terça-feira, 31 de maio de 2011

Segunda maior fabricante de pás eólicas do mundo, a brasileira Tecsis deve produzir 4 mil unidades dessas peças neste ano e 6,5 mil em 2012

Os novos rumos da Tecsis


Cheia de dívidas, mas também de perspectivas, a Tecsis recebe aporte de US$ 460 milhões de novos sócios


30 de maio de 2011 | 0h 00


autoria: Patrícia Cançado - O Estado de S.Paulo


Tecsis fornece para empresas como GE, Siemens e Alstom (Foto: Epitacio Pessoa/AE)
Pilhas de equipamentos gigantescos que mais parecem asas de avião aguardam no pátio da Tecsis, no distrito industrial de Sorocaba, interior de São Paulo. Na verdade, as peças brancas com até 50 metros de comprimento e 9 toneladas são pás para turbinas eólicas, prontas para serem transportadas em comboios de caminhões até o porto de Santos - uma complexa operação que acontece quase todos os dias durante as madrugadas. Segunda maior fabricante de pás eólicas do mundo, a brasileira Tecsis deve produzir 4 mil unidades dessas peças neste ano e 6,5 mil em 2012. Pela primeira vez, parte delas ficará no País. Esse não é o único marco na história da companhia fundada pelo engenheiro aeronáutico Bento Koike e outros dois sócios 16 anos atrás.
Hoje, Koike fecha a venda de 80% da Tecsis para um consórcio de investidores liderado pela butique de fusões e aquisições Estáter, de Percio de Souza. A companhia receberá dos novos sócios um aporte de US$ 460 milhões, dinheiro que será usado para financiar o crescimento acelerado esperado para os próximos anos. "Antes de fechar o negócio, fomos procurados por quase todos os fundos estrangeiros. Antevendo essa expansão, precisávamos de uma capitalização", afirma Koike.
Quando o empresário bateu à porta da Estáter pela primeira vez, no ano passado, a Tecsis estava à beira de um colapso. Mas a situação era paradoxal. Koike, um sonhador confesso, sabia que tinha boas perspectivas pela frente, vindas principalmente do mercado brasileiro, mas precisava equacionar uma dívida de cerca de US$ 400 milhões (metade dela com perdas com derivativos) acumulada num período de vendas em queda livre. "Passamos por momentos dramáticos, mas eu sabia que ia dar certo", diz Koike.
Depois da quebra do banco Lehman Brothers, em setembro de 2008, boa parte das encomendas da Tecsis foi cancelada. Para se ter ideia do drama, Koike esperava faturar US$ 800 milhões em 2009 com base nos contratos já assinados, mas esse número caiu pela metade. Em 2010, a receita definhou, chegando a US$ 250 milhões. O número de funcionários despencou de 6 mil para 2,5 mil em dois anos.
Governança   No novo desenho, Koike e seus dois sócios terão 20% da empresa e continuarão no comando da gestão. Pércio de Souza, um intermediador de grandes negociações - conhecido por ser o banqueiro de Abílio Diniz e por ter costurado a consolidação do setor petroquímico -, assume um papel de protagonista na história. A Estáter indicará um diretor financeiro e será a única acionista com dois membros no conselho de administração que será criado - o próprio Pércio será o presidente desse conselho.
Os outros sócios são BNDESPar, Unipar (que vendeu a petroquímica Quattor para a Braskem no início do ano passado) e um fundo formado por bancos credores da Tecsis, que irão converter parte da dívida em ações. Todos terão partes iguais na companhia. Com exceção dos sócios fundadores e da Estáter, os outros acionistas poderão vender suas ações a partir de 2016, quando está prevista uma abertura de capital na bolsa de valores.
Pércio diz que não encara o investimento com a filosofia de um fundo de private equity - comprar para vender mais tarde com lucro. "É um lugar para gerar renda para os herdeiros, para trabalhar depois dos 75 anos", diz. "Além da questão financeira, tem um aspecto lúdico. Fazer fusão e aquisição é fisicamente desgastante." Pércio construiu sua reputação sob a imagem de um homem extremamente pragmático, que fala de cifras e complexas estruturas financeiras. Na semana passada, estava visivelmente eufórico com seu novo "brinquedo" que gira com a força do vento. A Estáter já tinha outros dois investimentos - uma corretora de seguros e uma construtora -, mas a Tecsis é, de longe, o maior e o mais empolgante.
O setor de energia eólica é hoje um dos mais atraentes da economia, com previsão de crescimento em todos os continentes. Na Europa, o mercado deve sair de uma capacidade atual de 9,9 gigawatts para 14 gigawatts em 2015, segundo estudo do Global Wind Energy Council. Na Ásia, puxada pela China, saltará dos atuais 21,5 gigawatts para 28 gigawatts no mesmo período. Graças à política de incentivos do governo Obama, o mercado vai dobrar na América do Norte.
Potencial   O Brasil, com grande atraso, também começa a se destacar. "A política energética brasileira passa a priorizar a energia eólica. O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE, do Ministério de Minas e Energia) já afirmou que haverá leilão todo ano, o que é um bom sinal para a indústria", diz Nivalde de Castro, coordenador do grupo de estudos do setor elétrico da UFRJ. O governo promoveu dois leilões desde 2009. O Brasil tem um dos melhores perfis de vento do mundo. Seu potencial eólico é de 300 gigawatts. É quase o triplo da capacidade instalada no País, considerando todas as fontes de energia.
Criada em 1995, quando os primeiros parques geradores estavam sendo erguidos na Europa, a Tecsis tem condições de tirar vantagens desse cenário. Ela fornece 80% das pás usadas nas turbinas da GE. De dois anos para cá, começou a fabricar peças para outros dois pesos pesados do setor: a alemã Siemens e a francesa Alstom. Das fábricas de Sorocaba já saíram mais de 30 mil pás, capazes de gerar energia equivalente à da usina hidrelétrica de Itaipu. Ao contrário da líder mundial do setor, a dinamarquesa LM, a Tecsis só faz pás sob medida para o cliente.
A fabricação é cercada de sigilo. Na linha de montagem, praticamente toda artesanal, é proibido fotografar. Os funcionários de alto escalão têm de obedecer a uma quarentena de dois anos caso queiram trabalhar para um concorrente. O maior segredo está no processo em si - em quantas camadas de tecido de fibra de vidro são aplicadas, nos materiais usados, na aerodinâmica e por aí vai. São cenas que lembram a construção da Arca de Noé do nosso imaginário, por causa do tamanho dos equipamentos e da quantidade de gente envolvida no trabalho.
Quando prontas, as pás viram verdadeiros objetos de design. Vindo da área de semicondutores da Philips, na Holanda, o paulista Fernando Pretel, diretor de planejamento da Tecsis há quatro anos, se diz um apaixonado pelas curvas das pás. "São muito plásticas." Entusiasta da energia verde, gosta de repetir um ideia de Koike segundo a qual trabalhar na Tecsis não é um emprego, mas uma causa. "Aqui ainda tem tanto por fazer que eu posso deixar um pouquinho do que eu sou, o meu DNA." Mal nasceu, a companhia agora vai recomeçar.



