”, disse.



De acordo com a professora da Unicamp, um dos objetivos da pesquisa é poder auxiliar em projetos urbanísticos de áreas externas. O uso da vegetação e a escolha de materiais que compõem parques e praças são de extrema importância em projetos urbanísticos. “A sombra da árvore é muito diferente do sombreamento de um prédio, por exemplo”, destacou.



Em outro estudo de Lucila apoiado pela FAPESP, concluído em 1999, com cinco espécies que arborizam áreas urbanas de Campinas (SP) – sibipiruna, ipê-roxo, magnólia, chuva-de-ouro e jatobá –, a pesquisadora verificou que todas as árvores analisadas reduziam bastante os efeitos da radiação solar e ofereciam maior conforto térmico.



As análises nos espaços nas três cidades no interior de São Paulo permitiram identificar um melhor desempenho para as áreas arborizadas.



“Isso não apenas pelas características microclimáticas, mas também porque os espaços mais arborizados oferecem mais opções de permanência, pela disponibilidade de mobiliários e equipamentos de lazer e exercícios, por exemplo”, disse.



Por outro lado, segundo Lucila, os aspectos que mais contribuíram para o comprometimento da qualidade dos espaços pouco arborizados, além do microclima, foram a quantidade e qualidade dos bancos, localização inadequada e uso de materiais menos confortáveis para tais assentos, como concreto.



A pesquisadora salienta que, embora a arborização contribua para o conforto térmico não há uma relação direta entre melhor conforto e arborização. “Mas nos espaços analisados observou-se essa relação. Pode ser que uma maior preocupação do poder público com a arborização de uma área implique maior cuidado com os outros aspectos”, destacou.



POR JULIANA NAKAMURA, Revista aU




O cuidado com a orientação quanto à insolação, o bom aproveitamento de recursos como ventilação natural e o sombreamento de fachadas, assim como a especificação criteriosa de materiais são algumas das soluções que, quando inseridas dentro de um contexto global de um projeto, podem contribuir para garantir boas condições de climatização a um edifício. Prover conforto térmico ao usuário para que ele possa desempenhar plenamente suas atividades é uma condição inerente à boa arquitetura, independente do tipo de construção ou do local onde se situa. Hoje, no entanto, a necessidade crescente de reduzir o consumo de energia nas edificações acrescentou mais um desafio a ser superado para o pleno atendimento dessa demanda.



Isso tem exigido que a climatização artificial seja encarada como um recurso importante, mas não o único, para a obtenção de ambientes agradáveis termicamente. Até porque, nem sempre um potente sistema de ar-condicionado é garantia de conforto em ambientes fechados. A arquiteta Joana Carla Soares Gonçalves, professora da FAUUSP, explica que há questões relacionadas ao estilo e ao desenho arquitetônicos que requerem maior cuidado por parte dos profissionais. É o caso dos panos de vidro desprotegidos da incidência solar do International Style.



Comuns em cidades como São Paulo, as fachadas de vidro podem atingir temperaturas superficiais elevadas. Essa carga de calor é irradiada e afeta quem fica próximo das fachadas. “Nessa situação, mesmo em um ambiente com temperatura em torno de 22ºC, as ondas de calor emitidas pelo pano de vidro sobre os usuários irão causar desconforto”, ressalta Joana Gonçalves.



Assim como a maior eficiência energética incorporada aos sistemas de ar-condicionado, inovações e incrementos tecnológicos na área de materiais têm permitido que os projetos obtenham bons níveis de conforto sem elevar a carga térmica ou abrir mão da liberdade de desenhar. Entre os exemplos estão os brises e as persianas, que passam a ser produzidos em vários padrões e com diferentes matérias-primas, e as películas de poliéster que, aplicadas sobre os vidros das fachadas, reduzem o ofuscamento causado pela luminosidade e bloqueiam os raios UV.



Processo semelhante ocorre com os vidros, itens de grande impacto no desempenho energético de uma edificação e que, por isso mesmo, devem ter sua especificação respaldada em suas propriedades técnicas. Já é possível, por exemplo, encontrar vidros de alta tecnologia, multicamadas, cujo desempenho térmico pode até se equiparar ao de uma solução com brise externo. O custo, no entanto, é muito superior.





