sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

O TUPÃ FARÁ A PREVISÃO DO TEMPO E DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS NO BRASIL DURANTE OS PRÓXIMOS 6 ANOS

Superprevisão do tempo? Pergunte ao Tupã

29/12/2010

Por Elton Alisson, de Cachoeira Paulista (SP)

http://www.agencia.fapesp.br/materia/13249/superprevisao-do-tempo-pergunte-ao-tupa.htm





Um dos maiores supercomputadores do mundo para previsão de tempo e de mudanças climáticas é inaugurado em Cachoeira Paulista. Equipamento permitirá fazer previsões de tempo mais confiáveis, com maior prazo de antecedência e de melhor qualidade (foto: Eduardo Cesar/Ag.FAPESP)






Agência FAPESP – O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) inaugurou terça-feira (28/12), no Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), em Cachoeira Paulista (SP), o supercomputador Tupã.



Com o nome do deus do trovão na mitologia tupi-guarani, o sistema computacional é o terceiro maior do mundo em previsão operacional de tempo e clima sazonal e o oitavo em previsão de mudanças climáticas.



Não apenas isso. De acordo com a mais recente relação do Top 500 da Supercomputação, que lista os sistemas mais rápidos do mundo, divulgada em novembro, o Tupã ocupa a 29ª posição. Essa é a mais alta colocação já alcançada por uma máquina instalada no Brasil.



Ao custo de R$ 50 milhões, dos quais R$ 15 milhões foram financiados pela FAPESP e R$ 35 milhões pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), por meio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o sistema foi fabricado pela Cray, em Wisconsin, nos Estados Unidos.



O Tupã é capaz de realizar 205 trilhões de operações de cálculos por segundo e processar em 1 minuto um conjunto de dados que um computador convencional demoraria mais de uma semana.



Com vida útil de seis anos, o equipamento permitirá ao Inpe gerar previsões de tempo mais confiáveis, com maior prazo de antecedência e de melhor qualidade, ampliando o nível de detalhamento para 5 quilômetros na América do Sul e 20 quilômetros para todo o globo.



A máquina também possibilitará melhorar as previsões ambientais e da qualidade do ar, gerando prognósticos de maior resolução – de 15 quilômetros – com até seis dias de antecedência, e prever com antecedência de pelo menos dois dias eventos climáticos extremos, como as chuvas intensas que abateram as cidades de Angra dos Reis (RJ) e São Luiz do Paraitinga (SP) no início de 2010.



“Com o novo computador, conseguiremos rodar modelos meteorológicos mais sofisticados, que possibilitarão melhorar o nível de detalhamento das previsões climáticas no país”, disse Marcelo Enrique Seluchi, chefe de supercomputação do Inpe e coodernador substituto do CPTEC, à Agência FAPESP.



Segundo o pesquisador, no início de janeiro de 2011 começarão a ser rodados no supercomputador, em nível de teste, os primeiros modelos meteorológicos para previsão de tempo e de mudanças climáticas. E até o fim de 2011 será possível ter os primeiros resultados sobre os impactos das mudanças climáticas no Brasil com dados que não são levados em conta nos modelos internacionais.



Modelo climático brasileiro



De acordo com Gilberto Câmara, diretor do Inpe, o supercomputador foi o primeiro equipamento comprado pela instituição de pesquisa que dispensou a necessidade de financiamento estrangeiro.



“Todos os outros três supercomputadores do Inpe contaram com financiamento estrangeiro, que acaba custando mais caro para o Brasil. O financiamento da FAPESP e do MCT nos permitiu realizar esse investimento sem termos que contar com recursos estrangeiros”, afirmou.



O supercomputador será utilizado, além do Inpe, por outros grupos de pesquisa, instituições e universidades integrantes do Programa FAPESP de Pesquisa em Mudanças Climáticas Globais, da Rede Brasileira de Pesquisa sobre Mudanças Climática (Rede Clima) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) para Mudanças Climáticas.



Em seu discurso na inauguração, Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP, destacou a importância do supercomputador para o avanço das pesquisas realizadas no âmbito do Programa FAPESP de Pesquisa em Mudanças Climáticas Globais, que foi concebido para durar pelo menos dez anos, e para a criação do Modelo Brasileiro do Sistema Climático Global (MBSCG).



O modelo incorporará os elementos do sistema terrestre (atmosfera, oceanos, criosfera, vegetação e ciclos biogeoquímicos, entre outros), suas interações e de que modo está sendo perturbado por ações antropogênicas, como, por exemplo, emissões de gases de efeito estudo, mudanças na vegetação e urbanização.



A construção do novo modelo envolve um grande número de pesquisadores do Brasil e do exterior, provenientes de diversas instituições. E se constitui em um projeto interdisciplinar de desenvolvimento de modelagem climática sem precedentes em países em desenvolvimento.



“Não tínhamos, no Brasil, a capacidade de criar um modelo climático global do ponto de vista brasileiro. Hoje, a FAPESP está financiando um grande programa de pesquisa para o desenvolvimento de um modelo climático brasileiro”, disse Brito Cruz.



Na avaliação dele, o supercomputador representará um avanço na pesquisa brasileira em previsão de tempo e mudanças climáticas globais, que são duas questões estratégicas para o país.



Impossibilitado de participar do evento, o ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, gravou um vídeo, exibido na solenidade de inauguração do supercomputador, em que declarou o orgulho da instalação no Brasil do maior supercomputador do hemisfério Sul.



“Com esse supercomputador, o Brasil dá mais um passo para cumprir as metas de monitoramento do clima assumidas internacionalmente e entra no seleto grupo de países capazes de gerar cenários climáticos futuros”, disse.



Mais informações: www.inpe.br



Previsões mais acertadas

13/1/2011



Por Elton Alisson



Agência FAPESP – Apesar de estimar hoje com até 97% de acerto a probabilidade de chuvas nas próximas 24 horas, a previsão de tempo no Brasil ainda é incapaz de determinar com exatidão se temporais como os que castigaram São Paulo nesta semana voltarão a se repetir nos próximos dias com a mesma intensidade.



O problema se deve a limitações dos modelos meteorológicos (representações numéricas aproximadas do comportamento da atmosfera) utilizados até agora no País.



Mas, um supercomputador, que entrou em operação no início de janeiro no Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), em Cachoeira Paulista (SP), promete possibilitar aprimorar esses modelos para que possam indicar com maior precisão e antecedência chuvas e fenômenos meteorológicos extremos, como tempestades, que estão se tornando comuns no País.



Batizado de Tupã – o deus do trovão na mitologia tupi-guarani – o supercomputador permitirá aos pesquisadores do CPTEC desenvolver e executar modelos meteorológicos mais sofisticados e com maior resolução espacial, que demandam mais memória e velocidade de processamento. E, dessa forma, melhorar gradativamente a qualidade das previsões meteorológicas de tempo e clima no Brasil.



“Fazer previsão de tempo no Brasil é bastante complicado. O País é muito grande, com clima e geografia muito variadas, o que dificulta muito fazer previsões detalhadas para sete dias, por exemplo”, disse Marcelo Enrique Seluchi, chefe de supercomputação do Inpe e coordenador substituto do CPTEC à Agência FAPESP.



De acordo com o pesquisador, hoje a previsão diária de tempo no País, que indica apenas se ocorrerá ou não chuvas nas próximas 24 horas, tem um nível de confiabilidade equiparável à realizada pelos maiores centros meteorológicos do mundo, atingindo quase 100% de acerto. Já as previsões de longo prazo – como as de uma semana ou 15 dias – têm menores índices de acerto, atingindo 80% no prazo de uma semana e reduzindo cerca de 3% a cada dia acrescentado.



Com o supercomputador, os pesquisadores do Inpe pretendem aumentar progressivamente a margem de acerto dessas previsões para fazer com que possam prever com pelo menos dois dias de antecedência temporais como os que atingiram as cidades de São Luiz do Paraitinga (SP) e Angra dos Reis (RJ) no início de 2010.



