segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Brasil supera Reino Unido e se torna 6ª maior economia, diz entidade


26/12/2011 - 07h48

http://www1.folha.uol.com.br/bbc/1026219-brasil-supera-reino-unido-e-se-torna-6-maior-economia-diz-entidade.shtml

DA BBC BRASIL



O Brasil deve superar o Reino Unido e se tornar a sexta maior economia do mundo ao fim de 2011, segundo projeções do CEBR (sigla em inglês para Centro de Pesquisa Econômica e de Negócios) publicadas na imprensa britânica nesta segunda-feira.
Segundo a consultoria britânica especializada em análises econômicas, a queda do Reino Unido no ranking das maiores economias continuará nos próximos anos com Rússia e Índia empurrando o país para a oitava posição.
O jornal local "The Guardian" atribui a perda de posição à crise bancária de 2008 e à crise econômica que persiste em contraste com o boom vivido no Brasil na rabeira das exportações para a China.
O "Daily Mail", outro jornal que destaca o assunto nesta segunda-feira, diz que o Reino Unido foi "deposto" pelo Brasil de seu lugar de sexta maior economia do mundo, atrás dos Estados Unidos, da China, do Japão, da Alemanha e da França.

Segundo o tabloide britânico, o Brasil, cuja imagem está mais frequentemente associada ao "futebol e às favelas sujas e pobres, está se tornando rapidamente uma das locomotivas da economia global" com seus vastos estoques de recursos naturais e classe média em ascensão.

Um artigo que acompanha a reportagem do "Daily Mail", ilustrado com a foto de uma mulher fantasiada sambando no Carnaval, lembra que o Império Britânico esteve por trás da construção de boa parte da infraestrutura da América Latina e que, em vez de ver o declínio em relação ao Brasil como um baque ao prestígio britânico, a mudança deve ser vista como uma oportunidade de restabelecer laços históricos.
"O Brasil não deve ser considerado um competidor por hegemonia global, mas um vasto mercado para ser explorado", conclui o artigo intitulado "Esqueça a União Europeia... aqui é onde o futuro realmente está".
A perda da posição para o Brasil é relativizada pelo "Guardian", que menciona uma outra mudança no sobe-e-desce do ranking que pode servir de consolo aos britânicos.
"A única compensação (...) é que a França vai cair em velocidade maior". De acordo com o jornal, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, ainda se gaba da quinta posição da economia francesa, mas, até 2020, ela deve cair para a nona posição, atrás do tradicional rival Reino Unido.
O enfoque na rivalidade com a França, por exemplo, foi a escolha da reportagem do site "This is Money" com o título: "Economia britânica deve superar francesa em cinco anos".



26/12/2011 - 08h45

Conversa para inglês ver


GilbeGilberto Dimenstein ganhou os principais prêmios destinados a jornalistas e escritores. Integra uma incubadora de projetos de Harvard (Advanced Leadership Initiative). Em colaboração com o Media Lab, do MIT, desenvolve em São Paulo um laboratório de comunicação comunitária. É morador da Vila Madalena.

Não deixa de atiçar um orgulho patriótico a informação da imprensa inglesa de que estamos próximos a desbancar o Reino Unido na lista das maiores economias do mundo.
Isso não aconteceria se, nos últimos anos, nossa economia não tivesse um mínimo de estabilidade para gerar mais investimentos.
Mas é bom tomar cuidar com euforia que, certamente, será manipulada pelo governo. Só podemos comemorar nosso crescimento quando os indicadores sociais brasileiros estiverem num patamar de nação desenvolvida --o que estamos longe, muito longe de ter. Refiro-me aos números da educação ou saúde. Ou a qualidade de vida nas cidades, a começar pela segurança.
Londres é igual a São Paulo?
Seria uma idiotice não ficar feliz com a informação sobre nosso crescimento --e que se deve em boa parte aos anos de PT e PSDB no poder. Mas, pelo mesmos critérios, comemoração civilizada deve ser medida pela qualidade da escola pública, onde se constrói a democracia de um país.
O resto é para inglês ver.