Apesar de todo esse progresso, a melhor solução de projeto térmico nem sempre depende de novos materiais. Joana Gonçalves defende que, em fachadas, uma proteção solar bem projetada, como a colocação de um sombreamento externo eficiente, por exemplo, ainda é a melhor opção. “As inovações em produtos aconteceram, mas o projeto como um todo deve ser pensado para dar conforto térmico de maneira natural sempre que possível”, complementa o engenheiro Roberto Lamberts, coordenador do Laboratório de Eficiência Energética de Edificações da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e membro do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável.



Marcelo Meiriño, pesquisador do Laboratório de Tecnologia, Gestão de Negócios e Meio Ambiente (Latec) da Universidade Federal Fluminense (UFF), concorda. Em sua opinião, os desafios energéticos e de conforto ambiental exigem que os arquitetos repensem algumas atitudes projetuais. “São cometidos equívocos diversos, desde a falta de atenção à correta orientação da edificação quanto à insolação e ventos dominantes, até a especificação de materiais inadequados às condições climáticas, especialmente para o envelope da edificação”, alerta o arquiteto, segundo o qual os profissionais têm buscado compensar as falhas de projetos com recursos tecnológicos, como sofisticados sistemas de ar-condicionado.



“Certamente o problema térmico está muito mais relacionado a falhas de projeto do que à ausência de materiais de bom desempenho. Se esse fosse o caso, como explicar o fato de termos edifícios de escritórios projetados há mais de 40 anos com um desempenho energético melhor do que muitos que fazemos hoje?”, questiona Joana Gonçalves.



Portanto, as estratégias mais simples parecem ser as mais eficazes para garantir conforto ao usuário, sem comprometer a eficiência energética. Plantas baixas com profundidade adequada para um bom aproveitamento da luz natural, proteções solares, assim como proporções mais equilibradas de áreas envidraçadas, a fim de aumentar a resistência térmica da fachada como um todo, são algumas delas, conforme a arquiteta e professora da FAUUSP. “Entre outras medidas importantes estão o uso de vidros claros para a boa penetração da luz natural, de esquadrias que se abrem para os benefícios da ventilação noturna, e a especificação de revestimentos externos opacos em cores claras para a maior reflexão da radiação”, acrescenta.



Como apoio à elaboração de projetos bem resolvidos termicamente, existem no exterior duas referências normativas relacionadas ao assunto: a norte-americana ASHRAE 55 e a norma internacional ISO 7730. De acordo com Joana Gonçalves, ambas apresentam métodos para predizer as condições de conforto com base na temperatura do ar, umidade relativa, velocidade do ar, temperatura média radiante, vestimenta do usuário e taxa metabólica do corpo humano, e não apenas com base na temperatura do ar e na umidade relativa. No Brasil, a norma técnica que trata diretamente do conforto térmico, a NBR 15220:2005 – Desempenho Térmico de Edificações, apresenta um método simplificado de avaliação do desempenho térmico de componentes construtivos.



Mesmo sem possuírem o status de uma norma técnica, outros textos procuram oferecer instrumentos para que os edifícios que privilegiem a eficiência energética possam ser diferenciados dos demais. Roberto Lamberts conta que já está em consulta pública a Regulamentação para Etiquetagem Voluntária de Nível de Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos, elaborada pelo Laboratório de Eficiência Energética em Edificações da UFSC, no âmbito do programa Procel Edifica.



Para obter essa etiqueta, o edifício deverá se submeter a uma avaliação de desempenho térmico para verificar se ele se enquadra nos níveis sugeridos para iluminação artificial, ar-condicionado e desempenho da envoltória arquitetônica nas trocas de calor. “A expectativa é que essa regulamentação seja implantada ainda em 2007, passando a ter caráter obrigatório no prazo máximo de cinco anos”, conclui Lamberts.



Equilíbrio ecoeficiente

Atualmente em execução, o projeto do Labcog (Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento Humano-computador para a Amazônia) da Universidade Federal do Rio de Janeiro procurou aproveitar as condicionantes ambientais em benefício de uma arquitetura sustentável, funcional e esteticamente inovadora, segundo revela o arquiteto responsável, José Wagner Garcia.