“Nós ganhamos um dia de previsão para cada dez anos de investimento na melhoria dos modelos meteorológicos. Isso pode parecer pouco, mas representa um ganho muito grande para termos a ideia da magnitude de um evento meteorológico extremo”, disse Seluchi.



Limitações



Segundo o cientista, uma das maiores limitações na previsão do tempo no Brasil hoje é a resolução espacial e temporal relativamente baixa dos modelos meteorológicos numéricos utilizados.



A resolução espacial dos modelos usados hoje para prever tempestades, por exemplo, é de 20 quilômetros, o que impossibilita identificar nuvens de tempestade que podem ter de dois a três quilômetros de extensão. Além disso, eles fornecem previsões apenas a cada três horas, limitando a capacidade de detectar fenômenos meteorológicos extremos que surgem, desenvolvem-se e desaparecem em um menor período de tempo.



“O nível de detalhe espacial e temporal é hoje uma das maiores limitações para a melhoria da previsão do tempo no país que depende, fundamentalmente, da melhoria da resolução dos modelos meteorológicos”, disse Seluchi.



Para isso, os pesquisadores do Inpe pretendem com o novo supercomputador aumentar a resolução do modelo meteorológico regional utilizado nas previsões de tempo da instituição dos atuais 20 quilômetros para cinco quilômetros nos próximos anos. E paralelamente a essa mudança, também fazer com que possam representar de forma mais realista processos físicos que até então eram ignorados nos modelos anteriores.



De acordo com Seluchi, o supercomputador também possibilitará melhorar a geração do chamado diagnóstico ou “condição inicial” – o ponto de partida da elaboração dos modelos meteorológicos.



Qualquer erro nessa fase inicial da previsão, que se inicia com um diagnóstico preliminar da atmosfera a partir da coleta de observações de estações meteorológicas em terra, ar, oceano e espaço, pode provocar grandes falhas na previsão final.



“A geração dessa condição inicial será feita com uma metodologia muito mais cara e sofisticada do ponto de vista computacional, que incorporará uma série de novos dados”, disse.



Para diminuir a margem de erro nesse diagnóstico inicial, com o supercomputador o CPTEC, a exemplo dos principais centros meteorológicos no mundo, passará a gerar por meio de uma técnica matemática uma série de previsões climáticas paralelas.



Chamadas “previsões por conjunto”, segundo Seluchi, o grupo de previsões também permitirá aumentar a confiabilidade das previsões e indicar com maior assertividade a probabilidade de chuvas de grandes proporções.



“Ao rodar 20 previsões, das quais 18 apontam para um evento meteorológico extremo e as outras duas não, por exemplo, o meteorologista terá muito mais confiança para fazer suas previsões e decidir se é necessário enviar ou não um alerta para a Defesa Civil sobre um possível fenômeno extremo”, explicou.



Os primeiros novos modelos meteorológicos gerados pelo novo supercomputador, que foi adquirido com recursos da FAPESP e do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), serão gerados para efeito de teste este mês. O sistema também será utilizado para pesquisar as novas gerações de modelos que serão utilizados para fazer previsões de mudanças climáticas no futuro.












quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

POSTAGENS NO BLOG "PARQUES SUSTENTÁVEIS"...



Os blogs ainda têm futuro?


njovem 16 de julho de 2010


Por Rafael Kenski




Oito anos atrás, eles eram tidos como o futuro do jornalismo e da internet. Agora, com tanto barulho em torno de redes sociais e internet para celulares, blogs parecem um meio de comunicação prestes a ser superado. Eles ainda servem para alguma coisa? Para responder a pergunta, vamos ver abaixo alguns argumentos:



- Estão surgindo desertos de blogs

Uma matéria recente da revista The Economist citou pesquisas que detectam a existência de centenas de milhares de blogs sem qualquer atualização no último ano. Em muitos lugares – como Indonésia e Irã – essas páginas viraram fantasmas com a popularização do Facebook. Notícias e histórias passaram a ser contadas de forma mais rápida nas redes sociais. Para a revista, o futuro dos blogs parece ser publicação de interesse específico, para assuntos como política, economia, culinária e artesanato.



- Eles ainda dão origem a impérios

Uma rede milionária de sites surgiu nos últimos três anos, totalmente baseada em blogs. É a Cheezburger Network, dona de algumas das páginas mais ridículas (e divertidas) da internet. Começou com um blog sobre LOLcats (um tipo de, hmm, mídia que consiste em fotos de gatos em poses engraçadas com uma legenda abaixo) e depois se expandiu para diversos blogs com uma estrutura parecida. Um deles mostra acidentes, outro conversas constrangedoras no youtube, outro é sobre placas escritas em inglês errado, outro sobre jornalistas pagando mico, ou sobre gráficos engraçados e por aí vai. Todo o conteúdo é sugerido (e feito) pelos próprios leitores, que enviam as fotos, escrevem as legendas – são mais de 18 mil sugestões de por dia. Vendendo anúncios, camisetas e livros baseados nas imagens, a empresa foi lucrativa desde o primeiro dia e deverá ter um faturamento acima dos sete dígitos nesse ano, segundo uma matéria do New York Times.



- Existem novos tipos de blog, mas as ferramentas tradicionais ainda dominam

Blogs negociam espaço com ferramentas bem parecidas, como fotologs, Tumblr e Posterous. Eles são uma evolução do meio: procuram, cada um ao seu jeito, aumentar ao máximo a facilidade de uso, estimular posts rápidos (muitas vezes com só uma foto ou vídeo), ser atualizados por celular ou se interligar a outras redes sociais. Uma pesquisa feita pelo serviço de análise de dados Postrank esse ano, no entanto, concluiu que os serviços que oferecem mais engajamento – mais comentários, links e publicações em redes sociais – ainda são as ferramentas tradicionais de blog como Blogger e Wordpress. Isso indica que a primeira onda de blogs gerou publicações que já se estabeleceram como parte importante da mídia.



- Eles parecem estar em desuso pelos jovens

É uma questão meio polêmica ainda. Uma pesquisa feita pelos site BlogHer e iVillage (leve em conta que são serviços de blog) mostrou que jovens entre 18 e 25 são os maiores usuários de blogs: cerca de 40% escrevem neles e 30% costumam lê-los. Outro estudo do Pew Research Center mostrou que uma geração ainda mais nova – abaixo de 18 anos – já trocou blogs pelas redes sociais: em 2006, 28% dos jovens entre 12 e 17 eram bloggers, enquanto hoje são só 14%. Ambos os estudos, no entanto, têm problemas de metodologia suficientes para deixar a questão ainda em aberto. Mais sobre a questão aqui.



Veredito

As redes sociais estão tomando grande parte da popularidade dos blogs. Em especial, o velho uso de blogs para contar notícias sobre a vida, conversar com amigos e mostrar fotos e vídeos parece estar agora nas mãos das redes sociais. Entretanto, eles ainda têm sua utilidade. Ao contrário do Facebook, permitem textos longos e detalhados, acessíveis por ferramentas de buscas e capazes de serem comentados por qualquer pessoa (e não apenas pelos seus amigos). São recursos importantes para alguns tipos de conteúdo – de política a piadas – e provavelmente darão uma vida longa aos blogs.



O e-mail vai acabar?


 
njovem 7 de julho de 2010


Por Rafael Kenski




A diretora de operações do Facebook, Sheryl Sandberg, afirma que sim. Em um evento no final de junho, ela afirmou que apenas 11% dos jovens usam e-mail e que, como eles são um bom indicativo dos hábitos no futuro, é provável que a gente deixe de se comunicar dessa forma. É mais um capítulo em uma polêmica velha e com questões muito mais complicadas. Veja abaixo algumas delas:



1 – O uso de email cresce, mas menos do que o de rede sociais.

Um relatório do grupo Radicati mostrou que o número de contas de e-mail deve crescer de 2,9 bilhões em 2010 para 3,8 bilhões em 2014. Entretanto, o número de contas em redes sociais deve crescer ainda mais: de 2,1 para 3,6 bilhões no mesmo período. O estudo também mostrou que o número de e-mails enviados por pessoa por dia está em queda desde meados de 2007.