DIA MUNDIAL SEM TABACO: FUMAR MATA!




Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco salva vidas!

Fonte: http://www.inca.gov.br/tabagismo/frameset.asp?item=31maio2011&link=dmst2011.htm

O Dia Mundial sem Tabaco de 2011 foi destinado a destacar a importância global da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco e a grande preocupação de se fazer cumprir as suas determinações.

No dia 27 de abril, em seu discurso de abertura durante o Fórum Global da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Moscou, com a proposição Enfrentar o desafio das doenças não transmissíveis, a Diretora-Geral da Organização Mundial de Saúde, Margaret Chan, enfatizou a importância da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco chamando a atenção para uma visão mais crítica das relações entre indústria do tabaco e a sociedade.

O crescimento das doenças crônicas não-transmissíveis representa um enorme desafio para a saúde pública. Para alguns países, não é exagero descrever a situação como uma catástrofe iminente. Quero dizer, um desastre para a saúde, para a sociedade, e para a maioria das economias nacionais. Nós podemos compilar bibliotecas cheias de evidências sobre os perigos do tabaco e do fumo passivo, mas são outros os que fazem as leis para o controle do tabaco e as implementam. Hoje, muitas das ameaças à saúde que contribuem para doenças não-transmissíveis vêm de empresas que são grandes, ricas e poderosas, movidas por interesses comerciais, e muito menos amigável para a saúde. Esqueçam a colaboração com a indústria do tabaco. Nunca confie nesta indústria em qualquer circunstância, sob qualquer acordo. Implementem a Convenção Quadro para o Controle do Tabaco. Assim, podemos evitar cerca de 5,5 milhões de mortes a cada ano a um custo menor do que 40 centavos de dólar por pessoa, em países de baixa renda. Não há nenhuma outra "melhor aquisição" para o dinheiro em oferta. As pessoas não precisam fumar, mas elas precisam comer e beber”.

Como parte das celebrações, a OMS orientou os países membros a promoverem a Convenção-Quadro associando os benefícios de sua aplicação na saúde das pessoas. Com o tema “Três maneiras de salvar vidas”, enfatizou o trabalho desenvolvido por bombeiros e salva-vidas, associando-os à Convenção-Quadro e suas ações e contrapondo-se aos malefícios do tabaco.




Dano respiratório mata mais no País




Ligada ao cigarro, doença respiratória obstrutiva crônica (DPOC) tem mortalidade acima da média no Brasil, apesar da queda do fumo

31 de maio de 2011 | 0h 00



autoria: Fernanda Bassette - O Estado de S.Paulo
Apesar da queda no número de fumantes nos últimos anos, o Brasil ainda registra casos de mortalidade por doença respiratória obstrutiva crônica (DPOC) associada ao cigarro acima da média mundial.
Marcos de Paula/AE–14/8/2009
Marcos de Paula/AE–14/8/2009
Dano. Dos mortos por DPOC no País, 80% dos homens e 60% das mulheres são fumantes; índices mundiais são de 50% e 20%
Um levantamento do Instituto Nacional de Câncer (Inca), que será divulgado hoje durante o evento em comemoração ao Dia Mundial Sem Tabaco, aponta que oito em dez homens e seis em dez mulheres que morrem de DPOC no País fumam. A média mundial de mortalidade nesses casos, segundo o Inca, é de cinco em cada dez homens e duas em cada dez mulheres.
A DPOC é uma doença progressiva crônica e incapacitante, que pode se manifestar como bronquite ou enfisema pulmonar. Em 90% dos casos, o enfisema é causado pelo cigarro, que gera inflamação nos brônquios e destrói os alvéolos e o tecido pulmonar. Com o tempo, a pessoa perde a capacidade de respirar normalmente - a troca gasosa fica debilitada. Estima-se que de 6% a 7% da população com mais de 40 anos tenha o problema.
Além disso, o Inca estima que 1 milhão de brasileiros, jovens ou idosos, convivem com alguma doença respiratória crônica associada ao ato de fumar. Essas enfermidades representam hoje a terceira causa de mortalidade por doença no Brasil, ficando atrás apenas dos problemas cardiovasculares e dos cânceres.
Para Ricardo Henrique Meirelles, pneumologista da Divisão de Controle de Tabagismo do Inca, uma das hipóteses para explicar a mortalidade tão alta por DPOC entre os fumantes é a demora da doença para se instalar e demonstrar sinais, como falta de ar, tosse crônica e sensação de não estar conseguindo respirar.


"A gente sabe que a DPOC está diretamente associada ao tabagismo. Mas ela é uma doença de progressão lenta, demora uns 20, 30 anos para se instalar. Por isso, ainda estamos lidando com a mortalidade de pessoas que começaram a fumar há mais de 30 anos", diz Meirelles. Ele acredita que, em alguns anos, a tendência é diminuir essa mortalidade.