O edifício conta com uma envoltória com tratamento externo metálico (cobre, titânio e alumínio). Internamente, nas faces superiores, adotou-se um sistema de isolamento termoacústico composto de drywall, lã de rocha e poliuretano expandido. Já as faces laterais receberam placa cimentícia, lã de rocha e drywall.



As aberturas orientadas na direção norte e leste favoreceram a implantação de dispositivos de sombreamento projetados para captação da luz natural difusa e da luz solar direta por reflexão. Isso permitiu estabelecer uma condição de contemplação da paisagem externa nos ambientes de trabalho, sem incorrer em ganhos térmicos comprometedores do desempenho energético do edifício.



Por fim, um vazio entre os fechamentos externos e internos de 40 cm cria uma câmara de ar que reduz o impacto causado pela incidência solar e por ruídos, além de acomodar a passagem dos elementos estruturais e de instalações.





Conforto Térmico



1. INTRODUÇÃO



Ao longo do desenvolvimento da história humana, está registrada a busca da proteção em relação às adversidades climáticas e, numa época mais recente, de condições de bem-estar e conforto físico satisfatórias. O clima é, portanto, um importante definidor do projeto e da construção da sua habitação.



2. A URBANIZAÇÃO, O MEIO AMBIENTE E O CONFORTO TÉRMICO



No atual estágio da modernidade, a sociedade se expressa espacialmente de forma cada vez mais urbana, cosmopolita. Submetida ao domínio global do capitalismo avançado, a nova relação tempo-espacial se deve às mudanças nas formas de trabalho, devido à alta tecnologia. A necessidade de anular as distâncias e a conseqüente evolução nas comunicações e no transporte, resulta na dispersão da população nas áreas metropolitanas.



Entre os mais evidentes e graves impactos socioambientais produzidos pela urbanização devido à sua intensa transformação do meio natural, encontram-se a contaminação e a formação de um clima urbano específico e, como conseqüência, a perda da qualidade de vida dos habitantes da cidade.



O clima urbano é produzido pela ação do homem sobre a natureza e se relaciona à produção de condições diferenciadas de conforto / desconforto térmico, à poluição do ar, às chuvas intensas, às inundações e aos desmoronamentos das vertentes dos morros – eventos de grande custo social (LOMBARDO, 1985).



Condições climáticas urbanas inadequadas significam perda da qualidade de vida para uma parte da população, enquanto para outra, conduzem ao aporte de energia para o condicionamento térmico das edificações. Em conseqüência, aumentam as construções de usinas hidrelétricas, termoelétricas ou atômicas, de grande impacto sobre o meio ambiente (LAMBERTS et al., 1997).



Assim, os processos de urbanização atuais e a configuração das cidades refletem o desenvolvimento de relações complexas e de resultados negativos para o convívio humano / social na cidade, o que ocorre e também pode ser percebido de forma distinta conforme a sua condição social, principalmente onde as diferenças sociais mais se acentuam: nos “países de desenvolvimento complexo”.





O Brasil, incluído nesta condição de desenvolvimento, apresenta uma dinâmica de urbanização que resulta na segregação social e espacial e na exclusão de grande parte de sua população (SANTOS, 1994). Atualmente, mais de 80% da população brasileira habitam em áreas urbanas (IBGE, 2006) que, em sua maioria, cresceram desordenadamente. Do alto índice brasileiro de urbanização decorrem problemas de difícil administração e correção sem que sejam destinados recursos para investimentos essenciais.



Além de uma maior vulnerabilidade da população mais desfavorecida ao desconforto térmico, essa parcela da sociedade geralmente é induzida a se estabelecer nos espaços mais degradados da cidade, onde é possível que as condições climáticas específicas agravem ainda mais os baixos índices de qualidade de vida.