2 – Ninguém sabe a relação entre redes sociais e e-mail

Há quem diga que o Orkut e o Facebook concorrem com o e-mail e estão contribuindo para que ele acabe. Compartilhar vídeos e textos ou ter conversas rápidas podem ser feitos com mais eficiência por redes sociais ou por mensagens instantâneas. Por outro lado, há evidência de que os maiores usuários de redes sociais usam também o e-mail mais do que a média. Talvez porque um grande número de contatos nessas redes se estenda para outros meios de comunicação, ou porque o Orkut ou o Facebook usem e-mails para dar alertas sobre o que acontece nelas. Por via das dúvidas, o próprio Facebook investe em ferramentas como responder mensagens pelo próprio e-mail e há até especulações de que esteja investindo em um serviço de webmail como Gmail ou Hotmail.



3 – E-mails não são só e-mails

Ferramentas de e-mail hoje misturam lista de contatos, mensagens instantâneas, calendários e até ferramentas de microblogging como o Google Buzz. Por outro lado, qualquer rede social tem serviço de mensagens que não são lá tão diferentes de um e-mail. Mesmo que os endereços com @ no meio caiam em desuso, ferramentas muito parecidas vão continuar existindo misturadas a várias outros serviços.



4 – Jovens não usam e-mail enquanto são jovens

As editoras de uma revista teen, como a Capricho ou a Mundo Estranho, têm várias histórias sobre como é mais fácil contatar leitoras por redes sociais ou mensagens instantâneas do que por e-mail. Mas ninguém sabe até quando vai essa regra, e é possível que os jovens sejam forçados a mudar esses hábitos ao começarem a trabalhar. Afinal, enviar um relatório em Excel via Orkut não é das coisas mais fáceis.



5 – Jovens fazem um uso diferente de e-mail

Além de usarem pouco, é provável que os jovens usem de maneira diferente. Há indicações de que eles dedicam o e-mail a colecionar promoções, por exemplo. Uma pesquisa mostrou que jovens entre 18 e 25 anos têm maior probabilidade de assinar listas de email marketing do que pessoas mais velhas. Outra indicou que, quando estão em busca de promoções, eles usam mais o e-mail do que o Facebook (leve em conta que a pesquisa foi feita pela empresa de email marketing ExactTarget). Ninguém sabe o motivo disso, mas dá para arriscar uns palpites: já que os jovens não usam e-mail mesmo, não os incomoda registrar o endereço em milhões de newsletters. O e-mail passa a ser apenas um arquivo de cupons, para ser aberto quando der vontade de comprar alguma coisa.







PAPELÃO É ALTERNATIVA RÁPIDA E LIMPA NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Papelão é alternativa rápida e limpa na construção civil


SITE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. Papelão é alternativa rápida e limpa na construção civil. 29/12/2010. Online. Disponível em www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=papelao-na-construcao-civil. Capturado em 29/12/2010.


http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=papelao-na-construcao-civil&id=010125101229&ebol=sim#Imprimir




O papelão oferece uma solução rápida e segura para construções de apoio nos canteiros de obras, pequenos depósitos e e outros "puxadinhos". [Imagem: Ag.USP]



Com informações da Agência USP - 29/12/2010



O papelão oferece uma solução rápida e segura para construções de apoio nos canteiros de obras, pequenos depósitos e e outros "puxadinhos". [Imagem: Ag.USP]

O uso do papelão na construção civil pode representar uma alternativa que proporciona mais rapidez na obra, e com um processo mais leve e salubre.



Se não diretamente para moradias, o material oferece uma solução rápida e segura para construções de apoio nos canteiros de obras, pequenos depósitos e outros "puxadinhos".



Reciclagem fácil



A utilidade e a segurança do papelão para a construção civil estão sendo demonstradas por pesquisas que estão sendo realizadas no Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), da USP.



De acordo com a pesquisadora Gerusa Salado, os estudos com o papelão já vêm sendo desenvolvidos no Japão. "No Brasil, esse tipo de pesquisa ainda é inédito," afirma.



A escolha do papelão levou em conta critérios como reciclagem e produção de celulose e do próprio papelão, matérias-primas abundantes no Brasil.



"O papelão, além do fato de poder ser reciclado várias vezes, não precisa de um grande processo de transformação para a reciclagem. Basta triturá-lo e misturar com água", descreve Gerusa.



Construção experimental



Para testar a eficácia do uso do papelão na construção civil, os pesquisadores construíram uma célula-teste.



Esta "construção experimental", como foi denominada, possui o formato de um cubo medindo cerca de 3x3x3 metros (m), equivalente a um volume de 27 metros cúbicos (m3). Em uma de suas paredes há uma janela. Na outra, uma porta.



Gerusa explica que as outras duas paredes são "paredes cegas", ou seja, sem qualquer tipo de abertura. Inicialmente, a pesquisadora desenvolveu na célula-teste as vedações, que são o objeto principal de sua pesquisa.



Gerusa conseguiu construir uma parede de 1 m linear, com tubos de 10 cm de diâmetro, sem resina ou impermeabilizantes.



A estrutura, segundo ela, resistiu até 5,0 toneladas. Utilizando a resina impermeabilizante, a mesma estrutura teve sua resistência aumentada, suportando até 6,0 toneladas.



Esta mesma resina também torna o material resistente às chuvas e à umidade. "Nossa construção experimental tem resistido a todas as fortes chuvas desses últimos tempos", conta a pesquisadora.



Em relação ao fogo, ela alerta que o material ainda precisa ser avaliado em relação ao tempo que o papelão pode levar para ser incinerado e se o fogo pode se extinguir sozinho - estes testes são realizados em laboratório e seguem normas técnicas nacionais e/ou internacionais. "Sabemos que todos os materiais de construção são suscetíveis ao fogo, mas neste caso, precisamos averiguar se o tempo de propagação de um incêndio acidental possibilita que os usuários desocupem a edificação", diz Gerusa.



Vantagens das construções de papelão



Os estudos realizados já têm dado frutos, segundo a pesquisadora. "Já é certeza que a estrutura poderá ser aplicada em edificações térreas".



O intuito das pesquisas, segundo Gerusa, é que a estrutura possa vir a ser utilizada para habitações ou não, além de outros tipos de construções como edifícios, como uma possibilidade de substituição de materiais de alvenaria.



Entre as principais vantagens na utilização do papelão na construção civil, Gerusa destaca o uso de uma fundação apenas superficial e não subterrânea, pois a construção é leve. A construção de imóveis com este material é bem mais rápida do que os métodos convencionais porque é feita num sistema construtivo pré-fabricado.



"Além disso, os tubos de papelão são ocos, facilitando a instalação dos sistemas hidráulicos e elétricos, não havendo necessidade de quebrar paredes. Todo o processo é limpo e salubre podendo ser desmontado e remontado a qualquer tempo", garante a pesquisadora.



O custo de uma parede de papelão em relação à de alvenaria convencional por enquanto é proporcional, mas Gerusa lembra de alguns fatores que podem torná-lo um potencial material concorrente à alvenaria, como impostos adequados a construção civil, produção não só dos tubos, mas também de módulos pré-fabricados em larga escala.



PROGRAMA ABRACE UM PARQUE DO INSTITUTO BRASILIA AMBIENTAL- IBRAM

Programa Abrace um Parque


(23/12/2010 - 14:28)

Fonte: http://www.ibram.df.gov.br/003/00301015.asp?ttCD_CHAVE=137100



A parceria entre o Governo do Distrito Federal, empresas públicas, instituições, organizações não governamentais e pessoas físicas voluntárias tem permitido a implantação gradativa dos parques do Distrito Federal. Por meio do Programa Abrace um Parque, iniciativa do Instituto Brasília Ambiental (IBRAM), estão sendo investidos mais de R$ 6,7 milhões nas áreas administradas pelo Instituto. Atualmente são 14 projetos analisados e aprovados pela Comissão de Seleção e Avaliação do Programa, que estão sendo executados em 15 parques.