Para a psiquiatra Renata Cruz Soares de Azevedo, coordenadora do Programa de Prevenção ao Uso Indevido de Substâncias Psicoativas da Unicamp, outro fator que pode explicar a alta mortalidade por DPOC é a falta de diagnóstico precoce na rede.
"Quando o paciente chega à rede para fazer tratamento, já está com a doença instalada e em estágio avançado. Isso dificulta o tratamento e eleva a mortalidade", avalia a psiquiatra.
Dificuldade de acesso. Renata afirma que a dificuldade de acesso na rede pública a programas de tratamento para parar de fumar e a falta de acesso aos medicamentos necessários também são fatores que podem interferir na dificuldade em parar de fumar e, consequentemente, na progressão da doença.
"Parte dos pacientes atendidos pela Unicamp, por exemplo, precisa pagar pela medicação usada. Em geral, o tratamento custa R$ 40 por semana e dura pelo menos três meses", diz.
Segundo Meirelles, do Inca, 610 municípios do Brasil oferecem tratamento antitabágico pelo SUS - em 2009, cerca de 26 mil pessoas participaram. No Estado de São Paulo, no Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod), 2 mil pessoas são tratadas por ano.
Tratado. A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) realiza hoje um evento em que o tema será a Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, tratado internacional assinado com a Organização Mundial da Saúde (OMS) para implementar políticas de redução do consumo de cigarro em todo o mundo.
Uma das prioridades é implementar políticas para reduzir o tabaco entre as mulheres. Isso porque o número geral de fumantes como um todo caiu no Brasil, mas, entre as mulheres, ele se mantém estável - 12,7%. "O Inca está realizando uma pesquisa para entender melhor essa dinâmica e orientar políticas específicas para as mulheres", diz Tânia Cavalcanti, responsável pela implementação do tratado no País.



31/05/2011 06h30 - Atualizado em 31/05/2011 06h30

Médicos se mobilizam no Dia Mundial sem Tabaco


Entidades médicas promovem debate no Senado com base científica.
No Rio de Janeiro e em São Paulo, médicos alertam a sociedade.


Fonte:http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/05/medicos-se-mobilizam-no-dia-mundial-sem-tabaco.html

Do G1, em São Paulo




No Dia Mundial sem Tabaco, que é nesta terça-feira (31), será realizado no Senado Federal um encontro de médicos para debater os projetos de lei que tramitam na casa sobre a proibição do fumo em ambientes fechados.
Dois desses projetos são o PL 315/08 e o PL 316/08, que divergem sobre que forma tomaria a proibição do fumo, originado ou não do tabaco, em todo “recinto coletivo fechado, privado ou público”. Enquanto o PL 315/08 defende a extinção dos fumódromos, o PL 316/08 permitiria a existência dessas áreas.
O Fórum das Entidades Médicas sobre Tabagismo pretende apresentar evidências científicas sobre os efeitos para a saúde causados pela exposição à fumaça ambiental de tabaco. O evento é fruto de uma parceria entre Associação Médica Brasileira, o Conselho Federal de Medicina, a Federação Nacional dos Médicos e as Sociedades Brasileiras de Pneumologia e Tisiologia, de Cardiologia e de Oncologia, entre outras. Alexandre Padilha, ministro da saúde, é aguardado para o debate.
Outras ações
Em São Paulo, a Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia está organizando o “mutirão da bituca”. Médicos vestidos de jalecos vão limpar restos de cigarros na região da Avenida Paulista. Além disso, vão distribuir materiais informativos, tirar dúvidas, avaliar a capacidade respiratória dos fumantes e ajudá-los a calcular o gasto financeiro que o cigarro traz.
No Rio de Janeiro, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) também promoverá panfletagem e esclarecimentos nas ruas a respeito dos riscos do tabaco. À noite, o Cristo Redentor será iluminado de vermelho, cor adotada pela luta antitabagista.




Dia Mundial sem Tabaco será de ações de conscientização no Município




30-05-2011 - 18h57min

fonte: http://www.jornalagora.com.br/site/content/noticias/detalhe.php?e=3&n=12395





Parar de fumar é uma tarefa árdua, que exige esforço e persistência. Dia 31 de maio, Dia Mundial sem Tabaco, o objetivo é mostrar os benefícios de deixar o vício.
Você sabia que se parar de fumar agora, após 20 minutos sua pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal? Depois de 8 horas o nível de oxigênio no sangue se normaliza; após 2 dias é possível perceber melhor os cheiros e seu paladar já degusta a comida melhor; depois de 3 semanas a respiração fica mais fácil e a circulação melhora e após 5 a 10 anos o risco de sofrer infarto será igual ao de quem nunca fumou.

Alertar para uma melhor qualidade de vida é o principal objetivo dos órgãos de saúde hoje. Em Rio Grande, a Coordenação Municipal de Controle do Tabagismo juntamente, com as Secretarias da Saúde (SMS) e Educação e Cultura (Smec) e o Comitê de Pneumologia do Rio Grande, promoverá diversas atividades para chamar a atenção dos fumantes e conscientizar sobre os malefícios do tabaco.
De acordo com o coordenador do programa, o médico Carlos Alberto Castro, em 2011, a Organização Mundial da Saúde realiza um esforço coletivo para conscientizar os seus 172 países membros a realizarem políticas comuns, assim como levar às coletividades a ideia é de proteger a sociedade dos malefícios do tabagismo. "Em Rio Grande, graças à aprovação de medidas restritivas ao consumo de cigarros e assemelhados nós já demos um passo à frente no combate ao tabagismo", afirma.
Ações
Nesta terça-feira, cerca de 30 estudantes da rede municipal, de 13 a 18 anos, que recentemente foram capacitados como agentes juvenis de combate ao tabagismo estarão entregando panfletos e prestando informações a população na praça Dr. Pio. Ainda no local, o Comitê de Pneumologia do Rio Grande estará realizando avaliações respiratórias.
Coordenados pelo médico pneumologista Luis Suarez Halty, alunos e integrantes do Programa de Ajuda ao Fumante estarão oferecendo à população um momento de reflexão sobre o hábito de fumar. A equipe vai medir a dependência nicotínica, fazendo cálculo dos gastos dispendidos com o cigarro e avaliando o grau de intoxicação pelo cigarro através da dosagem de monóxido de carbono no ar expirado.
Às 10h, estudantes de escolas do Município, agentes de saúde, grupo de idosos e comunidade em geral participam da 12ª Caminhada pelo Dia Mundial sem Tabaco. A concentração será em frente a Prefeitura Municipal e seguirá pelas ruas General Neto, Luiz Loréa, 24 de maio, Marechal Floriano, Benjamin Constant, Calçadão e Praça Dr. Pio, onde se encerra a caminhada.
À tarde, os agente juvenis farão a partir das 14h, o Pedágio da Saúde, em frente a Polícia Rodoviária Estadual, na ERS–734, quando entregarão panfletos aos motoristas que trafegarem pelo local.
Durante todo o mês de maio foram realizadas palestras nas Escolas Municipais como forma de alertar e conscientizar os jovens sobre a temática.