A importância do conforto térmico relaciona-se não só à sensação de conforto das pessoas, como também ao seu desempenho no trabalho e à sua saúde. Os limites da sobrevivência, dependendo do tempo de exposição das pessoas às condições termo-ambientais, definem uma faixa bastante larga de temperatura. Já os limites da saúde são bem mais estreitos, sendo os de conforto ainda mais.



A condição de conforto é obtida mediante o efeito conjugado e simultâneo de um complexo conjunto de fatores objetivos, como os elementos do clima (temperatura do ar, umidade relativa, movimento do ar e radiação) e a vestimenta, e outros de caráter subjetivo como aclimatação, forma e volume do corpo, cor, metabolismo etc. O efeito conjugado destes parâmetros, quando produz sensações térmicas agradáveis, é denominado zona de conforto e seu estudo é de suma importância para o condicionamento térmico natural das edificações ou Arquitetura Bioclimática (RORIZ, 1987).



Embora o organismo tenha seu funcionamento regulado pela adaptação às condições climáticas como uma resposta fisiológica, há que se ressaltar, ainda, entre os fatores de caráter subjetivo, aqueles de origem cultural formados pela tradição e pela experiência vivida, dos quais depende a satisfação com o ambiente térmico e que conduzem a comportamentos defensivos a condições térmicas desfavoráveis.



A adaptação dos povos ao meio natural tornou-se o fator determinante das formas de se construir, tornando o ambiente construído – as edificações e seu conjunto, a cidade – o meio favorável para o desenvolvimento do homem. Desta forma, as expressões construtivas de forte caráter regional são as que possuem estreita relação com o seu entorno (OLGYAY, 1963).



Mas, nos últimos séculos, de modo cada vez mais intenso, a comunicação entre as sociedades, o desenvolvimento tecnológico e as descobertas de novos materiais têm contribuído para que o ato de construir se distancie dessa adaptação natural.



O Clima Urbano “resulta das modificações radicais que os processos de urbanização produzem na natureza da superfície e nas propriedades atmosféricas de dado local” (OKE, 1978). Desta forma, por meio da emissão de poluentes, atividades industriais, desflorestamento e outras atividades antropogênicas, o processo de urbanização provoca alterações na atmosfera urbana, gerando “ilhas de calor” e “ilhas de frescor”, conforme a configuração da dinâmica do uso do espaço e resultando na diferenciação dos microclimas urbanos.



Os microclimas, freqüentemente, deixam de ser considerados no planejamento das cidades, tampouco tem sido dada a devida importância às



condições climáticas urbanas resultantes da interação da natureza e da sociedade (morfologia do relevo, massas de vegetação, estrutura urbana e circulação de ar, entre outras). O conhecimento das condições climáticas em localidades diferenciadas na cidade pode contribuir para a melhoria das condições de conforto humano dentro e fora das edificações, bem como para o uso racional da energia e, portanto, colaborar com o desenvolvimento humano duradouro.



Alguns trabalhos sobre a climatologia urbana têm sido realizados em várias cidades do Brasil, em condições climáticas diversas, entre os quais destacamos os de Danni (1987), Lombardo (1985), Mendonça (1995), Brandão (1996) e Assis (2000).



Respeitando os princípios do conforto ambiental, o planejamento e o



controle do uso e ocupação do solo podem beneficiar milhões de pessoas de todos os níveis sociais. Uma configuração de cidade ambientalmente adequada deve minimizar os impactos do crescimento urbano sobre a natureza, reduzir a poluição do solo, da água e do ar decorrentes das atividades humanas, melhorar as condições de insolação e ventilação dos ambientes, buscar uma boa distribuição e índices adequados de áreas permeáveis e de áreas vegetadas, e ampliar o uso racional dos recursos naturais na construção. Deve, enfim, promover a preservação da qualidade do meio ambiente urbano e da qualidade de vida dos seus habitantes.



3. CONDICIONAMENTO NATURAL DAS EDIFICAÇÕES



3.1. RADIAÇÃO SOLAR



A radiação solar é fonte de calor e de luz. Portanto, é necessário contemplar de forma conjunta os fenômenos térmicos e visuais de uma edificação (LAMBERTS; DUTRA; PEREIRA, 1997; ALMODÓVAR, 2004; MASCARELLO, 2005). A radiação solar é um dos fatores que mais influencia o ganho térmico nas edificações e é função da intensidade da radiação solar incidente e das características térmicas dos materiais da edificação (LAMBERTS; DUTRA; PEREIRA, 1997; FROTA e SCHIFFER, 1999).