Gustavo Souto Maior, presidente do IBRAM, explica que “o Programa foi lançado na tentativa de tirar os 67 parques do papel. Os parques foram criados por decretos e leis, mas a grande maioria dessas áreas não foi implantada nem possui estrutura adequada para que a população possa visitar e desfrutar de opções de lazer. Já foi captado junto a iniciativa privada cerca de R$ 7 milhões, valor que representa 30% de todo o orçamento do IBRAM”. Ele ainda ressalta que o Instituto é responsável pelas informações técnicas, mas a decisão final para a implantação dos parques é feita de forma participativa com a comunidade.



Propostas aprovadas



Com o prazo de execução de dez anos, a proposta para o Parque Bosque dos Constituintes, localizado atrás da Praça dos Três Poderes, visa à implementação da segurança e limpeza; a construção e reforma de edificações; a reconstituição da cobertura vegetal original; além da recuperação de áreas degradadas. A Câmara dos Deputados é o parceiro nesse projeto.



O Parque de Uso Múltiplo da Asa Sul, na 614 Sul, será beneficiado com uma Vila Holística. O Instituto Holístico Universal está construindo no local infraestrutura para a prática de cursos e palestras sobre terapias holísticas. Além disso, o Plano de Manejo e uma unidade de bioconstrução são projetos apresentados pelo Instituto de Permacultura, Organização, Ecovillas e Meio Ambiente (Ipoema) que prevê a instalação de equipamentos de lazer, esportivos e ecológicos, e implantação de tecnologias sustentáveis.





Outras propostas apresentadas, aprovadas e realizadas por meio do Programa Abrace um Parque no Parque Ezechias Heringer, no Guará, foram a construção do Orquidário e a elaboração do Plano de Manejo.



Um projeto destinado a população da terceira idade será implantado nos Parques de Águas Claras e Olhos D´Água. O “Vô, pro parque” tem o objetivo de implementar e manter infraestrutura, além de disponibilizar atividades para esse público.



O projeto “Parque e Coleta Seletiva” mobiliza a comunidade freqüentadora do Parque Olhos D´Água para contribuir com a reciclagem. A proposta beneficia os moradores do Varjão que trabalham com reciclagem, possibilitando a geração de emprego e renda nessa comunidade.



No Parque Areal, localizado em Águas Claras, o Programa Abrace um Parque garante a elaboração do diagnóstico ambiental da área. Isso permitirá a implantação de programas ambientais, sistema de informação geográfica, recuperação áreas degradadas e recomposição paisagística do local.



Veja quadro com todas as propostas e valores a serem investidos.


O Programa - Instituído por meio do Decreto n° 29.164, de 16 de junho de 2008, o Programa Abrace um Parque é gerenciado pela Superintendência de Gestão de Áreas Protegidas do IBRAM (SUGAP). A iniciativa possui uma Comissão de Seleção e Avaliação formada por representantes do IBRAM e da sociedade civil organizada, que tem como função selecionar, avaliar e acompanhar a execução dos projetos. Saiba mais sobre o Programa.



Veja o vídeo sobre o Programa Abrace um Parque.


(Thaís Alves)







terça-feira, 28 de dezembro de 2010

PRIMEIRA BICICLETA ELÉTRICA MADE IN BRAZIL

Empresa comercializa primeira bicicleta elétrica produzida no Brasil






Muito popular em países Asiáticos e também muito utilizada em cidades européias, a bicicleta elétrica começa a despontar como alternativa de transporte para grandes metrópoles que enfrentam problemas de mobilidade urbana.



O principal objetivo da bicicleta elétrica é facilitar a vida de quem tem prazer, ou necessidade, de pedalar. Pensando nisso a General Wings, marca com loja matriz em São Paulo e representantes em todo país, apresenta o modelo nacional Java 21 S Plus. A Java é uma das bicicletas mais rápidas e leves do mercado.



Ao contrário do que se pensa, a bicicleta elétrica continua sendo um produto para pedalar. Mesmo que num primeiro contato pareça que não, seu verdadeiro propósito é auxiliar o ciclista quando lhe faltam pernas, pulmão, condicionamento e espaço.



Uma bicicleta elétrica duplica a distância com as pedaladas do ciclista, ou reduz o esforço pela metade, quando se trata do mesmo percurso. Além disso, a bike elétrica é ideal para quem precisa, por exemplo, chegar ao trabalho sem precisar tomar outro banho ou trocar de roupa.



A Java possui um motor elétrico de 450 Watts de potência, equivalente a 0,7 HP, quase 01 cavalo de força. Em segundos ela dá ao ciclista a velocidade de 25 km/h. Ideal para uma retomada de pedal pesado(pedal veloz). Logo quando abrir o sinal, ou ainda para auxiliar o ciclista a vencer uma subida.



A bike possui um quadro em alumínio T6 fabricado no Brasil. É um produto concebido levando em consideração a rodagem nas diferentes vias urbanas, clima e hábitos dos ciclistas brasileiros.



A bicicleta custa R$ 2.800 com um estojo de bateria. A bateria sobressalente sai por R$ 558,60 e o refil da bateria (para troca quando acaba sua vida útil) custa R$ 323,00. Para saber mais sobre a Java acesse o site da General Wings.




BONS VENTOS SOPRAM DA CHINA


Chineses ditam regras para a energia eólica




FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/newyorktimes/ny2712201011.htm

Por KEITH BRADSHER

TIANJIN, China - A julgar pelo ruído da sua fábrica aqui, a empresa espanhola Gamesa parece prosperar no setor chinês da energia eólica, de cuja criação ela participou. Mas a Gamesa sofreu para aprender que, se quiser competir nesse lucrativo mercado, é preciso seguir regras rígidas, feitas para favorecer Pequim.

Quase todos os componentes que a Gamesa põe em suas turbinas de US$ 1 milhão, por exemplo, são fabricados por fornecedores locais -empresas que a Gamesa treinou para atender às complicadas exigências locais. Mas esses mesmos fornecedores prejudicam a Gamesa ao vender peças para novos concorrentes chineses, fabricantes de turbinas eólicas que não existiam em 2005, quando a Gamesa controlava mais de um terço do mercado chinês.

Os novos concorrentes já abocanharam mais de 85% do mercado de turbinas eólicas, ajudados por empréstimos a juros baixos e pela cessão de terrenos baratos por parte do governo, além de contratos preferenciais com as estatais energéticas que são as principais compradoras de equipamentos. A participação da Gamesa no mercado hoje se limita a 3%.

Com as benesses governamentais, as empresas chinesas já controlam quase metade do mercado global de turbinas eólicas, um negócio de US$ 45 bilhões. A maior delas mira agora os mercados externos, particularmente os EUA, onde a General Electric lidera.

A história da Gamesa na China replica o que ocorreu em outros setores, como os de computadores e painéis de energia solar. As empresas chinesas adquirem tecnologia ocidental de ponta por vários meios e tiram partido das políticas governamentais e dos seus baixos custos para se tornarem fornecedores dominantes em nível global.

É um padrão que muitos economistas dizem que poderá se repetir em outros campos, como trens de alta velocidade e reatores nucleares, caso a China não altere a forma como atua no jogo do desenvolvimento tecnológico.

Empresas estrangeiras estão tão ávidas pelo mercado chinês que não só se curvam aos ditames de Pequim como também abrem mão de se queixarem aos seus próprios governos.

Mesmo agora, a Gamesa não reclama. Embora sua participação no mercado chinês tenha se atrofiado, o volume de vendas de turbinas eólicas no país cresceu tanto que a Gamesa vende hoje mais que o dobro do que quando era líder.

A Gamesa, fabricante de maquinário tradicional, no setor eólico desde 1994, é a terceira maior produtora mundial dessas turbinas, atrás da dinamarquesa Vestas, a líder global, e da GE.

A empresa espanhola agiu agressivamente para aumentar suas vendas e a rede de assistência técnica dentro da China e, em 2005, angariava 35% do mercado.