Caminhada

O Programa de Saúde Preventivo Filantrópico promoverá nesta terça-feira, a partir das 9h, uma caminhada pelas principais ruas do centro do Rio Grande para sensibilizar e conscientizar a população sobre o Dia Mundial sem Tabaco. A caminhada partirá da rua Paranaguá, 206. 
Por Melina Brum Cezar
melina@jornalagora.com.br




Itaquerão sai mesmo do papel? Torcida nós temos.

31/05/2011 - 06h51

Obra do Itaquerão atrai curiosos, mídia e operários







Fora, cerca de 50 pessoas em busca de emprego, carrinho de cachorro-quente, vendedores de café e um ou outro curioso. Dentro, 20 trabalhadores, um número maior de jornalistas, dois tratores, duas escavadeiras e três caminhões parados.
Após sucessivos atrasos, a construção do estádio do Corinthians em Itaquera, sede paulista da Copa-2014 e candidata ao jogo de abertura, começou ontem com mais movimentação no entorno do que no canteiro de obras.

Na primeira fase do processo, que deve durar entre dois e três meses, será feita a terraplenagem do terreno.
Cerca de 30 funcionários estiveram no Itaquerão: 20 no canteiro de obras e dez medindo a área e realizando trabalhos de topografia.
As máquinas cavaram, empurraram e empilharam terra --os caminhões para a retirada do excesso de solo só devem funcionar hoje.
Segundo a Odebrecht, parceira do Corinthians na construção, o número de operários deve triplicar na próxima semana e chegar a até 200 em 90 dias. A estimativa da empreiteira é a de que a obra tenha 2.000 funcionários no seu momento de pico.
Alguns devem ser recrutados no próprio estádio. Pelo menos foi isso que a construtora prometeu para o grupo de pessoas que vai diariamente ao Itaquerão pedir emprego. Mas a seleção só deve começar em três meses.
Até lá, o clube e a empresa esperam ter solucionado as dúvidas sobre o estádio.
O Corinthians não concorda com o custo superior a R$ 1 bilhão previsto pela Odebrecht. O clube paulista tenta cortar os gastos para a casa dos R$ 650 milhões, valor que conseguiu levantar com empréstimo do BNDES e com Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento da Prefeitura de São Paulo.
O vice de marketing Luis Paulo Rosenberg já saiu em busca de orçamentos mais baratos, o que não está em linha com o que pensa o presidente Andres Sanchez.
Devido ao desentendimento entre o clube e a Odebrecht, o contrato ainda não foi assinado. O acordo que permitiu o início das obras vale para a primeira fase e foi firmado para evitar mais atrasos que possam inviabilizar o Itaquerão no Mundial.
Após tirar São Paulo da Copa das Confederações e escolher o Rio como sede do centro internacional de mídia, a Fifa acena com a possibilidade de sacar da cidade a abertura por "questão de tempo" e cogita até tirá-la da Copa.
Com o início das obras, a Odebrecht promete entregar o estádio até o fim de 2013. Ou seja, seis meses antes do início do Mundial do Brasil.
Colaboraram APU GOMES, de São Paulo, MARIANA MAZIERO, colaboração para a Folha

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Governo alemão anuncia o fechamento de suas usinas nucleares até 2022. Ótima notícia! O Brasil precisa seguir o mesmo caminho!


Governo alemão anuncia o fechamento de suas usinas nucleares até 2022


30/05/2011 - 02h20


DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Atualizado às 05h02.
A Alemanha irá desativar todos os seus reatores nucleares em funcionamento até o ano de 2022, anunciou na madrugada desta segunda-feira o Ministério do Meio Ambiente alemão.
Dos 17 reatores existentes no país, oito --os mais antigos-- já estão parados por decisão do governo e não serão mais reativados, disse o ministro Norbert Röttgen.
Entre os outros nove, seis deverão ficar fora de serviço até o final de 2021 e três --os mais recentes-- funcionarão no mais tardar até o final de 2022, afirmou Röttgen, que qualificou a decisão de "irreversível".
O anúncio do ministro ocorreu após uma longa sessão de negociações dentro da coalizão governamental encabeçada pela chanceler Angela Merkel iniciada na tarde de domingo.
A Alemanha deve, dessa forma, encontrar até o final de 2022 uma forma de cobrir os 22% de suas necessidades energéticas, geradas atualmente pelas usinas nucleares.
A decisão do governo alemão surge após Merkel ter estabelecido uma comissão de ética para analisar a produção de energia nuclear no país em reação ao desastre ocorrido na central japonesa de Fukushima Daiichi no início de março
A decisão dos partidos da coalizão dirigida por Merkel supõe um retorno à decisão tomada no ano de 2000 pela então coalizão de social-democratas e verdes comandada por Gerhard Schröeder que tinha aprovado por lei o fim da era nuclear em 2021.
Merkel e sua equipe se retratam assim da lei que aprovaram no ano passado para prolongar a vida das usinas nucleares em uma média de 14 anos e que atrasava para 2036 o fechamento da última usina atômica no país.

Maior lago de água doce da China está quase desaparecido devido à seca: Tecnologia resolve?

Maior lago de água doce da China está quase desaparecido devido à seca


30/05/2011 - 02h07


DA EFE

O lago Poyang, o maior de água doce na China, perdeu quase 90% de seu volume em consequência da seca que castiga a bacia do Yangtze, e que é a pior no meio século, informou nesta segunda-feira o jornal "South China Morning Post".
Grande parte do leito do lago é atualmente uma planície de barro ou erva, o que coloca em uma crítica situação os habitantes dos arredores do lago, que dependem de sua água para regar seus cultivos, destacou o periódico.

Reuters/China Daily


Segundo a imprensa oficial, o lago tem atualmente 0,74 milhão de quilômetros cúbicos de volume, 87% menos do que o habitual ou inclusive menos, já que em épocas úmidas o lago pode ter até 25 milhões de quilômetros cúbicos de água.
O segundo maior lago do país, o Dongting (também na bacia do Yangtze) também está parcialmente seco, e sua área atual (cerca de 900 quilômetros quadrados) é menos da metade da superfície habitual, segundo especialistas da região afetada.
A seca afeta uma bacia na qual vivem 400 milhões de pessoas, quase um terço da população chinesa, e a situação é especialmente dramática nas províncias do curso médio e baixo (Anhui, Hunan, Jiangxi, Zhejiang e Jiangsu), onde as chuvas este ano foram entre 40% e 50% menores do que o normal.
De acordo com o Escritório Estatal de Controle de Inundações e Secas, a situação afeta diretamente 3,29 milhões de pessoas e 6,96 milhões de hectares de campos de cultivo, equivalentes a 5% das terras cultiváveis no país.
Por este motivo, o Centro Meteorológico Nacional declarou "alerta amarelo" por seca, já que nos próximos dias não estão previstas grandes precipitações na área afetada.

domingo, 29 de maio de 2011

Lâmpada LED com sensor de presença é ainda mais econômica

Autoria e fonte: http://eco4planet.uol.com.br/blog/2011/05/lampada-led-com-sensor-de-presenca-e-ainda-mais-economica/



Esse carocinho aí no tubo da lâmpada R-FAC é um sensor de presença. Com ele, a luz só vai ficar acesa se alguém estiver no mesmo ambiente que o LED.
Devidamente apontado pelos caras do ZTOP, esse sensor faz com que a lâmpada economize até 70% de energia, em comparação as fluorescentes de 40 watts. E o melhor é que a LED já vem no tamanho ideal para você trocar sua antiga de tubo.