No verão, a insolação é uma importante causa de desconforto térmico nas edificações. A proteção das paredes, onde o efeito da insolação usualmente é menor, pode ser feita: com pintura de cores claras; sombreamento por meio de vegetação ou dispositivos de proteção solar; com isolamento utilizando-se materiais isolantes pelo lado de fora; com a adoção de paredes de grande capacidade calorífica para amortecer as variações de temperatura exterior e com ventilação para eliminação do calor interno. As coberturas podem ser protegidas com a utilização de forro, telhas claras, isolantes térmicos e de materiais de grande inércia térmica (COSTA, 1982).



Para a situação de inverno, pode-se buscar o aproveitamento máximo da insolação também com o uso de materiais de grande capacidade calorífica para amortecer as variações de temperatura exterior e materiais isolantes térmicos para proteção do exterior, visando manter o calor interno e reduzir a condensação na face interna das paredes externas da edificação (COSTA, 1982).



Segundo Olgyay (1998), a localização da proteção solar em relação à



superfície envidraçada, para o lado interno ou externo, influenciam o seu



desempenho. De acordo com o autor, em geral a proteção solar localizada no exterior da edificação apresenta uma efetividade cerca de 35% maior. Para outros elementos como cortinas e persianas, a cor e o material são fatores relevantes na eficácia do sombreamento.



3.2. VENTILAÇÃO NATURAL



A ventilação dos locais habitados é necessária para a manutenção das



condições de higiene, para proporcionar conforto térmico nos meses de verão e para resfriar os espaços internos do edifício, por meio das trocas térmicas entre o ar e as paredes (IZARD e GUYOT, 1983).



Com a ventilação, também, é propiciada a renovação do ar dos ambientes, provocando a dissipação de calor e a desconcentração de vapores, fumaças e poluentes (FROTA e SCHIFFER, 1999). Dessa forma, as condições de ventilação do ambiente interno têm influência direta na saúde, conforto e bem-estar do ocupantes (YEANG, 1996).



No caso da habitação, as exigências relativas à ventilação para higiene dos usuários se referem à: quantidade de oxigênio necessária à reposição, limitação da taxa de gás carbônico, eliminação dos odores desagradáveis, eliminação dos riscos de contaminação por gases tóxicos – como o monóxido de carbono – e à quantidade de oxigênio necessária para o corpo humano realizar o metabolismo (IPT, 1988).



Segundo Frota e Schiffer (1999, p.124), “A ventilação natural é o deslocamento do ar através do edifício, através de aberturas, umas funcionando como entrada e outras, como saída”. Ou seja, é necessário que a dimensão e posição das aberturas sejam definidas de modo a proporcionar um fluxo de ar adequado ao ambiente em questão.



Por sua vez, o fluxo de ar que entra ou sai da edificação depende de alguns fatores: da diferença de pressão do ar entre os ambientes internos e externos, da resistência ao fluxo de ar oferecida pelas aberturas e pelas obstruções internas, além de implicações relacionadas à incidência do vento e forma da edificação (FROTA e SCHIFFER,1999).



A ventilação natural pode ser feita por meio da ação dos ventos ou do chamado efeito chaminé. A ventilação por ação dos ventos promove a movimentação do ar através do ambiente. Já por efeito chaminé ocorre pelo efeito da diferença de densidade.



3.3. USO DE VEGETAÇÃO



A vegetação contribui para a melhora do ambiente físico. As árvores, por exemplo, podem reduzir os ruídos, atuar como um filtro de ar captando a poeira, atuar como elementos de proteção solar e ainda como elementos de proteção visual (OLGYAY, 1998). Na escolha das espécies é necessário considerar a forma e as suas características durante o ano, tanto no período de verão quanto de inverno.