Mas, em 4 de julho daquele ano, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China baixou uma portaria declarando que as usinas eólicas precisavam comprar equipamentos em que pelo menos 70% do seu valor fosse de fabricação nacional.

Especialistas em direito comercial dizem que estabelecer exigências de conteúdo local -ainda mais numa proporção tão elevada- é violação das regras da Organização Mundial do Comércio.

Mas o governo chinês apostou que a Gamesa, a GE e outras multinacionais não correriam o risco de perder uma fatia do próspero mercado eólico chinês ao se queixarem com as autoridades comerciais dos seus países de origem.

Só em meados de 2009, os EUA passaram a pressionar mais a China sobre a regra do conteúdo local. O governo chinês revogou-a dois meses depois, mas àquela altura tal política não era mais necessária. Algumas turbinas eólicas da Gamesa já superavam 95% de peças com produção local.

Eis uma situação que pode complicar o debate sobre a mudança climática no Ocidente. Os desenvolvedores da energia eólica no Ocidente temem que os governos ocidentais se entusiasmem menos em estimular energias renováveis se houver a impressão de que esses programas estão criando mais empregos e riqueza na China do que nos seus próprios países.

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Como o vento pode alimentar a China (e salvar o clima da Terra)



A China, hoje a maior emissora de gases responsáveis pelo aquecimento global, está caminhando rapidamente para reduzir seu impacto ambiental.

21/9/2009





A China, hoje a maior emissora de gases responsáveis pelo aquecimento global, está caminhando rapidamente para reduzir seu impacto ambiental. Nos últimos cinco anos, o país dobrou anualmente sua capacidade instalada de gerar energia a partir do vento (com parques eólicos). E isso não tem um potencial pequeno. Segundo um novo estudo feito por pesquisadores de Harvard, nos EUA, e da Universidade Tsinghua, de Pequim, a China pode atender toda a sua demanda de eletricidade só com o poder dos ventos

até 2030.





Os pesquisadores fizeram estimativas considerando as projeções econômicas de crescimento do país.





Também avaliaram o potencial meteorológico e a disponibilidade de ventos constantes. No mapeamento do potencial eólico, excluíram as áreas urbanas e os terrenos impraticáveis. Igualmente, avaliaram o custo do investimento em eólicas. Descobriram que, em várias áreas do país, é possível gerar energia dos ventos a algo entre 6 e 8 centavos de dólar por killowat hora (kWh). Isso significaria a geração lucrativa de 9,96 trilhões de kWh. Essa energia é o dobro da demanda atual da China. Mas é o que se espera que seja o

consumo em 2030.





São ótimas perspectivas para um país que hoje depende da queima de carvão mineral (o combustível mais poluente de todos) para gerar a maior parte de sua eletricidade. A passagem para energia eólica vai exigir um investimento pesado em infraestrutura de transmissão elétrica para ligar os grandes centros de consumo aos terrenos com maior potencial de geração, situados no norte e no oeste do país. Mas, se os pesquisadores

estiverem certos, é uma forma economicamente viável de evitar que o desenvolvimento do país mais populoso do mundo acabe com o clima da Terra.





Também pode ser um exemplo para o Brasil, que descansa sobre sua bem sucedida política de álcool e esquece outros problemas, como a dependência no transporte de caminhão a diesel para cargas. Além disso, o Brasil tem uma das maiores empresas produtoras de cataventos eólicos, um potencial imenso, mas praticamente não investe nessa opção. E agora sonha com uma economia movida a petróleo do pré-sal, mas não tem planos para usar parte dos lucros para investir em fontes energéticas mais limpas, e com futuro mais

longo.







Revista Época



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ABEEólica avalia que Brasil precisa de política de longo prazo para eólica







China teve expansão acelerada da base eólica instalada, permitindo atração de investimentos àquele país, observa Pedro Perrelli.

5/2/2009





O Brasil ainda precisa de uma política clara e de longo prazo para a geração eólica, que sinalize um horizonte de negócios para a fonte energética, a fim de consolidar a participação no mercado de energia nacional, na avaliação da Associação Brasileira de Energia Eólica. Segundo o especialista Pedro Perrelli, da ABEEólica, foi por esse caminho que outros países atraíram investimentos e desenvolveram a fonte eólica, como China, Índia e países europeus. Perrelli destacou dados do Global Wind Energy Council, segundo os quais a China aparece em quarto lugar no ranking dos dez países com maior capacidade eólica instalada.





O país asiático possui 12.210 MW, atrás apenas dos Estados Unidos (25.170 MW), Alemanha (23.903 MW) e Espanha (16.754 MW). Além disso, destacou, a China foi o segundo país em outra lista, na qual figuram os países com maior expansão eólica em 2008 - em outras palavras, países com usinas instaladas em 2008. "Há cinco anos a China tinha menos de 1 mil MW instalados", observou Perrelli. "É o primeiro ano na história que entre os três primeiros com maior capacidade eólica estão países de fora da Europa", completou.





Perrelli salientou que a definição de uma política clara de uso da geração pelos ventos pode dar escala à indústria como um todo, que inclui fabricantes de equipamentos, projetistas, geradores e consumidores. Na Espanha, explicou, o maior volume de produção significou redução do custo do MWh. Para o executivo, uma das necessidades está na formulação mais adequada de uma metodologia de equiparação do custo do MW instalado com outras usinas.





Apesar dos entraves, o executivo observa que o país encontra-se em fase de consolidação do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica, considerado pioneiro no estímulo à geração limpa. O programa, analisa, permitiu que o país redescobrisse o potencial das pequenas centrais hidrelétricas e incentivasse o uso da biomassa do bagaço de cana, além de permitir a inserção das eólicas na matriz. A questão eólica foi tema de audiência na Comissão Especial de Fontes Renováveis de Energia da Câmara de Deputados, da qual Perrelli participou e que contou com a presença o secretário-executivo do Conselho Global de Energia Eólica, Steve Sawyer.

Agência CanallEnergia

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Os desafios da indústria eólica

http://www.abeeolica.org.br/zpublisher/materias/Noticias.asp?id=19611
Engenheiros, investidores e gestores privados enumeram que desafios são esses, dão dicas de como o Rio Grande do Norte pode vencê-los

25/10/2010





A imagem de “cataventos” gigantes no horizonte enche os olhos de quem pega a estrada em direção a Rio do Fogo, município potiguar a 81Km da capital. São geradores de energia, movidos pelo vento, que também fazem girar as esperanças em torno de uma nova indústria, de pelo menos 30 mil novos empregos e de R$ 9 bilhões em investimentos para o estado, até 2013. Há lições de casa a fazer, no entanto, para viabilizar os projetos desenhados para alavancar esses números e o Rio Grande do Norte está atrasado em relação a algumas delas. Engenheiros, investidores e gestores privados enumeram que desafios são esses, dão dicas de como vencê-los e alertam que em parte deles os vizinhos cearenses, que, junto com o RN, deverão morder a maior fatia do bolo de investimentos prometido com as eólicas no país, já estão na frente.

O Rio Grande do Norte e o Ceará oferecem ventos com velocidade e constância e deverão se beneficiar

como nenhum outro estado com a expansão do setor que usa essa “matéria-prima” para gerar energia. Os projetos de geração vêm ganhando corpo principalmente a partir dos leilões federais realizados em 2009 e neste ano. Os leilões asseguraram a celebração de contratos de fornecimento de longo prazo, uma garantia que deverá ajudar a tirar do papel centenas de projetos.

Só no RN, cerca de 70 novos parques serão implantados, com potência instalada somada de 1.721,6 Megawatts (MW), o que significa 25 vezes mais o que há atualmente em operação. De lanterninha, no ranking dos quatro principais produtores do país, o estado deverá assumir a primeira posição. Para aproveitar os ventos favoráveis, terá, no entanto, que agir. A seguir, as propostas.