O modelo de LED vai ficar aceso assim que alguém entrar na sala e, se não sentir ninguém por ali, apaga 90 segundos após o último movimento captado. Além disso, sua vida útil chega a 40 mil horas aproximadas de uso contínuo, os modelos fluorescentes suportam 12 mil como tempo máximo.
Outro ponto importante é que as lâmpadas fluorescentes ainda utilizam mercúrio, que pode ser muito problemático se não for descartado corretamente.
As novas lâmpadas LED da ROHM estão disponíveis em versões de 22 e de 14 watts. Elas são compatíveis com modelos fluorescentes de 40 watts com soquete padrão G13.

Sustentabilidade depende de mudanças no comportamento humano

Sustentabilidade depende de mudanças no comportamento humano

Não somente de tecnologias viverá o planeta, mas do comportamento humano

Autoria e fonte: http://www.portalodm.com.br/sustentabilidade-depende-de-mudancas-no-comportamento-humano--n--583.html

18.05.2011 | CICI2011 (foto:educacaosustentavel.wikispaces.com)
Sustentabilidade depende de mudanças no comportamento humano
Pensar um mundo diferente e sustentável não depende apenas de novas tecnologias, mas sim de mudanças de comportamento humano. Esse foi um das principais temas tratados pelo Engenheiro de Produção Social em Nova York (EUA), Shaun Abrahamson, no painel "Crowd e a pegada ecológica", realizado hoje (quarta, 18), durante Conferência Internacional de Cidades Inovadoras - CICI2011.
Para Abrahamson, a sustentabilidade tem duas frentes: a tecnologia e as pessoas. "Em todo o mundo existem diversas tecnologias criadas e sendo desenvolvidas. Esse é um dos focos da sustentabilidade. O outro é que devemos evoluir no comportamento humano, pensando em soluções possíveis de se aplicar em grupos de pessoas", disse ele.

Entender mais de gente
O painel mostrou também que é preciso entender mais de gente, do que motiva o ser humano a desenvolver uma causa, a se unir em grupos, mudar o comportamento social e buscar soluções. "Essa questão pode ser um sistema de ideias e recompensas. Uma forma de evoluir, buscando a colaboração das pessoas e fornecendo benefícios, como créditos ou reconhecimento de alguma forma", revelou Abrahamson.

Ele citou como exemplo o caso da companhia de café Starbucks, empresa mundial que investiu em uma campanha de redução de uso de copos plásticos. "A solução é simples. A pessoa leva seu copo, evita fila e ainda após dez cafés, ganha um", conta.

Interação e aproveitamento
Pessoas que não são especialistas em determinado assunto podem ajudar com novas ideias, através de ferramentas colaborativas, de interação social. O desafio é entender o que leva pessoas a pensarem em novas soluções de forma planejada e organizada. Outro quesito importante nesse contexto são os valores humanos envolvidos e o aproveitamento de talentos, tecnologias e inovação. A busca por um modelo de sustentabilidade ideal está muito ligado a como as pessoas interagem em grupo e como se comportam, levando a um entendimento maior do ser humano e em como podemos evoluir na sociedade.


Pessoas querem sistemas colaborativos, mas não sabem como funcionam
Realizar mais pesquisas sobre o comportamento do ser humano no dia-a-dia também pode ser uma das alternativas para entender a reação de pessoas em grupo e solucionar problemas da sociedade ligados a sustentabilidade econômica e ambiental.

"Ao longo do tempo as pessoas estão aprendendo e querendo trabalhar com sistemas mais colaborativos, mas ainda é uma incógnita a forma como elas podem reagir quando em grupos", afirmou. Abrahamson acrescentou ainda que quanto mais soubermos sobre o ser humano, mais vamos entender como reagimos em conjunto na busca das melhores soluções no planeta.

Projeto sustentável de moradia ensina oficio a moradores







Projeto sustentável de moradia ensina oficio a moradores

www.farolcomunitario.com.br/meio_ambiente_000_0439-projeto-sustentavel-de-moradia-ensina-oficio-a-moradores.php



Autoria: Mariana Soares | Agência USP


Mais de 100 famílias de dois assentamentos rurais do estado de São Paulo foram beneficiadas por um projeto que viabilizou melhorias como rede de água e esgoto e instalação elétrica em casas que tinham pouca ou nenhuma estrutura.
Por intermédio de um estudo de doutorado desenvolvido na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, o arquiteto Ivan Manoel Rezende Do Valle possibilitou aos moradores dos assentamentos Pirituba II, em Itapeva, e Sepé Tiaraju, em Serra Azul, a construção de novas moradias construídas em sistema de mutirão. “Cada um foi responsável por uma parte da construção”, conta Do Valle, que foi o responsável pelos projetos de coberturas das casas, usando madeira de florestas plantadas (eucaliptus e pinus), explorando também o conceito de sustentabilidade.
A tese de Do Valle, intitulada A pré-fabricação de dois sistemas de cobertura com madeira de florestas plantadas. Estudos de casos: os assentamentos rurais Pirituba II e Sepé Tiaraju, está vinculada a dois projetos de pesquisa desenvolvidos pelo Grupo de Pesquisa em Habitação e Sustentabilidade (HABIS), do Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU) da EESC, e pela Universidade Federal de São Carlos (UFscar). Na USP, a coordenação é do professor Akemi Ino. O professor Ioshiaqui Shimbo é o responsável pela coordenação na UFscar.
Os pesquisadores do projeto ficaram um ano e meio em cada assentamento, realizando viagens semanais desde a base em São Carlos. Em Pirituba II, foram atendidas 49 famílias entre 2005 e 2006, e em Sepé Tiaraju 77, entre 2007 e 2008. O arquiteto descreve como o processo era simples: em cada comunidade se montava uma espécie de uma marcenaria para a pré-fabricação dos componentes das moradias.
Incubação
O assentamento de Pirituba II teve um diferencial em relação ao de Sepé Tiaraju: a incubação das marcenarias. No assentamento de Itapeva, os moradores receberam treinamento para o ofício de marcenaria e iniciaram a produção de esquadrias de portas e janelas, além dos componentes das coberturas. Em forma de mutirão, eles adquiriram este conhecimento e passaram a trabalhar com marcenaria. Hoje há um número ainda maior de moradores com este conhecimento, repassado pelos pioneiros do projeto. Fazem parte destes pioneiros um grupo de mulheres já com mais de 40 anos, que, sem deixar de realizar o trabalho de casa, iam se juntar à marcenaria, para aprender ofícios que podiam ajudar em sua renda.