A vegetação pode ser usada para complementar o sombreamento de uma abertura, quando o uso de proteção solar não for suficiente. Há casos em que a incidência de sol se dá quase perpendicularmente à fachada. Para a proteção solar de aberturas nestas condições, possivelmente seria necessário obstruí-las, bloqueando também a luz natural. Uma solução poderia ser o uso de árvores com folhas caducas que, além de sombrear a abertura sem bloquear a luz natural, possibilitaria a incidência solar no período de inverno com a queda das folhas (LAMBERTS; DUTRA; PEREIRA, 1997).



4. CONSIDERAÇÕES FINAIS



A perspectiva de um planeta urbano no século XXI se confirma cada vez mais. Aglomerações urbanas gigantescas, interconectadas, cobrem a superfície da Terra, multiplicando os efeitos das interações entre a sociedade e a natureza.



Há uma relação entre a estratificação social do espaço urbano e as condições de conforto térmico dos habitantes. Em relação ao clima urbano, as classes menos favorecidas habitam lugares de maior rigor climático. Como fator agravante, também são estas pessoas que dispõem de menos meios de se proteger do clima, tanto em relação ao acesso à saúde, à alimentação, à energia e a equipamentos condicionadores de água e ar, como as vestimentas adequadas e ao ambiente edificado.



Os problemas relacionados ao conforto térmico, ao desempenho e à saúde das pessoas, ao consumo, à produção e à distribuição de energia para climatização, ao uso do espaço externo pela população, entre outros, podem ser conduzidos à sua solução por meio de estudos e propostas de planejadores e gestores urbanos.



5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS



ALMODÓVAR, José Manuel Melendo. Da janela horizontal ao brise-soleil de Le Corbusier: análise ambiental da solução proposta para o Ministério da Educação de Rio de Janeiro. Arquitextos. São Paulo, Portal Vitruvius, ago 2004. Disponível em: Acesso em: 05 mar. 2007.



ASSIS, Eleonora Sad. Impactos da forma urbana na mudança climática: Método para a



previsão do comportamento térmico e melhoria de desempenho do ambiente urbano. Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo. São Paulo, 2000.



BRANDÃO, Ana Maria P. M. O clima urbano da cidade do Rio de Janeiro. Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo. São Paulo, 1996. 362f.



COSTA, Ênio Cruz da. Arquitetura ecológica: condicionamento térmico natural. São Paulo: Edgard Blücher, 1982.



DANNI, Ines Moresco. Aspectos temporo-espaciais da temperatura e umidade relativa em



Porto-Alegre em janeiro de 1982: contribuição ao estudo do clima urbano. Dissertação



(Mestrado). Universidade de São Paulo. São Paulo, 1987.



DUMKE, Eliane Müller Seraphim. Clima urbano/conforto térmico e condições de vida na cidade – uma perspectiva a partir do aglomerado urbano da região metropolitana de Curitiba (au-rmc). Tese (Doutorado). Universidade Federal do Paraná. Paraná, 2007.



FROTA, Anésia Barros; SCHIFFER, Sueli Ramos. Manual de conforto térmico. São Paulo: Studio Nobel, 1999. 3ed.



IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Atlas do Censo Demográfico 2000



Disponível em: . Acesso em 28 nov. 2006.



INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS. Tecnologia das Edificações: Projeto de Divulgação Tecnológica Lix da Cunha. São Paulo: IPT, 1988.



IZARD, Jean-Louis; GUYOT, Alain. Arquitectura bioclimática. México, D.F.: Ediciones G. Gili, S.A., 1983.



LAMBERTS, Roberto; DUTRA, Luciano; PEREIRA, Fernando O. R. Eficiência energética na arquitetura. São Paulo: PW, 1997.



LOMBARDO, Magda A. Ilha de Calor nas Metrópoles – o exemplo de São Paulo. São Paulo: HUCITEC, 1985. 244p.



MACHADO, Caroline Barp Zanchet. O tratamento de aspectos de conforto térmico em residências do período modernista em Curitiba. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal do Paraná, Paraná. 2008.



MASCARELLO, Vera Lúcia Dutra. Princípios bioclimáticos e princípios de arquitetura moderna – evidências no edifício hospitalar. Porto Alegre, 2005. Dissertação (Mestrado em Arquitetura) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul.