1 - Desatar um nó chamado infraestrutura

A possibilidade de atração de fábricas para dar vazão ao crescimento do setor de energia eólica no país é enorme, diz o ex-secretário de Energia do Rio Grande do Norte e diretor do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (Cerne), Jean-Paul Prates. “O momento é favorável à disputa por esses investimentos, agora, a probabilidade de o RN disputar em igualdade de condições com outros estados, por enquanto, é remota”. O principal nó que o estado tem que desatar é o da infraestrutura. Há problemas de logística, ou seja, para receber, transportar e entregar os produtos que serão usados para montar os parques.

O porto (de Natal) não atende à necessidade de manobra de peças maiores”, observa o diretor executivo da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Pedro Perrelli. O próximo governo tem como desafio nesse ponto encontrar uma solução portuária, que poderia ser a construção de um terminal oceânico com capacidade para escoar produtos como minérios e também para receber componentes de grande porte.

Adaptar o transporte terrestre também será importante nesse processo. “As estradas não têm acostamentos, não têm curvas para um caminhão de 60 metros e ter coisas desse tipo ajuda a atrair a indústria porque ela vê que a infraestrutura básica já existe”, diz Perrelli.

Estimativas do Cerne apontam que pelo menos 16 mil carretas circularão no estado, entre 2011 e 2013, transportando equipamentos como torres, pás e turbinas, equipamentos básicos para a implantação dos parques. Os riscos de congestionamentos não são remotos. “É preciso fazer um corredor logístico. É preciso melhorar o acesso aos projetos”, diz o presidente do Comitê Temático de Energias Renováveis e Meio Ambiente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern), Sérgio Azevedo. A necessidade de criação desse corredor, com infraestrutura que permita que os equipamentos cheguem sem barreiras aos locais de destino é urgente, acrescenta Prates. “O Cerne está tomando a iniciativa de chamar transportadoras e empresas empreendedoras para mapear o corredor de passagem para essas máquinas, porque se não cada um cria sua solução e isso inviabiliza o processo”. Governo, prefeituraa e companhias como a Cosern (distribuidora de energia) e a Codern (administradora do porto de Natal) terão de montar uma força tarefa para implementar o projeto.



2 - Assegurar mercado e as regras do jogo

Para que investimentos na área de energia eólica sejam viabilizados não só no Rio Grande do Norte, mas no Brasil, é consenso entre os especialistas e players do setor que é preciso ter um calendário definido de leilões para assegurar aos investidores que haverá demanda. Alguns fatores acabam sendo empecilhos nesse sentido.

O projeto de lei 630, que tramita no Congresso Nacional é um deles. Pelo projeto, o governo federal estaria obrigado a comprar 400 MW de energia eólica por ano, mas o número está defasado, de acordo com Sérgio Azevedo, da Fiern. “Isso desestimula o investidor. Ele fica inseguro sobre as regras do jogo Não existe, hoje, uma política definida de aquisição de energia. Não se pode fazer leilões esporádicos. É preciso ter um calendário e dizer quantos megas de eólica vai se comprar”, diz ele.

De acordo com Azevedo, a lei foi criada para incentivar o setor, mas é genérica, não é específica para eólica.

“A bancada do estado e o governo podem ajudar se mobilizando para que não seja aprovada e para apresentar um projeto de lei que atenda aos anseios da cadeia produtiva”, sugere. Ele também diz que é preciso recriar a Secretaria Estadual de Energia, que foi extinta este ano, se mobilizar para que sejam implantadas linhas de transmissão para que a energia chegue ao consumidor. A malha de distribuição existente é considerada deficitária. A consequência disso é que os investidores pagam mais caro para “transportar” a energia que produzem. Com melhorias nesse sentido, os custos de transmissão seriam menores e os projetos do estado ficariam mais competitivos. Pedro Perrelli ressalta que o estado também precisa mapear o potencial eólico e acelerar o zoneamento que vai indicar aos investidores quais são as áreas passíveis de receber projetos e onde se encontram as maiores oportunidades para gerar energia a partir do vento. (leia mais abaixo no fim da matéria)



3 - Desenvolver a cadeia produtiva do setor



A Fiern tem sido sistematicamente procurada por investidores interessados no potencial eólico do estado.

Nomes como GE, Vestas e Sawe têm sondado o mercado, interessadas em implantar fábricas para abastecer os parques. A Wobben já projeta para o primeiro trimestre de 2011 a operação da primeira unidade em território potiguar. Mas, para atrair de forma concreta outros empreendedores, o governo terá de se mexer para montar toda uma cadeia produtiva. “É preciso trazer junto com as indústrias seus fornecedores”, ressalta, Sérgio Azevedo. “O interesse pelo estado existe, mas é preciso dar condição para que os negócios sejam viáveis”, acrescenta ainda.

“Não adianta trazer uma fábrica se o transformador que ela usa vem do Rio Grande do Sul, se ela vai ficar importando produtos de caminhão, pagando frete. É preciso formar pólos industriais no Rio Grande do Norte para atrair fabricantes, mas também os fornecedores dos componentes para turbinas, aerogeradores...”, complementa o diretor geral do Cerne, Jean-Paul Prates. Essa e outras necessidades deverão ser levantadas em um relatório que o Centro pretende entregar, até o próximo mês, a governadora eleita no estado, Rosalba Ciarlini. O documento sugere a criação de dois ou três pólos industriais. No Ceará, os esforços para desenvolver as empresas da cadeia produtiva já começaram. No momento em que a indústria define os subprodutos que vai precisar, o Estado entra em ação, diz Fernando Pessoa, da Adece. A ideia é adequar as empresas de forma que tenham acesso direto às indústrias.



4 - Criar incentivos para atrair indústrias

O Ceará, atualmente maior produtor nacional de energia eólica, tem colocado em prática uma série de incentivos e atraído indústrias do segmento. O estado já tem em operação a Wobben, primeira fabricante brasileira de aerogeradores de grande porte, e a Tecnomaq, fabricante cearense de torres metálicas. Com protocolos de intenção assinados estão a Vestas, que pretende implantar uma ilha de montagem de aerogeradores, a Fuhrländer, que quer montar uma fábrica de turbinas, e a Suzlon, que dará início a um complexo com a fabricação de pás. Juntas, as empresas deverão desembolsar algo em torno de R$ 50 milhões e gerar 600 empregos diretos, diz o diretor da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), Fernando Pessoa. Outras negociações com investidores estão em curso. “Entramos em campo com o Proeólica (incentivo que concede isenção de 75% de ICMS para as indústrias do setor, sem que seja necessário para elas atingir pontuações para receber o incentivo, ao contrário do que ocorre em outras áreas), levamos água e energia até a porta da indústria e, analisando caso a caso, podemos entrar com a parte de terraplanagem dos terrenos”, enumera. “Além disso, nos preocupamos com a logística das empresas, trabalhando a parte de acessos rodoviários e do porto”.

O RN também tem incentivos, mas precisa ser mais agressivo, diz Sérgio Azevedo, da Fiern. De acordo com o coordenador de Tributação, da Secretaria de Tributação do RN, Américo Nobre de Mariz Maia, o estado concede isenção de ICMS para aquisição de equipamentos necessários à implantação dos parques e indústrias do setor podem ser enquadradas no Proadi, o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Industrial do estado, que concede incentivos econômicos equivalentes a até 75% do valor do ICMS mensal para as empresas instaladas em Distritos Industriais ou no interior do estado e, que para as que estão instaladas em Natal ou na Grande Natal, limita o incentivo em até 60%, exceto para investimentos superiores a R$ 20 milhões. Só que, nesse caso, as empresas são pontuadas para receber o benefício. Para conseguir os 75% de desconto a empresa tem que estar instalada no interior ou nas áreas industriais.