Em Sepé Tiaraju não houve incubação e, por consequência, não existiu a geração de trabalho e renda, pois a própria infraestrutura do assentamento era mais precária. Pirituba II já possuia galpões vazios de antigas fazendas, e o Sepé teve de improvisar um. Assim, a marcenaria limitou-se à confeccção dos componentes da cobertura (os painéis pré-fabricados) para as 77 casas.
Do Valle ressalta a importância da incubação: “por gerar trabalho e renda para os moradores, o processo acabou sendo um incentivo para eles ficarem por ali e não migrarem para outras áreas rurais ou urbanas”.
Forro
Segundo o pesquisador, a verba disponível era de aproximadamente R$10mil por casa e foi concentrada na compra de materiais, não havendo gasto com mão de obra. Com valores reajustados em dezembro de 2008, as coberturas de Pirituba II custaram R$3.047,00 cada, e a do Sepé Tiaraju R$3.005,00.

O arquiteto considera que a cobertura proposta para as casas do assentamento de Sepé Tiaraju tem qualidade superior devido a presença do forro. Enquanto em Pirituba II ele foi colocado apenas em algumas casas com recurso particular e individual, no Sepé o forro fez parte do processo de pré-fabricação e esteve presente em todas as coberturas. Também lá a produção foi mais rápida: 4 dias, contra 7 de Pirituba II.
O pesquisador concluiu que o processo de pré-fabricação de sistemas de cobertura com madeiras plantadas é viável em todos os critérios da sustentabilidade: ambiental, econômico, social, cultural e político, mesmo nas condições precárias do assentamento rural, e que as pessoas envolvidas na produção se organizaram, se capacitaram e produziram uma cobertura mais barata e de melhor qualidade, diferente da convencional. Do Valle ainda acrescenta que foi importante introduzir o processo participativo para a pré-fabricação, associado à industria e a regiões urbanas, nos assentamentos rurais, e destaca a relevância da experiência, dada a importância que a moradia tem para aquelas famílias, que há tempos lutam para ter uma moradia digna.

Maracanã vai se tornar exemplo de estádio ecologicamente correto

Maracanã vai se tornar exemplo de estádio ecologicamente correto

Autoria e fonte: http://www.jb.com.br/rio/noticias/2011/05/28/maracana-vai-se-tornar-exemplo-de-estadio-ecologicamente-correto/

O Maracanã se prepara para ser o principal palco da Copa do Mundo de 2014 e também referência em sustentabilidade. No projeto executivo de reforma e modernização do Templo do Futebol, que ficará pronto em dezembro de 2012, o conforto e a segurança dos torcedores não são as únicas prioridades. Transformar o Estádio Jornalista Mário Filho em um patrimônio ambiental, com soluções para a economia de recursos naturais, como água e energia elétrica, também está nos planos do Governo do Estado do Rio de Janeiro.
Para que o novo Maracanã receba a certificação ambiental, todas as melhorias são baseadas no sistema LEED (Leardership in Energy and Environmental Design), do Green Building Council Brasil, selo concedido a empreendimentos com alto desempenho ecológico. Além da eficiência energética e da economia de água, o projeto que tornará o Maracanã um estádio “verde” inclui a diminuição nas emissões de CO2, que causam o efeito estufa, melhoria nas condições do ambiente e otimização do uso de materiais de construção.
- Não tenho a menor dúvida de que o Maracanã é um case de sucesso, sua mudança é muito significativa em vários aspectos e serve de exemplo. No novo perfil, o Maracanã está pautado pela tecnologia e pelas eficiências energéticas. Os critérios da certificação LEED não estão apenas no projeto, mas também na obra - explicou o presidente da Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (Emop), Ícaro Moreno, responsável pela reforma do estádio.
Uso racional de água
A meta é reduzir o consumo de água em 30%, por meio de dispositivos economizadores e a implantação de um sistema de captação de água de chuva, que irá assegurar a diminuição de 50% no uso para irrigação do gramado. A chuva captada pela nova cobertura, que substituirá a atual marquise condenada por especialistas, será utilizada também para o funcionamento dos banheiros, que terão torneiras inteligentes com fechamento automático e descargas ecológicas.
Redução energética
A Secretaria de Obras prevê ainda a economia de 8% da energia elétrica. O Maracanã receberá um moderno sistema de iluminação com lâmpadas de led em 23.500 luminárias, econômicas, de baixa manutenção e elevada vida útil. Equipamentos de ar condicionado e bombas mecânicas eficientes e uso da energia solar no aquecimento da água dos vestiários estão na lista ecologicamente correta da modernização do estádio.
- O projeto sustentável diminui o custo de operação do Maracanã. As tecnologias que estão sendo implantadas reduzem o consumo. Por exemplo, haverá menor perda de carga elétrica para "alimentar" o estádio com o sistema que irá evitar o desperdício de energia, através do desligamento automático de luzes. Através dessas ações, que também contribuem indiretamente para a redução de CO2, estamos deixando de consumir o meio ambiente - ressaltou o responsável pelo projeto ambiental do Maracanã e gestor do LEED, Bernard Malafai.
Canteiro de obras sustentável
As práticas sustentáveis começam a ser adotadas já no canteiro de obras, onde cerca de 800 profissionais trabalham em dois turnos para entregar um novo Maracanã. Setenta e cinco por cento do material de demolição da obra estão sendo britados em uma máquina que separa o concreto das estruturas em ferro e serão reutilizados no estádio e em outras obras públicas. Durante toda a reforma, as árvores do local serão protegidas com cercas e um piso impermeável impedirá a poluição química do solo.
- No canteiro, já adotamos estratégias como o reaproveitamento do material utilizado. Tudo que está sendo demolido reciclamos, tanto a ferragem quanto o concreto para base e suporte de base. Nós também estamos tendo cuidados na escolha dos materiais utilizados nas obras, que são recicláveis. A reforma está toda dentro do universo ambiental - explicou Ícaro Moreno.