MENDONÇA, Francisco. O Clima e o Planejamento Urbano de cidades de porte médio e pequeno-proposição metodológica para estudo e sua aplicação à cidade de Londrina-PR. Tese (Doutorado em Geografia) Departamento de Geografia, Universidade de São Paulo. São Paulo, 1995.



OKE, Tim R. Boundary layer climates. London: Methuen, 1978. 372 p.



OLGYAY, V. OLGYAY, A. Design with climate: bioclimatic approach to architectural regionalism. New Jersey: Princeton University Press, 1963. 190p.



OLGYAY, V. Arquitectura y Clima: Manual de Diseño bioclimático para arquitectos y urbanistas. Barcelona: Editorial Gustavo Gili, 1998. Edição em espanhol.



RORIZ, Maurício. Zona de conforto térmico: um estudo comparativo de diferentes



abordagens. Dissertação (Mestrado em Arquitetura). Departamento de Arquitetura e



Planejamento, Universidade de São Paulo. São Carlos, 1987.



SANTOS, Milton. A urbanização brasileira. São Paulo: Hucitec, 1994.



YEANG, Ken. The skyscraper bioclimatically considered: a design primer. Academy Editions, Londres, 1996.



Conforto Térmico publicado 10/10/2008 por Jairo Pinheiro em http://www.webartigos.com



Fonte: http://www.webartigos.com/articles/10020/1/Conforto-Termico/pagina1.html#ixzz1Aero5zif


Normas Técnicas Conforto Térmico




Mantas termoisolantes à base de lã de vidro EB323 – data 12/1994.

Cortiça, cortiça com borracha e borracha celular – Determinação de resistência ao envelhecimento térmico em estufa NBR6104 MB1308 – data 09/1980.

Cimento isolante à base de silicato de cálcio para rejuntamento EB2056 – data 06/1990.

Feltros termoisolantes à base de lã de rocha NBR11722 EB586 – data 12/1994.

Espuma rígida de poliuretano para fins de isolamento térmico – Determinação da condutividade térmica NBR12094 MB3431 – data 08/1991.

Isolantes térmicos pré-moldados de silicato de cálcio – Especificação NBR10662 EB221 – data 10/1997.

Cimento isolante térmico à base de silicato de cálcio – Determinação da capacidade de cobertura e variação volumétrica após secagem NBR11981 MB3244 – data 06/1990.

Isolantes térmicos – Determinação de íons-cloreto, fluoreto, silicato e sódio lixiviáveis NBR12581 MB3532 – data 04/1992.

Cimento isolante térmico à base de silicato de cálcio – Determinação da resistência à compressão NBR11982 MB3245 – data 06/1990.

Materiais refratários – Determinação da resistência ao choque térmico com resfriamento em água NBR13202 – data 05/1997.

Cortiça, cortiça com borracha e borracha celular – Determinação de resistência ao envelhecimento térmico em estufa NBR6104 MB1308 – data 09/1980.

Espuma rígida de poliuretano para fins de isolação térmica – Determinação da massa específica aparente NBR11506 MB1675 – data 02/1991.

Isolantes térmicos pré-moldados de silicato de cálcio – Especificação NBR10662 EB221 – data 10/1997.

Feltros termoisolantes à base de lã de vidro NBR11362 EB330 – data 10/1995.

Cimento isolante térmico à base de silicato de cálcio – Determinação da resistência à compressão NBR11982 MB3245 – data 06/1990.

Isolantes térmicos de lã de rocha – Flocos NBR11626 EB590 – data 03/1989.

Isolantes térmicos pré-moldados de silicato de cálcio ou de sílica diatomácea – Determinação da resistência à compressão para placas NBR10408 MB2778 – data 08/1988.

Isolantes térmicos de lã de vidro – Flocos NBR11360 EB374 – data 08/1989.

Isolantes térmicos de lã cerâmica – Mantas NBR9688 EB1724 – data 12/1986.

Temperaturas inicial e final de amolecimento de vermiculita expandida NBR9573 MB2409 – data 09/1986.