5 - Formar mão-de-obra para obras e pós obras

A energia eólica ajuda a poupar o meio ambiente de gases poluentes. É uma energia considerada limpa. E, na medida em que ganha espaço, ajuda também a mover a economia. Só na União Europeia, que concentra alguns dos principais produtores desse tipo de energia, o número de empregos diretos na área mais que dobrou entre 2002 e 2007, passando de 48.463 para 108.600, de acordo com o estudo Wind at Work: Wind energy and job creation in the EU, publicado pela Associação Européia de Energia Eólica em 2009. O mesmo estudo mostra que o setor está enfrentando uma séria escassez de candidatos a preencher as vagas existentes e as que irão surgir nos próximos anos. “Isso é verdade particularmente para as posições que exigem mais anos de estudo e experiência, como são os casos de engenheiros e técnicos em operação e manutenção”, aponta.

A formação de mão de obra para atender a indústria deve ser uma preocupação também no Rio Grande do Norte. Estimativas do Cerne apontam que as obras de construção de parques que se desenvolverão no estado poderão gerar até 30 mil empregos diretos e indiretos. De olho na demanda, o Centro de Educação e Tecnologias do Gás & Energias Renováveis (CTGÁS-ER) procurou os investidores para saber que perfis de profissionais estão procurando. Com base no que ouviu, o Centro abriu, em parceria com o Senai e a UFRN, o curso de Especialização em Energia Eólica Lato Sensu, tendo como público-alvo profissionais da área de engenharia. “Outros cursos deverão ser criados para atender a demanda dos empresários, mas a formação de mão de obra ainda é um desafio. A quantidade que está sendo formada é muito inferior ao que será demandado nos próximos dois, três anos”, diz Sérgio Azevedo, da Fiern.

No Ceará, o governo do estado entrou em campo para acelerar a capacitação. De acordo com o diretor da Adece, a indústria leva a demanda ao governo e os cursos tecnológicos do estado são adaptados para fazer o treinamento. “O estado custeia a capacitação de mão de obra por seis meses”, diz ele.





Mercado, incentivos e infraestrutura

A Wobben possui uma unidade fabril em Sorocaba (SP) desde 1995, inaugurou em 2002 outra unidade no Complexo Portuário e Industrial do Pecém (CE) e planeja sua primeira incursão no Rio Grande do Norte: a instalação de uma fábrica de torres de concreto para atender a demanda de cerca de 300 MW já contratados para usinas eólicas que serão erguidas no estado.

A capacidade da fábrica será para atender com as torres os primeiros 292 MW contratados. A unidade deverá entrar em operação no primeiro trimestre de 2011 e contratar cerca de 150 trabalhadores, de acordo com estimativas da empresa. “Ao definir uma instalação, a companhia analisa principalmente o mercado atual e o potencial daquela região”, diz o gerente geral da Wobben Enercon Brasil, Fernando Scapol.

E o Rio Grande do Norte, diz ele, tem um dos maiores potenciais eólicos do Brasil. Mas só isso não é suficiente. De acordo com o executivo, a necessidade de um programa do governo (federal) que contemple a instalação de 2000 MW/ano no país pelos próximos 10 anos é o maior desafio para o desenvolvimento da indústria eólica nacionalmente. Isso, porque dá às indústrias perspectivas de mercado para atender. “Além disso, é fundamental a desoneração de impostos de toda a cadeia produtiva da energia eólica e investimentos dos governos federal e estaduais em rodovias, portos e linhas de transmissão”, completa. Em todos esses desafios, seja com investimentos diretos ou com mobilização política, a participação do estado será fundamental.







Por Renata Moura







Tribuna do Norte

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Sobre a ABEEólica





A Associação Brasileira de Energia Eólica - ABEEólica, pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos, congrega, em todo o Brasil, empresas pertencentes à cadeia geradora de energia eólica no País. Seu objetivo é promover a produção de energia elétrica a partir da força dos ventos como fonte complementar da matriz energética nacional; e defender a consolidação e competitividade do setor eólico, principalmente por meio de um programa governamental de longo prazo.
 

http://www.abeeolica.org.br/arquivos/EstatutoConsolidadoVigente_15042010.pdf




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Equipamentos para construção de Parque Eólico na Bahia chegam a Salvador



A energia eólica é limpa, sustentável e pode contribuir, ainda, para a diminuição de preços com relação às termoelétricas

Acorda Cidade


Fonte: http://www.acordacidade.com.br/noticias/69956/equipamentos-para-construcao-de-parque-eolico-na-bahia-chegam-a-salvador.html

23/12/2010 14:39
 
 
 
 
Foto: Divulgação





Está aportado no Terminal de Container (Tecon) de Salvador, o lote número um de equipamentos destinados à construção do primeiro Parque Eólico da Bahia, no município de Brotas de Macaúbas. A chegada destas peças marca as primeiras ações de energia eólica (a partir dos ventos) no estado, garantindo a continuidade da nova política energética do governo baiano.



O lote contém, no total, 45 pás (espécie de hélices gigantes) e 25 nacellis (motores) para a construção de aerogeradores. Os equipamentos ficam no terminal até o final de janeiro de 2011, quando serão devidamente transportados para Brotas de Macaúbas.



No total, serão construídos 18 parques eólicos na Bahia, dos quais três serão localizados em Brotas de Macaúbas e os demais espalhados nos municípios de Caetité, Guanambi, Casa Nova, Pindaí, Riacho de Santana, Licínio de Almeida, Morro do Chapéu e Sento Sé. A previsão é de que todos estejam em pleno funcionamento em setembro de 2012.



Energia eólica



A Bahia foi beneficiada com 18 projetos no leilão da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), tendo o Governo do Estado assinado protocolo de intenção com as empresas cadastradas, com a finalidade de conceder incentivos fiscais e apoio logístico. Quando se iniciar a fase de operação, os parques eólicos irão acrescentar 390 MW de energia limpa e renovável à oferta estadual de energia elétrica.



A geração de energia limpa no estado está estimulando a implantação de fábricas de aerogeradores, torres e componentes industriais para a nova indústria da energia produzida pelos ventos. Prova disso é a decisão das empresas internacionais Alstom e Gamesa de implantar, na Bahia, suas primeiras unidades industriais de turbinas eólicas.




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BNDES libera recursos para construção de parques eólicos




04/01/2011 13:13 - Portal Brasil





A diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 588,9 milhões para a construção de nove parques eólicos nos municípios de Igaporã, Guanambi e Caetité, no interior da Bahia. A informação foi divulgada, nesta terça-feira (4).



O BNDES participará com 74,35% do investimento total, de R$ 792,2 milhões, contribuindo para a criação de 2.970 empregos diretos e indiretos no Semiárido baiano durante a construção dos projetos.



As usinas, Sociedades de Propósito Específico controladas pela Renova Energia, terão potência instalada total de até 195,2 MW. Os projetos foram vencedores do Leilão de Energia de Reserva de 2009, o que permitiu a formalização de Contratos de Compra e Venda de Energia entre cada usina de energia eólica e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), garantindo a compra de energia elétrica por um prazo de 20 anos.



Os parques eólicos terão impacto positivo sobre a diversificação da matriz energética brasileira com uma fonte de recursos limpa, renovável e de caráter sazonalmente complementar à fonte hidráulica. Contarão com um total de 122 aerogeradores, fornecidos pela subsidiária brasileira da empresa General Electric INC, segundo maior fabricante mundial de equipamentos de geração eólica.



Segundo o BNDES, do ponto de vista socioeconômico, os investimentos possibilitarão aumento da arrecadação de impostos e diversificação das atividades econômicas em uma área de baixo desenvolvimento econômico e social do Nordeste - o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da região está 17% abaixo da média da região Nordeste.



O banco explica ainda que os investimentos também contemplam programas de caráter social baseados no desenvolvimento sustentável dos territórios onde estão localizados os parques. Além disso, contribuirão para a redução das emissões de gases do efeito estufa por MWh de energia gerada no sistema interligado. Ou seja, há um potencial de geração de créditos de carbono.