Resolução regulariza uso da biodiversidade

Resolução regulariza uso da biodiversidade

Empresas que criaram produtos com base na fauna e na flora poderão se adequar às regras vigentes desde 2001, com diminuição de multas

25 de maio de 2011 | 0h 00




autoria: Alexandre Gonçalves e Andrea Vialli - O Estado de S.Paulo
Uma resolução do Ministério do Meio Ambiente (MMA) facilita a regularização de empresas que utilizaram plantas e animais para desenvolver produtos - como fármacos, alimentos e cosméticos - sem aval do governo. Se cumprirem as exigências, poderão contar com redução de multas e autorização para explorar os produtos que criaram com base na biodiversidade.
Desde 2001, quem utiliza processos baseados em genes de plantas ou animais do País deve, por exemplo, destinar parte dos dividendos da descoberta à unidade de conservação onde ela ocorreu. Com o produto no mercado, a empresa também deve remunerar comunidades tradicionais - como índios e quilombolas - que contribuíram com seu conhecimento para a inovação.
A nova resolução (n.º 35 de 27 de abril), publicada anteontem no Diário Oficial da União, estabelece que as empresas com produtos em situação irregular podem se adequar às exigências em vigor desde 2001. No fim do ano passado, 107 empresas foram multadas por admitir que desrespeitavam a norma.
Para isso, as empresas devem encaminhar a documentação exigida ao Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (Cgen). Como prêmio pela disposição em regularizar a situação, as empresas poderão ter as multas diminuídas em até 90%. "Nosso objetivo não é acumular multas, mas garantir uma distribuição justa dos benefícios", afirma Bruno Barbosa, coordenador-geral de fiscalização do Ibama.
Fiscalização. Em agosto do ano passado, o órgão iniciou a Operação Novos Rumos. Na primeira fase, empresas puderam admitir voluntariamente suas infrações ambientais e, por isso, foram autuadas com a multa leve - no total, cerca de R$ 120 milhões, segundo Barbosa.
Agora, a operação entrou na segunda fase. Segundo o Ibama, cerca de cem instituições de pesquisa e empresas dos ramos farmacêutico, alimentício, agropecuário, cosmético, novos materiais e de perfumaria são suspeitas de utilizar conhecimentos obtidos da biodiversidade de forma irregular. Elas já foram notificadas a apresentar informações e documentos que comprovem sua situação regular. "Posso garantir que há na lista várias multinacionais e grandes empresas nacionais", afirma Barbosa.
Ciência. Rogério Bertani, biólogo do Instituto Butantã, afirma que a resolução publicada anteontem beneficia principalmente as empresas que desejam explorar economicamente o conhecimento obtido de forma irregular. Mas sublinha a necessidade de reformar a Medida Provisória n.º 2.186-16 de 23/08/2001. "Antes (da MP) de 2001, tudo era permitido, o que não era bom", recorda Bertani. "Depois, quase nada tornou-se permitido, o que também é ruim. Precisamos amadurecer a legislação." Pesquisadores e empresas sustentam que a lei atual impede a inovação.
PARA LEMBRAR
Multas crescem mais de 100% em cinco anos
Nos últimos cinco anos, houve um expressivo aumento das multas aplicadas pelo Ibama associadas ao uso da biodiversidade e patrimônio genético. Elas passaram de apenas 1 autuação em 2005 para 106 em 2010 - só no ano passado o órgão aplicou o equivalente a R$ 91 milhões. Essas infrações estão associadas ao uso indevido das espécies da biodiversidade, como a biopirataria.
Um dos casos notórios foi o da companhia de cosméticos Natura, multada no ano passado em R$ 21 milhões. Foram 64 autos de infração por acessos supostamente irregulares à biodiversidade. A empresa recorreu das multas e nega ter agido de forma irregular. 


C40: Congresso internacional de prefeitos de 47 megalópoles mundiais para discutir padrões de sustentabilidade urbana

Kassab anuncia encontro de cidades e critica falta de metrô em SP

C40 vai reunir prefeitos de megalópoles mundiais para discutir sustentabilidade urbana em SP

27 de maio de 2011 | 19h 44


autoria:Gustavo Bonfiglioli - Especial para o Planeta
O prefeito Gilberto Kassab anunciou nesta sexta-feira que pretende direcionar 2% do orçamento municipal a políticas ambientais e reclamou da falta de metrô, que tem como consequência direta o excesso de carros pelas ruras, como o principal problema ambiental da cidade.
O prefeito estava no lançamento do C40, congresso internacional de prefeitos de 47 megalópoles mundiais para discutir padrões de sustentabilidade urbana. O evento, que terá mesas-redondas e apresentação de cases de sucesso de planejamento verde, será sediado em São Paulo entre 31 de maio e 3 de junho.
Segundo Kassab, o C40 é uma oportunidade de consolidar a liderança ambiental de São Paulo no cenário das metrópoles mundiais.
“Fomos escolhidos na última edição, em Seul, pela nossa política ambiental. Esse é o momento de dar mais visibilidade para ela." As cidades ocupam apenas 2% do planeta, mas respondem por mais de 70% das emissões de gases causadores do efeito estufa, segundo a organização do C40.
O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, e o ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton confiramaram presença e as cidades brasileiras serão representadas pelos prefeitos de São Paulo, Rio e Curitiba.
Eduardo Jorge, secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, defendeu que esta é a última oportunidade do ano para que as cidades reivindiquem seu papel na política ambiental global. “Estamos às vésperas da conferência do clima da ONU em Durban e da Rio +20. O C40 traz a possibilidade de as cidades divideram a governaça ambiental com os governos nacionais e a ONU.”
“É o maior evento para pensar a mitigação e a adaptação das cidades às mudanças climáticas”, afirmou o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Miguel Bucalem.