Cimento isolante à base de silicato de cálcio para rejuntamento NBR11777 EB2056 – data 06/1990.

Reservatórios térmicos para líquidos destinados a sistemas de energia solar – Determinação de desempenho térmico NBR10185 MB2343 – data 01/1988.

Tubos termoisolantes à base de lã de vidro EB329 – data 12/1994.

Feltros termoisolantes à base de lã de rocha NBR11722 EB586 – data 12/1994.

Materiais celulares de poliestireno para isolamento térmico na construção civil e em câmaras frigoríficas NBR11752 EB1010 – data 07/1993.

Componentes de construção – Determinação da condutância e da transmitância térmica – Método da caixa quente protegida NBR 6488 MB 1228 – data 12/1980.

Isolantes térmicos pré-moldados de sílica diatomácea NBR11625 EB231 – data 03/1989.

Isolantes térmicos pré-moldados de silicato de cálcio ou de sílica diatomácea – Determinação da resistência à abrasão para tubos e placas pré-moldados NBR10410 MB2779 – data 08/1988.

Métodos de ensaios comuns para os materiais de isolação e de cobertura de cabos elétricos – Parte 1: Métodos para aplicação geral – Capítulo 2: Métodos de envelhecimento térmico NM-IEC60811-1-2 – data 06/2001.

Isolantes térmicos à base de fibras minerais: painéis, mantas e feltros – Determinação das dimensões e massa específica aparente NBR11356 MB860 – data 03/1989.

Vermiculita expandida – Determinação de massa específica aparente por compactação NBR10405 MB2775 – data 08/1988.

Mantas termoisolantes à base de lã de vidro NBR11361 EB323 – data 12/1994.

Cimento isolante térmico à base de silicato de cálcio – Determinação da consistência NBR11980 MB3243 – data 06/1990.

Materiais refratários – Determinação da resistência ao choque térmico com resfriamento em água NBR13202 – data 05/1997.

Isolantes térmicos pré-moldados de silicato de cálcio ou de sílica diatomácea – Determinação da massa específica aparente para placas NBR10407 MB2777 – data 08/1988.

Cordões termoisolantes de lã de vidro NBR11359 EB324 – data 03/1989.

Embalagem para isolamento térmico – Determinação do desempenho NBR9473 MB2487 – data 08/1986.

Instalações centrais de ar condicionado para conforto – Parâmetros básicos de projeto NBR6401 NB10 – data 12/1980.

Métodos de ensaios comuns para os materiais de isolação e de cobertura de cabos elétricos – Parte 1: Métodos para aplicação geral – Capítulo 2: Métodos de envelhecimento térmico NBRNM-IEC60811-1-2 – data 06/2001.

Cimento isolante térmico à base de silicato de cálcio – Determinação da capacidade de cobertura e variação volumétrica após secagem NBR11981 MB3244 – data 06/1990.

Vermiculita expandida – Determinação da umidade NBR10406 MB1867 – data 08/1988.

Isolantes térmicos de lã cerâmica – Painéis NBR9909 EB1713 – data 06/1987.

Isolantes térmicos pré-moldados de silicato de cálcio ou silíca diatomácea – Determinação da contração linear de massa para tubos e placas NBR10409 MB2461 – data 08/1988.

Vermiculita expandida NBR9230 EB1569 – data 01/1986.

Isolantes térmicos – Determinação de íons-cloreto, fluoreto, silicato e sódio lixiviáveis NBR12581 MB3532 – data 04/1992.

Isolantes térmicos à base de fibras minerais – Determinação do teor de matérial não-fibrado NBR11628 MB3313 – data 10/1990.

Espuma rígida de poliuretano para fins de isolamento térmico – Determinação da condutividade térmica NBR12094 MB3431 – data 08/1991.

Tintas – Determinação da resistência ao choque térmico de tintas para altas temperaturas NBR12582 MB3533 – data 04/1992.

Isolante térmico de lã de rocha – Mantas flexíveis com suporte de tela metálica NBR13047 – data 11/1993.

Isolantes térmicos à base de fibras minerais – Determinação da alcalinidade NBR11629 MB3314 – data 10/1990