Fonte:

BNDES




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Para reflexão:
Um novo conceito de desenvolvimento sustentável: é a busca do equilíbrio (baricentro) do triângulo formado pelos lados ambiental, economico e social de um país e não do planeta... (Fred)


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Sustentabilidade
Segundo o professor holandês Peter Nijkamp, a sustentabilidade envolve três aspectos: actividade economicamente viável, socialmente justa e ecologicamente correcta - o chamado Triângulo da Sustentabilidade. A perspectiva económica resulta da aquisição de rendimento suficiente para o custo da vida em sociedade. A perspectiva social diz respeito aos valores sociais e culturais e à justiça na distribuição de custos e benefícios. A perspectiva ecológica diz respeito à manutenção dos ecossistemas do Planeta a longo prazo. Estas três perspectivas, em equilíbrio, formam o ideal de sustentabilidade.

http://www.planetazul.pt/edicoes1/planetazul/dicionario.aspx?p=s





NORMAS TÉCNICAS INTERNACIONAIS PARA TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS: GARANTIA

Instituto de Engenharia


www.iengenharia.org.br



[12/08/2010]


A importância das Normas Técnicas na Engenharia



Miracyr Assis Marcato



O Instituto de Engenharia dentro da sua política de apoio e divulgação do uso das Normas Técnicas na Engenharia, fortalecendo o elo entre a ciência e a experiência, realizou em sua sede, no dia 25/08/2010, através de seu Departamento de Engenharia de Energia e Telecomunicações, uma palestra sobre o tema que será proferida por dois especialistas na matéria: Martin Crnugelj, Membro do Conselho da ABNT, Secretario do Comitê Brasileiro junto à IEC e Coordenador da Divisão de Aplicações de Energia do Departamento de Engenharia de Energia e Telecomunicações do Instituto de Engenharia e José Sebastião Viel, Superintendente do COBEI – Comitê Brasileiro de Eletricidade, Eletrônica, Iluminação e Telecomunicações. O Instituto que já mantém convênios de colaboração com distintas entidades do gênero, entre as quais a ASCE – American Society of Civil Engineers, promoverá a palestra com o apoio institucional do IEEE – Institute of Electrical and Electronic Engineers - Instituto dos Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos ou I3E (como é habitualmente conhecido), que é uma entidade com mais de 390.000 sócios em 160 paises, agrupados em 10 regiões, (o Brasil pertence à 9ª região) dedicada a promover o avanço da inovação e da excelência tecnológicas nos campos da eletricidade, eletrônica, computação e ciências afins como : micro e nanotecnologia, ultrassonografia, bioengenharia, robótica etc. sendo hoje a maior associação técnico-profissional de todo o do mundo. O IEEE publica um terço de toda a literatura técnica universal nos campos da engenharia elétrica, ciência da computação e eletrônica e ocupa a liderança no desenvolvimento das normas que dão suporte técnico à maioria dos modernos produtos e serviços de telecomunicações, tecnologia da informação e geração de energia. Além disso, o IEEE tem procurado incentivar o ensino das normas técnicas nas Escolas como escreve KATHY KOWALENKO – Editora do IEEE - The Institute Newspaper, que por oportuno, transcrevemos a seguir:



“O IEEE defende a introdução das Normas Técnicas nos currículos das Escolas de Engenharia”.



“Existe uma porção de coisas que não se ensina nas Escolas de Engenharia, inclusive, como negociar um contrato ou como administrar pessoas. Acrescente-se a essa lista, a falta de conhecimento sobre as Normas Técnicas industriais. Embora as Normas Técnicas tendam a desempenhar um papel preponderante no desenvolvimento de novos produtos, os engenheiros recém formados muitas vezes são surpreendidos com o alcance e formato que as mesmas apresentam. Para familiarizar os estudantes com o assunto e ajudar os engenheiros a fazer bom uso das normas existentes o IEEE está buscando meios de incorporar o conhecimento das normas técnicas aos currículos das Escolas de engenharia, tecnologia e computação. Esse objetivo foi detalhado numa proposição aprovada em junho(2009) pela Diretoria do IEEE. O documento enfatiza a importância da inclusão nos programas acadêmicos das Normas Técnicas relativas às áreas de interesse do IEEE. “ Para motivar as Universidades e Escolas até o ponto de dedicarem atenção às Normas Técnicas é necessário incentivá-las através de um processo de credenciamento - que é uma dos objetivos fundamentais da elaboração do documento”, diz Steve Mills, membro Senior do IEEE e presidente do Comitê de Ensino de Normas do IEEE. A proposta é o resultado de dois anos de trabalho de seu grupo, um comitê conjunto entre a Associação de Normas do IEEE e a Diretoria de Atividades Educacionais do IEEE. “Este documento será compartilhado com entidades de credenciamento como a ABET nos EUA, JABEE no Japão, e ABEEK da Coréia”, continua Mills: “ Com a ajuda de voluntários do IEEE, como o representante do IEEE na Diretoria da ABET, iremos utilizar a proposta para encorajar a discussão e o exame dos requisitos para o credenciamento em relação às Normas.”



Várias associações de engenharia e de normas técnicas serão consultadas para revisar e opinar sobre a proposta do IEEE, incluindo a VDE, a Associação Alemã de Tecnologia Elétrica, Eletrônica e de Informação; e o IET, Instituto Britânico de Engenharia e Tecnologia.



O Problema



Em algum momento de suas carreiras, os engenheiros serão requisitados para projetar algum equipamento, escrever um programa ou melhorar um sistema, utilizando uma norma técnica industrial. “Infelizmente muitos engenheiros e estudantes de computação nunca viram uma norma técnica na Escola”, informa o sócio Fellow do IEEE Moshe Kam, vice-presidente do Comitê de Ensino de Normas.



“Hoje em dia os estudantes de engenharia tem possibilidades de se formar em diferentes especialidades, em várias partes do mundo, sem nunca terem visto uma norma técnica e em muitos casos, sequer ouvido falar delas”, diz Kam. “Mesmo os que estão cursando o último ano da faculdade, é pouco provável que saibam fazer uso adequado das normas técnicas em seus trabalhos de final de curso”.



“O IEEE pensa que esta situação deve mudar” ele continua. “Os estudantes devem ser familiarizados com as normas técnicas, não só com as normas do IEEE, mas com as normas técnicas em geral e com o processo de normalização. Nosso projeto apresenta recomendações sobre os modos pelos quais os professores podem introduzir as normas técnicas – especialmente no trabalho de fim de curso, que é uma exigência quase que universal nas Escolas de Engenharia”.



As recomendações incluem:



* Indicação de que determinado processo ou dispositivo discutido em classe está coberto por uma norma técnica, com citação da norma correspondente. Este objetivo pode também ser alcançado com a utilização de livros-texto que resenhem e incluam a referência às normas técnicas em suas explanações.

* Introdução indireta de uma norma técnica pela inclusão de um resumo dos aspectos principais de suas especificações nas notas de classe, trabalhos de casa, laboratórios ou projetos;

* Uso extensivo de uma norma publicada ou de parte importante da mesma nas aulas, trabalhos de casa, laboratórios ou projetos do estudante, durante o último ou penúltimo anos do curso.

* Uso e referência regular às normas técnicas em grandes projetos ou empreendimentos maiores. Especificamente, a relevância e aplicabilidade das normas deverá fazer parte dos relatórios de andamento e finais dos principais projetos de fim de curso. Uma pesquisa de normas no campo de aplicabilidade do projeto é tão importante como a pesquisa da literatura naquele domínio.



“Não estamos pretendendo que as normas técnicas sejam ensinadas indiscriminadamente, porque tal esforço seria difícil e provavelmente absorveria demasiado tempo” reconhece Kam. Ainda assim, deveremos familiarizar os nossos estudantes com uma noção sobre as normas técnicas e fornecer-lhes algum treinamento, ainda que somente de caráter geral. Não deveríamos deixar os estudantes com a errônea impressão de que eles poderão projetar novos produtos e programas num ambiente livre de restrições, requisitos de compatibilidade e regras”. Ele acrescenta: “ Fornecendo conhecimento das normas técnicas iremos melhorar a preparação dos estudantes para um competente desempenho no mercado de trabalho”.





Miracyr Assis Marcato



08/2010