Ar mais limpo. Kassab destacou a mitigação da poluição do ar como destaque a ser apresentado no C40, principalmente pela implementação do programa de inspeção veicular e pelas medidas adotadas para capturar gases de aterros sanitários e gerar energia. Especificamente, o prefeito fala das termelétricas instaladas nos aterros sanitários Bandeirantes e São João, respectivamente nos bairros Perus e São Mateus, que utilizam o metano emitido para a geração da energia.
Questionado sobre a arrecadação dos aterros, o prefeito afirma que o montante, avaliado em R$ 70 milhões e obtido com a venda de créditos de carbono em leilão, é aplicado em projetos para a comunidade local. Kassab aproveitou para anunciar o aumento do orçamento municipal para a secretaria de Meio Ambiente. “Tivemos a oportunidade de aumentar as verbas de 0,4 a 1,1% para a Secretaria de Meio Ambiente, e queremos chegar a 2%.”
Segundo o prefeito, o pior problema ambiental hoje na cidade é a falta de mais linhas de metrô, o que obriga o uso de carro pela população. “São apenas 70 km de linhas, e estamos pagando o preço histórico pela falta de atenção para essa política pública."
Kassab descarta a possibilidade de pedágio urbano, utilizado em metrópoles como Londres, porque, em São Paulo, as pessoas que têm carro já são penalizadas por rodízio e por uma carga tributária elevada. “São pessoas que não tem outra alternativa, porque o metrô é insuficiente e elas precisam do carro todos os dias,e  já pagam muito por isso”. O prefeito não menciona qualquer iniciativa de redução de carros nas ruas.
Já o secretário do Meio Ambiente, Eduardo Jorge, explica a impossibilidade de reduzir carros das ruas com uma metáfora médica: “Trânsito é uma questão de veias, artérias e capilares da cidade e da sociedade. Não dá pra fazer cirurgia no tráfego, tem que ter uma abordagem clínica, tem que ir devagar”. 

A inteligência é um lixo

 São Paulo, domingo, 29 de maio de 2011


Autoria: GILBERTO DIMENSTEIN

A Olimpíada pode ser uma chance de melhorar uma cidade e de elevar o seu patamar civilizatório



IMAGINE UMA cidade em que não existam caminhões de lixo passando pela rua nem se vejam, em nenhum lugar, lixeiras. O lixo passaria por tubos subterrâneos, desembocando num centro de reciclagem. Essa imagem está prestes a ser realidade em Barcelona, onde a experiência começou em 1992 com a Olimpíada. Desde então, o projeto vem sendo expandido.
Acontece nesta semana em São Paulo (onde ainda existe muito lixo na rua) o encontro dos prefeitos das 40 maiores cidades do mundo, ideia que surgiu em Londres e Nova York para compartilhar projetos ambientais e traçar uma ação conjunta.
É uma chance de conhecer alguns desses projetos, que revelam como a criatividade e a ousadia estão produzindo cidades mais inteligentes e saudáveis.
Mesmo quem não se importe com a sustentabilidade vai reconhecer que essas experiências são formidáveis exemplos da inventividade.

 
Por coincidência, Londres e Nova York, as cidades criadoras do encontro batizado de C-40, chamaram na semana passada a atenção mundial para ações que visam manter o ar mais limpo.
Nova York já tinha sido pioneira em banir o fumo de lugares fechados, inclusive bares e restaurantes. Agora, numa ofensiva ainda mais radical e polêmica, proibiram o cigarro em parques e na praia.
Para ser a cidade mundial do carro elétrico, Londres lançou oficialmente na quinta-feira o projeto de instalar até 2013 uma rede de 1.300 postos de recarga. Esse número supera o de postos de gasolina. Os indianos, aliás, estão prometendo o carro elétrico mais barato do mundo e imaginam que as ruas londrinas venham a ser o seu, digamos, grande "test drive".

 
Londres prepara-se para projetar uma imagem de sofisticação ambiental, aproveitando o fato de, no próximo ano, receber a Olimpíada. A cidade teve a ousadia de lançar o pedágio urbano e está estimulando seus moradores a criar fazendas urbanas, plantando hortas em todos os lugares possíveis, especialmente sobre os prédios e as casas. O objetivo, nada modesto, é fazer que a cidade produza o que consome ao mesmo tempo em que dissemina áreas verdes por todos os lados.
Tudo isso serve de inspiração para o mundo em geral e, em particular, para o Brasil, que vai receber a Olimpíada seguinte. Assim como ocorreu em Barcelona, a Olimpíada pode ser uma chance não apenas de melhorar uma cidade mas de elevar o seu patamar civilizatório.

 
O que essas cidades inovadoras fazem é justamente melhorar nossa percepção de civilidade. É o que sentimos quando vemos o prefeito de San Francisco, nos Estados Unidos, indo de bicicleta para o trabalho. Ou, no caso brasileiro, a Lei Cidade Limpa, em São Paulo, ou o sistema de transporte público de Curitiba. Poucas coisas são importantes para a imagem do Brasil como a disseminação do etanol, que acabou pondo o país na vanguarda tecnológica da indústria automobilística e química (produção do plástico verde, por exemplo). Em nenhum lugar do planeta existe um museu de arte tão ecológico como o de Inhotim, em Brumadinho (Minas Gerais), uma reserva florestal que virou um templo de arte contemporânea.
Na cidade de Calgary, no Canadá, graças a uma rede de energia eólica, o abastecimento do transporte público vem do vento. Na Dinamarca, as famílias que produzem sua própria energia ganham dinheiro do governo. Surgiram assim cooperativas de energia eólica. Por isso Copenhague virou um modelo admirado mundialmente.
Na cidade de Linköping, na Suécia, todo o transporte público é movido com o que sobra das cantinas e restaurantes.

 
Colocar a inteligência no lixo é hoje uma das grandes e maravilhosas fontes da inventividade humana.

 
PS- Estou tendo a maior experiência ecológica da minha vida. Cambridge, onde moro, é um imenso jardim, onde podemos fazer quase tudo a pé ou de bicicleta. Aqui é um lugar em que o compartilhamento de carro deu certo e estimulou a invenção de chaves digitais. Prédios emprestam ou alugam suas garagens para as pessoas deixarem os carros compartilháveis. Coincidência ou não, minha gastrite crônica deu um tempo. Quanto mais inteligente a cidade, mais podemos usar a mais antiga das trações: a tração humana. Preparei uma seleção de projetos inovadores para as cidades, postos no Catraca Livre (www.catracalivre.com.br), além do detalhamento dos casos citados nesta coluna.